Eu sei que muitas vezes as palavras não dizem nada
os gestos de carinho tornam-se vãos
o consolo parece trazer ainda mais sofrimento
Nas noites mais sombrias dos tempos
quando a angústia nos consome por completo
com dentes de uma besta faminta
Quando a dor parece ser o único respiro,
o coração jaz em pulsações descontroladas
e a mente perturbada perde a luz da alma
Enfim, quando as lágrimas prostrarem-se turvas
no redemoinho das margens rasas,
é hora de avançar para águas mais profundas
Lembre-se que houve um dia mais escuro
e de uma dor tão tamanha
que foi preciso o próprio Deus morrer por nós.
E que há um lugar onde Ele sempre vai estar
à espera do filho pródigo que volta,
das noites traiçoeiras da alma,
para encontrar alívio e consolação,
para repousar e para alcançar a paz de novo.
Aos pés da Cruz de Cristo.