sábado, 28 de dezembro de 2013

FILHOS DA IGREJA E FILHOS DE LUTERO

Que os protestantes retalham e conspurcam as Santas Escrituras para atacarem e difamarem a Santa Igreja Católica, é fato conhecido e universal. Que tal se eles usassem estes mesmos critérios para interpretarem as blasfêmias que satanás grunhiu pela boca do pai deles, Martinho Lutero? Tomemos uma delas, uma única delas, como tristíssimo exemplo desse farsante demoníaco:

'Cristo cometeu adultério pela primeira vez com a mulher da fonte [do poço de Jacó] de que nos fala São João. Não se murmurava em torno dele: "Que fez, então, com ela?" Depois, com Madalena, depois, com a mulher adúltera, que ele absolveu tão levianamente. Assim, Cristo, tão piedoso, também teve que fornicar, antes de morrer' (Lutero, Tischredden, Table Talk, Weimar, Vol. II, p. 107, apud Franz Funck Brentano, Martinho Lutero, Ed Vecchi Rio de Janeiro 1956, p. 15).

Que alma, senão dominada por satanás até os vórtices mais inacessíveis, seria capaz de semelhante blasfêmia, de pecado tão mortal? Que cristãos seriam capazes de seguir o exemplo e o modelo de tal aberração? 

Infelizmente, milhares de almas, confundidas e confusas em dezenas de seitas protestantes, que se opõem e difamam a santa Igreja Católica como escarnecedores da verdade. Os errados, os condenados, os heréticos são os pobres católicos 'adoradores de imagens' que substituíram o Senhor por uma Senhora, que construíram a farsa da Tradição, quando a única verdade está contida integralmente na bíblia (evidentemente, a 'bíblia protestante', interpretada, organizada e divulgada por pastores e pastoras, pessoas certamente tão preparadas e extraordinárias quanto Lutero).

Assim, numa penada só, desaparece todo o extraordinário acervo da historiografia cristã pelos séculos antes da Reforma Protestante, tornam-se inúteis, ou pior, heréticos, os escritos de santos como Tomás de Aquino, Agostinho ou Luís Grignion de Montfort. As igrejas, as Cruzadas, as Missões, os mártires cristãos, os Concílios, a própria construção da civilização cristã, tudo é tragado nesta concepção diabólica de se negar a Verdadeira Igreja de Cristo. 

Se ela não é a Igreja de Cristo, todos os seus frutos são maus, tudo nela é condenável, e é preciso demonstrar isso aos novos seguidores para que encontrem o verdadeiro caminho da salvação (uma inconsistência, portanto, que Deus tenha permitido que Lutero nascesse apenas no século XV, para garantir-lhes, então, a salvação daí em diante). Mas isso contraria o que o próprio Cristo estabeleceu como premissa (e isso está na Bíblia Católica e na versão protestante): 'Eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo' (Mt 28, 20).

Nos tempos atuais, essa ação diabólica nascida da boca de Lutero ampliou-se de tal forma e com tanta veemência que as seitas protestantes se multiplicam e se reproduzem numa demência coletiva, cuja magnitude e proporção só são passíveis de entendimento e compreensão se movidos por forças malignas de cunho universal. E se, aparentemente, é a Igreja Católica que parece vacilar e se fragilizar, não há nada a temer, pois foi o próprio Cristo que preparou a sua Igreja para estes tempos finais: 'Quando o Filho do Homem voltar, encontrará ainda a fé sobre a terra?' (Lc 18,8). Um 'pequeno resto' certamente a manterá incólume. E muitos outros, incluindo muitos que pregaram inclusive em seu Santo Nome, serão condenados, porque escolheram a porta larga dos falsos profetas e das árvores más que só dão maus frutos (Mt 12, 13 - 27):

13. Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram.

14. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram.

15. Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores.

16. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinhos e figos dos abrolhos?

17. Toda árvore boa dá bons frutos; toda árvore má dá maus frutos.

18. Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má, bons frutos.

19. Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada ao fogo.

20. Pelos seus frutos os conhecereis.

21. Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.

22. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres?

23. E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!

24. Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha.

25. Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha.

26. Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia.

27. Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína.