326. DOIS ANÉIS
Santo Edmundo de Cantuária, ao terminar seus estudos, consultou sobre a sua vocação a um doutor da Universidade de Oxford, célebre por sua ciência e piedade. Este, conhecedor da virtude de seu discípulo, aconselhou-o a consagrar-se a Deus com o voto de castidade perpétua. Edmundo mandou então confeccionar dois anéis, gravando nêles as palavras: 'Ave Maria'; em seguida, diante da imagem de Maria pronunciou o seu voto e, tomando os anéis, colocou um no dedo da estátua da Virgem e outro em seu dedo, manifestando que não queria outra esposa senão Maria Santíssima. Toda a sua vida conservou o anel como lembrança do seu juramento.
327. TERRÍVEL TESTAMENTO
Uma jovem, pouco antes de morrer, escreveu: 'Tenho 18 anos; sou a criatura mais desgraçada e, por isso, vou morrer. Aos 15 anos eu era inocente. Maldito o dia em que meu tio me abriu a biblioteca e me disse: 'Leia!' Melhor fôra que, dando-me um punhal, me dissesse: 'Mate-se!' Eu não teria percorrido o caminho da desgraça'.
328. TERRÍVEL CASTIGO
O imperador Leão IV retirou da catedral de Constantinopla uma coroa de ouro adornada com brilhantes que o imperador Heráclito dera àquela igreja. Apenas a pôs na cabeça, cobriu-se de pústulas e chagas repugnantes. Três dias depois morria no meio de atrozes sofrimentos, recebendo assim o castigo de seu roubo sacrílego.
329. UMA COROA DE OURO E DIAMANTES
Na igreja de Poli, próxima de Roma, venera-se uma imagem maravilhosa de Nossa Senhora. Possui muitas jóias e uma coroa de ouro e diamantes que custou 25 mil liras e que foi doada pelo papa Pio IX. Um ladrão entrou, na noite de 23 de dezembro de 1911, para roubar as jóias e as pedras preciosas. Para conseguir o seu intento sacrílego, subiu ao pedestal da imagem, o qual cedeu e caíram ambos pesadamente ao solo, ficando o ladrão sacrílego esmagado pela estátua. Encontraram-no morto na manhã seguinte.
330. ACHO-O ENCANTADOR
Duas damas num teatro assistiram à atuação de um afamado ator. Uma delas disse à outra:
➖ Não sei como podem aplaudir tanto esse homem repugnante. Não acho graça no seu modo de trajar.
➖ Eu, ao contrário, acho-o encantador - respondeu a outra.
➖ Será possível?
➖ Certamente, porque é meu marido.
A primeira corou de vergonha e não se atreveu a dizer nem uma palavra a mais.
(Excertos da obra 'Tesouro de Exemplos', do Pe. Francisco Alves, 1958; com adaptações)