sábado, 25 de maio de 2024

TESOURO DE EXEMPLOS (331/335)

331. COISAS PIORES

São Vicente de Paulo fôra caluniado e Ana de Áustria, rainha de França, lhe disse:
➖ Sabe, padre, que coisa dizem do senhor?
➖ Senhora - respondeu o santo - sou um pobre pecador.
➖ Mas é preciso que se defenda - replicou a rainha.
Mas Vicente, sem perder a calma, argumentou:
➖ Senhora, coisas piores disseram contra Nosso Senhor e Ele se calou!

332. CINCO FRANCOS

O general Dasmene, ferido mortalmente em 1848 pela bala de um rebelde, antes de morrer entregou à Irmã de Caridade, que o tratava, cinco francos, dizendo-lhe: 
➖ Irmã, peço-lhe que mande celebrar duas missas, sendo uma por mim e outra por quem me assassinou.

333. PERDOAR

O duque de Guise, grande defensor da religião católica, estava sendo espreitado por um protestante que o queria matar. Quando soube disso o duque chamou-o e lhe disse:
➖ Fiz alguma coisa contra você?
➖ Não senhor - respondeu o protestante.
➖ Quem o induziu então a atentar contra a minha vida?
➖ Ninguém; somente queria defender os direitos de minha seita, matando o seu maior inimigo.
➖ Se a tua religião - disse o duque - mandar matar aluém, a católica manda perdoar. Eu te perdoo. Julga portanto qual delas é a verdadeira.

334. NOVELAS SENSACIONAIS

O tribunal de Colônia condenou, em 1908, um rapaz de 16 anos a 12 anos de prisão, por ter matado um menino de 9 anos. O rapaz, leitor assíduo de novelas de bandidos, quis imitar os protagonistas; e, para isso, amarrou o menino a uma árvore e deu-lhe uma morte como havia lidos nos livros.

335. UMA FAMÍLIA DE HOMICIDAS

Certa vez, o senhor Barat do Alto Loire (França) exigira que os seus filhos não fossem à missa nem ao catecismo e que odiassem os padres. Dizia a eles:
➖ Deixo-vos livres e podeis fazer o que quiserdes; mas, se vos encontrar rezando, eu vos mato.
Os seis filhos aprenderam a lição. Cinco morreram guilhotinados; e o último, porque seus pais lhe negaram dois francos para seu vícios, matou-os cinicamente.

(Excertos da obra 'Tesouro de Exemplos', do Pe. Francisco Alves, 1958; com adaptações)