Perguntas, filho, como é possível compreender que um Deus, de glória e realeza infinitas, possa ter compadecido de tal forma da humanidade a ponto de ter assumido, para salvá-la, a miserável condição humana? Eu te respondo com outras perguntas: Que Deus é esse que aceita ficar escondido num pedaço de Pão? Abandonado e isolado em tantos sacrários tão isolados e tão abandonados? Que Deus é esse que espera, com ternura e paciência infinitas, o nosso sim, o nosso amor, a nossa vontade prescrita pela Santa Vontade? Em vez de buscar respostas impossíveis, melhor que fazer perguntas é se perguntar: Como eu posso viver distante de um Deus assim, como uma flecha sem alvo, nauta sem rumo, alma sem destino, criatura sem Criador? Meu Deus, meu Deus, Deus Verdadeiro de Deus Verdadeiro, incriado e eterno, o que seria de mim se eu não fosse obra de Vossas mãos e se eu não for fruto de Vossa graça?