sábado, 19 de maio de 2018

A PROFECIA DE PIO XII

Testemunho registrado* de uma conversa, mantida em 1936, entre o então Cardeal Eugênio Pacelli (futuro Papa Pio XII e, à época, Secretário de Estado do Vaticano durante o pontificado de Pio XI com o Conde Enrico Pietro Galleazzi):


'Suponha, meu caro amigo, que o comunismo seja apenas o mais visível dos órgãos de subversão contra a Igreja e contra a tradição da revelação divina, então nós vamos assistir à invasão de tudo o que é espiritual, a filosofia, a ciência, o direito, o ensino, as artes, a imprensa a literatura, o teatro e a religião.

Estou obcecado pelas confidências da Virgem à pequena Lúcia de Fátima. Essa obstinação de Nossa Senhora, diante do perigo que ameaça a Igreja, é um aviso divino contra o suicídio que representaria a alteração da fé, na sua liturgia, sua teologia e sua alma [a crise da fé, o desmantelamento moral, a derrocada da Igreja e da civilização cristã, mantidos escondidos aos homens pela não revelação do Terceiro Segredo]. 


(...)

Ouço em redor de mim os inovadores que querem desmantelar a Capela Sagrada, destruir a chama universal da Igreja, rejeitar os seus ornamentos, dar-lhe remorso do seu passado histórico. Pois bem, meu caro amigo, estou convicto que a Igreja de Pedro deve assumir o seu passado ou então ela cavará a sua sepultura. 

(... diante uma objeção do seu interlocutor):

Um dia virá em que o mundo civilizado renegará o seu Deus, em que a Igreja duvidará como Pedro duvidou. Ela será tentada a crer que o homem se tornou Deus, que o seu Filho é apenas um símbolo, uma filosofia como tantas outras, e nas igrejas os cristãos procurarão em vão a lâmpada vermelha em que Deus os espera [Jesus presente no Santíssimo Sacramento]. Como Maria Madalena, chorando perante o túmulo vazio, perguntarão: ‘Para onde O levaram?’

*('Pie XII devant l´Histoire', de Mons. Georges Roche e Philippe St. Germain, 1972)