sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

A BÍBLIA EXPLICADA (XIII)


(Mc 15, 1 - 15):

Logo pela manhã se reuniram os sumos sacerdotes com os anciãos, os escribas e com todo o conselho. E tendo amarrado Jesus, levaram-no e entregaram-no a Pilatos. Este lhe perguntou: 'És tu o rei dos judeus?' Ele lhe respondeu: 'Sim'. Os sumos sacerdotes acusavam-no de muitas coisas. Pilatos perguntou-lhe outra vez: 'Nada respondes? Vê de quantos delitos te acusam!'

Mas Jesus nada mais respondeu, de modo que Pilatos ficou admirado. Ora, costumava ele soltar-lhes em cada festa qualquer dos presos que pedissem. Havia na prisão um, chamado Barrabás, que fora preso com seus cúmplices, o qual na sedição perpetrara um homicídio. O povo que tinha subido começou a pedir-lhe aquilo que sempre lhes costumava conceder.

Pilatos respondeu-lhes: 'Quereis que vos solte o rei dos judeus?' (Porque sabia que os sumos sacerdotes o haviam entregue por inveja.) Mas os pontífices instigaram o povo para que pedissem de preferência que lhes soltasse Barrabás. Pilatos falou-lhes outra vez: 'E que quereis que eu faça daquele a quem chamais o rei dos judeus?' Eles tornaram a gritar: 'Crucifica-o!' Pilatos replicou: 'Mas que mal fez ele?' Eles clamavam mais ainda: 'Crucifica-o!' Querendo Pilatos satisfazer o povo, soltou-lhes Barrabás e entregou Jesus, depois de açoitado, para que fosse crucificado.

Barrabás significa literalmente 'filho do pai' (bar significa 'filho de' e abba significa 'pai'). Diante da escolha proposta por Pilatos, o povo judeu optou pela libertação do 'filho do pai' gerado nas hostes do mal, um ladrão e um assassino, e condenou à morte, e morte de cruz, o verdadeiro 'Filho do Pai', o próprio Filho do Deus Vivo, nascido e sacrificado como vítima inocente para a salvação dos homens. Esta escolha incisiva pelo falso 'filho do pai', em um momento crucial, impactou para sempre a história do povo judeu e de toda a humanidade.