sábado, 27 de julho de 2019

QUANDO É PRECISO SER HOMEM... DE FÉ!

Vivemos a era do triunfo aparente do mal, sobejamente despejado em todos os momentos contra os princípios universais da moral católica. A meta é uma só, exclusiva: a destruição completa da Igreja Católica e de tudo o que ela representa. Tal propósito não é passível de sequer ser tentado pela mente humana, pois é fruto de um ato absurdo de degenerescência diabólica. A origem do mal, catalisado ao extremo da desordem e da liquefação moral, é absolutamente satânica. 

Não se trata apenas de um mero aumento, ainda que fosse exponencial, das atividades satânicas em todo o mundo. Isso é óbvio e, mais que óbvio, totalmente previsível. Em Fátima, Nossa Senhora alertou, de forma cristalina, sobre a necessidade de entendimento universal da hora tremenda que estava por vir, na história da humanidade, do embate final e decisivo a ser travado entre a Virgem e o demônio e suas legiões. Poucos, muito poucos inclusive na própria Igreja, tomaram tais palavras como farol de suas vidas: os bons se fragilizaram sob a tutela da tibieza e do indiferentismo e os maus culminaram a síntese de todos os seus males na busca e na entrega total ao domínio do maligno, arregimentando para si e para todos uma multidão de todo tipo de pecados, blasfêmias e sacrilégios.

Esse tsunami de iniquidades varre e arrasta sem dó toda a pobre humanidade, alimentada, catalisada e impulsionada pela mídia, pela internet e pelas redes sociais, despejando, a preço vil, o vômito do maligno sobre todos os valores cristãos bimilenarmente incorporados à vida, à família, ao casamento, aos sacramentos, a tudo que é sagrado e a tudo que procede de Deus. O mal se alastra ao passo que a reação ao mal cambaleia e se acovarda. A ideologia do gênero, o aborto e a pornografia não são exemplos da mera variedade das desmedidas propensões humanas, mas a brutal compunção satânica concreta e deliberada pelo aniquilamento da obra divina da salvação.

Sufocados diariamente por essa temática avassaladora, corremos o sério risco de nos deixarmos levar pelos redemoinhos da rebentação e quantos cristãos já não não estão entregues a um crescente indiferentismo, a uma tácita rendição, ao conformismo diante dos fatos e notícias deprimentes do dia-a-dia, à tibieza dos vencidos? Vencidos não estão apenas os que estão mortos, mas também os que não mais lutam. E estes não são poucos, nem alguns de muitos, são quase todos. E há muitos de muitos que não apenas pararam de lutar, mas se venderam ao inimigo e lutam agora contra nós, muitos abertamente e, muitos de muitos, como lobos vorazes travestidos em ovelhas. 

A Igreja, toda a Igreja, vacila e cambaleia. A Verdade é distorcida e manipulada, a palavra de Deus não é una e inquebrantável; não, agora pairam sobre os telhados arrufos da Verdade, o joio diabólico mistura-se ao trigo da doutrina católica, as trombetas das graças desperdiçadas aos ventos mais alardeiam e distorcem do que semeiam vinhas. As feridas da Igreja sangram abertas, autoridades eclesiásticas promovem ambiguidades e incertezas que estercam a glutoneria das agendas de esquerda; sacerdotes, religiosos e leigos sucumbem ao desvario das tarefas mundanas; o avassalador poder do mal e da ação demoníaca parece não ter fim.

Não lutamos contra homens. Lutamos contra homens enlameados até a alma pelo maligno. Não existe acordo possível ou convivência pacífica entre Deus e o demônio no meio de uma humanidade corrompida e dividida, não existe meio termo entre o bem e o mal em termos da salvação das almas, não existe um patamar ecumênico entre o Céu e o Inferno. Não interessa o que somos ou quantas vezes caímos ou levantamos; nós seremos apenas os salvos ou os não salvos na eternidade com Deus. E, para alento ou profundo desgosto de tantos, a misericórdia de Deus é o triunfo portentoso dos fortes e nunca, nunca mesmo, o sufrágio dos fracos.

Também em Fátima, Nossa Senhora nos legou a mensagem definitiva do triunfo final da Igreja: 'Por fim o meu Imaculado Coração triunfará!' A mesma promessa foi feita pelo próprio Cristo ao primeiro papa: 'E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela' (Mt 16,18). Levantai-vos, portanto, que almas tíbias, acovardadas e titubeantes apenas induzem a repulsa de Deus; levantai-vos e ponde mãos às armas: oração, oração e oração, penitência, conversão. Com o terço na mão, com o Santo Rosário, com o amor incondicional às coisas de Deus e sem concessão alguma à perda da Fé, seremos, com efeito, cristãos num mundo não cristão, mas com certeza outros Cristos num outro mundo onde o mal não grassa e nem existe desde a eternidade.