A sequência completa destes pensamentos e reflexões é publicada diariamente na Página OREMUS na Biblioteca Digital deste blog.
Cum oratis... [quando orardes... (Lc 11,2)]
Senhor, bendita seja a tua paciência de Mestre que me ensinou a rezar, com tanta sabedoria e com tanta simplicidade! Eu te agradeço, porque me ensinaste uma oração que eu posso compreender e sentir. Naquele dia eu aprendi que rezar não é nenhuma arte sublime e nenhuma ciência difícil fora do meu alcance. Compreendi que eu também posso falar com meu Deus, porque Ele é meu Pai.
Amo, Senhor, essa oração que me ensinaste. Ela é tão simples e, ao mesmo tempo, tão sublime; tão pequena, e tão grande, porque tem tanta força e tanta vida. Amo esse teu modo de rezar — como uma criança; porque eu também devo rezar com a inocência e simplicidade dos pequeninos. Sim, quero rezar como as crianças que, com uma palavra, fazem um mundo de pedidos. Porque elas são simples, conseguem pôr todo o coração numa única palavra, que mal sabem pronunciar.
Quero rezar como aquele ladrão que, com uma frase, arrebatou o teu perdão e o teu Reino. Quero rezar como aquele pecador, à entrada do templo; eu também sou um pecador e a minha miséria é muito grande, para que eu a possa disfarçar com palavras bonitas. Quero estar em tua presença, como uma criança simples e inocente, para falar com meu Pai que está nos Céus.
(Oremus — Pensamentos para a Meditação de Todos os Dias, do Pe. Isac Lorena, 1963, com complementos de trechos traduzidos do latim pelo autor do blog).