BASÍLICA DE SÃO PAULO EXTRAMUROS
A Basílica de São Paulo Extramuros é uma das quatro basílicas patriarcais, sendo a segunda maior basílica católica de Roma (a primeira é a Basílica de São Pedro, localizada na Cidade do Vaticano). Dedicada ao apóstolo São Paulo, foi construída a mando do imperador Constantino, no século IV, no local onde, rezava a tradição, estava enterrado o santo, decapitado entre 65-67, no reinado do imperador Nero. O local estava situado na Via Ostiense, cerca de 2 km fora da Muralha Aureliana que então cercava a cidade de Roma, saindo-se pela chamada 'Porta São Paulo' (deriva daí o nome da basílica como extramuros ou 'fora dos muros').
Durante o pontificado do Papa Pio VII, na noite de 15 para 16 de julho de 1823, um incêndio destruiu a maior parte do edifício, deixando intacto apenas o claustro.
A atual basílica é uma reconstrução da estrutura original, iniciada no pontificado de Leão XII. Em 10 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX (1846-1876) fez a consagração da nova basílica, com a presença de um grande número de cardeais e bispos de Roma e de todas as partes do mundo, junto com a proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Maria.
A construção tem 131,66 m de comprimento, 65 m de largura e 29,7 m de altura, sendo dotada de cinco naves, incluindo a grande nave central com quatro corredores definidos por uma cortina de 80 colunas de granito monolítico.
Sob as janelas da nave e dos corredores, em forma de medalhões, encontram-se os retratos de todos os papas, desde São Pedro até os dias atuais. A série de retratos foi iniciada pelo Papa Leão, o Grande (440-461). Os afrescos antigos foram destruídos no incêndio da basílica, sendo recuperados apenas 41, que se encontram atualmente no museu da Basílica. Em 1847, Pio IX deu início a uma nova série de retratos, agora na forma de medalhões, contemplando toda a sucessão apostólica de São Pedro. É tradição que, morrendo o papa, atualiza-se a série com a adição da imagem do novo pontífice e Sucessor de São Pedro.
Interior da nave central