Menino sírio morto por afogamento numa praia de Bodrun, na Turquia, após tentativa de fuga das atrocidades do Estado Islâmico
De repente, o mar não significa nada.
O tempo não significa nada.
A vida não significa nada.
Apenas a imagem, mais cruel que a punhalada.
Apenas a imagem, chocante, violenta, absurda.
O garoto que deveria ter sonhos nos pés
brinquedos na sala
uma pipa, uma bola,
uma infância,
não é mais nada.
Ás vezes, dá vontade de gritar,
de esmurrar a parede,
de se desfazer do mundo.
Eu acho sinceramente que, às vezes, Deus também chora.