quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A PERFEIÇÃO CRISTÃ

A vida espiritual consiste em conhecer a infinita grandeza e bondade de Deus, junto a um grande senso de nossa própria fraqueza e tendência para o mal; em amar a Deus e nos detestarmos a nós mesmos; em nos humilharmos não somente diante dEle, mas, por Sua causa, também diante dos homens; em renunciar inteiramente à nossa própria vontade para fazer a Sua.

Consiste, finalmente, em fazer tudo somente pela glória de seu santo Nome, com um único propósito - agradar-Lhe - por um só motivo: que Ele seja amado e servido por todas as suas criaturas. 

... As letras gregas alfa e ômega ostentadas pelo Padre Eterno, significam que Deus é o princípio e fim de tudo. Por isso, é necessário lutar constantemente contra si mesmo e empregar toda força para arrancar cada inclinação viciosa, mesmo as triviais. Consequentemente, para se preparar ao combate a pessoa deve reunir toda sua resolução e coragem. Ninguém será premiado com a coroa se não tiver combatido corajosamente.

... Aquele que tiver a coragem de conquistar suas paixões, controlar seus apetites e rejeitar até as mínimas moções de sua vontade, pratica uma ação mais meritória aos olhos de Deus do que se, sem isso, rasgasse suas carnes com as mais agudas disciplinas, jejuasse com maior austeridade que os Padres do deserto, ou convertesse multidões de pecadores. 

... O que Deus espera de nós, sobretudo, é uma séria aplicação em conquistar nossas paixões; e isso é mais propriamente o cumprimento de nosso dever do que se, com incontrolado apetite, nós Lhe fizéssemos um grande serviço.

... Para se obter isso, deve-se estar resolvido a uma perpétua guerra contra si mesmo, começando por armar-se das quatro armas sem as quais é impossível obter a vitória nesse combate espiritual. Essas quatro armas são: desconfiança de si mesmo, confiança em Deus, apropriado uso das faculdades do corpo e da alma e o dever da oração.

(Excertos da obra 'The Spiritual Combat - And a Treatise on Peace of Soul', Lorenzo Scupoli, original do séc. XVI, TAN Books and Publishers, 1990)

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

DA VIDA ESPIRITUAL (63)



Filho, dissestes há pouco que gostaríeis de ter um coração rígido como o aço para sustentar a tua alma plena do amor de Deus. Queiras ter um coração, e não só o coração, mas todo o teu ser plasmado em argila, plástica e flexível. Na argila frágil da tua condição humana, Deus poderá, então, moldar à perfeição o ideal de tua alma!  

domingo, 8 de dezembro de 2013

IMACULADA CONCEIÇÃO DE NOSSA SENHORA

Páginas do Evangelho - Segundo Domingo do Advento 


'Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina de que a Bem-aventurada Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus Onipotente, em atenção aos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de culpa original; essa doutrina foi revelada por Deus, e deve ser, portanto, firme e constantemente crida por todos os fiéis'.


(Beato Papa Pio IX, na proclamação do dogma da Imaculada Conceição, em 08 de dezembro de 1854)

O Segundo Domingo do Advento de 2013 coincide com a festa da solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Nossa Senhora, criatura superior a tudo quanto já foi criado, e inferior somente à humanidade santíssima de Nosso Senhor Jesus Cristo, recebeu de Deus o privilégio incomparável da Imaculada Conceição. 

Desta forma, Maria foi preservada de qualquer pecado desde que foi concebida, porque recebeu naquele instante o Espírito Santo de Deus. O 'sim' de sua entrega incondicional à vontade de Deus, 'Eis aqui a serva do senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!' (Lc 1, 38), não teria sido possível se, mesmo livre de qualquer  pecado durante toda a sua vida, Maria tivesse, a exemplo de toda a humanidade, a mancha do pecado original. Deus, ao cumular Maria de tantas graças extraordinárias, não permitiu que ela estivesse separada dele em nenhum segundo de sua existência e, assim, Maria não conheceu o pecado desde a sua concepção.

A Santa Igreja ensina que Maria Santíssima foi preservada do pecado original, em previsão aos futuros méritos da Vida, Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo que, assim, a pré-redimiu desde o primeiro instante da sua existência. Sendo concebida sem pecado original, Maria ficou também preservada de qualquer tendência para o mal decorrente do pecado original. Não é crível que Deus Pai onipotente, podendo criar um ser em perfeita santidade e na plenitude de inocência, não fizesse uso de seu poder a favor da Mãe de seu Divino Filho. Como explicitou, de forma definitiva, o beato franciscano João Duns Scoto (1265-1308), em sua exposição quando da defesa da Imaculada Conceição na Universidade de Paris: 'Potuit, decuit, ergo fecit' (Deus podia fazê-lo, convinha que o fizesse, logo o fez).

O fundamento deste privilégio mariano está na absoluta oposição existente entre Deus e o pecado. Ao homem concebido no pecado, contrapõe-se Maria, concebida sem pecado. Santa e imaculada conforme a saudação do Anjo da Anunciação: 'Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!' (Lc 1, 28). E, assim, a primeira a se regozijar das infinitas graças da redenção de Cristo, primícias de nossa fé cristã.

NOSSA SENHORA DA IMACULADA CONCEIÇÃO

Como obra prima do Pai, moldada em oração,
ornada por Deus de privilégio substancial,
Maria foi criatura plena de imaculada conceição,
nascida isenta do pecado original.

Entre as luzes de tantas glórias de Maria,
sua imaculada conceição muito ilumina: 
como refúgio seguro ao pecado e à heresia,
como graça e louvor da inspiração divina!

Senhora minha, 
Nossa Senhora da Imaculada Conceição; 
Salve Rainha, 
velai por nós com maternal proteção!
(Arcos de Pilares)






sábado, 7 de dezembro de 2013

ABERRAÇÕES LITÚRGICAS (IV)

Em 12 de novembro passado, na Catedral da Santíssima Trindade em Buenos Aires, uma cerimônia recordava a Kristallnacht, liturgia inter-religiosa celebrada entre católicos e judeus. Oito líderes religiosos cercavam o arcebispo de Buenos Aires, D. Mario Aurelio Poli. Um grupo de argentinos, na maioria jovens e garotos, ajoelhados na parte central da catedral, começa, assim que o ritual tem início, a oração do Rosário, em desagravo ao ato ecumênico e à profanação do templo católico por um evento não católico. Em meio às hostilidades, insultos e admoestações, o grupo mantém-se firme em oração. Serão chamados de inoportunos, loucos, nazistas, fanáticos, dentro de um templo católico, por cristãos e não cristãos. Porque o culto ao respeito humano impõe-se à adoração a Deus Uno e Trino. Mas São Bonifácio chamou de mercenários os outros, os que não pregam a Verdade de Deus oportuna ou inoportunamente.

'Não sejamos cães mudos, não sejamos sentinelas caladas, não sejamos mercenários que fogem dos lobos, mas pastores solícitos, vigilantes sobre o rebanho de Cristo. Enquanto Deus nos der forças, preguemos toda a doutrina do Senhor ao grande e ao pequeno, ao rico e ao pobre, e todas as classes e idades, oportuna e inoportunamente!'

(São Bonifácio, século VIII)


(vídeo em espanhol)

PRIMEIRO SÁBADO DE DEZEMBRO


Mensagem de Nossa Senhora à Irmã Lúcia, vidente de Fátima: 
                                                                                                                           (Pontevedra / Espanha)

‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem*, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’
* Com base em aparições posteriores, esclareceu-se que a confissão poderia não se realizar no sábado propriamente dito, mas antes, desde que feita com a intenção explícita (interiormente) de se fazê-la para fins de reparação às blasfêmias cometidas contra o Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado seguinte.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

ASSIM FALOU O PADRE PIO

Meus queridos confrades, recebi com muita tristeza as notícias vindas do governo de Foggia. Finalmente os secretários do demônio conseguiram o poder de nossa querida província, e agora querem aniquilar a mais querida criação de Deus.

Sabeis vós que o demônio é a criatura mais invejosa que existe, e sua inveja atinge o infinito e o perfeito, e por isso mesmo a inveja do demônio será eterna. E por isso, ele procura diversas formas de ferir o Coração de Deus, e o caminho mais curto que encontrou para isto foi o homem, pois sendo este a criação mais querida por Deus, é também a que mais fere o Coração divino.

Vejam, pois, agora, se esta mesma criatura impedisse que outras criaturas de sua raça nascessem. Alvoroçará o demônio, e Deus derramará lágrimas infinitas. A criatura pôs-se no posto do Criador. O servo sentou no trono do Rei. O homem se impôs sobre Deus. Meus confrades! Se soubésseis quão terrível é este pecado, que chamam de aborto... Se pudésseis sentir a dor das chagas de Cristo, que derramaram o Sangue precioso para a salvação do homem. Quando vós virdes uma alma que anuncia o aborto como feito benigno, sabereis que nela reina o príncipe das trevas, e sua eternidade está por hora no livro da morte.

Malditos! Desgraçados! Ai desses infelizes homens que ousam tentar a ira divina. Cairá sobre eles a fúria eterna dAquele que os criou. Ai de nós!, meus confrades, se consentirmos com esse miserável e mortal pecado. Não ousemos tomar o lugar do Criador, e não permitamos que nenhum homem o faça. Não sejamos cúmplices deste crime maldito por culpa do nosso silêncio e da nossa tibieza.

(Padre Pio e o Papa, Frei Carlo Maria, trad. Carlos Wolkartt, original do blog christifidei)