sexta-feira, 4 de setembro de 2015

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS


A Grande Revelação do Sagrado Coração de Jesus foi feita a Santa Margarida Maria Alacoque durante a oitava da festa de Corpus Christi  de 1675...

         “Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para  honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares ... Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra”.


... e as doze Promessas:
  1. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  2. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
  3. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
  4. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
  5. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente na hora da morte.
  6. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
  7. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
  8. As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
  9. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
  10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
  12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

    ATO DE DESAGRAVO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 
    (rezai-o sempre, particularmente nas primeiras sextas-feiras de cada mês)

Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados, diante do vosso altar, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o vosso dulcíssimo Coração.

Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as nossas próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conspurcando as promessas do batismo, renegam o jugo suave da vossa santa Lei.

De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas particularmente das licenças dos costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo o vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino Amor, e enfim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.

Oh, se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre os nossos altares.

Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nossos próximos, impedir, por todos os meios, novas injúrias à vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior número possível de almas.

Recebei, ó Jesus de Infinito Amor, pelas mãos de Maria Santíssima Reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes até a morte no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à Pátria bem-aventurada, onde vós, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

3 DE SETEMBRO - SÃO GREGÓRIO MAGNO


Gregório (540 - 604), monge beneditino e doutor da Igreja, foi papa entre 3 de Setembro de 590 e 12 de março de 604. De família nobre romana, assumiu inicialmente carreira política (foi pretor de Roma). Mais tarde, ao conhecer os escritos de São Bento, abandonou tudo, doando os seus bens aos pobres e, ingressando na vida monacal, fundou vários mosteiros regulados pelas regras de São Bento

Eleito papa em 590 como Gregório I, defendeu a supremacia do papado e trabalhou arduamente pela reforma do clero e da vida monástica. Publicou a chamada 'Regra Pastoral', um verdadeiro manual de santidade para os servos de Deus.  Promoveu o fervor missionário e um amplo e completo trabalho de reorganização da estrutura administrativa e litúrgica da Igreja, consolidando preceitos litúrgicos, sistematizando procedimentos da vida religiosa, padronizando as funções e os rituais católicos, promovendo a unificação territorial da Igreja, fomentando a música religiosa (chamada hoje de 'canto gregoriano'), instituindo o rito latino da Santa Missa e a proposição de dogmas (a existência do Purgatório) e redefinindo historicamente o papel e a dimensão social e espiritual da Santa Igreja de Cristo. 

Esta extraordinária conjunção de realizações valeu-lhe o aporte do adjetivo 'magno', honra devida a apenas um outro papa além dele - São Leão Magno. É o quarto e último dos originais Doutores da Igreja latina. Mas este papa personalíssimo, marco fundamental da História da Igreja e do primado da civilização cristã se autodefinia apenas como servus servorum Dei - servo dos servos de Deus.


Dos Escritos de São Gregório Magno (sobre a existência do Purgatório):

'Tal como alguém sai deste mundo, assim se apresenta no Juízo. Porém, deve-se crer que exista um fogo purificador para expiar as culpas leves antes do Juízo. A razão para isso é que a Verdade afirma que se alguém disser uma blasfêmia contra o Espírito Santo, isto não lhe será perdoado nem neste século nem no vindouro. Com esta sentença se dá a entender que algumas culpas podem ser perdoadas neste mundo e algumas no outro, pois o que se nega em relação a alguns deve-se compreender que se afirma em relação a outros (...) No entanto, tal como já disse, deve-se crer que isto se refere a pecados leves e de menor importância' (Diálogos 4,39: PL 77, 396).

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

QUANDO O INFERNO É AQUI...


Menino sírio morto por afogamento numa praia de Bodrun, na Turquia, após tentativa de fuga das atrocidades do Estado Islâmico

As ondas passam insensíveis pelo pequeno corpo prostrado na areia.
De repente, o mar não significa nada.
O tempo não significa nada.
A vida não significa nada.
Apenas a imagem, mais cruel que a punhalada.
Apenas a imagem, chocante, violenta, absurda.
O garoto que deveria ter sonhos nos pés
brinquedos na sala
uma pipa, uma  bola,
uma infância,
não é mais nada.
Ás vezes, dá vontade de gritar,
de esmurrar a parede,
de se desfazer do mundo.
Eu acho sinceramente que, às vezes, Deus também chora.

BREVIÁRIO DIGITAL - CATECISMO ILUSTRADO DE 1910 (XXIV)







(Catecismo Ilustrado de 1910, parte XXIV)

terça-feira, 1 de setembro de 2015

VERSUS: BÍBLIA CATÓLICA X BÍBLIA PROTESTANTE


O cânon protestante conta com apenas 38 livros, faltando os seguintes livros da Bíblia Católica: Macabeus I, Macabeus II, Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico e Baruc. Além disso, apresenta dois livros incompletos: Ester (faltam cerca de seis capítulos de 10,4 a 16, 24) e Daniel (falta a oração de Azarias, o cântico dos mancebos, o episódio de Susana e a história de Bel e do Dragão). 

'Se alguém cortar qualquer das palavras do livro desta profecia, Deus lhe cortará sua parte do livro da vida e da cidade santa, e do que está escrito neste livro' (Jo 22, 19).

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

SOFRER E AMAR

Quer queira, quer não, há que se sofrer. Há uns que sofrem como o bom ladrão, e outros como o mau; ambos sofriam igualmente. Mas um soube tornar os seus sofrimentos meritórios e o outro expirou no desespero mais horrendo.

Há dois modos de sofrer: sofrer amando e sofrer sem amar. Os santos sofriam tudo com paciência, alegria e perseverança, porque amavam. Nós, nós sofremos com cólera, despeito e enfado, porque não amamos. Se amássemos a Deus, seríamos felizes de poder sofrer por amor d'Aquele que se dignou sofrer por nós. No caminho da cruz, meus filhos, só o primeiro passo custa. É o temor das cruzes que é a nossa maior cruz...

Não se tem a coragem de carregar a própria cruz, ou se faz isso muito mal; porquanto, façamos o que fizermos, a cruz nos apanha, não lhe podemos escapar. Que temos então a perder? Porque não amarmos as nossas cruzes e não nos servirmos delas para irmos para o céu? Ao contrário, a maioria dos homens voltam as costas às cruzes e fogem diante delas. Quanto mais correm, tanto mais a cruz os persegue, tanto mais os fustiga e os esmaga de pesos.

Se o bom Deus nos manda cruzes, nós nos agastamos, nos queixamos, murmuramos, somos tão inimigos de tudo o que nos contraria, que quereríamos sempre estar numa caixa de algodão; mas é numa caixa de espinhos que deveríamos estar.

É pela cruz que se vai para o céu. As moléstias, as tentações, as penas são outras tantas cruzes que nos conduzem ao céu. Tudo isso em breve terá passado. Vede os santos que chegaram antes de nós; o bom Deus não pede de nós o martírio do corpo, pede-nos só o martírio do coração e da vontade.

Nosso Senhor é nosso modelo; tomemos a nossa cruz e sigamo-lo. Façamos ainda como os soldados de Napoleão. Era preciso atravessar uma ponte sobre a qual atiravam a metralha; ninguém ousava passar. Napoleão tomou a bandeira e marchou por primeiro.

A cruz é a escada do céu. Como é consolador sofrer sob os olhos de Deus, e poder dizer a si, a noite, no exame de consciência: 'Eis, minha alma, tiveste hoje duas ou três horas de semelhança com Jesus Cristo: foste flagelada, coroada de espinhos, crucificada com ele!' Ó que tesouro para a morte! Como é bom morrer quando se viveu na cruz !

Se alguém vos dissesse: 'Eu bem queria ficar rico, que devo fazer?'; vós lhe responderíeis: 'É preciso trabalhar'. Pois bem, para ir para o céu é preciso sofrer. Sofrer! Que importa? É só um momento. Se pudéssemos passar oito dias no céu, compreenderíamos o valor desse momento de sofrimento. Não acharíamos cruz bastante pesada, nem provação que fosse bastante amarga...

(São Cura D'Ars)

DA VIDA ESPIRITUAL (84)




Se Maria não fosse Maria, Deus seria exatamente o que seria, mas do Infinito Amor do Pai por nós, nenhum homem verdadeiramente perceberia...