sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

QUANDO O INFERNO É AQUI...


Todo um time de futebol, dirigentes, comissão técnica, auxiliares, jornalistas, tripulação... vítimas de mais um acidente aéreo. Seria mais um de tantos acidentes aéreos que, mesmo sendo estatisticamente limitados, são sempre causa de grande comoção pois implicam inevitavelmente em grandes tragédias. Mas este não pode ser simplesmente inserido na listagem comum dos grandes acidentes aéreos, pois se trata, mesmo ainda na concepção das avaliações preliminares, de um evento absurdamente ilógico, afrontoso até para os limites da demência humana, monstruoso. 71 mortos e apenas 6 sobreviventes por causa de uma pane seca, simplesmente pela utilização no voo inconcluído de todo o combustível disponível nos tanques do avião, reflexo de uma estratégica demente de bancar o risco extremo de tantas vidas pelo preço absurdo de lucrar nos limites do impossível. A ganância comprando bilhetes sem volta ao inferno que já começou aqui...


... e que continua aqui em tantos lugares... Em Brasília, a Primeira Turma do STF, num aborto de desvario, despenalizou o crime de aborto durante os três primeiros meses de gestação. Embora aplicável a um caso específico, feito na surdina de outra tragédia, a decisão é igualmente trágica e espantosamente brutal e perigosa: a banalidade do mal levanta voo para uma viagem às cegas e ensandecida sob a máscara de vestais de toga que insistem em brincar de deuses...