segunda-feira, 9 de novembro de 2015

PALAVRAS DE SALVAÇÃO

'O homem criado por amor não pode viver sem amor: ou ama a Deus ou ama o mundo. Aquele que não ama a Deus apega o seu coração a coisas que passam como a fumaça. Quanto mais conhecemos os homens, tanto menos os amamos. É o contrário relativamente a Deus: quanto mais o conhecemos, tanto mais o amamos. Esse conhecimento abrasa a alma de tão grande amor, que ela não pode mais amar nem desejar senão a Deus.

O amor de Deus é um antegozo do céu: se soubéssemos frui-lo, ó como seríamos felizes! O que faz que sejamos infelizes é não amarmos a Deus. Há pessoas que não amam o bom Deus, que não lhe rezam e que prosperam; é mau sinal! Têm feito um pouco de bem através de muito mal. O bom Deus recompensa-os nesta vida. Cumpre fazer com os pastores nos campos durante o inverno: acendem fogo: mas de quando em quando correm a apanhar lenha de todos os lados para alimentá-lo. Se soubéssemos, como os pastores, alimentar sempre o fogo do amor de Deus no nosso coração mediante orações e boas obras, ele não se apagaria nunca'.


(São João Maria Vianney, o Cura D'Ars)

domingo, 8 de novembro de 2015

A VIDA ETERNA POR DUAS PEQUENAS MOEDAS

Páginas do Evangelho - Trigésimo Segundo Domingo do Tempo Comum


A grandeza da alma se consome em virtudes e, dentre elas, a humildade e o despojamento constituem as gemas mais preciosas. Entregar tudo o que se tem - e o tudo em nós é nada - no amor à Verdade que é Cristo é o caminho de ouro para a eternidade com Deus. Jesus nos ensina a buscar este caminho de despojamento interior: livrar-nos dos apegos materiais e das amarras humanas para galgamos e possuirmos valores e bens que têm o selo das heranças eternas.

'Jesus estava sentado no Templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a multidão depositava suas moedas no cofre' (Mc 12, 41). Numa rara passagem dos Evangelhos, encontramos Jesus em silêncio, na quietude do templo, livre das multidões e dos assédios mundanos, observando o entre-sai dos visitadores para o cumprimento formal das ofertas da lei mosaica. No templo em silêncio, o eco das moedas vibrando nos recipientes metálicos da coleta reverberava em profusão, dando ciência a todos da magnitude da oferta. A multidão espreitava e se regozijava na percepção das ofertas mais ricas, no propagar do eco mais longo e mais retumbante.

Jesus ouvia, entretanto, os ecos da alma. Quando a pobre viúva fez a sua oferta, 'duas pequenas moedas, que não valiam quase nada' (Mc 12, 42), ela entregou tudo o que possuía. O mísero tilintar das pequenas moedas não chegou nem aos ouvidos de muitos, mas tocou profundamente o coração de Jesus, como ele revelou, então, aos seus discípulos: 'Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas.Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver' (Mc 12, 43 - 44). Dar tudo o que possuía para viver significa entregar, no nada que somos, todo o amor humano que podemos colocar no coração de Deus.

Em contraste aos valores do orgulho e da hipocrisia dos ricos e dos doutores da lei, mais preocupados com o jogo frívolo das aparências e dos privilégios da ostentação, a oferta da pobre viúva era a sua própria sobrevivência, não era uma esmola. As suas pequenas moedas eram como o punhado de farinha numa vasilha e um pouco de azeite na jarra da viúva de Sarepta (1 Rs 17, 12). No anonimato do seu pequeno gesto, mereceu do próprio Deus a mensuração de tão grande graça, predestinação de sua herança eterna. E, no escondimento da sua oferta, nos ensinou que a verdadeira dádiva é aquela que nasce da entrega total do coração, no exemplo do próprio Jesus, filho Unigênito de Deus feito homem, que se doou e se entregou por inteiro para a salvação de todos nós.

sábado, 7 de novembro de 2015

QUANDO O INFERNO É AQUI...

Uma barragem de mais de 80m de altura (chamada Fundão) para contenção de rejeitos (resíduos oriundos dos processos de beneficiamento industrial) de minério de ferro se rompe em Mariana, Minas Gerais. Cerca de 55 milhões de mdescem o vale estreito e impacta uma barragem menor (chamada Santarém) mais a jusante (contendo outros 7 milhões de m3, quase que em volume total de água). A massa viscosa vai arrebentando todo o vale a jusante, pegando em cheio o distrito de Bento Rodrigues, com 250 famílias e contendo um pequeno mas valioso registro histórico das Minas Gerais. Lama, lama e mais lama levando destruição, morte, medo e desespero a distâncias de dezenas de km das duas barragens. As obras humanas desconhecem sonhos e histórias, mas destroem uns e outras. A cicatriz da lama varrendo o chão é mais uma prova de que, às vezes, o inferno é aqui...




PRIMEIRO SÁBADO DE NOVEMBRO


Mensagem de Nossa Senhora à Irmã Lúcia, vidente de Fátima: 
                                                                                                                           (Pontevedra / Espanha)

‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem*, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’
* Com base em aparições posteriores, esclareceu-se que a confissão poderia não se realizar no sábado propriamente dito, mas antes, desde que feita com a intenção explícita (interiormente) de se fazê-la para fins de reparação às blasfêmias cometidas contra o Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado seguinte.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS


A Grande Revelação do Sagrado Coração de Jesus foi feita a Santa Margarida Maria Alacoque durante a oitava da festa de Corpus Christi  de 1675...

         “Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para  honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares ... Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra”.


... e as doze Promessas:
  1. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  2. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
  3. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
  4. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
  5. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente na hora da morte.
  6. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
  7. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
  8. As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
  9. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
  10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
  12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

    ATO DE DESAGRAVO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 
    (rezai-o sempre, particularmente nas primeiras sextas-feiras de cada mês)

Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados, diante do vosso altar, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o vosso dulcíssimo Coração.

Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as nossas próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conspurcando as promessas do batismo, renegam o jugo suave da vossa santa Lei.

De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas particularmente das licenças dos costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo o vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino Amor, e enfim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.

Oh, se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre os nossos altares.

Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nossos próximos, impedir, por todos os meios, novas injúrias à vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior número possível de almas.

Recebei, ó Jesus de Infinito Amor, pelas mãos de Maria Santíssima Reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes até a morte no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à Pátria bem-aventurada, onde vós, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

ORÁCULO DAS ALMAS DO PURGATÓRIO (VII)

Monsenhor Louvet, na sua obra 'Le purgatoire d’ápres les revélations des Saints', narra um fato prodigioso da proteção das almas aos que a elas socor­rem com sufrágios.

Um padre italiano, Luiz Monaci, religioso dos Clérigos Menores, era um fervoroso devoto das al­mas. Em toda parte e em todas as ocasiões procura­va meios de ajudar as benditas almas sofredoras. Em uma noite teve de viajar e atravessar sozinho uma planície deserta e perigosa, porque infestada de bandidos e salteadores, os quais já haviam tirado a vida a muita gente para roubar. 

Pelo caminho, o bom pa­dre não perdia tempo: ia recitando piedosamente o rosário de Maria pelas almas do purgatório. Ao avis­tar de longe o pobre sacerdote sozinho e desprovido de armas, um grupo de bandidos preparou-se para o assaltar e puseram-se de emboscada. Qual não foi o espanto de todos quando ouviram o soar de trombetas e um grupo de soldados que marchava armado aos lados do padre. Aterrorizados, esconderam-se os bandidos; pensando que os soldados tinham vindo para prendê-los. 

Viam, entretanto o padre muito tranquilo a caminhar, recitando o rosário. Saindo dessa região, o padre entrou em uma hospedaria para cear. Enquanto ceava, dois dos bandidos se aproximaram dele e perguntaram curiosos: 'Que padre é este que anda acompanha­do pelas estradas de soldados que o protegem?' — 'Aqui não chegou soldado algum e este padre aqui nunca andou assim em viagem'.

Os bandidos, furiosos, procuraram entrar em pa­lestra com o sacerdote e perguntaram-lhe do bata­lhão que o escoltava — 'Meus filhos, eu ando sozinho pelos caminhos. Só tenho um companheiro, o meu rosário, que recito sempre pelas santas almas do purgatório para que elas me protejam. — 'Pois bem, meu padr'e, confessa um bandido, 'estas almas vos salvaram. Somos bandidos e estávamos na estrada prontos para vos despojar e matar. E só não o fizemos porque um batalhão vos seguia pela estrada, e, aterrorizados, fugimos e viemos aqui curiosos saber do que se tratava. Cremos que as almas das quais sois tão devoto vos salvaram da morte. Tocados pela graça, ali mesmo os bandidos de joelhos pediram perdão dos pecados e confessaram-se humildemente.

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Um príncipe polonês, incrédulo e muito conhe­cido pelo seu materialismo, havia escrito um livro contra a imortalidade da alma. Estava já pronto o livro e prestes a entrar no prelo, quando ao passear pelo jardim veio-lhe ao encontro uma pobre mulher e banhada em lágrimas lançou-se aos seus pés, dizen­do: 'Meu caro senhor, meu marido morreu. A sua alma deve estar no purgatório e há de sofrer muito. Eu sou muito pobre, não tenho dinheiro para a es­pórtula de uma Missa por sua alma. Tenha a carida­de de me dar uma esmola para mandar celebrar uma Santa Missa pela alma de meu marido'.

O incrédulo príncipe teve pena da pobre mulher, e embora não acreditasse na imortalidade da alma e combatesse toda crença, levou a mão ao bolso e en­controu uma moeda de ouro. Deu-a logo à mulher. A pobrezinha, radiante de alegria, foi logo à primeira igreja e encomendou diversas missas pela alma do sau­doso esposo. 

Cinco dias depois, o príncipe relia os manuscritos do seu livro já em vésperas de ser pu­blicado — o terrível livro contra a imortalidade da alma. De repente, levantando a cabeça, deu com os olhos num homem misterioso que lhe parou em frente à mesa de trabalho do escritório. Era um camponês. 'Príncipe', disse o desconhecido, 'venho agra­decer-lhe. Sou o marido daquela pobre senhora que há poucos dias pediu a Vossa Alteza uma esmola para mandar celebrar missas pela alma do esposo falecido, pela minha alma. A caridade de Vossa Alteza foi tão bem aceita de Deus, que me foi permitido vir até vós para agra­decer tão grande benefício'.

Diante disto o príncipe, comovido, logo se converteu, rasgou os originais do livro ímpio que havia escrito, lançando-o ao fogo e tornou-se um bom cristão até a morte.

(Excertos da obra 'Tenhamos Compaixão das Pobres Almas!' de Monsenhor Ascânio Brandão, 1948)

terça-feira, 3 de novembro de 2015

HISTÓRIAS QUE OUVI CONTAR (XIII)

Emídio Esquivel cerrou os olhos cansados. Muito, muitíssimo cansados. Embora a claridade do dia ensolarado entrasse aos borbotões pelas altas janelas e o envolvessem em um manto de fúria luminosa, suas retinas planavam em penumbras cada vez mais volumosas. O ar vinha e voltava sem quietude nos pulmões em brasa, num arremedo do eco vital; suas narinas abriam desesperadas buscando o vazio e o peito arfava em compressões e expansões cada vez menos regulares e cada vez mais espasmódicas. A morte se esgueirava pelos cantos do espaçoso quarto de hospital e tateava, pelo chão impecavelmente branco, em busca da posição agônica da última espreita. Emídio estava morrendo.

Os olhos fechados apagaram a penumbra e os sentidos entorpecidos pelos medicamentos contra a dor. Em algum abismo indefinível do seu corpo, a própria dor se aquietara e parecia à espera. Somente o peito inflava e zunia o ar que fugia celeremente pelo respirar ofegante. Estava só, irremediavelmente só, para cruzar a fronteira definitiva, o último abismo. Teve medo. Um medo peculiar, uma noção clara de que nervos, membros e pensamentos não sustentavam por completo a compleição do ser. Que podia haver algo mais, algo além da epiderme vegetativa, da degeneração contínua dos anseios e gemidos, da falência inevitável dos sentidos e dos sonhos prematuros.

Viu silenciosamente como num filme o desenrolar de toda uma vida, encenada em detalhes e esmero absoluto, tão nitidamente como se o tempo dos anos vividos fosse apenas o momento do agora. Projetou-se em milhares de imagens translúcidas que invadiam corpos, mentes, pensamentos, gestos e sentimentos e, de todos eles, renasceu com a dimensão da eternidade. Compreendeu o seu eu e o seu eu em tudo e em todos, mirante de toda a verdade. Desvestiu-se do homem que é pó e assumiu-se criatura infante de Deus.

O filme começou, então, a rodar celeremente ao contrário e em saltos mirabolantes. As imagens passavam trêmulas e esmaecidas, em meio ao vozerio de ruas e sons estridentes vindos de todos os lados e de todas as direções. Ora distorcidas, ora congeladas, mais e mais imagens confluíam como um fluxo de visões irreais à sua volta, arrastando-o em vertigem espantosa e convergindo para um enorme e colossal abismo negro. Algo estava agora errado, muito errado. À silente e caudalosa trilha de luz que seguira até há pouco convertera-se num emaranhado de vórtices e de redemoinhos espantosos, que o submergia num oceano de trevas indescritíveis. 

'A luz, quero a luz!' O grito lhe pareceu vir de abismos ainda mais inimagináveis do seu ser, e teve a convicção clara do que seria a sua alma. 'A luz, quero a luz!' A sua voz lhe pareceu demasiado nítida  e teve a suspeição de estar sendo ouvido com perfeição claríssima. Tentou abrir os olhos, captar a luz ensolarada da manhã singular. Apenas despertou a dor aquietada em abismos insondáveis que tomou de impulso todo o seu ser, consumido agora em agonia pura. Os pulmões ardiam como brasas e o ar calcinava a sua língua. 'A luz, quero a luz!' O último espasmo consumiu sua derradeira entrega. O quarto inteiro mergulhou, então, em trevas e a luz se difundiu por completo nos abismos da alma diante de Deus.

('Histórias que Ouvi Contar' são crônicas do autor deste blog)