Os anjos cantaram no presépio de Belém: 'Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade' - Gloria in excelsis Deo et in terra pax hominibus bonae voluntatis. Jesus baixou à terra. O Príncipe da Paz veio estabelecer o seu reino de amor e de misericórdia. E nos
dirá: 'Eu vos dou a minha paz". A paz de Deus não é como a dos homens. Os homens procuram a paz nos tratados, nos discursos, mas guardam no coração tanto ódio e tanta maldade!
A Vossa paz, doce menino do Presépio, ó adorável Menino Jesus, é a paz inalterável e doce
que penetra nas profundezas do coração. Ó doce paz do
Senhor, como és boa para os que te conhecem! Mas a paz se encontra na luta contra nossa ingrata e pobre
natureza, rebelde à graça. E só quem, cheio de boa vontade, abraçou a cruz de Jesus Cristo e aceitou o combate, só esse goza a verdadeira paz dos filhos de Deus.
Vem daí a felicidade incomparável dos santos. Agora,
mais do que nunca, o mundo tem necessidade de santos,
porque o mundo tem necessidade de paz! Santos, isto é,
homens de boa vontade! Precisamos de santos que preguem o amor, como São Francisco de Assis ou Santa Catarina de Sena, que assim bradava: Paz! Paz! Paz!...
Nada triunfa no coração do homem como
a paz. O ódio ao próximo é uma ofensa contra Deus.
Devemos odiar o ódio. Que venha a paz sobre o mundo, ó Menino Jesus do Presépio, que venha a paz aos nossos corações!
(Excertos da obra 'Breviário da Confiança, do Pe. Ascânio Brandão)