Quem poderá
nos separar do amor de Deus? Releia e medite muitas vezes a mensagem de Paulo
aos romanos (Rom 8, 37-39), para compreender um pouco do amor infinito do Pai
por nós. Mesmo que uma hecatombe universal decretasse o fim de toda a
humanidade e você, meu filho, fosse o único ser humano sobre a terra, Deus não
te amaria nem mais um pouquinho do que te ama agora, neste momento, porque Ele
é o Infinito Amor e te escolheu entre os Filhos da Luz desde os tempos do Nada.
Este Amor subsiste apenas pelo teu amor: as chamas do Amor Infinito que
incendeiam tua alma se alimentam das fagulhas esmaecidas do teu limitado amor
humano ... Estas chamas retornam como fogo abrasador forjado pelos reflexos da
própria Luz de Deus no espelho de tua alma generosa e pura...
sábado, 8 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
O DOM DO TEMOR DE DEUS
O nosso obstáculo ao bem é o orgulho. O orgulho nos leva a resistir a Deus, a por o nosso fim em nós mesmos, em uma palavra, a nos perder. Só a humildade pode nos salvar de tão grande perigo. Quem nos dará a humildade? O Espírito Santo, derramando em nós o dom do Temor de Deus. Esse sentimento repousa na ideia da majestade de Deus que a fé nos dá, em presença da qual nada somos; na ideia da sua santidade infinita, diante da qual não passamos de indignidade e escória; do julgamento soberanamente equitativo que ele deve exercer sobre nós ao sairmos desta vida e do perigo de uma queda sempre possível, se faltarmos à graça, que nunca nos falta, mas à qual podemos resistir.
A salvação do homem se opera, pois, 'com temor e tremor', como ensina o Apóstolo; mas este temor que é um dom do Espírito Santo, não é um sentimento grosseiro que se limitaria a nos lançar no horror da consideração dos castigos eternos. Ele nos mantém com a compunção do coração, mesmo quando nossos pecados já foram há muito tempo perdoados; ele nos impede de esquecer que somos pecadores, que devemos tudo à misericórdia divina e que só estamos salvos na esperança.
O Temor de Deus não é um temor servil; ao contrário, se torna a fonte de sentimentos mais delicados. Pode-se aliar ao amor, não sendo mais do que um sentimento filial que abomina o pecado por causa do ultraje que este comete a Deus. Inspirado pelo respeito à majestade divina, pelo sentimento da santidade infinita, põe a criatura em seu verdadeiro lugar. São Paulo nos ensina que o temor, assim purificado, contribui para 'o aperfeiçoamento da santificação'. Escutemos também esse grande apóstolo, que foi arrebatado até o terceiro céu, confessar que é rigoroso consigo mesmo 'a fim de não ser reprovado'.
O espírito de independência e de falsa liberdade que reina hoje em dia contribui para tornar mais raro o Temor de Deus e aí está uma das chagas do nosso tempo. A familiaridade com Deus toma, na maior parte das vezes, o lugar dessa disposição fundamental da vida cristã e, desde então, cessa todo progresso, a ilusão se introduz na alma e os divinos sacramentos, que no momento de uma volta para Deus, tinham operado com tanto poder, tornam- se quase estéreis. É que o dom do Temor foi abafado pela vã complacência da alma consigo mesma. A humildade se extinguiu; um orgulho secreto e universal veio paralisar os movimentos desta alma. Ela chega, sem perceber, a não mais conhecer a Deus, pelo próprio fato de não tremer mais diante dele.
Conservai em nós, ó Divino Espírito, o dom do Temor de Deus que nos foi derramado no nosso batismo. Este temor salutar assegurará nossa perseverança no bem, detendo os progressos do espírito de orgulho. Que ele seja como uma trave que atravessa nossa alma de lado a lado e que fique sempre fixada como nossa salvaguarda. Que abaixe nossa altivez, que nos arranque da indolência, nos revelando sem cessar a grandeza e a santidade Daquele que nos criou e que nos deve julgar.
Sabemos, ó Divino Espírito, que esse feliz Temor não abafa o amor; longe disso, afasta os obstáculos que o deteriam em seu desenvolvimento. As potestades celestes vêem e amam com ardor o soberano Bem, elas são inebriadas pela eternidade; no entanto, tremem diante da terrível majestade, tremunt potestates. E nós, cobertos das cicatrizes do pecado, cheios de imperfeições, expostos a mil armadilhas, obrigados a lutar contra tantos inimigos, não sentimos que é preciso estimular por um temor forte e ao mesmo tempo filial, nossa vontade que adormece tão facilmente, nosso espírito tomado por tantas trevas!
Velai por Vossa obra, ó Divino Espírito! Preservai em nós o dom precioso que Vos dignastes dar-nos; ensinai-nos a conciliar a paz e a alegria do coração com o Temor de Deus, segundo a advertência do salmista: 'Serve o Senhor com temor e exulta de felicidade tremendo diante dele'.
(Excertos da obra 'Os Dons do Espírito Santo', de Dom Prosper Gueranger, Ed. Permanência, 2007)
PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS
A Grande Revelação do Sagrado Coração de Jesus foi feita a Santa Margarida Maria Alacoque durante a oitava da festa de Corpus Christi de 1675...
“Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares ... Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra”.
... e as doze Promessas:
- A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
- Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
- Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
- Eu os consolarei em todas as suas aflições.
- Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente na hora da morte.
- Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
- Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
- As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
- As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
- Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
- As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
- A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.ATO DE DESAGRAVO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
(rezai-o sempre, particularmente nas primeiras sextas-feiras de cada mês)
Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados, diante do vosso altar, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o vosso dulcíssimo Coração.
Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as nossas próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conspurcando as promessas do batismo, renegam o jugo suave da vossa santa Lei.
De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas particularmente das licenças dos costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo o vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino Amor, e enfim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.
Oh, se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre os nossos altares.
Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nossos próximos, impedir, por todos os meios, novas injúrias à vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior número possível de almas.
Recebei, ó Jesus de Infinito Amor, pelas mãos de Maria Santíssima Reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes até a morte no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à Pátria bem-aventurada, onde vós, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
05 DE FEVEREIRO - SANTA ÁGUEDA
Santa Águeda (ou Ágata), uma das mais conhecidas mártires dos primeiros séculos do Cristianismo, nasceu durante a primeira parte do século terceiro (provavelmente entre os anos 230 e 235) de uma família rica e nobre de Catânia, então uma das cidades mais prósperas da Sicília. Dotada de beleza singular, já aos 15 anos, expressou seu desejo de tornar-se uma virgem consagrada a Deus. Durante as perseguições cristãs sob o imperador Decio Trajanus (250 - 253), o prefeito romano de Catânia, um homem chamado Quintianus, foi tomado de uma obsessão diabólica de possui-la. Rejeitado em todas as suas empreitadas, o desejo transformou-se em ódio demente, o que o levou a cometer todo tipo de insanidades contra a jovem, submetendo-a a torturas inimagináveis.
Fiel à sua consagração a Cristo, a jovem resistiu a todos os tormentos, induzindo, cada vez mais, a fúria obsessiva do prefeito romano. Assim, foi induzida à prostituição sagrada como sacerdotisa, pressões psicológicas, interrogatórios exaustivos, torturas variadas, até a mutilação de um dos seus seios. Este grave ferimento teria sido milagrosamente curado por São Pedro. Ao ser indagada sobre a espantosa cura, respondeu que tinha sido curada por Jesus. Transtornado de ódio, o seu carrasco a condenou à morte deitada sobre um braseiro, depois de fazê-la passar sobre cacos de vidro. Neste momento, um grande terremoto abalou a cidade e a população associou o fato às torturas impostas à jovem que foi, então, gravemente queimada, retirada das brasas e lançada na prisão, onde morreu, poucas horas depois, em 5 de fevereiro do ano de 251.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
O LOBO ENTRE AS OVELHAS (II)
'Enfim, censurando algum defeito, devemos poupar a pessoa tanto quanto podemos. É verdade que se pode falar abertamente dos pecadores públicos reconhecidos como tais, mas deve ser em espírito de caridade e compaixão, e não com arrogância ou presunção por um certo prazer que se ache nisso; este último sentimento denotaria um coração baixo e vil. Excetuo somente os inimigos de Deus e da Igreja, porque a estes devemos combater quanto pudermos, como são os chefes de heresias, cismas, etc. É uma caridade descobrir o lobo que se esconde entre as ovelhas, em qualquer parte onde o encontramos'.
(São Francisco de Sales, em 'Filoteia ou Introdução à Vida Devota')
''Nosso objetivo é construir uma comunidade em torno de serviços religiosos – em benefício de uma vida de qualidade para todos – visando à formação de uma parcela do povo de Deus, comprometida com a esperança e com os clamores de nossos dias'.
'A característica de nossa assembleia – ‘convocação’ de todos – há de ser não o ‘poder’, mas o serviço que Jesus sintetizou no gesto do lava-pés. Bem diferente, pois, da Igreja tradicional, que se contentava com um rebanho passivo, obediente e, não raro, alienado'.
Pobre frei que envelheceu como acervo de paróquia. Seus paroquianos, 'uma parcela do povo de Deus' ungida e amestrada pela 'Igreja da Acolhida e da Não Exclusão de Ninguém' do Frei Balen, evidentemente acham bastante razoável excluir os outros, os chamados católicos tradicionais, essa 'parcela do povo de Deus' tão 'passiva e alienada'. Um cidadão, acolhido pelo frei mas herege pela Igreja (o que, para ele, parece não importar grande coisa), foi, pelo menos, sincero: 'Ele [frei Balen] é a minha igreja; se ele não voltar [a rezar a missa no meu horário escolhido], eu também não volto'. Numa frase, um Colosso de Rodes de heresias. Que Deus tenha piedade desse frei e destes paroquianos que, antes frouxos na fé, passaram a ser agora réus de sacrilégio, ao profanarem o culto da Santa Missa na Igreja do Carmo em Belo Horizonte interrompendo o início da celebração com gritos, vaias, assobios e pancadas ritmadas nos bancos da igreja. Que sobre a Igreja de Cristo, e não a de freis ou a de infiéis de freis ativos ou passivos, ressoem as palavras do Cura d'Ars, terríveis e proféticas: 'Um padre nunca entra sozinho no Céu ou no Inferno'. E que essa única e verdadeira Igreja, seja apenas cristocêntrica e despojada de respeitos humanos: 'Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!' (Jer 17,5).
Sim, temos que amar, e não só amar, mas ter um profundo amor pelos sacerdotes. Estes homens que têm o poder de perdoar pecados e de transformar o pão e o vinho no Corpo e Sangue de Jesus (e não por serem exímios reformadores sociais). Mas, por amar a Deus sobre todas as coisas, temos também de pedir as graças e bênçãos do Céu para aqueles sacerdotes que se comportam como homens comuns, enfeitiçados pelos apelos do mundo. Para que deixem de ser pastores de heresias, lobos disfarçados entre ovelhas, freis libertários ou não.
domingo, 2 de fevereiro de 2014
A APRESENTAÇÃO DE JESUS NO TEMPLO
Páginas do Evangelho - Quarto Domingo do Tempo Comum
APRESENTAÇÃO DE JESUS NO TEMPLO
No Templo de Jerusalém, a Mãe de Deus e o Salvador do Mundo fazem cumprir integralmente as prescrições da lei mosaica: servir e seguir com retidão extrema a lei da Igreja: 'Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor' (Lc 2, 23). E, com a consagração do filho, a purificação da mãe. No Templo de Jerusalém, os mistérios de Deus se harmonizam na Apresentação de Jesus e na Purificação de Nossa Senhora.
Simeão, o velho Simeão, tão justo e piedoso que 'O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor' (Lc 2, 25 - 26), representa a Igreja. Jesus se doa, pelas mãos de Maria, à Igreja e à toda a humanidade. Doação reconhecida pela Igreja, nas palavras do Velho Simeão: 'meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel' (Lc 2 30 - 32).
Ao tomar a criança nos seus velhos e cansados braços, Simeão é a Igreja que acolhe Jesus. Ao ser recebido nos braços do velho sacerdote, Jesus acolhe para si o resgate e a redenção da humanidade pecadora. Neste encontro no Templo, é forjada a missão da Igreja: permanecer, ainda que envelhecida e cansada, nos braços de Cristo, até o último dia da humanidade. No encontro no Templo, é revelado o plano da salvação humana: 'Ele será um sinal de contradição' (Lc 2, 34) que perpassa pela Paixão de Cristo: 'Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma' (Lc 2, 35). Os mistérios de Deus começaram a ser revelados aos homens, pelo velho Simeão e pela sacerdotisa Ana, naquele dia no Templo de Jerusalém.
Santos e portentosos mistérios que levaram os próprios pais de Jesus à admiração profunda: 'O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele' (Lc 2, 33). Com quanto zelo e reflexão profunda não devem ter guardado nos corações aqueles acontecimentos extraordinários, quando regressavam para Nazaré. E quanto zelo, admiração e louvor a Deus não devem ter experimentado nos dias, meses e anos seguintes, ao ver e testemunhar que aquele menino 'crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele' (Lc, 2, 40).
sábado, 1 de fevereiro de 2014
O MILAGRE EUCARÍSTICO DE MORALEJA
Moraleja de Enmedio é uma pequena localidade de menos de 5000 habitantes, situada ao sul de Madrid, na Espanha. E foi nessa pequena localidade espanhola que aconteceu um dos mais extraordinários milagres eucarísticos dos tempos recentes.
Em 1935, o pároco local, Pe. Roberto Gracía Trejo, de grande santidade, manifestou com grande alegria, pouco antes de falecer, que 'via um milagre na igreja do lugar e muitos peregrinos vindo ver este milagre'. E o milagre realmente ocorreu, cerca de um ano depois, em 16 de julho de 1936, dois dias antes de explodir a Guerra Civil Espanhola. O então pároco local, Pe. Clemente Díaz Arévalo, sucessor do Pe. Gracía Trejo, celebrou uma missa à Virgem do Carmo nesta data, consagrando cerca de uma centena de hóstias, distribuídas aos fiéis. As poucas hóstias restantes foram colocadas no sacrário da igreja.
Temendo profanações e sacrilégios, e até pela própria vida, diante a chegada iminente dos milicianos, o pároco recolheu rapidamente o pequeno cibório, banhado em prata, contendo as hóstias consagradas. O cibório foi, então, escondido inicialmente em uma das casas da vila, depois enterrado por 70 dias no porão e posteriormente escondido num vão de uma viga de telhado de uma segunda casa, tendo que ser abandonado em seguida sob a ordem de evacuação do povoado.
Com a chegada das tropas nacionais àquela região, os moradores puderam retornar às suas casas e, mais do que isso, recuperaram o cibório escondido no mesmo local. Embora o cibório estivesse todo oxidado e o pano que o cobria totalmente deteriorado, as hóstias permaneceram absolutamente intactas, mesmo em condições de umidade extrema e mesmo sendo o cibório não hermeticamente fechado. Com a chegada de dois sacerdotes à vila, estes contaram o número de hóstias consagradas: 24. Comungaram com duas delas e manifestaram o espanto de que elas pareciam novas. Levaram uma outra com eles, restando, portanto, 21 hóstias.

Os habitantes de Moraleja associam este fato extraordinário a uma proteção especial dos Céus ao povoado durante os tempos sangrentos da Guerra Civil Espanhola. Eles protegeram o Senhor e o Senhor os protegeu. Com efeito, nenhum habitante de Moraleja morreu por causa da guerra (1936 - 1939) que ceifou cerca de 300.000 vidas. Nenhum bombardeio aéreo afetou o povoado, embora muitas bombas tenham explodido em suas vizinhanças. Durante a evacuação, as bombas lançadas contra os habitantes em retirada não explodiram. A igreja é extremamente cuidadosa nas confirmações de milagres mas, certamente, a profecia do Pe García Trejo se realizou no estupendo milagre eucarístico de Moraleja...
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