sábado, 12 de janeiro de 2013

A FÉ EXPLICADA (VIII)

O SACRAMENTO DO BATISMO

Nascemos com a plenitude da natureza humana e com uma alma sobrenaturalmente morta. Herança do pecado original, primeiro pecado da humanidade, pecado primeiro de Adão. E pecado gravíssimo, pois apagou na alma do primeiro homem a graça santificante, ou seja, a presença viva de Deus na alma humana. E como Adão era o todo o gênero humano naquele evento crucial, as consequências do pecado original foram incondicionalmente herdados por todos os seus descendentes, por toda a humanidade, até o último homem sobre a face da terra. 

Esta herança perdida no primeiro homem, pode ser restaurada por completo em qualquer outro ser humano por meio do sacramento do batismo instituído por Jesus. O batismo concede-nos a primeira graça santificante, perdoa-nos o pecado original (e todos os demais pecados porventura existentes), redime toda a pena associada a todos os pecados existentes e cometidos, torna-nos cristãos, membros da Igreja, herdeiros do céu e passíveis de receber todos os demais sacramentos. Com o batismo, não somos mais peregrinos da terra a caminho do céu; somos bem mais do que isso: somos do céu e ainda estamos cristãos no mundo.

O batismo nos reveste de Cristo, ou seja, torna-nos co-participantes com Cristo de toda as graças divinas e, somente pelo batismo, podemos ser herdeiros com Cristo na vida eterna. Nas palavras de Jesus: 'Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura. Aquele que crer e for batizado será salvo. Aquele, porém, que não crer, será condenado' (Mc 16, 15-16). Portanto, o batismo não apenas nos inclui, de forma definitiva e absoluta, na vida espiritual, mas nos contempla com contínuas e incessantes graças e privilégios espirituais para a consumação plena de nossa santificação. O batismo é a forja que nos torna filhos de Deus.