quinta-feira, 25 de outubro de 2018

25 DE OUTUBRO - SANTO ANTÔNIO GALVÃO


Um homem marcado pela caridade e por um profundo espírito missionário: este foi o compromisso de fé que levou à santidade Antônio Galvão de França - o Frei Galvão, nascido em 1739 em Guaratinguetá, cidade do interior do estado de São Paulo, e falecido na cidade de São Paulo, em 23 de dezembro de 1822.

A devoção cristã permeou a sua vida desde a infância, levando-o a estudar com os jesuítas na Bahia e, mais tarde, a proceder os votos solenes como franciscano da Ordem Terceira (adotando, então, o nome de Antônio Sant'Ana Galvão) e à ordenação sacerdotal, em 11 de julho de 1762, no Rio de Janeiro. Após a ordenação, tornou-se pregador da ordem franciscana e confessor do Recolhimento de Santa Teresa, onde viviam algumas monjas e que, naquela época, constituía o único estabelecimento de religiosas então existente em São Paulo. Nesta instituição, sob a inspiração da Irmã Helena Maria do Sacramento, Frei Galvão fundou e construiu um novo recolhimento na cidade, no local chamado campo da Luz, hoje Mosteiro de Nossa Senhora da Luz, e ali foi enterrado. 

Era dotado de dons prodigiosos, como levitação e a bilocação. Particularmente interessantes são as chamadas 'pílulas de Frei Galvão'. Diante de um homem padecendo muitas dores devido a cálculos renais, o santo teve a súbita inspiração de escrever em um papelote a seguinte frase do ofício da Santíssima Virgem Maria: Post partum Virgo inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis - 'Depois do parto, ó Virgem, permanecestes intacta; Mãe de Deus, intercedei por nós' e o deu ao homem como remédio, que expeliu em seguida um grande cálculo renal. Utilizando-se deste meio outras tantas vezes, as pílulas logo tornaram-se de uso generalizado até os nossos dias, para curar problemas renais ou de parto ou quaisquer outras dores ou enfermidades. Por sua intercessão, os Céus realizaram muitos milagres e curas sobrenaturais.

Frei Galvão se fez servo de todos e para todos tinha uma enorme generosidade de acolhimento, de perdão, de serenidade e de direção espiritual e, como 'filho e escravo perpétuo de Maria', dedicou toda a sua vida ao apostolado e à salvação das almas e, em meio a tantas glórias e virtudes, só recentemente foi elevado aos altares. Frei Galvão foi beatificado pelo papa João Paulo II em 25 de outubro de 1998 e canonizado em 11 de maio de 2007 pelo papa Bento XVI, em São Paulo, tornando-se, então, o primeiro santo da Igreja nascido no Brasil. A sua festa litúrgica acontece em 25 de outubro, data de sua beatificação.

(Recolhimento de Nossa Senhora da Luz, século XVIII, atual Mosteiro da Luz)