domingo, 18 de junho de 2017

O SENHOR DA MESSE

Páginas do Evangelho - Décimo Primeiro Domingo do Tempo Comum


'Naquele tempo', tempo de graça inimaginável quando o Senhor esteve neste mundo, Jesus se compadeceu das multidões, 'porque estavam cansadas e abatidas como ovelhas sem pastor' (Mt 9, 36). E Jesus não via apenas a multidão diante dele, mas as multidões dos homens de todos os tempos, atribulados pelas vicissitudes e aparências deste mundo, nas águas revoltas do cotidiano de tantas vidas atribuladas e insensíveis aos bens que não passam.

Eis a missão a ser cumprida, missão extremada, desafio universal: é preciso levar a Boa Nova do Reino de Deus a todas as criaturas; é preciso anunciar o Evangelho de Cristo ao mundo inteiro. E, diante realidade tão portentosa, o Senhor nos ensina a orar sempre pelas vocações missionárias, sejam elas religiosas ou leigas: 'a Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!' (Mt 9, 37 - 38). Que a nossa oração sincera seja semente profícua que faça brotar novos apóstolos e novos missionários no Coração do Senhor da Messe!

Jesus deu início a esta missão chamando os doze Apóstolos. E lhes deu recomendações expressas: 'Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios' (Mt 10,8). E ainda mais: 'De graça recebestes, de graça deveis dar!' (Mt 10, 8). Ser missionário é se fazer apóstolo, é assumir a mesma missão que constitui as marcas de identidade de um cristão no mundo. De todos os cristãos: os primeiros doze apóstolos, os outros setenta e dois, os cristãos de todos os tempos, eu e você. Como cordeiros entre lobos, como emissários da paz entre promotores das guerras, os cristãos estão no mundo para torná-lo um mundo cristão. 

O apostolado começa com o bom exemplo, expande-se com o amor ao próximo, multiplica-se pela caridade. É imperioso o serviço da vocação; os frutos pertencem aos ditames da Providência. O reino de Deus deve ser proclamado para todos, em todos os lugares, mas a Boa Nova será recebida com jubilosa gratidão num lugar ou indiferença profunda em outro; aqui vai gerar frutos de salvação, mais além será pedra de tropeço. Como operários da grande messe do Senhor, Deus nos quer valorosos combatentes da fé, pregadores perseverantes da Verdade Plena.  E ainda que sejamos capazes de domar a natureza e realizar prodígios, a felicidade cristã não está nos eventos temporais aqui na terra, mas na Eterna Glória daqueles que souberam combater o bom combate: 'nós nos gloriamos em Deus, por Nosso Senhor Jesus Cristo' (Rm 5, 11).