domingo, 8 de dezembro de 2013

IMACULADA CONCEIÇÃO DE NOSSA SENHORA

Páginas do Evangelho - Segundo Domingo do Advento 


'Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina de que a Bem-aventurada Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus Onipotente, em atenção aos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de culpa original; essa doutrina foi revelada por Deus, e deve ser, portanto, firme e constantemente crida por todos os fiéis'.


(Beato Papa Pio IX, na proclamação do dogma da Imaculada Conceição, em 08 de dezembro de 1854)

O Segundo Domingo do Advento de 2013 coincide com a festa da solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Nossa Senhora, criatura superior a tudo quanto já foi criado, e inferior somente à humanidade santíssima de Nosso Senhor Jesus Cristo, recebeu de Deus o privilégio incomparável da Imaculada Conceição. 

Desta forma, Maria foi preservada de qualquer pecado desde que foi concebida, porque recebeu naquele instante o Espírito Santo de Deus. O 'sim' de sua entrega incondicional à vontade de Deus, 'Eis aqui a serva do senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!' (Lc 1, 38), não teria sido possível se, mesmo livre de qualquer  pecado durante toda a sua vida, Maria tivesse, a exemplo de toda a humanidade, a mancha do pecado original. Deus, ao cumular Maria de tantas graças extraordinárias, não permitiu que ela estivesse separada dele em nenhum segundo de sua existência e, assim, Maria não conheceu o pecado desde a sua concepção.

A Santa Igreja ensina que Maria Santíssima foi preservada do pecado original, em previsão aos futuros méritos da Vida, Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo que, assim, a pré-redimiu desde o primeiro instante da sua existência. Sendo concebida sem pecado original, Maria ficou também preservada de qualquer tendência para o mal decorrente do pecado original. Não é crível que Deus Pai onipotente, podendo criar um ser em perfeita santidade e na plenitude de inocência, não fizesse uso de seu poder a favor da Mãe de seu Divino Filho. Como explicitou, de forma definitiva, o beato franciscano João Duns Scoto (1265-1308), em sua exposição quando da defesa da Imaculada Conceição na Universidade de Paris: 'Potuit, decuit, ergo fecit' (Deus podia fazê-lo, convinha que o fizesse, logo o fez).

O fundamento deste privilégio mariano está na absoluta oposição existente entre Deus e o pecado. Ao homem concebido no pecado, contrapõe-se Maria, concebida sem pecado. Santa e imaculada conforme a saudação do Anjo da Anunciação: 'Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!' (Lc 1, 28). E, assim, a primeira a se regozijar das infinitas graças da redenção de Cristo, primícias de nossa fé cristã.

NOSSA SENHORA DA IMACULADA CONCEIÇÃO

Como obra prima do Pai, moldada em oração,
ornada por Deus de privilégio substancial,
Maria foi criatura plena de imaculada conceição,
nascida isenta do pecado original.

Entre as luzes de tantas glórias de Maria,
sua imaculada conceição muito ilumina: 
como refúgio seguro ao pecado e à heresia,
como graça e louvor da inspiração divina!

Senhora minha, 
Nossa Senhora da Imaculada Conceição; 
Salve Rainha, 
velai por nós com maternal proteção!
(Arcos de Pilares)






sábado, 7 de dezembro de 2013

ABERRAÇÕES LITÚRGICAS (IV)

Em 12 de novembro passado, na Catedral da Santíssima Trindade em Buenos Aires, uma cerimônia recordava a Kristallnacht, liturgia inter-religiosa celebrada entre católicos e judeus. Oito líderes religiosos cercavam o arcebispo de Buenos Aires, D. Mario Aurelio Poli. Um grupo de argentinos, na maioria jovens e garotos, ajoelhados na parte central da catedral, começa, assim que o ritual tem início, a oração do Rosário, em desagravo ao ato ecumênico e à profanação do templo católico por um evento não católico. Em meio às hostilidades, insultos e admoestações, o grupo mantém-se firme em oração. Serão chamados de inoportunos, loucos, nazistas, fanáticos, dentro de um templo católico, por cristãos e não cristãos. Porque o culto ao respeito humano impõe-se à adoração a Deus Uno e Trino. Mas São Bonifácio chamou de mercenários os outros, os que não pregam a Verdade de Deus oportuna ou inoportunamente.

'Não sejamos cães mudos, não sejamos sentinelas caladas, não sejamos mercenários que fogem dos lobos, mas pastores solícitos, vigilantes sobre o rebanho de Cristo. Enquanto Deus nos der forças, preguemos toda a doutrina do Senhor ao grande e ao pequeno, ao rico e ao pobre, e todas as classes e idades, oportuna e inoportunamente!'

(São Bonifácio, século VIII)


(vídeo em espanhol)

PRIMEIRO SÁBADO DE DEZEMBRO


Mensagem de Nossa Senhora à Irmã Lúcia, vidente de Fátima: 
                                                                                                                           (Pontevedra / Espanha)

‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem*, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’
* Com base em aparições posteriores, esclareceu-se que a confissão poderia não se realizar no sábado propriamente dito, mas antes, desde que feita com a intenção explícita (interiormente) de se fazê-la para fins de reparação às blasfêmias cometidas contra o Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado seguinte.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

ASSIM FALOU O PADRE PIO

Meus queridos confrades, recebi com muita tristeza as notícias vindas do governo de Foggia. Finalmente os secretários do demônio conseguiram o poder de nossa querida província, e agora querem aniquilar a mais querida criação de Deus.

Sabeis vós que o demônio é a criatura mais invejosa que existe, e sua inveja atinge o infinito e o perfeito, e por isso mesmo a inveja do demônio será eterna. E por isso, ele procura diversas formas de ferir o Coração de Deus, e o caminho mais curto que encontrou para isto foi o homem, pois sendo este a criação mais querida por Deus, é também a que mais fere o Coração divino.

Vejam, pois, agora, se esta mesma criatura impedisse que outras criaturas de sua raça nascessem. Alvoroçará o demônio, e Deus derramará lágrimas infinitas. A criatura pôs-se no posto do Criador. O servo sentou no trono do Rei. O homem se impôs sobre Deus. Meus confrades! Se soubésseis quão terrível é este pecado, que chamam de aborto... Se pudésseis sentir a dor das chagas de Cristo, que derramaram o Sangue precioso para a salvação do homem. Quando vós virdes uma alma que anuncia o aborto como feito benigno, sabereis que nela reina o príncipe das trevas, e sua eternidade está por hora no livro da morte.

Malditos! Desgraçados! Ai desses infelizes homens que ousam tentar a ira divina. Cairá sobre eles a fúria eterna dAquele que os criou. Ai de nós!, meus confrades, se consentirmos com esse miserável e mortal pecado. Não ousemos tomar o lugar do Criador, e não permitamos que nenhum homem o faça. Não sejamos cúmplices deste crime maldito por culpa do nosso silêncio e da nossa tibieza.

(Padre Pio e o Papa, Frei Carlo Maria, trad. Carlos Wolkartt, original do blog christifidei)

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS


A Grande Revelação do Sagrado Coração de Jesus foi feita a Santa Margarida Maria Alacoque  durante a oitava da festa de Corpus Christi  de 1675...

         “Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para  honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares ... Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra”.


... e as doze Promessas:
  1. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  2. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
  3. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
  4. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
  5. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente na hora da morte.
  6. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
  7. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
  8. As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
  9. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
  10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
  12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

    ATO DE DESAGRAVO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 
    (rezai-o sempre, particularmente nas primeiras sextas-feiras de cada mês)

Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados, diante do vosso altar, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o vosso dulcíssimo Coração.

Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as nossas próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conspurcando as promessas do batismo, renegam o jugo suave da vossa santa Lei.

De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas particularmente das licenças dos costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo o vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino Amor, e enfim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.

Oh, se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre os nossos altares.

Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nossos próximos, impedir, por todos os meios, novas injúrias à vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior número possível de almas.

Recebei, ó Jesus de Infinito Amor, pelas mãos de Maria Santíssima Reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes até a morte no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à Pátria bem-aventurada, onde vós, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

SALMO 50 (51)

Trata-se de um salmo penitencial, proclamado por Davi que, instado pelo profeta Natã, toma consciência da profundidade do seu pecado pelo adultério cometido com Betsabé e pelo homicídio de Urias, esposo dela.

Na descrição do teor deste salmo, sigamos João Paulo II: O salmista começa por pedir o perdão ao Senhor para as suas faltas: 'apagai os meus pecados, lavai-me de toda a iniquidade' (3-4). Como reconhece que é pecador e nasceu na culpa, mas sabe que Deus ama a sinceridade de coração, suplica-Lhe que o restabeleça na sua amizade (5-14). Depois promete que ensinará a outros pecadores os caminhos de Deus, mas para isso precisa que o Salvador o livre de cometer mais violências e ponha nos seus lábios um cântico de louvor e de ação de graças (15-17). Por fim, em atitude de sacrifício agradável a Deus, oferece-Lhe o seu espírito arrependido, enquanto espera que o Senhor reconstrua os muros de Jerusalém e restabeleça o culto sobre o altar do templo (18-21).

E ainda no propósito do salmo, ouçamos Santo Agostinho: 'Ninguém diga que Deus não perdoa certos pecados. Assim como este salmo torna cautelosos os que não caíram, de igual modo não quer que desesperem os que caíram. Qualquer que seja o que pecou, não duvide de fazer penitência pelo seu pecado. Não desespere da salvação. Ouça Davi a lamentar-se. Ouça-o clamar e clame com ele; ouça-o lamentar e lamente-se com ele; ouça-o chorar e junte as suas lágrimas às dele; ouça-o arrepender-se e alegre-se com ele. Se o pecado não pôde cortar-te o passo para o cometeres, não te corte a esperança do perdão'.

1. Ao mestre de canto. Salmo de Davi,

2. quando o profeta Natã foi encontrá-lo, após o pecado com Betsabé.

3. Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa bondade. E conforme a imensidade de vossa misericórdia, apagai a minha iniquidade.

4. Lavai-me totalmente de minha falta, e purificai-me de meu pecado.

5. Eu reconheço a minha iniquidade, diante de mim está sempre o meu pecado.

6. Só contra vós pequei, o que é mau fiz diante de vós. Vossa sentença assim se manifesta justa, e reto o vosso julgamento.

7. Eis que nasci na culpa, minha mãe concebeu-me no pecado.

8. Não obstante, amais a sinceridade de coração. Infundi-me, pois, a sabedoria no mais íntimo de mim.

9. Aspergi-me com um ramo de hissope e ficarei puro. Lavai-me e me tornarei mais branco do que a neve.

10. Fazei-me ouvir uma palavra de gozo e de alegria, para que exultem os ossos que triturastes.

11. Dos meus pecados desviai os olhos, e minhas culpas todas apagai.

12. Ó meu Deus, criai em mim um coração puro, e renovai-me o espírito de firmeza.

13. De vossa face não me rejeiteis, e nem me priveis de vosso santo Espírito.

14. Restituí-me a alegria da salvação, e sustentai-me com uma vontade generosa.

15. Então aos maus ensinarei vossos caminhos, e voltarão a vós os pecadores.

16. Deus, ó Deus, meu salvador, livrai-me da pena desse sangue derramado, e a vossa misericórdia a minha língua exaltará.

17. Senhor, abri meus lábios, a fim de que minha boca anuncie vossos louvores.

18. Vós não vos aplacais com sacrifícios rituais; e se eu vos ofertasse um sacrifício, não o aceitaríeis.

19. Meu sacrifício, ó Senhor, é um espírito contrito, um coração arrependido e humilhado, ó Deus, que não haveis de desprezar.

20. Senhor, pela vossa bondade, tratai Sião com benevolência, reconstruí os muros de Jerusalém.

21. Então aceitareis os sacrifícios prescritos, as oferendas e os holocaustos; e sobre vosso altar vítimas vos serão oferecidas.