sexta-feira, 21 de setembro de 2012

POEMAS PARA REZAR (IV)

José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque, autor da letra do 'Hino da Proclamação da República', nasceu em Recife/PE, em 4 de setembro de 1867 e faleceu no Rio de Janeiro, em 9 de junho de 1934. Foi funcionário público, professor, político, jornalista e poeta. Autor de extensa obra bibliográfica, na qual se inclui alguns textos profanos, 'Oração' é um soneto de redenção.

ORAÇÃO 
                                         (Medeiros e Albuquerque)

Eu sei, Senhor, que não mereço nada
mas ponho em tuas mãos humildemente
meu coração que sofre. E, resignada,
minh’alma guarda, confiante e crente.

Quando eu chegar ao termo da jornada
em que a Morte, emboscada, espera a gente,
tem pena de minh’alma amargurada,
vê que eu também sou filho – e sê clemente.

Perdoa-me, meu Deus, se eu sou culpado,
se tanto crime fiz, tanto pecado,
que hoje choro contrito, - e dá, Senhor,

que no coro glorioso, que te exalta,
no céu profundo, não se sinta a falta
de minha voz cantando o teu louvor.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

A IGREJA E A CIVILIZAÇÃO CRISTÃ

Eis o legado final e decisivo da civilização cristã: tal como o seu senhor e mestre, também a Igreja deve subir o Calvário, passar por toda sorte de blasfêmias e profanações, ser motivo de escárnio e zombaria dos maus, ser vítima imolada na cruz de tantos pecados, misérias e loucuras dos homens da perdição. E, tal como Cristo, após a tribulação e o martírio da apostasia, a Igreja se levantará da terra como obra suprema da Verdade que não morrerá jamais, pois 'por fim, Meu Imaculado Coração triunfará', como profetizou Nossa Senhora em Fátima.

Com a Santa Igreja, nasceu também o pacto da iniquidade. Mas nasceu primeiro o desígnio misericordioso de Deus pela salvação humana por meio de Maria. Por meio de Maria, de suas incontáveis e estratégicas aparições e manifestações, torna-se possível conceber claramente o mosaico da civilização cristã em curso, o vômito de satanás e de sua côrte maldita sobre a Igreja, a escalada do mal carcomendo os pilares da cristandade, a apostasia generalizada dos tempos finais, a consecução dos tempos e da história, o embate derradeiro entre Cristo e satanás, a Igreja e a anti-Igreja, a civilização cristã e um mundo que se pretende destituído de Deus.

A Igreja nunca teve e nunca terá paz até o último dos seus dias. Por que Cristo veio trazer a cruz pela espada. São inumeráveis as heresias e derivações doutrinárias perniciosas que tentaram minar as colunas de Pedro desde a Igreja nascente e ao longo de toda a sua história. Em momentos históricos específicos, grandes santos interviram de forma decisiva para combatê-las e subjugá-las, mantendo inalterada a pureza dos Evangelhos. E vieram as hordas anti-católicas da Renascença, da Reforma Protestante, da Revolução Francesa e do Iluminismo, as concepções antiteístas do Comunismo, o culto do ecumenismo, a imposição de uma Nova Ordem Mundial: ondas diversas e continuadas do furor satânico contra a Casa de Deus, fluxos distintos do mesmo estertor do demônio contra a Igreja de Cristo. Tudo em vão, porque as portas do inferno não prevalecerão contra ela, mas à custa de uma perda de uma infinidade de almas, engolidas pelo vômito das potestades diabólicas.

Há muitas formas de se entender e de se esclarecer os fundamentos dessa engrenagem revolucionária: seus princípios, movimentos, interações e sincronias, mesmo sendo complexos e ainda que sejam sempre covardemente mascarados em papel de embrulho colorido. Mas, mediante as intervenções e manifestações marianas (que se pretendem discutir em textos futuros neste blog), o Céu se manifesta com absoluta clareza sobre os ditames desta farsa herética, científica, maçônica, ecumenista ou qualquer que seja o nome dado à farsa do dia.   

Esta ciranda revolucionária culmina nos tempos atuais com uma sobrecarga demolidora de ultrajes, blasfêmias e perseguições à Santa Igreja, de fora da Igreja e de dentro da própria Igreja, conformando um cenário desolador de banalização da sã doutrina (a perda incomensurável do conceito do 'sagrado'), da profanação litúrgica, da mitificação de dogmas, da vulgarização do clero, do solapamento sistemático de toda a moral cristã, da proliferação de teologias agnósticas e panteístas, do hedonismo bestial a qualquer preço. 

Na tentativa de erradicação do Cristianismo, conspurcam-se os conceitos de família e da própria sexualidade humana, vendem-se direitos humanos e a cultura de morte no mesmo embornal, proclama-se uma falsa civilização não-cristã, ateia e ecumênica que idolatra modismos humanos e crendices pseudo-messiânicas, compactuam-se no ódio anticlerical, na blasfêmia aos símbolos cristãos e na perseguição aos justos. A Igreja vive o seu Calvário e quantos de nós estamos deixando nossas cruzes para trás? 'Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la' (Mc 8, 34-35).

Não é nada fácil ser católico de verdade nesse mundo de hoje. Mas, mais do que nunca, é preciso ser católico, ser soldado de Cristo, ser fruto consolidado e perene da autêntica civilização cristã, ser pobre mortal engendrado nos contrafortes mais íngremes da glória imperecível da cristandade, ser parcela insubmissa a um mundo sem Deus. Ser parte de um 'pequeno resto'. Pois será desse 'pequeno resto', provado e repassado no cadinho de tantas tribulações, que o próprio Cristo, em sua Segunda Vinda, ouvirá o solene SIM dos seus filhos que perseveraram até o fim no Caminho, Verdade e Vida: 'Quando o Filho do Homem voltar, encontrará fé sobre a terra?' (Lc 18,8).

DA VIDA ESPIRITUAL (26)





Quer ter poder e glória nesta vida? Implore ao Pai obter nesta Terra a posse plena dos Imaculados Corações de Jesus e de Maria...

domingo, 16 de setembro de 2012

EUCARISTIA - VII


VII - COMUNHÃO POR MINISTROS DA EUCARISTIA?

Os dispositivos do novo Código de Direito Canônico de 1983 definiram novas atribuições em termos de obrigações e direitos de todos os fiéis (c. 208 – 223) e dos leigos em particular (c. 224 – 231), claramente influenciados pelo espírito do Concílio Vaticano II, uma vez que inexistiam no código anterior de 1917. Estes cânones estabeleceram uma profunda reformulação  da ação dos leigos na vida da Igreja.

Em particular, o cânon 231 extende aos leigos determinadas funções ministeriais dentro da Igreja, anteriormente restritas aos clérigos, incluindo-se a presidência de orações litúrgicas, a administração do batismo e a distribuição da sagrada comunhão, “de acordo com as prescrições do direito”. Tais concessões, entretanto, são claramente expressas em termos de um absoluto caráter de exceção, no sentido de  suprir necessidades imperiosas da Igreja em condições de ausência dos ministros de direito incondicional, ou seja, os sacerdotes. Para desenvolver estas atividades, os leigos devem adquirir formação e doutrinação específica e exercer as funções com diligência e consciência absoluta das responsabilidades espirituais inerentes às mesmas.

A despreocupação e completo relaxamento quanto à estrita observância destes condicionantes por parte de bispos e sacerdotes resultaram em uma deturpação completa do preceito canônico, tornando regra generalizada o que deveria ser exceção absoluta: os leigos, em número cada vez maior de homens e mulheres, condividem com o sacerdote o altar e os ministérios da Igreja. Na comunhão, assumem o pomposo nome de “ministros da eucaristia” e exercem o mesmo direito do sacerdote de tocar as sagradas espécies e distribuí-las aos fiéis. Em muitas igrejas, tal corresponsabilidade tornou-se pura e simples substituição: o sacerdote fica sentado no altar e transfere totalmente a função eucarística aos ministros de plantão. Nesta perda total de referências, a absurda inversão de atribuições não fere somente os dispositivos canônicos, mas gera também mais uma profunda distorção do banquete eucarístico: a presença extraordinária destes leigos na ausência do sacerdote foi aviltada a tal ponto que o próprio sacerdote (literalmente, “o homem que oferece sacrifício”) torna-se, então, mero figurante do sacrifício eucarístico.

Além disso, considere-se, mais uma vez,  que o sacerdote tem que lavar as mãos para tocar as sagradas espécies. Que razões justificariam que as mãos não consagradas e não lavadas dos ministros leigos possam tocar no Corpo Santo de Deus e diretamente no próprio cibório?

É bastante razoável pensar que estes leigos possam ser, em geral, cristãos autênticos e imbuídos de grande zelo pelas coisas de Deus. Mas isso não constitui, de modo algum,  requisito suficiente para desenvolver as funções eucarísticas, ainda que em caráter extraordinário. Sólidos  conhecimentos da exegese cristã são requisitos essenciais para tamanha responsabilidade, propiciando uma conscientização plena do real sentido do sacramento que contém em si todo o tesouro espiritual da Igreja. A abertura canônica aplica-se a estes casos de exceção, em condições específicas e de caráter  limitado, mediante a interveniência de alguns poucos leigos privilegiados, dotados de uma sólida formação doutrinária, por concessão expressa da autoridade competente.

Na condição de auxiliares do sacerdote, entretanto, a participação destes leigos constitui uma afronta à cerimônia eucarística em todas as suas premissas de sacralização: distribuição aleatória, comunhão de pé, comunhão nas mãos, coleta das hóstias consagradas do próprio cibório por mãos não consagradas e não lavadas e com desconhecimento da exegese cristã, com consequente vulgarização do ritual e descontrole do destino das sagradas espécies distribuídas.

Não é preciso ter muita imaginação para ponderar os riscos enormes desta manipulação desenfreada e dos abusos decorrentes destas práticas permissivas e profundamente destoantes do caráter singularíssimo da Santa Eucaristia. É imperioso relembrar aqui as palavras do Papa João Paulo II, exortadas a todos os clérigos da Igreja de Cristo, na carta  Dominicae Cenae, de   24/02/1980:

"É preciso, todavia, não esquecer o múnus primário dos sacerdotes, que foram consagrados na sua ordenação para representar Cristo Sacerdote; as suas mãos, assim como a sua palavra e a sua vontade, por isso, tornaram-se instrumento direto de Cristo. Por tal motivo, ou seja, como ministros da Santíssima Eucaristia, eles têm sobre as Sagradas Espécies uma responsabilidade primária (...) o tocar nas sagradas espécies e a distribuição destas com as suas próprias mãos é um privilégio dos ordenados”. 

Que os bispos e sacerdotes pratiquem incondicionalmente esta orientação papal. E que os leigos, principalmente os de maior coerência cristã, continuem o seu belo, insubstituível e  valoroso serviço ao Corpo Místico de Cristo, naquilo que lhes compete como cristãos comuns, sem usufruir nem usurpar privilégios que são específicos aos consagrados pelo ministério sacerdotal. Que cada sacerdote se lembre de sua excepcional vocação, privilégio e dignidade nos planos de Deus, muito além daquelas de um simples leigo, tão claramente expressas por São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes:

"O sacerdote é um homem que ocupa o lugar de Deus, um homem que está revestido de todos os poderes de Deus".

"Deve-se olhar o sacerdote, quando está no altar, como se fosse o próprio Deus".

"O sacerdote é alguém muito grande! Deus obedece-lhe: diz duas palavras e Nosso Senhor desce do céu".

"Se eu encontrasse um sacerdote e um anjo, saudaria o sacerdote antes de saudar o anjo. Este é o amigo de Deus, mas o sacerdote ocupa o Seu lugar".

"O sacerdote só se compreenderá bem a si próprio no céu".

Francamente, por que deveria um leigo abrir mão de receber a comunhão desse homem tão especial que é o sacerdote, 'que ocupa o lugar de Deus' na Santa Eucaristia, para a receber de um homem comum?

Eucaristia I: Primeira Parte (Primeiro Domingo de Agosto)
Eucaristia II: Segunda Parte (Segundo Domingo de Agosto)
Eucaristia III: Terceira Parte (Terceiro Domingo de Agosto)
Eucaristia IV: Quarta Parte (Quarto Domingo de Agosto)
Eucaristia V: Quinta Parte (Primeiro Domingo de Setembro)
Eucaristia VI: Sexta Parte (Segundo Domingo de Setembro)

sábado, 15 de setembro de 2012

A SANTA MISSA NAS PALAVRAS DOS SANTOS

SÃO BERNARDO DE CLARAVAL

'Fica sabendo, ó cristão, que mais merecimento se tem em assistir devotamente a uma só Missa do que distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar por toda a Terra.'

SANTO AGOSTINHO
Na hora da morte, as Missas a que houveres assistido, serão a tua maior consolação. Um dos fins da Santa Missa é alcançar para ti o perdão dos teus pecados. Em cada Missa, podes diminuir a pena temporal devida aos teus pecados, pena essa que será diminuída na proporção do teu fervor. Assistindo com devoção à Santa Missa, prestas a maior das honras à Santa Humanidade de Jesus Cristo. Ele se compadece de muitas das tuas negligências e omissões. Perdoa-te os pecados veniais não confessados, dos quais, porém, te arrependes; preserva-te de muitos perigos e desgraças que te abateriam. Diminui o império de satanás sobre ti mesmo. Sufraga as almas do Purgatório da melhor maneira possível. Uma só Missa a que houveres assistido em vida, será mais salutar que muitas a que os outros assistirão por ti depois da morte. Será ratificada no Céu a bênção que do Sacerdote recebes na Santa Missa.'

SÃO TOMÁS DE AQUINO

'O martírio não é nada em comparação com a Santa Missa. Pelo martírio, o homem oferece à Deus a sua vida; na Santa Missa, porém, Deus dá o seu Corpo e o seu Sangue em sacrifício para os homens. Se o homem reconhecesse devidamente esse mistério, morreria de amor. A Eucaristia é o milagre supremo do Salvador; é o Dom soberano do Seu amor.'


SÃO LOURENÇO
'Nenhuma língua humana pode exprimir os frutos de graças que atrai o oferecimento do Santo Sacrifício da Missa.'

SÃO JOÃO MARIA VIANNEY (CURA D'ARS)
'A missa é a devoção dos santos'
'Se soubéssemos o valor de uma Missa, morreríamos de alegria'.
'Quão feliz é o Anjo da Guarda que acompanha uma alma à Santa Missa'
'Agradeçamos, pois, ao Divino Salvador por nos ter deixado este meio infalível de atrair sobre nós as ondas da divina misericórdia. A Santa Missa é uma embaixada à Santíssima Trindade; de inestimável valor; é o próprio Filho de Deus que a oferece.'

SÃO FRANCISCO DE ASSIS

'Sinto-me abrasado de amor até o mais íntimo do coração pelo santo e admirável Sacramento da Santa Missa e deslumbrado por essa clemência tão caridosa de Nosso Senhor, a ponto de considerar grave falta, para quem, podendo assistir a uma Missa, não o faz. A humanidade deveria prostrar, o mundo deveria vibrar e todo o céu deveria adorar profundamente quando o Filho de Deus aparece sobre o altar nas mãos do sacerdote.'

SÃO PIO DE PIETRELCINA

'Como nós devemos ouvir a Santa Missa? Como a assistiam a Santa Virgem Maria e as santas mulheres, como São João assistiu ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrifício sangrento da cruz.'

SANTA TERESA DE JESUS

'Sem a Missa, o que seria de nós? Todo o mundo estaria destinado a perecer porque só a Missa pode suster o braço de Deus. Sem a Missa, a Igreja não se manteria e todos os homens estariam irremediavelmente perdidos.'

SÃO LEONARDO DE PORTO MAURÍCIO

'Eis o meio mais adequado para assistir com fruto a Santa Missa: consiste em irdes à igreja como se fôsseis ao Calvário, e de vos comportardes diante do altar como o faríeis diante do Trono de Deus, em companhia dos santos anjos. Vede, por conseguinte, que modéstia, que respeito, que recolhimento são necessários para receber o fruto e as graças que Deus costuma conceder àqueles que honram, com sua piedosa atitude, mistérios tão santos.'

SANTA MATILDE

'Todas as Missas tem um valor infinito, pois são celebradas pelo próprio Jesus Cristo, com uma devoção e amor acima do entendimento dos Anjos e dos homens, constituindo o meio mais eficaz, que nos deixou Nosso Senhor Jesus Cristo, para a salvação da humanidade.'

SÃO PEDRO JULIÁN EYMARD


'Saibam, ó cristãos, que a Missa é o ato mais sagrado da nossa religião. Não se pode fazer coisa alguma para se dar maior glória à Deus, nem para dar maior proveito às almas do que assistir devotamente a Santa Missa e tão frequentemente quanto possível.'

SÃO JERÔNIMO

'Nosso Senhor Jesus Cristo nos concede tudo o que Lhe pedimos na Santa Missa; e o que mais vale é que nos dá ainda o que nem sequer cogitamos pedir-Lhe e que, entretanto, nos é necessário. Cada Santa Missa a que assistires, alcançar-te-á, no Céu, maior grau de glória.'

SÃO BOAVENTURA

'A Santa Missa é a obra na qual Deus coloca sob os nossos olhos todo o amor que Ele nos tem; é de certo modo, a síntese de todos os benefícios que Ele nos faz. Há tantos mistérios na Santa Missa quantas são as gotas de água do mar, como os átomos de poeira no ar e como os anjos no céu; penso que jamais terá saído das mãos de Deus mistério mais profundo que a Santa Missa.'

SÃO JOÃO CRISÓSTOMO

'Após a consagração, eu tenho visto esses milhares de Anjos formando a corte real de Jesus, em volta do tabernáculo, eu os tenho visto com meus próprios olhos.'

SÃO FRANCISCO DE SALLES

'A Missa é o sol da Igreja.'

A FÉ EXPLICADA (VI)

Questões e Respostas sobre a Santa Missa

(tradução de Catholic Cathechism, do Rev. W. Faerber, Tan Books & Publishers, 1993)

Definição: A Missa é o sacrifício perfeito do Novo Testamento em que Jesus Cristo se oferece à Santíssima Trindade sob as aparências do pão e do vinho. A Missa é um sacrifício de adoração, agradecimento, expiação e petição.

290. O que é um sacrifício?

Um sacrifício é um dom visível oferecido a Deus.

291. Por que o sacrifício é oferecido?

O sacrifício é oferecido para adorar, agradecer, suplicar as graças e reparar a Deus pelos nossos pecados.

292. O que é necessário para um sacrifício?

Para um sacrifício é requerido:
(i) um presente visível (vítima, hóstia);
(ii) um sacerdote;
(iii) um altar.

293. Qual é o sacrifício perfeito?

O sacrifício perfeito é o sacrifício de Jesus na cruz.
‘De fato, com esta única oferenda, levou à perfeição, e para sempre, os que Ele santifica’ (Heb 10, 14).

294. O sacrifício da cruz ainda é oferecido?

O sacrifício da cruz é ainda oferecido em cada Missa.
‘Do levantar ao pôr do sol, meu nome será grande entre as nações, e em todo lugar será oferecido ao meu Nome um sacrifício e uma oferenda pura.’ (Mal. 1, 11).

295. Como Jesus se oferece na Missa?

Jesus se oferece na Missa como sacrifício incruento à Santíssima Trindade.

296. Quando Jesus instituiu o santo sacrifício da Missa?

Jesus instituiu o santo sacrifício da Missa na Última Ceia. ‘Fazei isto em memória de mim’ (Lucas 22,19).

297. Quem é o sacerdote real na Santa Missa?

O sacerdote real na Santa Missa é Jesus Cristo.

298. Como a Missa é dividida?

A Missa é dividida em:
(i) parte de preparação e instrução (missa dos catecúmenos);
(ii) parte do sacrifício (Missa dos fiéis).

299. Quais são as partes principais da Missa?

As partes principais da Missa são:
(i) o ofertório
(ii) a consagração
(iii) a comunhão.

300. Quem são aqueles especialmente beneficiados pela Santa Missa?

São especialmente beneficiados pela Santa Missa:
(i) o sacerdote que celebra a Missa;
(ii) aqueles para os quais  a Missa é oferecida;
(iii) todos os que participam da Missa.

301. Por que a Missa é oferecida?

A Missa é oferecida:
(i) para se honrar a Santíssima Trindade;
(ii) para se distribuir as graças obtidas por Cristo na Sua morte na cruz.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

ORAÇÃO DO CALVÁRIO

Dai-me, Senhor, a Vossa angústia no Monte das Oliveiras, para que eu me surpreenda com o Vosso horror ao pecado;

Dai-me, Senhor, o Vosso suor de sangue para que eu possa apagar o fogo das minhas inquietudes;

Dai-me, Senhor, as marcas dos Vossos flagelos, para que eu possa curar-me das feridas da vaidade;

Dai-me, Senhor, a dor lancinante dos espinhos que perfuraram a Vossa fronte para que possa aliviar os Vossos filhos que sofrem;

Dai-me, Senhor, a Vossa agonia na subida do Calvário para que eu seja capaz de abrir caminhos nas marcas de Vossas sandálias;

Dai-me, Senhor, o desfalecimento das Vossas quedas para que eu possa erguer da terra com mais perseverança;

Dai-me, senhor, o peso do madeiro que vergaste Vossos braços no Calvário, para que eu me desfaleça diante da minha miséria;

Dai-me, Senhor, a rigidez dos pregos cortando Vossos membros, para que eu tenha a ternura dos que constroem a paz;

Dai-me, Senhor, o assombro de Vossos espasmos para que a sombra do orgulho não acompanhe os meus passos;

Dai-me, Senhor, a Vossa sede atroz para que eu possa saciar a muitos com o refrigério da esperança;

Dai-me, Senhor, a Vossa compaixão diante dos Vossos algozes, para que eu saiba amar sem medida alguma;

Dai-me, Senhor, o Vosso peito aberto à lança que mata, para que eu defenda a vida ainda que no ventre;

Dai-me, Senhor, a água que brota do Vosso coração dilacerado para que eu possa lavar todas as minhas faltas;

Dai-me, Senhor, a Vossa Cruz bendita para que um dia, diante de Vós, eu não chegue de mãos vazias...
                                                                                                                        (Arcos de Pilares)