segunda-feira, 10 de julho de 2017

LUZ NAS TREVAS DA HERESIA PROTESTANTE (XVI)

A 14ª objeção* do famoso repto protestante é a de citar um texto que prove que há mais de um mediador. Tal objeção denota de novo grande ignorância da Bíblia e da significação dos termos, e visa sobretudo atacar o culto da Santíssima Virgem Maria, invocada pelos católicos sob o título de medianeira. Demos-lhe, pois, a resposta clara e bíblica.

I. Cristo Mediador 

Só há um Deus, diz São Paulo, e só há um mediador entre Deus e os homens. Esta verdade é repetida diversas vezes pelo Apóstolo (Gl 3, 20; Hb 8, 6; 9, 15; 12, 24). E este mediador é Jesus Cristo feito Homem (1 Tm 2, 5). Eis a verdade básica, que os católicos e protestantes aceitam integralmente e sem discussão. Donde vem a discordância? Unicamente pela tendência perversa dos amigos protestantes, em quererem protestar, até nos pontos onde não há possibilidade de protesto, nem sombra de razão de protesto.

Nunca a Igreja Católica admitiu outro mediador entre Deus e os homens, senão Jesus Cristo; e isso pela razão admiravelmente exposta pelo Apóstolo: Cristo nos deu um novo testamento, mas, onde há um testamento, é necessário que intervenha a morte do testador; pois o testemunho não se confirma senão quanto aos mortos (Hb 9, 16-17). Tudo isso é positivo e claro. Por que então discutir? Cristo ofereceu-se, morreu derramando seu sangue divino e por isso é o mediador do novo testamento (Hb 9, 15).

Por que os católicos invocam a Imaculada Mãe de Jesus como medianeira das graças? Eis que a palavra medianeira, aplicada à Virgem Santa, levanta e exalta a natural aversão dos protestantes à mãe de Jesus. Não havia razão para isso, pois os católicos não perturbam em nada a ordem estabelecida e não pretendem, como julgam os amigos protestantes, colocar um outro mediador ao lado de Cristo. Tal asserção denota simplesmente uma ignorância estupenda ou, então, resolução de querer protestar, seja como for. Examinemos bem, pois, a tal mediação, atribuída à Virgem Maria.

II. Maria Santíssima Medianeira

O único mediador, entre Deus e os homens, é Jesus Cristo. Note bem, amigo protestante. Os católicos colocam aqui, a Virgem Santíssima, não diretamente entre Deus e os homens, mas sim entre Cristo e os homens, o que é essencialmente diferente. A teologia católica diz: Mediatrix ad Christum mediatorem: isto é, Medianeira junto a Cristo mediador. Deste modo, Cristo fica o único mediador entre Deus e os homens; e a Virgem Maria fica uma medianeira junto a Cristo; em outros termos: o mediador principal e perfeito é Cristo; sendo Maria Santíssima uma medianeira ministerial e dispositiva. 

Neste sentido, todos os santos são intercessores, medianeiros, junto a Cristo, sendo-o a Virgem Santa, pela sua qualidade de mãe de Deus, de um modo mais excelente e eficaz. Eis a doutrina muito simples e muito lógica. Deus, o Pai e Senhor de tudo. Jesus Cristo, único mediador entre Deus e os homens. Maria Santíssima, medianeira entre Cristo e os homens, de um modo mais excelente, mas na mesma ordem do que todos os santos.

III. A dupla mediação

Tal é a mediação particular da Virgem Santíssima. Ao lado desta mediação exerce ela ainda uma mediação geral, ao lado do mediador único, que é Jesus Cristo. Maria Santíssima é Medianeira entre Jesus Cristo e os homens; ela é também Medianeira entre Deus e os homens, desta vez ao lado do seu divino Filho. Esta segunda mediação resulta da unidade da obra redentora. A obra redentora – este ponto é o eixo sobre o qual giram todas as outras obras divinas – não é simplesmente a paixão e morte do Salvador, como o pensam os protestantes, mas é o conjunto de tudo o que se refere a ela, na preparação, na execução e na aplicação. A obra redentora, nos desígnios divinos, é uma só: é a nossa salvação por Jesus Cristo.

Estas três partes são, e devem ficar, inseparavelmente unidas, de tal modo que os elementos que constituem a primeira parte, devem encontrar-se na segunda e na terceira. Sendo certo que Maria teve a sua parte ativa, ao lado de Jesus, na obra redentora, pelo fato mesmo, ela deve ter parte na obra de nossa salvação e em todas as graças que nos são dadas, em vista do Redentor, pois tudo isso é uma única e mesma obra redentora.

E tudo isso é ligado à maternidade divina. E Maria, devendo ser a mãe de Jesus, o é necessariamente no Jesus inteiro, de Jesus como pessoa e como enviado de Deus. Pelo fato de sua cooperação na Encarnação, Maria Santíssima cooperou em nossa redenção e em nossa salvação. São estas as três partes constitutivas da obra redentora. Deste modo nós somos devedores a Maria de Jesus inteiro: é Jesus como resgate e como fonte do todas as graças.

Logo Deus, nos dando Jesus por Maria, dá-nos tudo por Maria; e ela se torna verdadeiramente associada à redenção, ou, em outros termos, co-redentora. A medianeira, ao lado de Jesus, entre Deus e os homens. Tal é a dupla mediação da Virgem Santíssima. Para refutar os erros protestantes a esse respeito, repitamos que isso não significa de modo algum que nós aceitamos um mediador ao lado do mediador único, ou que a mediação de Jesus nos parece insuficiente, ou que atribuímos qualquer coisa a Maria, fora de Jesus.

Nada de tudo isto. Maria está, ao lado de Jesus-mediador, para constituí-lo mediador perfeito, neste sentido que ela ocupa na mediação da vida a parte que Deus lhe outorgou; como Eva estava ao lado de Adão, na mediação da morte. Em ambos os sentidos aqui indicados, o nome de medianeira inclui para Maria Santíssima a dupla cooperação à obra redentora, acima exposta: cooperação pela sua ação na terra, cooperação pela sua intercessão no céu.

Estas duas mediações são universais, como é universal a mediação de Jesus, e se estendem a todas as gerações que nos são concedidas em vista de Jesus. Numa das orações da festa da medalha milagrosa, a Igreja adota integralmente esta opinião, dizendo: 'Senhor, Deus onipotente, que quisestes que recebamos todos os bens pela Mãe Imaculada de vosso Filho, concedei-nos, pelo auxílio de uma Mãe tão poderosa', etc. É o que a piedade cristã exprime neste axioma clássico: 'tudo por Jesus, nada sem Maria!'

IV. O necessário e o útil

Podíamos mostrar, com outros argumentos, a lógica e o fundamento desta mediação, dizendo que a mediação de Jesus Cristo é uma mediação necessária, e a da Virgem Santíssima, uma mediação útil. A seguinte comparação é de Carlos de Laet: podemos dizer que sem água não podemos viver: a água é, pois, necessária; porém, podemos ir buscar esta água ao longe, na fonte, como pode ser-nos transmitida por encanamento e chegar, deste modo, até dentro de casa, poupando-nos fadiga e tempo, para ir captá-la em cima dos montes. 

Tal encanamento não é necessário, porém é muito útil. Imagine-se agora que um homem venha dizer-nos: 'não vos é necessário tal encanamento; urge, pois, destruí-lo, porque necessário é só a nascente'. Que diria o meu amigo protestante a tal homem? Diria, de certo, o que o católico dirá: 'É verdade que só a água é necessária, porém o encanamento é de suma utilidade'. Eis o que ensina a Igreja Católica: só a mediação de Cristo é necessária, mas a da Virgem Santa é sumamente útil. Cristo é a nascente, a fonte; Maria Santíssima é o canal, que nos transmite a água cristalina da graça divina: Aquaeductus gratiarum, como dizem os teólogos e os santos padres.

V. Outra comparação

Suponhamos, amigo protestante, que o presidente da república governasse só a nossa pátria, auxiliado por um ministro de confiança, por cujas mãos passassem todas as nomeações e cargos inferiores. Tal ministro será, deste modo, o único mediador entre o presidente e o povo. Suponhamos que tal ministro tenha junto a si a sua própria mãe, a quem muito estima, sem que ela tome parte na direção dos negócios públicos. Um belo dia, eis que o amigo protestante precisasse de um emprego, de um favor qualquer. Que faria o amigo? 

Usaria de um pouco de diplomacia, e podendo entrar em relação com mãe do ministro, falaria com ela, para que intercedesse junto ao filho, a fim de alcançar-lhe o benefício almejado. Não seria isso lógico, natural? E podia o ministro ficar ofendido por não ter o suplicante recorrido a ele? De certo que não. Ao contrário, o pedido do amigo protestante, apresentado ao ministro pela própria mãe deste, adquiria duplo valor: o do pedido e o da intercessão.

Ainda assim fazem os católicos. Reconhecem que Deus é a fonte e o autor de todo o bem; reconhecem que Jesus Cristo é o único mediador necessário, mas reconhecem que, junto a ele, tem um valor extraordinário a sua Santíssima Mãe, e recorrem a ela como medianeira secundária de grande utilidade para que interceda por eles junto ao seu divino Filho.

VI. Conclusão

Está vendo, caro amigo protestante, que é inútil citar trechos da Bíblia, para provar uma verdade que a Igreja Católica reconhece e aceita. É inútil refutar objeções, que só existem na cabeça daqueles que a fabricam, sem indagar ou saber o que eles objetam, se existe ou tem, pelo menos, qualquer razão de existir. Que serve provar que o Sol existe, quando ninguém nega a sua existência?

Por que atribuir à Igreja Católica erros que ela não possui ou doutrinas que ela não professa? Tudo isso, de novo, mostra ou uma ignorância sem igual, ou então uma leviandade sem nome. Peço, pois, reter bem esta conclusão, que o Senhor quer provar sem que ninguém o negue: 'só há um Deus, e só há um mediador entre Deus e os homens, o qual é Jesus Cristo' (1 Tim 2, 5). Os santos, por serem amigos de Deus, são intercessores junto de Deus, porém secundariamente.

Acima de todos os santos, elevada pela sua dignidade de Mãe de Deus, está a Virgem Santíssima, verdadeira medianeira entre Jesus e os homens, medianeira entre Deus e os homens, pois o seu Filho é Deus; porém medianeira secundária, não absolutamente necessária, mas sumamente útil para nós homens. Eis porque os católicos têm em vista apresentarem-se a Jesus Cristo, acompanhados pela Virgem Santa, para, deste modo, dar mais valor às suas preces e serem mais bem acolhidos pelo único mediador necessário, isto é, Cristo Jesus, o Filho de Maria. Como isto é lógico, suave, consolador e, sobretudo, esperançoso!

* Estas 'objeções' foram propostas por 'um crente' como um desafio público ao Pe. Júlio Maria e que foi tornado público durante as festas marianas de 1928 em Manhumirim, o que levou às refutações imediatas do sacerdote, e mais tarde, mediante a inclusão de respostas mais abrangentes e detalhadas, na publicação da obra 'Luz nas Trevas - Respostas Irrefutáveis às Objeções Protestantes', ora republicada em partes neste blog.

(Excertos da obra 'Luz nas Trevas - Respostas Irrefutáveis às Objeções Protestantes', do Pe. Júlio Maria de Lombaerde)

domingo, 9 de julho de 2017

AOS MANSOS E HUMILDES DE CORAÇÃO

Páginas do Evangelho - Décimo Quarto Domingo do Tempo Comum


Deus prometeu as alegrias eternas aos que são mansos e humildes de coração: 'Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração' (Mt 11, 29). Estes serão chamados realmente de Filhos de Deus: 'Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus' (Mt 5,9). Eis a virtude da excelência cristã, chamada Virtude do Cordeiro - a amada virtude de Jesus Cristo. Porque, como um cordeiro sem ira e sem queixa alguma, Ele suportou as dores de Sua Paixão e Crucificação, como exemplo a ser seguido. Bem aventurados os que se submetem pacificamente a todas as cruzes, infortúnios, perseguições e injúrias desta vida! 

São estes os chamados 'pequeninos' por Jesus, diante os 'sábios' e 'entendidos' do mundo. O entendimento e a sabedoria, o estudo e a cultura geral, são valores essencialmente bons e agradáveis a Deus, desde que não se transformem em orgulho humano e em pilares da soberba científica. Entendimento e sabedoria são frutos da graça divina, dadas ao homem para a ascensão ao encontro da glória de Deus, e não como compartimentos ou domínios fechados da jactância humana. Deus fecha a estes o caminho das grandes revelações sobrenaturais.

Jesus chama a todos, para a conversão perfeita dos humildes de coração: 'Vinde a mim, todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso' (Mt 11, 28). Chama todos a Ele, todos os que estão curvados pelas cruzes do mundo, pelos infortúnios da vida, pelo peso do pecado. As instabilidades e as misérias da vida quebrantam a nossa fé e fazem oscilar a nossa vocação cristã em meio às vertigens do mundo; a Cruz de Cristo é a luz que nos permite emergir da escuridão e das trevas do pecado.

Humildade e mansidão são os frutos da fé e da generosidade despojada daqueles que seguem a Jesus: 'Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração' (Mt 11, 29). O caminho da santificação é talhado pela prática destas virtudes e, por meio delas, encontraremos o descanso, a paz e as alegrias eternas, como pequeninos acolhidos às graças do Senhor: 'o meu jugo é suave e o meu fardo é leve' (Mt 11, 30).

sábado, 8 de julho de 2017

SOBRE A VIRTUDE DA PACIÊNCIA

Paciência é a virtude pela qual suportamos os infortúnios deste mundo com tranquilidade de espírito, para que, em razão deles, não fiquemos desnecessariamente perturbados ou entristecidos interiormente e não nos permitamos fazer nada de errado ou de inadequado. As adversidades desta vida que a paciência suporta são doenças, desterros, angústia psicológica, desgraça, escárnio, maltrato, insultos, calúnias, reprimendas, fome, sede, frio, as mortes dos pais e dos filhos, dos parentes e dos amigos, massacres e calamidades públicas, e outras coisas da mesma espécie que geralmente ocorrem todos os dias. 

A longanimidade é a parte da paciência que fortalece o espírito contra o aborrecimento ocasionado pela demora em receber algo que esperamos. Ela difere da paciência por suportar males por um longo tempo e aguardar consolação postergada por muitos dias, meses e anos. Assim Deus é chamado longânime, porque Ele tolera nossas demoras e hesitações enquanto nos convida ao arrependimento. Também a equanimidade não é uma virtude distinta da paciência, embora seja considerada especialmente voltada a moderar o aborrecimento que advém da perda de bens exteriores.

A matéria próxima com que a paciência se ocupa é a aflição da mente e a tristeza por conta dos reveses enumerados acima: essa virtude as reprime por inteiro ou então as controla tanto, que elas não excedem as exigências da reta razão. Desta forma, as principais ações da paciência são:

(i) Suportar todas as sobreditas adversidades calmamente, de bom grado, com ânimo e em ação de graças, e sem nenhuma murmuração ou queixa.
(ii) Suportar esses males mesmo não tendo culpa, e mesmo que nos sejam infligidos por aqueles que receberam muitos benefícios de nós.
(iii) Atribuir todos os nossos problemas e dificuldades unicamente à vontade Divina, não importa por intermédio de quem provenham.
(iv) Sempre que estivermos feridos ou irritados, voltarmo-nos para Jesus Crucificado como estando presente, buscando obter dEle a paciência e oferecendo a Ele tudo o que sofremos.
(v) Oferecer-se a si próprio, bem no começo de todas as manhãs, a Deus para sofrer não importa o quê, e para suscitar um desejo ardente na alma de sofrer todos os males possíveis em imitação de Cristo.

Nós temos muitas ocasiões para exercitar a paciência a quase todo momento, suportando os males e perdas que nos acometem com respeito a nossa boa reputação, vida e bens exteriores. Os sinais da paciência são:

(i) Suportar com calma as imperfeições dos outros.
(ii) Não ceder ao rancor quando maltratado pelo próximo.
(iii) Não murmurar contra as punições divinas.
(iv) Não evitar a companhia daqueles que cometem injustiça contra nós, mas antes ir ao seu encontro, ter amor por eles e por eles rezar.
(v) Em alguma enfermidade, rezar a Deus que aumente nosso sofrimento.
(vi) Manter silêncio em meio às injustiças, não se desculpar, mas entregar tudo nas mãos de Deus a exemplo de Nosso Senhor, que mesmo quando convocado a se defender preferiu permanecer em silêncio.

Agora, quem não faria tudo o que está em seu poder para exercer essa virtude com máximo cuidado, considerando a paciência e longanimidade de Deus, que não somente tolera os pecadores com benevolência, mas não cessa de cobri-los com os maiores benefícios? E a vida de Cristo e sua amaríssima paixão não proporcionam o exemplo supremo de paciência?

Nem deve ser preterido o exemplo dos santos do Antigo e do Novo Testamentos, principalmente de Jó e Tobias e dos incontáveis mártires. Ademais, quem quer que considere atentamente os inomináveis tormentos do inferno, de que tão frequentemente escapou por conta da infinita misericórdia de Deus, não considerará os aborrecimentos desta vida, não importa quão graves e dolorosos sejam, como de nenhuma importância, e até os tratará como prazeres?

Finalmente, como diz o Apóstolo, 'a paciência vos é necessária' (Hb 10,36), pois ela fortalece a fé, governa a paz, auxilia o amor, instrui a humildade, excita o arrependimento, faz satisfação pelos pecados, ata a língua, refreia a carne, resguarda o espírito, aperfeiçoa todas as virtudes e dota-nos, ao fim desta vida, com a bem-aventurada imortalidade: 'Porque agora o que é para nós uma tribulação momentânea e ligeira, produz em nós um peso eterno de uma sublime e incomparável glória' (2 Cor 4,17).

(Excertos traduzidos da obra 'Textbook Of The Spiritual Life' do Pe. Charles Joseph Morotius, texto publicado originalmente no site confrarianossasenhoradocarmo)

BREVIÁRIO DIGITAL - ILUSTRAÇÕES DE NADAL (III)

Parte I - Nascimento, Infância e Início da Vida Pública de Jesus

Mittunt Iudaei ad Ioannem
*
11. Evangelho (Jo 1):Testemunho de João aos fariseus

Tentat Christum daemon
*
12. Evangelho (Mt 4. Mc 1. Lc 4): Jesus é Tentado pelo Demônio

Secunda & tertia tentatio
*

13. Evangelho (Mt 4. Mc 1. Lc 4): Segunda e Terceira Tentações

Angeli ministrant Christo
*
14. Evangelho (Mt 4. Mc 1. Lc 4): Jesus sendo servido pelos Anjos

Nuptiae ad Cana Galilaeae
*

15. Evangelho (Jo 2): As Bodas de Caná

Eijcit primo vendentes de templo
*
16. Evangelho (Jo 2): Jesus expulsa os Vendilhões do Templo

De copiosa captura piscium

*



17. Evangelho (Lc 5): Jesus e a Pesca Milagrosa

Sanatur Socrus Petri
*
18. Evangelho (Mt 8. Mc 1. Lc 4): Jesus cura a Sogra de Pedro

Compescitur iracundia
*
19. Evangelho (Mt 5): 'Dominar a ira'

De dilectione inimici
*
20. Evangelho (Mt 5. Lc 6): 'Amai os Vossos Inimigos'

sexta-feira, 7 de julho de 2017

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS


A Grande Revelação do Sagrado Coração de Jesus foi feita a Santa Margarida Maria Alacoque durante a oitava da festa de Corpus Christi de 1675...

         'Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para  honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares ... Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra'.


... e as doze Promessas:
  1. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  2. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
  3. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
  4. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
  5. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente na hora da morte.
  6. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
  7. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
  8. As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
  9. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
  10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
  12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

    ATO DE DESAGRAVO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 
    (rezai-o sempre, particularmente nas primeiras sextas-feiras de cada mês)

Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados, diante do vosso altar, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o vosso dulcíssimo Coração.

Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as nossas próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conspurcando as promessas do batismo, renegam o jugo suave da vossa santa Lei.

De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas particularmente das licenças dos costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo o vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino Amor, e enfim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.

Oh, se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre os nossos altares.

Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nossos próximos, impedir, por todos os meios, novas injúrias à vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior número possível de almas.

Recebei, ó Jesus de Infinito Amor, pelas mãos de Maria Santíssima Reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes até a morte no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à Pátria bem-aventurada, onde vós, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

ESCULTURAS DE DEUS (II)





PALAVRAS DE SALVAÇÃO

A pureza, a ausência das paixões desregradas e o afastamento de todo mal é a divindade. Se, portanto, estas coisas se encontrarem em ti, Deus estará totalmente em ti. Quando teu espírito estiver puro de todo vício, liberto de todo mau desejo e longe de toda nódoa, serás feliz pela agudeza e luminosidade do teu olhar, porque aquilo que os impuros não podem ver, tu, limpo, o perceberás. Retirada dos olhos da alma a escuridão da matéria, pela serenidade pura, contemplarás claramente a beatificante visão. E esta, o que é? Santidade, pureza, simplicidade, todo esplendor da luminosa natureza divina, pelos quais Deus se nos deixa ver.
(São Gregório de Nissa)