sexta-feira, 20 de outubro de 2017

PADRE PIO E AS VOZES MISTERIOSAS

Durante a Primeira Guerra Mundial, a porta principal do monastério de Nossa Senhora das Graças era mantida fechada todas as noites, depois do toque da hora do Angelus. Uma barra de ferro era colocada na porta e o monastério ficava protegido contra estranhos.

Uma certa noite, o Superior do monastério, o Padre Raffaele, foi perturbado por vozes que gritavam em coro: 'Viva o Padre Pio,! Viva o Padre Pio! Viva o Padre Pio!' Descontente com aquela presença de intrusos, comunicou imediatamente ao porteiro, o irmão Gerardo, que pessoas estranhas haviam adentrado ao monastério, mesmo após as portas já fechadas. Ordenou ao irmão que fosse até elas, e as intimassem peremptoriamente a sair do local.

Assim o fez o Irmão Gerardo e, descendo ao pátio, encontrou as portas cerradas e nenhuma pessoa no interior do monastério  - 'Não há ninguém e as portas estão fechadas'. O Padre Raffaele ficou perplexo porque tinha ouvido não uma, mas várias vozes em uníssono, em claro e bom som, saudando o padre Pio: 'Viva o Padre Pio,! Viva o Padre Pio! Viva o Padre Pio!'

Ciente também que no Monastério de Nossa Senhora das Graças ocorriam diversos fatos bem incomuns e que estes fatos estavam sempre associados à pessoa do Padre Pio. O Padre Raffaele havia vivido com o Padre Pio o tempo suficiente para saber que ele vivia em uma realidade sobrenatural. Sobre ele, um dos capuchinos dizia - 'Padre Pio vive com um pé na terra e outro no céu'. Resolveu, assim, procurar o Padre Pio na manhã seguinte para discutir o assunto.

Na manhã seguinte, Padre Raffaele questionou o Padre Pio sobre as misteriosas vozes que tinha ouvido na noite anterior. - 'Todas as portas estavam fechadas e eu tive certeza de que algumas pessoas haviam entrado no monastério e gritavam: 'Viva o Padre Pio! Viva o Padre Pio! Viva o Padre Pio!' Mas quando o irmão Gerardo desceu as escadas para colocar essas pessoas para fora, não encontrou ninguém. Você pode me explicar o que pode ter acontecido?'

Padre Pio respondeu candidamente: 'Eram as almas dos soldados falecidos que haviam subido a colina e vindo ao monastério para agradecer as minhas orações. Há mais almas de mortos que de vivos que sobem a colina do monastério para pedir as minhas orações'.