O Great Reset ('Grande Reinício') está no seu curso final. O mistério da iniquidade está prestes a se manifestar agora por inteiro, pois estão para ser colhidos os frutos da sua ação diabólica através dos tempos: a apoteose do caos - político, econômico, social, cultural, religioso. Não era o refrão 'paz e segurança!' a promessa feita por tantos governos e nações reunidas em fóruns globais, compartilhando e discutindo os problemas que afetam a mãe terra?
'Quando os homens disserem: “Paz e segurança!”, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão'
(I Ts 5,3)
A paz e a segurança são conquistadas, não podem ser negociadas. Simplesmente porque todos os elementos inclusos em uma paz negociada são baseados em um armistício prévio. Com a guerra - com a invasão brutal da Ucrânia pela Rússia - estes princípios e fóruns caem por terra instantaneamente. E se percebe, então, como são frágeis, como são inúteis as tentativas de correção, como sanções econômicas e pressões políticas, absolutamente irrelevantes no contexto de impedir ou sustar efetivamente o poderio dos exércitos em marcha e a matança em curso.
Enquanto grandes atores globais fingem atuações que têm a força da claque de um teatro de subúrbio e manchetes de plantão, milhares de pessoas - a realidade nua e crua da guerra - são expulsas de suas casas e migram para outros países, quando não são simplesmente assassinadas. São as 'vítimas da guerra', um preço a pagar pela geopolítica do confronto. Essa tem sido a justificativa diante a inevitável perda de vidas humanas - e muitos creem ser esse a análise final desta que constitui a mais grave crise militar na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Mas... a invasão russa mostra cabalmente que a Rússia pode fazer isso, sem a possibilidade concreta da intervenção de outras nações no conflito. Como intervir frente a invasão de um país soberano por uma potência que possui cerca de 4000 ogivas nucleares? (aliás como inclusive o próprio Putin fez referência explícita em comunicado recente). E se... a Rússia pode invadir a Ucrânia num conflito de estratégia geopolítica, porque a China não poderia fazer o mesmo com Taiwan? E se...
A apoteose do caos precisa apenas do gatilho eficaz, no qual as consequências podem ser previsíveis ou planejadas com diabólicas intenções. A invasão da Ucrânia é um fato isolado e impactante num mundo globalizado que anseia por paz e segurança entre as nações? Claro que não. É muito mais do que isso, porque mobiliza consequências previsíveis extremamente alarmantes. E, neste contexto, estamos falando de Putin - uma marionete do teatro do mundo.
É muitíssimo mais do que isso. A invasão da Ucrânia é o estopim do Great Reset, nas mãos daqueles que verdadeiramente governam o mundo e que manipulam completamente o jogo político e econômico do sistema global. Neste contexto, não estamos falando de Putins e nem de marionetes. Estamos falando das consequências planejadas, impostas e consolidadas pelo mistério da iniquidade através dos tempos, visando o completo aniquilamento da civilização cristã. E tal conclusão é mais do que patente se levarmos em conta os insistentes apelos de Nossa Senhora em Fátima, quanto à perversa difusão dos erros da Rússia anti-católica sobre o mundo:
'Se atenderem os meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz. Se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas'
'Quais outras pedras vivas, vós também vos tornais os materiais deste edifício espiritual, um sacerdócio santo, para oferecer vítimas espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo' (1 Pe 2,4)
O chamado 'crucifixo milagroso' consiste em uma escultura de madeira segundo o padrão da Escola Sienese do século XIV e atualmente exposto em uma capela lateral da Igreja de San Marcello al Corso, dedicada ao papa Marcelo I (papa e mártir da Igreja no período 308-309, num pontificado de apenas 7 meses) e localizada na chamada Via del Corso, uma das principais ruas urbanas do centro da cidade de Roma. Os restos mortais do papa Marcelo I, bem como de outros santos, encontram-se sob o altar-mor desta igreja. Em 22 de maio de 1519, um incêndio destruiu completamente a igreja e, além das paredes externas, o único artefato que sobreviveu foi o crucifixo de madeira do século XIV, que agora se encontra na Capela do Crucifixo, anexo da igreja.
(interior da Igreja de San Marcello al Corso)
Neste contexto, o crucifixo foi conduzido em procissão pelas ruas de Roma por 16 dias, entre 4 e 20 de agosto de 1522, para proteção da cidade contra a Grande Peste. As autoridades, temendo o contágio, tentaram impedir a procissão religiosa, mas o povo ignorou a proibição e, milagrosamente, a epidemia foi sanada após as procissões. Desde então, a procissão do 'crucifixo milagroso' foi perpetuada pelos séculos e é sempre renovada a cada ano, durante a Quinta-feira Santa, num trajeto que se estende desde a igreja de San Marcello al Corso até a Basílica de São Pedro.
Em algumas ocasiões especiais, o 'crucifixo milagroso' é retirado da capela. Em 1600, foi levado à Basílica de São Pedro para o jubileu proposto pelo papa Inocente X. Durante a quaresma do Grande Jubileu de 2000, o crucifixo foi exposto no Altar da Confissão na Basílica de São Pedro e o papa São João Paulo II celebrou o 'Dia do Perdão' diante da cruz milagrosa. E, agora, no dia 27 de março passado, foi novamente exposto publicamente durante as cerimônias da bênção eucarística Urbi et Orbi, proclamada pelo papa Francisco na Praça de São Pedro.
Houve um grave porém desta vez. A escultura de madeira antiga ficou exposta à chuva, sem quaisquer proteções especiais, por mais de duas horas durante o evento, fato que causou severos danos à relíquia, com a infiltração da umidade, escorrimento da água pela escultura e consequente perda de parte considerável dos pigmentos e da pintura original. Infelizmente, em nome da encenação marcante, o crucifixo permaneceu exposto às intempéries, ao contrário dos cuidados aplicados ao ícone bizantino de Salus Populi Romani (imagem da Virgem Maria com o Menino Jesus, como 'Protetora do Povo Romano', que foi objeto recente de uma restauração impecável - veja vídeo abaixo), também utilizado no evento com o papa Francisco, mas devidamente confinado em moldura estanque de alta tecnologia e sob controle rígido de temperatura interna.
Após a constatação dos problemas, a escultura de madeira do crucifixo foi levada aos laboratórios do Vaticano para avaliação dos danos e início imediato das tarefas de restauração e reconstrução da obra de arte e da relíquia milagrosa por equipe técnica de vários especialistas e por tempo indeterminado.
(restauração do ícone bizantino Salus Populi Romani)