2. NOSSA SENHORA DE LAUS
terça-feira, 11 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
QUANDO O INFERNO É AQUI...
06.09.2012: RIO TINTO DE SANGUE
Na China, o Rio Yangtze, o mais extenso e o mais largo da China (e o terceiro do mundo em extensão) amanheceu com as águas completamente rubras, por causas que ainda são desconhecidas (contaminação por agentes contendo corantes particularmente agressivos, capazes de alterar por completo a cor das águas, mesmo em volume e vazões tão elevadas?). Embora o estranho acontecimento tenha sido observado principalmente em Chongqing (no encontro das águas do Rio Yangtze com as do Rio Jialin), foi também relatado em vários outros locais do curso do rio. Qualquer que seja a razão, o evento faz lembrar claramente um cenário apocalíptico.
DA VIDA ESPIRITUAL (25)
Lembra-te daquela palavra dura e
injusta com que analisaram sua atitude de buscar alternativas a um fato quase
consumado? Lembra-te da ironia do teu colega ao comentar tua pequena vitória?
Lembra-te da intolerância de tantos que não queriam que você se posicionasse de
forma tão ética naquele episódio? Lembra-te da covardia de muitos na hora de
assumir de forma plena a defesa da verdade na análise daquele problema? Se
lembras de tudo isso, tens um coração aflito e cheio de amargura. Sabes onde
reter tantas lembranças amargas? Nas
muralhas gigantescas e nos portentosos contrafortes de um gesto de perdão...
domingo, 9 de setembro de 2012
EUCARISTIA - VI
VI - COMUNHÃO DE PÉ?
Eis outro elemento indiscutível da dessacralização do maior dos
sacramentos: a eliminação do genuflexório e a introdução da prática nociva da
comunhão em pé. Infelizmente, tornou-se regra generalizada nas missas, a ponto
de um comungante de joelhos passar por ‘rebelde’, para dizer o mínimo. Diante
do Santíssimo exposto, como os fiéis devotos podem estar de pé? Ao passarmos
diante do altar, não se faz um ato de genuflexão em profundo respeito ao
Santíssimo exposto? Por que, então, quando não apenas estamos diante de Jesus,
mas vamos ter parte efetiva com Ele, no nosso próprio corpo e alma, não nos
prostramos de joelhos, como aliás foi a prática comum da Igreja desde os
primórdios da cristandade? Que amor e reverência se prestam mais à criatura diante
o Criador, prostrado de joelhos ou empertigado em pé?
Que argumento, coerente com os princípios de uma bela e verdadeira devoção cristã, poderia justificar esta atitude? Mesmo diante
de autoridades civis ou eclesiásticas, um mero cerimonial não impõe normas
rígidas em termos de atitudes, reverências e vênias diversas? Não é de praxe a
continência do pelotão em posição rígida diante de um presidente em visita a
outro país? Diante do papa, um bispo não se reclina com espírito de obediência
e humildade? E não seriam muito mais rígidos os protocolos solenes diante do
próprio Deus, no momento maior da Santa Eucaristia? De pé, fica-se diante dos
homens; de joelhos em terra, no chão, em qualquer chão, fica-se diante de Deus.
Trata-se precipuamente de um ato intrínseco de humildade. Tal zelo, por certo,
evitaria em muito as comunhões sacrílegas por aqueles que, não estando
preparados para a recepção do sacramento, sentem-se absolutamente à vontade
para participar da procissão eucarística dos que comungam de pé.
Mas a prática piedosa tornou-se motivo de escândalo e rebeldia. Talvez porque
o zelo trocou de lado e refugiou-se nas veleidades do respeito humano por
partes dos sacerdotes, na tola crença de que todo cuidado é pouco para se ferir
susceptibilidades pessoais. E, assim, tornam-se os próprios sacerdotes cúmplices
do estúpido orgulho humano... Talvez seja a necessidade premente de se agilizar
a comunhão? Mas agilizar por quê? Se fosse esse o caso, não seria mais fácil
simplesmente fazer sermões menos prolixos ou, então, limitar a cantoria
excessiva? Mesmo porque distribuir aleatoriamente as sagradas espécies, no meio
de grandes concentrações de fiéis, constitui risco enorme de profanações contra
o Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, vulgarizando-se o sacramento e violando
as premissas da eucaristia como ceia espiritual. Sacerdotes de Cristo: a
sagrada eucaristia precisa ser exclusivamente santa e não servil às limitações
humanas em termos de tempo, lugar ou deslocamento dos fiéis até a mesa
eucarística. E, para isso, que se retorne com urgência santa à prática da
comunhão tradicional e que todo homem se prostre e dobre os seus joelhos
diante de Deus na santa eucaristia.
Eucaristia I: Primeira Parte (Primeiro Domingo de Agosto)
Eucaristia II: Segunda Parte (Segundo Domingo de Agosto)
Eucaristia III: Terceira Parte (Terceiro Domingo de Agosto)
Eucaristia IV: Quarta Parte (Quarto Domingo de Agosto)
Eucaristia V: Quinta Parte (Primeiro Domingo de Setembro)
Eucaristia VI: Sexta Parte (Segundo Domingo de Setembro)
Eucaristia VI: Sexta Parte (Segundo Domingo de Setembro)
sábado, 8 de setembro de 2012
HISTÓRIAS QUE OUVI CONTAR (II)...
Bonifrates era um simples eschola, aprendiz de aprendiz do mestre de ofícios. E, como mero eschola, cabia ao próprio as tarefas menos nobres de acabamento da igreja barroca, na qual entregava diariamente sua pesada lida há quase um ano. Trabalhara, é verdade, na marcação das volutas e demais peças de alto-relevo dos altares laterais, particularmente nos anjinhos em torno das imagens dos santos franciscanos de Santa Rosa de Viterbo e de Santa Isabel da Hungria. E chegara mesmo a tornear peças da fachada lateral e do fronstispício do altar da capela. Mas o que almejava mesmo era ombrear-se com Zaqueu Beato, lendário mestre dos mestres de ofício, que trabalhara, anos e anos, na conformação dos entalhes finais de acabamento em ouro do altar principal. Eis aí a sua seletiva ambição: superar o mito e ingressar na história. Eis aí também o desconsolo de sua fértil imaginação: sabia-se insignificante diante do tão grande mestre, e a simples vista de tais obras primas minavam o gigantismo de suas pretensões remotas.
E, repetidas vezes, apoderava-se dele aquele enorme estado de abatimento, um misto de incerteza diante dos dotes presumidos e da frustração em face às suas realidades patentes. Que moldura de ouro caberia no retrato insípido de um simples serviçal? Bem, e para ser bem honesto, a perseverança não era muito o seu forte. Para que se esmerar no trabalho de preparação da madeira bruta, esmerilhar um alto-relevo que passaria pelas minúcias do acabamento, cinzelar o quartzito e o esteatito com polimento e curvaturas perfeitas se a glória da arte final caberia sempre ao artesão ilustre? E como a impaciência é filha-mor do orgulho, deixou de lado macete e cinzel, e deitou-se amuado, a conjecturar como o mundo tramava contra as suas mais belas fantasias.
O mestre-construtor, porém, não tinha nem paciência e nem pretensões algumas que não fossem as de garantir o pronto andamento dos trabalhos; e, para maior desconsolo de Bonifrates, não estava num dia dos mais interessantes. E, sem forja e talhe algum, mandou o serviçal ir trabalhar em outra freguesia, o que se traduz por ir fazer o seu ofício nas cornijas mais recônditas das duas torres arredondadas da igreja. Era o mesmo que ser condenado à solitária: um serviço absolutamente inútil e inexpressivo, num local de acesso restritíssimo que nenhuma alma de mínima prudência nem chegaria perto, o 'fim do mundo' daquela soberba construção.
O golpe foi duro e o fato sem razão de delongas. Armado de uma ira nada santa, Bonifrates galgou os degraus da escada em caracol pisando nos cascos, subindo, subindo sem fim. Atravessou o vão das torres, esgueirou-se pelas aberturas da guarita, avançou pelo trecho aberto do engradamento do telhado e se aprumou como pôde no ápice da cumeeira exposta. Lívido, arquejante, agoniado. E, então, viu o velho debruçado na cornija mais íngreme e esconsa da segunda torre. O corpo envelhecido mas rijo, contorcido mas aprumado, cinzel nas mãos desbastando a alvenaria e as pernas engastadas no madeirame da cobertura. Bonifrates não podia acreditar no que tinha diante os olhos: as espirais perfeitas, em simetria absoluta, conformando o beiral da abóboda ainda nua, com a ornamentação exuberante da fachada logo acima. O cinzel do velho homem não golpeava a matéria, mas antes a moldava, com paciência e com destreza extremas e, hipnotizado, o serviçal acompanhou o delicado ritual do rude metal delineando a minúscula voluta na pedra bruta. Que trabalho de mestre, que precisão de gênio, destinado ao nada, feito em lugar nenhum, sem testemunhas e sem história...
- Perdão, senhor - a voz do aprendiz feriu o silêncio mortal das horas, vejo que és um mestre dos ofícios, de tão grande e exímia destreza e habilidade, mas que fazes aqui?
- O que faço aqui, respondeu com voz firme e suave o velho artesão, é a arte que sempre fiz, em todos os lugares e desde muito tempo; é a mesma arte que já fiz nos altares, no lavabo em pedra-sabão da sacristia, na fachada da igreja, nas imagens de santos e anjos, nos púlpitos da capela...
- 'Zaqueu Beato!' O pensamento de Bonifrates perscrutou em segundos a visão do mito e as obras primas de sua criação na portada e na nave da igreja abaixo. E, mal expressando tantos pensamentos em desalinho súbito, perguntou:
- Mas, aqui? Para quê, se homem algum vai conseguir chegar a este local inacessível? Para quê, se ninguém vai ver esta obra de arte pelos séculos, se valor algum será dado por trabalho que ninguém vai nem saber que existiu?
Os olhos do velho artesão não exprimiam culpa nem justificação alguma. Apenas olharam o aprendiz com a sabedoria dos homens que sabem que ideal algum se constrói sem a constância e a perseverança plenas.
- Os homens certamente não saberão nunca. Deus o saberá pela eternidade.
E, voltando-se ao trabalho árduo, na constância dos santos e no anonimato dos tempos, Zaqueu Beato continuou a escrever a sua história humana.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DE SETEMBRO
LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
(São Luís Grignion de Montfort)
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Pai celeste que sois Deus,
tende piedade de nós.
Filho, Redentor do mundo, que sois
Deus,
tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus,
tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só
Deus,
tende piedade de nós.
Coração de Jesus, Filho do Pai
Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo
Espírito Santo no seio da Virgem Mãe,...
Coração de Jesus, unido
substancialmente ao Verbo de Deus,...
Coração de Jesus, de majestade
infinita,...
Coração de Jesus, templo santo de
Deus,...
Coração de Jesus, tabernáculo do
Altíssimo,...
Coração de Jesus, casa de Deus e
porta do céu,...
Coração de Jesus, fornalha ardente de
caridade,...
Coração de Jesus, receptáculo de
justiça e de amor,...
Coração de Jesus, cheio de bondade e
de amor,...
Coração de Jesus, abismo de todas as
virtudes,...
Coração de Jesus, digníssimo de todo
o louvor,...
Coração de Jesus, Rei e centro de
todos os corações,...
Coração de Jesus, no qual estão todos
os tesouros da sabedoria e ciência,...
Coração de Jesus, no qual habita toda
a plenitude da divindade,...
Coração de Jesus, no qual o Pai põe
as suas complacências,...
Coração de Jesus, de cuja plenitude
nós todos participamos,...
Coração de Jesus, desejo das colinas
eternas,...
Coração de Jesus, paciente e
misericordioso,...
Coração de Jesus, rico para todos os
que vos invocam,...
Coração de Jesus, fonte de vida e
santidade,...
Coração de Jesus, propiciação pelos
nossos pecados,...
Coração de Jesus, saturado de
opróbrios,...
Coração de Jesus, atribulado por
causa de nossos crimes,...
Coração de Jesus, feito obediente até
à morte,...
Coração de Jesus, atravessado pela
lança,...
Coração de Jesus, fonte de toda a
consolação,...
Coração de Jesus, nossa vida e
ressurreição,...
Coração de Jesus, nossa paz e
reconciliação,...
Coração de Jesus, vítima dos
pecadores,...
Coração de Jesus, salvação dos que
esperam em vós,...
Coração de Jesus, esperança dos que
expiram em vós,...
Coração de Jesus, delícia de todos os
santos, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo,
perdoai-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo,
ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo,
tende piedade de nós.
V. Jesus, manso e humilde de coração,
R. Fazei nosso coração semelhante ao
vosso.
Oremos. Deus
onipotente e eterno, olhai para o Coração de vosso Filho diletíssimo e para os
louvores e as satisfações que ele, em nome dos pecadores vos tributa; e aos que
imploram a vossa misericórdia concedei benigno o perdão em nome do vosso mesmo
Filho Jesus Cristo, que convosco vive e reina por todos os séculos dos séculos.
Amém.
PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS...
A Grande Revelação do Sagrado Coração de Jesus foi feita a Santa Margarida Maria Alacoque durante a oitava da festa de Corpus Christi de 1675...
“Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares ... Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra”.
... e as doze Promessas:
- A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
- Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
- Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
- Eu os consolarei em todas as suas aflições.
- Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente na hora da morte.
- Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
- Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
- As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
- As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
- Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
- As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
- A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.
ATO DE DESAGRAVO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
(rezai-o sempre, particularmente nas primeiras sextas-feiras de cada mês)
Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados, diante do vosso altar, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o vosso dulcíssimo Coração.
Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as nossas próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conspurcando as promessas do batismo, renegam o jugo suave da vossa santa Lei.
De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas particularmente da licenças dos costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo o vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino Amor, e enfim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.
Oh, se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre os nossos altares.
Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nossos próximos, impedir, por todos os meios, novas injúrias à vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior número de almas possível.
Recebei, ó Jesus de Infinito Amor, pelas mãos de Maria Santíssima Reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes até a morte no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à Pátria bem-aventurada, onde vós, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.
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