domingo, 3 de fevereiro de 2013

POEMAS PARA REZAR (VIII)

A CRUZ

Ó cruz de pesado madeiro
cravada no Calvário;
que mistério gerar teus lenhos
o último sacrário!

Que a Santa Cruz me conforte
nas sombras dos vales da morte!

Ó cruz de tão cruel abandono
exposta à turba de escórias;
que mistério prover teus lenhos
de uma coroa de glórias!

Que a Santa Cruz me conforte
nas sombras dos vales da morte!


Ó cruz de silêncio infinito
que cala todo pecado previsto;
que mistério doar por teus lenhos
o doce sangue de Cristo!

Que a Santa Cruz me conforte
nas sombras dos vales da morte!


Ó Cruz nascida dos homens
sem rasgos de humanidade;
que mistério abrir por teus lenhos 
a porta da eternidade!

Que a Santa Cruz me conforte
nas sombras dos vales da morte!

(Arcos de Pilares)