Páginas do Evangelho - Trigésimo Terceiro Domingo do Tempo Comum
Neste 33º Domingo do Tempo Comum, período final do Ano Litúrgico de 2018, os Evangelhos enfatizam de forma especial os últimos acontecimentos que consolidam a obra redentora de Cristo - os novíssimos dos homens, morte, juízo particular e juízo universal: 'Lembra-te dos teus Novíssimos, e jamais pecarás' (Ecl 7, 40). A obra salvífica de Cristo, ornada pelos mistérios insondáveis de tantas graças e misericórdias, imprime-se também o selo da justiça divina.
Em continuação às profecias da derrocada completa do Templo de Jerusalém tão próxima, Jesus vai associar profecias muitíssimo mais terríveis relativas à consumação dos séculos, em tempos bem mais remotos: 'Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas' (Mc 13, 24 - 25). A glória dos eleitos e a condenação dos ímpios será precedida por eventos espantosos, capazes de alterar o próprio equilíbrio da terra e que também antecedem a segunda vinda do Senhor: 'Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória' (Mc 13, 26).
Em meio às convulsões da terra em fúria, todos os poderes da natureza serão abalados, inclusive a atmosfera e o céu material: 'O céu e a terra passarão' (Mc 13, 31). Este dia terrível que 'será um tempo de angústia, como nunca houve até então, desde que começaram a existir nações' (Dn 12,1) somente é conhecido pelo Pai: 'nem o Filho' não significa que, sendo Deus, este dia é desconhecido por Jesus, mas que, na condição humana, Jesus não poderia revelar esta verdade aos homens. Entretanto, todos os homens precavidos e vigilantes poderão compreender os seus sinais iminentes, tal como a floração da figueira indica a proximidade do verão.
Quando da sua vinda gloriosa, Jesus julgará todas as nações, povos e homens, de acordo com as suas santas prescrições: 'as minhas palavras não passarão' (Mc 13, 31). E, então, nestes tempos tremendos do fim, os anjos reunirão os eleitos dos 'quatro cantos da terra' e eles, alvejados pela graça e pela fé, renascerão triunfantes para todo o sempre como filhos de Deus Altíssimo porque 'os que tiverem ensinado a muitos homens os caminhos da virtude brilharão como as estrelas, por toda a eternidade' (Dn 12, 3).