segunda-feira, 24 de julho de 2017

MEDITAÇÕES PARA A SEMANA (SÃO JOÃO BOSCO) - II

Segunda - Feira

O Pecado Mortal

De joelhos, dizei:

'Meu Deus, eu me arrependo de todo o coração por Vos ter ofendido; peço-vos a graça de compreender as verdades que vou meditar e de inflamar-me de amor por Vós. Virgem Santíssima, Mãe de Jesus, rogai por mim'.

I. Se soubesses, meu filho, o que fazes cometendo um pecado mortal! Voltas às costas para Deus, que te criou e cumulou de benefícios; desprezas sua graça e sua amizade; e dizes com teus atos: 'Afastai-vos de mim, Senhor, já não Vos quero obedecer, nem servir, nem vos reconhecer por meu Deus. Não Vos servirei! Quero que meu deus seja este prazer, esta vingança, esta cólera, esta má conversação, esta blasfêmia...' Pode-se imaginar ingratidão mais monstruosa? Entretanto, meu filho, foi isso o que fizeste todas as vezes que ofendeste ao teu Senhor.

II. Essa ingratidão é mais grave porque, para cometê-la, tu te serves dos próprios dons que Deus te deu. Ouvidos, olhos, boca, língua, mãos e pés te foram dados por Deus, e tu os empregaste para ofendê-Lo. Ouve o que te diz o Senhor: 'Meu filho, Eu te criei do nada; Eu te dei tudo o que tens; nasceste na verdadeira religião; Eu te concedi a graça do batismo; podia ter-te deixado morrer quando estavas em pecado, e te conservei a vida para não te mandar ao inferno; e tu, esquecendo tantos benefícios, queres servir-te desses meios que Eu mesmo te dei, para ofender-Me?' Como não morrer de dor diante dessa enorme injúria lançada contra um Deus tão bom e tão benéfico em relação a nós, míseras criaturas suas?

III. Considera ademais que esse Deus, apesar de sua bondade e misericórdia infinitas, não deixa de estar justamente indignado com tuas ofensas, e que, quanto mais continuas vivendo no pecado, tanto mais excitas contra ti sua cólera. Deves por isso temer que o Senhor te abandone, se multiplicas teus pecados. Não porque falte a sua misericórdia, mas porque não terás tempo de pedir perdão, já que não merece a misericórdia do Senhor quem abusa dela para ofendê-Lo.

Grande é o número dos pecadores que viveram no pecado com a esperança de se converterem, e a morte chegou quando menos a esperavam. Deus não lhes deu tempo; estão perdidos para sempre. Não tremes em pensar que pode acontecer-te o mesmo? Depois de tantas culpas que Deus te perdoou, não poderá Ele te castigar ao primeiro pecado mortal que cometas, e precipitar-te logo no inferno?

Dá-Lhe graças por te ter esperado até agora e toma uma firme resolução, dizendo: 'Ó meu Deus, quanto Vos ofendi até o presente! Basta! Quero empregar toda a vida que me resta em Vos amar, em chorar meus pecados, arrependendo-me deles de todo o meu coração; meu Jesus, quero amar-Vos, dai-me forças. Virgem Santíssima, Mãe de Deus, ajudai-me. Assim seja.

domingo, 23 de julho de 2017

O REINO DE DEUS (I)

Páginas do Evangelho - Décimo Sexto Domingo do Tempo Comum


No Evangelho deste Décimo Sexto Domingo do Tempo Comum, Jesus encontra-se ainda numa barca, às margens do mar da  Galileia, falando à multidão. E vai se utilizar de três diferentes parábolas para descrever o Reino de Deus aos homens. 

A primeira parábola é a do campo semeado de trigo e de joio: 'O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo' (Mt 13, 24). No campo do Senhor, ou seja, o mundo, Deus planta sempre a boa semente, plena de fertilidade e capaz de produzir muitos frutos. Mas o Maligno interveio e 'enquanto todos dormiam' (Mt 13, 25), contaminou o campo com a erva inútil. O mal sempre triunfa quando o bem não se manifesta ou se recolhe. No mundo dos homens, ambas as plantas germinam igualmente e convivem igualmente, os Filhos da Luz (o trigo) e os herdeiros do Mal (o joio). E não serão separados nas vinhas do Senhor, mas apenas na colheita final: 'Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e amarrai-o em feixes para ser queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!' (Mt 13, 30). Pois o bem é a prática da virtude que há de superar o mal e o mal pode ser sempre reparado antes da colheita.

A segunda parábola compara o Reino dos Céus a uma minúscula semente de mostarda: 'O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo' (Mt 13, 31). De fertilidade ímpar, a pequena semente produz um vigoroso arbusto, tão alto que as aves podem fazer ninhos em seus ramos. O Reino de Deus se desenvolve tal como a pequena semente: no escondimento, quase imperceptível na sua evolução, mas vigoroso e extraordinário na grandeza e dimensão dos seus frutos! O caminho da santificação é essencialmente simples e tranquilo, mas impelido por uma torrente de bênçãos e graças.

A terceira parábola compara o Reino dos Céus a uma porção de fermento: 'O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado' (Mt 13, 33). A mistura do bem e do mal no mundo é resultado do campo semeado pelas boas e más sementes; a ação do bem é a de fomentar os ensinamentos evangélicos, atuando como fermento de transformação e transfiguração das almas semeadas nas vinhas do Senhor.

MEDITAÇÕES PARA A SEMANA (SÃO JOÃO BOSCO) - I

Domingo

A finalidade do homem

De joelhos, dizei:

'Meu Deus, eu me arrependo de todo o coração por Vos ter ofendido; peço-vos a graça de compreender as verdades que vou meditar e de inflamar-me de amor por Vós.Virgem Santíssima, Mãe de Jesus, rogai por mim'.

I. Considera, meu filho, que Deus te criou à sua imagem e semelhança, que te deu uma alma e um corpo, sem que da tua parte houvesse para isso nenhum mérito. Ademais, pelo batismo, Deus te fez seu filho, te amou sempre e te ama ainda como Pai amoroso; o único fim para o qual te criou é para que O ames e sirvas a Ele nesta vida, e desse modo possas merecer um dia ser eternamente feliz com Ele no Paraíso.

Não penses que vives neste mundo para divertir-te, enriquecer-te, comer, beber e dormir, como os animais irracionais; pois o fim para o qual foste criado é infinitamente mais nobre e mais sublime; ou seja, para amar e servir a Deus nesta vida, e salvar assim a tua alma. Se procederes desse modo, que consolo sentirás na hora da morte! Mas, se pelo contrário, não pensares seriamente em servir a Deus, que remorsos não sentirás naquele instante, em que reconhecerás claramente que as riquezas e os prazeres, que tanto procuraste na terra, só serviram para encher de amarguras teu coração, fazendo-te ver o dano que causaram à tua alma!

Por isso, meu filho, não queiras ser daqueles que só pensam em satisfazer o corpo com atos, palavras e divertimentos censuráveis; e no fim da vida se encontrarão em grande perigo de perdição eterna. O secretário de um rei da Inglaterra morreu exclamando: 'Infeliz de mim! Gastei tanto papel para escrever as cartas de meu senhor, e não empreguei sequer uma folha de papel para anotar meus pecados e fazer uma boa confissão!'

II. Verás melhor a importância do teu fim se considerares que tua salvação eterna ou tua eterna condenação dependem de ti. Se salvas tua alma, muito bem, serás feliz para sempre; mas se a perdes, perdes tudo: alma, corpo, Céu, Deus que é teu fim... E para toda a eternidade serás desgraçado! Não imites a loucura dos desgraçados que dizem: 'Vou cometer agora este pecado, mas depois me confessarei'. Não te enganes a ti mesmo com tais palavras, porque o Senhor amaldiçoa o homem que peca na esperança de obter perdão.

Lembra-te de que os condenados que estão no inferno tinham a intenção de mais tarde se converter, e apesar disso se perderam por toda a eternidade. Estás seguro de que Deus te concederá tempo para te confessares? Quem te garante que não morrerás logo depois de pecar e que tua alma não será precipitada imediatamente no inferno? Não achas que seria loucura se te feristes gravemente, na esperança de encontrar depois um médico que te curasse? Renuncia, pois, ao pensamento enganador de só mais tarde te consagrares ao serviço de Deus; hoje mesmo detesta e abandona o pecado, que é o maior de todos os males e que, desviando-te do teu fim último, te priva de todos os bens.

III. Quero também que conheças um terrível laço de que se serve o demônio para prender e levar à perdição grande número de cristãos: é deixar que se instruam na religião, mas que depois não a pratiquem. Sabem perfeitamente que Deus os criou para amá-Lo e servir a Ele; e no entanto empregam todo o tempo em lavrar a própria ruína eterna! De fato quantas pessoas vemos no mundo que pensam em tudo, menos na sua salvação!

Se se diz a um jovem que frequente os sacramentos, que faça um pouco de oração, etc., logo responde: 'Tenho outras coisas que fazer, tenho que trabalhar, que me divertir...'. Ó infeliz! E não tens uma alma para salvar? Quanto a ti, jovem católico que lês estas considerações, não te deixes enganar pelo demônio; promete a Deus que de agora em diante todas as tuas palavras, pensamentos e ações se orientarão para a salvação da tua alma.

Grave loucura seria procurares com tanto afinco o que deve acabar em pouco tempo e te esqueceres da eternidade que não tem fim. São Luís Gonzaga poderia ter gozado de todos os prazeres, honras e riquezas deste mundo, mas renunciou a todos eles dizendo: 'De que me servem essas coisas para a vida eterna?' Conclui tu também com este pensamento: 'Tenho uma alma; se a perco, perco tudo. Ainda que ganhasse o mundo inteiro à custa de minha alma, de que me aproveitaria?

De que serve ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder sua alma? Se chego a ser um grande homem, um ricaço, se consigo atingir a celebridade como sábio que domina todas as ciências e todas as artes do mundo, mas depois perco minha alma, de que me adiantarão todas essas coisas? A própria sabedoria de Salomão não me valeria de nada se me condenasse.

Diz, pois assim: 'Deus me criou para salvar a minha alma, e quero salvá-la a todo custo; amar a Deus e salvar minha alma serão, a partir de agora, o único objetivo de todos os meus cuidados. Trata-se de ser eternamente feliz ou eternamente desgraçado; devo estar resolvido a perder tudo para me salvar. Meu Deus, perdoai os meus pecados e não permitais que jamais tenha o desgraça de Vos ofender novamente; ajudai-me com vossa santa graça para que Vos possa amar e servir fielmente. Maria, minha esperança, rogai por mim'.

sábado, 22 de julho de 2017

22 DE JULHO - SANTA MARIA MADALENA


Maria Madalena. Para se fazer distinção do nome Maria tão comum entre os habitantes de Israel (esse era o nome, por exemplo, da irmã de Moisés), os textos bíblicos nomeavam as diferentes Marias por um acréscimo singular do personagem - assim, Maria Madalena é a Maria de Magdala, povoado situado às margens do Lago da Galileia e próximo à cidade de Tiberíades. Eis as pouquíssimas referências a ela nas Sagradas Escrituras:

[Lc 8, 2-3]: 'Os Doze estavam com ele, como também algumas mulheres que tinham sido livradas de espíritos malignos e curadas de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes; Susana e muitas outras, que o assistiram com as suas posses'.

[Jo 19, 25]: 'Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena'.

[Mc 15,40-41; 47]: 'Achavam-se ali também umas mulheres, observando de longe, entre as quais Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o Menor, e de José, e Salomé, que o tinham seguido e o haviam assistido, quando ele estava na Galileia; e muitas outras que haviam subido juntamente com ele a Jerusalém... Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde o depositavam'.

[Mc 16, 1; 5-6; 9-10]: 'Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para ungir Jesus... Entrando no sepulcro, viram, sentado do lado direito, um jovem, vestido de roupas brancas, e assustaram-se. Ele lhes falou: Não tenhais medo. Buscais Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ele ressuscitou, já não está aqui. Eis o lugar onde o depositaram... Tendo Jesus ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria de Magdala, de quem tinha expulsado sete demônios. Foi ela noticiá-lo aos que estiveram com ele, os quais estavam aflitos e chorosos'.

[Jo 20, 1-2; 18]: 'No primeiro dia que se seguia ao sábado, Maria Madalena foi ao sepulcro, de manhã cedo, quando ainda estava escuro. Viu a pedra removida do sepulcro. Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram! ... Maria Madalena correu para anunciar aos discípulos que ela tinha visto o Senhor e contou o que ele lhe tinha falado'.

Ela é a figura bíblica 'Maria de Magdala', da qual Jesus havia expulsado sete demônios. Esta acepção não implica a interpretação direta de 'uma grande pecadora'. O fato de ter-se livrado de 'sete demônios' (sete é o número da perfeição, da plenitude) implica que ela foi curada de todos os seus males tanto físicos (enfermidades) como espirituais (pecados, estes de naturezas quaisquer). É absolutamente forçada e despropositada a conjectura de que Maria Madalena pudesse ter sido uma 'prostituta' na sua condição pregressa antes do seu encontro com Jesus. Desta interpretação espúria, nasceram inúmeras outras lendas e desdobramentos fantasiosos da participação e do envolvimento desta mulher singular na vida pública de Jesus e dos seus apóstolos. 

sexta-feira, 21 de julho de 2017

DEZ VIAS PARA A SANTIFICAÇÃO DIÁRIA

1. Dedicar um tempo de oração pessoal todos os dias

Temos que falar com Jesus para descobrirmos a sua santíssima vontade. Na oração, conhecemos melhor a Deus e a nós mesmos. Devemos ser generosos com Deus e dedicar 15 ou 30 minutos de diálogo, contemplação ou meditação. A oração bem feita ajuda-nos a começarmos o dia alegres e dispostos a reavivar a fé e o amor.

2. Escolher uma intenção para cada dia

Oferecer nossas orações, nossos esforços e nossos trabalhos do dia. Podem ser intenções particulares como uma pessoa doente, pela conversão dos pecadores ou pela santificação dos sacerdotes e seminaristas, etc. Quando nos concentramos numa intenção concreta, se torna mais fácil rezar.

3. Rezar o Rosário ou o Terço todos os dias

Ao rezarmos o terço ou o rosário todos os dias, confiamos mais diretamente na presença e no auxilio de nossa Senhora em nossas vidas, em nossas decisões e em nossos problemas e desafios de cada dia. Assim no rosário meditamos os principais mistérios de nossa fé. Os frutos de nossas orações: alegria espiritual, paz, iluminação de nossa mente, dependem do modo como rezamos. Devemos rezar bem.

4. Ler a bíblia todos os dias (Lectio Divina)

A Palavra de Deus deve ser o alimento principal de nossa vida de oração. É a luz da Palavra de Deus que nos guia pela estrada da felicidade verdadeira. Se não tomarmos cuidado corremos o risco de sabermos mais de futebol, de novela, de internet do que de Jesus Cristo, o Filho de Deus.

5. Conhecer os mandamentos e as promessas que Deus fez ao seu povo

Isso é o mínimo para um discípulo de Cristo. Seria uma vergonha dizermos que somos cristãos e não sabermos nem mesmo os dez mandamentos. Quem conhece e medita os mandamentos e as promessas do Senhor evita as decisões que conduzem ao pecado que é o grande inimigo de nossa salvação. É de grande proveito e de grande paz interior saber discernir bem entre o que agrada e o que ofende a Deus.

6. Fazer a confissão mensal

Ajuda-nos a manter pura e limpa nossa alma e a não relaxar no nosso combate contra o pecado. Ajuda-nos a vencer nossos vícios mais enraizados e a formar melhor nossa consciência. Se percebêssemos o grandioso valor da confissão, na qual são perdoados nossos pecados, seriamos mais fortes na fé e mais penitentes.

7. Fazer mortificações

É necessário porque nos ajuda a dominarmos nossos instintos humanos que tantas vezes nos arrastam para o pecado. Todos, sabemos que 'a carne é fraca'; por isso, é preciso observar as ocasiões que temos durante o dia para fazer alguma renúncia. Todo sacrifício que suportamos durante o dia deve estar unido ao sacrifício de Cristo na Cruz pois assim se transforma em salvação para muitas almas. O jejum é um meio simples e eficaz de por em prática este espírito de penitência e renúncia por um bem maior.

8. Praticar a caridade para com o nosso próximo

O que nos torna mais semelhantes a Jesus é o amor que temos a Deus e aos nossos irmãos. 'A caridade de Cristo nos impele'. Devemos estar atentos para ajudar os que nos rodeiam, sejam nas suas necessidades materiais ou nas suas necessidades espirituais com uma presença amiga, orante e solidária. Se não pusermos em prática o novo mandamento do amor não seremos verdadeiros discípulos de Cristo: 'Se vocês tiverem amor uns para com os outros, todos reconhecerão que vocês são meus discípulos' (Jo 13, 35).

9. Fazer pequenos atos de humildade

Todos temos em nós a tendência para o orgulho, a tendência de enxergarmo-nos melhores que os outros e cheios de direitos e razões diante dos que nos rodeiam. A humildade é uma virtude, pois sempre que nos humilhamos em ações concretas conhecemos o nada que somos e o muito que é Deus. Não podemos esquecer o exemplo que Jesus deixou quando lavou os pés dos discípulos. Ele nos ensinou a repetir sempre esse gesto de humildade que expressa o nosso serviço aos irmãos: 'O Filho do Homem veio para servir e não para ser servido' (Mt 20,28).

10. Fazer um exame de consciência diário

Através do exame de consciência diário, vamos nos conhecendo melhor. Quais os nossos vícios, nossos defeitos, em quais atitudes durante o dia faltei com amor, com o respeito, com a humildade? É importante terminar o exame de consciência com um pequeno ato de contrição pedindo a Deus o seu perdão e sua misericórdia pelas faltas que cometemos ao longo do dia.

Ato de Contrição

Meu Pai, pequei contra Vós. Já não sou digno de ser chamado Vosso filho. Tende piedade de mim, que sou pecador. Quero fazer todo o esforço para não pecar mais. Amém.

(São Vicente Palotti)

quinta-feira, 20 de julho de 2017

AS NASCENTES DE FÁTIMA

Desde a época das aparições e sobretudo depois que os videntes afirmaram ter a Senhora manifestado a sua vontade de que se edificasse uma capela na Cova da Iria, a piedade dos fiéis desejou cada vez mais ardentemente levantar no local sagrado um monumento grandioso em honra da augusta Mãe de Deus. O projeto acolhido com mais entusiasmo é o da construção de um templo no cimo do outeiro que domina a Cova da Iria, no sítio onde os videntes diziam ter visto o primeiro relâmpago precursor da aparição de treze de maio. 

Pouco tempo após as aparições, uma comissão de habitantes das imediações da Cova da Iria resolveu, por devoção e para memória dos acontecimentos, mandar levantar, às expensas suas, uma pequena capela ao pé do local onde estava a azinheira, em cuja copa pousara os pés a misteriosa Senhora Aparecida. Quando, mais tarde, a autoridade eclesiástica tomou conta da capela e autorizou que nela se celebrasse o culto público, a devoção e o entusiasmo dos fiéis cresceram sem medida e para logo se aventaram planos grandiosos e imponentes de construções maravilhosas como as de Lourdes. 

O Senhor Bispo de Leiria tomou a seu cargo a direção suprema de todos os traçados de planos e de todos os trabalhos que deviam fazer da charneca árida e deserta uma esplendorosa cidade da Virgem. Para estas obras, assim como para os peregrinos que às centenas de milhares acorriam à Fátima, para os animais que os transportavam até ali e para atender os pedidos de inúmeros fiéis que mais tarde de toda a parte solicitavam continuamente remessas de água por mera devoção ou para a cura de enfermidades próprias ou alheias, era absolutamente necessário que na Cova da Iria houvesse água e água com abundância. 

Mas num raio de muitos quilômetros não aparece água na Fátima senão em pequena quantidade proveniente da chuva e recolhida em lagoas, poços e cisternas. Por isso uma comissão de habitantes daquela povoação tomou a iniciativa de mandar proceder a sondagens nos terrenos adjacentes à capela comemorativa das aparições. A primeira sondagem foi feita em nove de novembro de mil novecentos e vinte e um, depois da primeira missa campal, a uma distância de quarenta metros da capela. 

Tendo começado os trabalhos de manhã, ao meio dia já todos os operários saciavam a sede com a água que jorrou abundante da rocha viva. Nos últimos meses de verão, a água quase desapareceu, depois que recomeçaram os trabalhos destinados a tornar maior a capacidade do poço, vendo-se apenas lacrimejar uma das paredes. Em princípios de novembro de mil novecentos e vinte e dois, concluídas as obras do primeiro poço, que tem agora muitos metros de profundidade, a água límpida da nascente, rebentando com força, em seguida às primeiras chuvas do outono, encheu totalmente o vasto reservatório, como tiveram ocasião de ver os numerosos fiéis que em treze desse mês visitaram o lugar das aparições. 

Nos últimos anos, por ordem da autoridade eclesiástica, foram abertos mais dois poços, um de cada lado do poço primitivo, os quais fornecem água abundante que chega para satisfazer a sede dos peregrinos e as exigências da sua devoção, para as obras que incessantemente se estão realizando no local das aparições, para as necessidades da população, já numerosa, da povoação da Cova da Iria e até para ser expedida em latas para muitas terras de Portugal e do estrangeiro. 

Coisa singular! O segundo poço, mais largo e mais fundo que o primeiro, foi mandado fazer para receber as águas que no inverno transbordavam, como era costume, do poço primitivo. Logo que ficou concluído, a meia altura e no fundo, jorrou água em tanta quantidade que o encheu por completo dentro de poucas horas. Nos primeiros tempos após as aparições, muitas pessoas que não acreditavam na sobrenaturalidade dos acontecimentos maravilhosos, e entre elas alguns sacerdotes, protestavam que só acreditariam se, naquele terreno árido e estéril, aparecesse água, como apareceu em Lourdes, junto do rochedo de Massabielle. A realização daquilo que reputavam impossível abalou profundamente, como era natural, estes cristãos de pouca fé, muitos dos quais se tornaram mais tarde grandes devotos de Nossa Senhora de Fátima e apóstolos ardorosos do seu culto. 

(Documentação Crítica de Fátima - Seleção de Documentos 1917 - 1930)

quarta-feira, 19 de julho de 2017

BREVIÁRIO DIGITAL - ILUSTRAÇÕES DE NADAL (IV)



Parte I - Nascimento, Infância e Início da Vida Pública de Jesus

 De ieiunio

21. Evangelho (Mt 6): Sobre o jejum 

 De thesaurizatione

22. Evangelho (Mt 6): 'Não ajunteis tesouros na terra...'

Docet Christus fiduciam habendam Deo

23. Evangelho (Mt 6): Jesus ensina como ter fé em Deus


Docet Christus Estote misericordes

24. Evangelho (Mt 7. Lc 6): 'Sede misericordiosos...'

Cauendum a falsis Prophetis 

25. Evangelho (Mt 7. Lc 6): 'Guardai-vos dos falsos profetas...'

 Mundatur Leprosus

26. Evangelho (Mt 8. Mc 1. Lc 5): A cura de um leproso

Sanatur seruus Centurionis

27. Evangelho (Mt 8. Lc 7): A cura do servo do centurião

 Ad Naim suscitatur filius Viduae

28. Evangelho (Mt 8. Lc 7): A ressurreição do filho da viúva de Naim

 Sedat porcellam maris IESVS

29. Evangelho (Mt 8. Mc 4. Lc 8): Jesus acalma o mar revolto


Sanatur paralyticus

30. Evangelho (Mt 9. Mc 2. Lc 5): A cura do paralítico