O Sacramento da Ordem é um só, mas é subdividido em diferentes graus hierárquicos, que foram bastante reduzidos após as reformas litúrgicas do Concílio Vaticano II. No rito tradicional, o Sacramento da Ordem era composto por sete graus distintos, que incluíam quatro ordens iniciais chamadas menores e três outras finais chamadas maiores, todas vinculadas a simbolismos explícitos associados a uma crescente hierarquia de ação litúrgica.
O primeiro grau era chamado Ordem do Ostiário quando o seminarista recebia a incumbência de abrir e fechar a igreja e cuidar dos vasos sagrados.
O segundo grau constituía a Ordem do Leitor; pela qual o seminarista recebia a tarefa de ler as Sagradas Escrituras durante o Ofício Divino e catequizar o povo.
O terceiro grau compreendia a Ordem do Exorcista; com esta ordem, o seminarista recebia o poder de expulsar o demônio dos corpos daqueles que estão possuídos (embora o uso desse poder estivesse sujeito a uma formação e permissão adicionais).
O quarto grau constituía a Ordem do Acólito, pela qual o seminarista poderia fazer o ofício de servir a Santa Missa.
O quinto grau compreendia a Ordem do Subdiaconato; por essa ordenação, o postulante fazia o seu voto de castidade perpétua e recebia, então, o poder de ajudar o diácono e o sacerdote no Altar.
Pelas reformas litúrgicas do Concílio Vaticano II, o papa Paulo VI extinguiu as quatro Ordens Menores e o subdiaconato (o leitorato e o acolitato foram mantidos como ministérios e passíveis de concessão a leigos e obrigatórios aos postulantes do diaconato, presbiterado e episcopado). Com a denominação explícita de Ordem permaneceram apenas os graus de diaconato, presbiterado e episcopado na Igreja Latina.
O sexto grau (atualmente vigente) consistia na Ordem do Diaconato, pelo qual o postulante recebe o poder de auxiliar o sacerdote no altar, de anunciar o Evangelho, fazer pregações e batismos.
O sétimo grau (atualmente vigente) compreendia a Ordem dos Sacerdotes (presbiterado para os padres e episcopado para os bispos) que outorga ao postulante o poder de consagrar o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo e o de perdoar os pecados, ou seja, de ser um sacerdote sendo um outro Cristo e continuar nesta terra a obra da redenção de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Portanto, embora seja um único sacramento, a ordem é estabelecida em graus distintos para os bispos, os presbíteros e os diáconos do único sacerdócio de Cristo. Em cada modalidade da ordem - bispos, presbíteros ou diáconos - há um idêntico rito ou sinal que é a imposição das mãos, mas em cada um deles, pela fórmula da consagração, são invocadas graças específicas ou diferentes dons do Espírito Santo.