sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

HORA SANTA DE JANEIRO


Eis aqui o Coração que tanto amou os homens! Contemplai-O, filhos meus, carregado de opróbios nesta Hóstia em que Ele, entre chamas de caridade, palpita por vós. Somente por vós! E não suportando por mais tempo os ardores que O consomem, quis entregar-se ao mesmo mundo que o tem traspassado com o dardo da ingratidão e do desprezo. Este é o supremo e o último recurso da minha redenção.

Aqui tendes o meu Coração; Eu o dou a vós, eu o entrego a vós sem reservas, em troca do vosso, ainda que pecador e ingrato. Ó como tenho sede, uma sede imensa de ser amado, neste Sacramento do Altar, onde tenho sido até agora o rei do silêncio, o monarca do esquecimento. Mas agora é chegada a hora dos meus triunfos. Venho reconquistar a terra; sim, hei de subjugá-la, apesar do inferno, e salvá-la-ei por meio da onipotência do meu Coração. Aceitai-O, eu vos rogo...estendei-me as mãos e a alma para receber este supremo dom de minha misericórdia redentora. Venho trazer fogo à terra, fogo da vida, de um amor sem limites, fogo de santidade, fogo de sacrifício, e hei de querer que não se inflame?

Ponde os olhos em meu peito ferido. Aí tendes o Coração que vos tem amado desde os padecimentos de Belém; e mais... até às humilhações e obscuridades de Nazaré e, muito mais ainda, até às agonias cruentas do Calvário. É este o mesmo Coração que deixou de bater no Gólgota, é o mesmo que segue amando na luz inextinguível do altar da Santa Eucaristia. E vós não me amais! Por isso, estou triste até a morte...Por isso, me corrói até à agonia que a vinha dos meus amores tenha produzido os espinhos que circundam meu Divino Coração. Arrancai-os, pois, nesta Hora Santa e amorosa, nesta hora feliz para vós e também para este Deus-Prisioneiro, que invoca amor, que espera amor, que pede amor desde o Sacrário.

Desfaleço de tanta caridade... acercai-vos e sustentai-Me nesta agonia sacramental de vinte séculos. Sede meus anjos consoladores! Ó vos amo tanto, tanto... e vós não Me amais o bastante, vós que sois os meus amigos, vós que sois os meus escolhidos. Ai! E o mundo desconhece todas as minhas finezas, rechaça as minhas ternuras, desdenha e profana as minhas misericórdias. Estou triste até a morte... Vinde, este é o coração que jamais deixou de vos amar; vinde, aceitai-O como penhor de ressurreição. Filhos meus, vinde e dai-Me em troca os vossos corações, as vossas almas, as vossas vidas, os vossos pesares e alegrias. Sede vós todos Meus, todos! Eu vos perdoo, mas deveis amar-Me! Tomais esta decisão de uma vez, assumis que sou vosso rei e que aceitais, reconhecidos, o dom incomparável do meu Sagrado Coração!

(pausa)

(certamente somos indignos desse dom mas, diante da oferenda de tão grande misericórdia, vamos aceitá-lo com gratidão e humildade, para nos santificarmos por meio dele e lhe darmos glória)

As almas

Senhor Jesus, não nos atrevemos a Vos oferecer os nossos corações espezinhados. Mas tomai-os, porque eles são vossos mas, em troca, dai-nos para sempre o vosso Divino Coração!

(todos em voz alta)

Dai-nos para sempre o vosso Divino Coração!

Por amor à Virgem Maria, dai-nos, Jesus, nas horas de fervor, quando sentimos os desejos veementes de amar e de sofrer como os santos...
Dai-nos para sempre o vosso Divino Coração!
Por amor a São João, dai-nos, Jesus, nas horas tão raras de paz, quando desfrutamos da doce tranquilidade de uma consciência pura ou que nos foi perdoada...
Dai-nos para sempre o vosso Divino Coração!
Por amor aos vossos três amigos de Betânia, dai-nos, Jesus, nas horas de pesar e de tristeza, quando recaem sobre as nossas almas as tormentas da dor...
Dai-nos para sempre o vosso Divino Coração!
Por amor aos Apóstolos privilegiados do Tabor e do Getsêmani, dai-nos, Jesus, nas horas de alegria ou de provação...
Dai-nos para sempre vosso Divino Coração!
Por amor à arrependida Madalena e às mulheres compassivas de Jerusalém, dai-nos, Jesus, nas horas da fraqueza humana ou quando nos inspira a graça do arrependimento...
Dai-nos para sempre o vosso Divino Coração!
Por amor à obra de vossa Igreja, dai-nos, Jesus, nas horas do combate, quando ela nos conclama o tributo do nosso zelo e também do nosso sacrifício...
Dai-nos para sempre o vosso Divino Coração!
Por amor aos santos Bernardo, Agostinho e Francisco de Sales, Matilde e Gertrudes, felizes precursores desta admirável devoção, dai-nos, Jesus, nas horas das nossas melhores disposições quando Vós nos exigis maior fervor...
Dai-nos para sempre o vosso Divino Coração!
Por amor de vossa esposa e primeira apóstola, Santa Margarida Maria, dai-nos, Jesus, em todos os momentos da nossa vida e sobretudo na agonia final da nossa morte...
Dai-nos para sempre o vosso Divino Coração!

Ó ofertai-nos vosso Coração como uma fonte de vida, como um oásis de descanso, como uma projeção do céu... E, apesar de nossa indignidade, que ele possa ser nosso, ó Jesus, com todos os vossos tesouros de luz, de paz, de fortaleza pois, neste santuário divino, queremos aprender a Vos amar e dar-Vos glória! Jesus, vós já nos destes a Cruz... nos destes a vossa Mãe... nos destes o vosso Sangue...dai-nos agora e por toda a eternidade, Senhor, o paraíso do vosso Coração! Com ele, não desejamos mais nada, nem no céu e nem na terra.


(pausa ou canto de um hino)

(vamos pedir fidelidade e generosidade de modo a responder à graça desse dom incomparável do Coração do nosso Salvador. Vamos suplicar que esta Hora Santa nos envolva com uma grande luz que nos faça capazes de apreciar a beleza e a infinita bondade de um Deus, que nos oferece a fonte de sua própria vida para nos dar uma vida nova. Vamos nos humilhar e nos prostrar e, sobretudo, amar Aquele que nos amou tanto. Ouçamos a Sua voz...)


Jesus

Vós me chamais Senhor e Mestre, e dizeis bem, porque Eu o sou. Mas ouçais: estou feliz por Me tornar escravo do homem aqui no Tabernáculo por amor de homem ingrato. Já vos ocorreu alguma vez que, ao chamar-vos para o meu altar, ansiosamente pedindo o vosso amor para vos resguardar no tesouro do meu Coração, na busca de todos vocês, pequenas flores dos campos, grãos de areia do deserto, Eu, Senhor do céu e Mestre da terra procurei o meu prazer ou olhei para o meu consolo?


E por quê? Ah! Porque eu vos amo, meus pequeninos, com um amor tão grande que, de certa forma, Me impus uma necessidade divina por vós, de tal sorte que, sem o vosso amor, o Meu coração sofre. Ó, sim, acreditais nisso: sem vós, que tantas vezes esqueceis de mim; sem vós, que, muitas vezes, preferis as vaidades do mundo a Mim; sem vós, os filhos pródigos do meu Coração; Eu, Jesus, não poderia viver após ter provado este amor, ainda que fosse o amor de uma única alma fiel! Ah! Preciso estar no Céu na companhia eterna dos homens redimidos pelo meu Sangue de modo que a minha glória seja completa! Não vos esqueçais disso: as mais belas jóias da coroa do seu Salvador devem ser as almas resgatadas dos vossos irmãos. Elas me custaram tanto!

Reconhecei isso durante esta Hora Santa, pelo menos vós, meus filhos amados, porque o mundo se recusa a acreditar que eu vos possa amá-los em tal medida; eu preciso que vós reconheceis isso. Portanto, para o meu consolo, para o meu triunfo de amor, para a glória que me é devida, aceitai o presente do meu Coração, aceitai este tesouro do paraíso porque vós estais convictos em Me render este testemunho de fé no meu amor; porque vós acreditais firmemente que eu, Deus dos Tabernáculos, criei o coração do homem para torná-lo um tabernáculo vivo, o éden de todos os meus deleites.

Sou Deus desde toda a eternidade e meu Coração precisa de vós agora. Preciso de vós, meus irmãos! Venham, meu amigos fiéis, aproximar-se de meu coração, porque eu estou cansado e triste, estou ferido de amor. Não tardeis, Eu padeço com o desejo de encontrar um abrigo de extrema ternura, de fé ardente e de ardorosa caridade em todas as vossas almas. Enchei-vos de alegria, pois sou Eu, Jesus, que vos digo: Tenho fome de vós!

Falai comigo agora. Abri, abri vossas almas para Mim e, mais que tudo, dizei que Me amais realmente, que Me amais com um amor sem medida!

(aqui viemos falar com Ele, abrir nossas almas a Ele, oferecer a Ele as nossas almas incendiadas de amor. Que confissão Jesus nos fez: dizer-nos que precisa de nós, suplicando por nosso amor que Lhe é devido! Vamos responder com uma profissão ardente de nosso amor, pois é o nosso coração que precisa dEle.)

As almas 

Ó Jesus, ao ver-Vos tão acessível e tão benigno, ao contrário do Apóstolo que exclamou: 'Afasta-te de nós, porque somos pecadores', queremos correr ao vosso encontro para estreitar os laços da ditosa intimidade que une os nossos corações ao vosso Coração.

(lento e com grande devoção)

Vinde, Jesus, vinde refugiar-se e deleitar em nossos corações, quando os governantes renegarem a vossa lei e amaldiçoarem o vosso nome. 
Lembrai-vos que somos vossos, que somos consagrados à glória do vosso Divino Coração! 
Vinde, Jesus, vinde refugiar-se e deleitar em nossos corações, quando as multidões incensadas por poderes satânicos profanarem os vossos santuários a clamarem pelo vosso Sangue. 
Lembrai-vos que somos vossos, que somos consagrados à glória do vosso Divino Coração! 
Vinde, Jesus, vinde refugiar-se e deleitar em nossos corações, quando os sábios enganosos do mundo, cujo orgulho tendes paciente mas firmemente condenado, cobrirem de insultos e ultrajes a vossa Santa Igreja. Lembrai-vos que somos vossos, que somos consagrados à glória do vosso Divino Coração! 
Vinde, Jesus, vinde refugiar-se e deleitar em nossos corações, quando milhares de cristãos ignorarem a vossa pessoa adorável e vos afligirem com a espada da indiferença. 
Lembrai-vos que somos vossos, que somos consagrados à glória do vosso Divino Coração! 
Vinde, Jesus, vinde refugiar-se e deleitar em nossos corações, quando tantas pessoas boas e virtuosas medirem com avareza o vosso amor e vos darem a sua confiança com absoluta mesquinhez e ninguém vos consola em sacrifício e santidade. 
Lembrai-vos que somos vossos, que somos consagrados à glória do vosso Divino Coração! 
Vinde, Jesus, vinde refugiar-se e deleitar em nossos corações, quando a deslealdade, a amargura e a tibieza das almas predestinadas vos oprimirem, estas almas que, por vocação, deveriam ser inteiramente vossas e santas. Nesta hora de tanta desolação, mais do que nunca, lembrai-vos que somos vossos; volvei a nós os vossos olhos tristes e suplicantes e não vos esqueçais que, como vossos filhos, estamos consagrados para sempre à glória do vosso Divino Coração! 

No altar do nosso sacrifício, vamos cantar a vossa glória: viva o Vosso Sagrado Coração, e que venha a nós o vosso Reino! 

(se sentirmos remorso por alguma falta íntima, por alguma recaída no pecado, especialmente por uma falta de generosidade, que fere gravemente Nosso Senhor, peçamos o Seu perdão; Ele sabe tudo, mas quer uma nossa manifestação de amor e de arrependimento. Não nos deixemos abater pelo desânimo; ouçamos mais uma vez as palavras do Divino Mestre).

Jesus

Meu maior desejo, meus pequeninos, é vos ver saborear a minha vida. Eu a dei a vós com o meu Sangue e quero que a vivais. Eu a dou a vós como fonte de uma nova vida com o meu Coração. Quero viver em vós porque vós precisais de Mim para curar vossas debilidades e vossa consciência perturbada, para vos sustentar na fraqueza de vossos propósitos, para confirmar as vossas boas predisposições. Vinde a Mim, vós que sois os predestinados de minha eucaristia. Eu sou a fortaleza!

(lento e com grande devoção) 

Saboreai a minha vida. Eu a dou a vós com o meu Coração. Eu a dou a vós, para quando deveis suportar o peso das tentações violentas. Não percais vosso equilíbrio, desmaieis, não cedais às insinuações do inimigo. Sede fortes. Amparai-vos em minha graça. Não me abandoneis, para que não fiqueis sozinhos na luta. Permanecei unidos a Mim, de modo que possais manter vossas almas na paz. Vinde a Mim, vós que sois os predestinados de minha eucaristia. Eu sou a vossa vitória!

Saboreai a minha vida. Eu a dou a vós com o meu Coração. Eu a dou a vós, para quando, curvados sob o peso do pecado, vossa consciência vos censurar; quando a ameaça da minha justiça vos oprimir como o peso esmagador de um rochedo. Levantai-vos outra vez, não choreis sem esperança de culpa pelas vossas quedas. Vinde, vinde todos, os necessitados, os enfermos, os pecadores... Sejais meus, filhos de minha grande misericórdia! Vinde a Mim, vós que sois os predestinados de minha eucaristia. Eu sou o perdão de Deus, Eu sou tão somente Amor!

Saboreai a minha vida. Eu a dou a vós com o meu Coração. Eu a dou a vós, para quando estiverem imersos numa profunda nuvem de tristeza e de amargura, pesando sobre o vosso oração. A vida é triste e cheia de incertezas. Mas não vos revoltais ou percais o precioso tesouro de vossas lágrimas; não vos desesperais no perigoso e obscuro caminho das lamentações. Vinde, vinde todos, não tardeis mais. Vinde ser vós os predestinados de minha eucaristia. Eu sou o bálsamo que cura todas as feridas. Eu sou o vosso grande Consolador. Eu sou o vosso Jesus!

(Jesus nos dá o seu Coração, não apenas para nele buscar o nosso consolo mas, acima de tudo, nos fortalecer, para infundir uma vida nova em nós, e para nos dar novas provas de sua grande misericórdia. Vamos agradecer este grande dom. Vamos suplicar a Jesus que nos deixe o seu Coração como um pleito de amor durante esta vida, na hora da morte e por toda a eternidade)


(pausa)

As almas

Obrigado, Senhor Jesus, por vossa misericordiosa ternura que nos permitis afastar de todo mal, vós nos ofereceis o remédio soberano do vosso coração. Obrigado, Jesus, pelo interesse incompreensível que tendes por nossas preocupações, quando vós deveríeis esquecê-las, como um justo castigo pela nossa própria negligência e por todas as nossas muitas ofensas. Obrigado, manso e humilde Jesus do Sacrário! E agora, Senhor, como prova de reconhecimento sincero e em reparação pela nossa ingratidão e dos nossos semelhantes, nós desejamos durante esta Hora Santa, dedicar-nos, com toda a solicitude ansiosa de um amor ardente, aos vossos interesses mais caros e mais sagrados. Adorável Jesus, são tantos os conspiradores que tramam o deicídio por blasfêmia e pela negação pública e social de vossa divina realeza! São tantos os falsos conciliadores que vos condenam por um silêncio hipócrita, os que desdenham pronunciar o vosso nome ou, o que é ainda mais doloroso, os que fingem não vos conhecer!

Eles não consideram dignar a Vós, Senhor, nem mesmo um olhar de relance; eles flagelam a vossa Sagrada Face; vós não sois um desconhecido, um fantasma ou uma lenda do passado, mas eles têm a malícia de vos desconsiderar, em favor da salvaguarda, como dizem eles, da liberdade de consciência e da paz social, por razões de justiça e pelo bem-estar das nações civilizadas em marcha em direção ao progresso. Neste sentido, vós sois condenado ao exílio e à morte!

Isso não, ó rei de amor, mil vezes não! Então, eles terão de nos crucificar também junto convosco! Aqui, reunidos como em um cenáculo e vivificados pelo fogo de um novo pentecostes da vossa divina eucaristia, protestamos contra esse deicídio legal, contra esta apostasia da nossa época. Inflamados por ardente zelo à glória de vossa causa, vos aclamamos Conquistador e Rei do Amor diante os vossos inimigos. E, uma vez que sois rei e conquistador por direito divino, que sois um Deus fiel, vos ousamos suplicar que nos possais prometer novamente a vossa vitória final, já prometida aos vossos exércitos que combatem sob o lema: 'Venha a nós o Vosso reino, ó Sagrado Coração de Jesus!". Sim, Jesus, vós reinareis sobre nós e somente vós, Jesus Crucificado!

Aproximai-vos mais, ó doce Mestre, e aqui entre nós, cercado pelos vossos filhos, vem receber de nossas mãos a coroa da realeza, que aqueles que não são nada além de pó da terra e se clamam poderosos, quiseram arrebatar de Vós, porque reconhecendo as profundezas de vossa humildade, acreditam que podem injuriar-Vos de sua pretensas alturas! 

Avançai triunfante neste encontro fervoroso de verdadeiros irmãos. Não escondeis as feridas das vossas mãos e dos vossos pés. Não limpeis a vossa sagrada face a a vossa cabeça ensanguentada. Ah e não fecheis a ferida do vosso peito. Que seja assim, ferida aberta e sangrenta, coberta com a púrpura do amor e com com a túnica de opróbrio. Sem vos transfigurar, ó Jesus, tal como fostes, o mesmo Jesus daquela noite terrível da Quinta-feira Santa, apresentai-vos a nós e vinde receber o hosana dessa guarda de honra que se mantém em vigília pela glória de Cristo Jesus, nosso Rei!  

(todos em voz alta)

Viva o Sagrado Coração de Jesus, nosso Rei!  

Os reis e os governantes poderão calcar aos pés as tábuas de vossa Lei mas, ao sucumbirem das alturas do poder ao túmulo do esquecimento, vossos súditos seguiremos exclamando:
Viva o Sagrado Coração de Jesus, nosso Rei! 
Os legisladores defenderão que o vosso Evangelho é uma ruína e que é preciso eliminá-lo em favor do progresso mas, ao sucumbirem ao túmulo do esquecimento, vossos adoradores seguiremos exclamando:
Viva o Sagrado Coração de Jesus, nosso Rei! 
Os maus ricos, os orgulhosos, os mundanos, dirão que a vossa Moral é de outro tempo, que vossas intransigências denigrem a liberdade da consciência mas, ao sucumbirem nas sombras do túmulo do esquecimento, vossos filhos seguiremos exclamando:
Viva o Sagrado Coração de Jesus, nosso Rei! 
Os interessados em acumular cargos e dinheiro, vendendo falsas liberdades e grandeza às nações, chocar-se-ão com a pedra do calvário e da vossa Igreja mas, ao descerem aniquilados ao túmulo do esquecimento, vossos apóstolos seguiremos exclamando:
Viva o Sagrado Coração de Jesus, nosso Rei! 
Os arautos de uma civilização materialista, longe de Deus e em oposição ao vosso Evangelho, morrerão um dia envenenados por suas maléficas doutrinas e, ao desaparecerem no túmulo do esquecimento, amaldiçoados pelos próprios filhos,vossos consoladores seguiremos exclamando:
Viva o Sagrado Coração de Jesus, nosso Rei! 
Os fariseus, os soberbos e os impuros envelhecerão estudando a ruína, mil vezes decretada de vossa Igreja mas, ao desparecerem no túmulo de um eterno esquecimento, vossos redimidos seguiremos exclamando:
Viva o Sagrado Coração de Jesus, nosso Rei! 
Oh! sim! que viva o vosso Sagrado Coração, mesmo depois que os poderes diabólicos das trevas forem dissipados dos lares, das escolas, dos povos, e tragados para sempre pelo abismo, vossos amigos continuaremos exclamando pelos séculos dos séculos: 
Viva o Sagrado Coração de Jesus, nosso Rei! 
Viva  o vosso Sagrado Coração no triunfo de vossa eucaristia e de vossa Igreja! Amor e glória para sempre ao vosso Sagrado Coração! 

(pausa ou canto de um hino)

Senhor, temos que nos despedir mas, ao vos deixar neste altar, confiamo-Vos à adoração dos vossos anjos e aos louvores da vossa Mãe Imaculada. Nós nos retiramos, Jesus, mas deixamos os nossos corações imersos na chaga aberta do vosso Lado. Antes de nossa despedida, neste dia mais belo que todas as auroras, permiti uma última oração, Senhor e nosso Salvador, nosso Amigo e Irmão; permiti, ó Deus aniquilado, recordarmos aqueles infelizes que não se encontram aqui aos vossos pés, que não se arrependeram de viver pelos atalhos de uma vida de pecado; ó Deus aniquilado, pelos que vos abandonaram...

(lento e com grande devoção)

Vós sois tão doce, Jesus Eucarístico! Dai a vossa luz triunfante a tantos cegos que não querem ver as maravilhas do vosso amor e nem reconhecer que Vós sois o único Caminho. Concedei este milagre de luz por amor à vossa Mãe Imaculada e para a glória de vosso Sagrado Coração! 

Vós sois tão terno, Jesus Eucarístico! Dai a paz a tantos extraviados que querem buscar as alegrias sedutoras do mundo, um mundo que, cantando, vende lágrimas e morte. Sede para eles a esperança! Concedei este milagre de ternura por amor à vossa Mãe Imaculada e para a glória de vosso Sagrado Coração! 

Vós sois tão compassivo, Jesus Eucarístico! Saciai esta fome de amor, de amor sem medidas, que causou a perda de tantos filhos pródigos. Eles sofrem, eles padecem longe do vosso Altar, a única fonte de felicidade. Levai-os para junto de Vós. Que eles possam reconhecer, Jesus, que Vós, e somente Vós, sois a paz e o amor! Concedei este milagre de piedade por amor à vossa Mãe Imaculada e para a glória de vosso Sagrado Coração! 

Vós sois tão amoroso, Jesus Eucarístico! Saciai  esta fome de amor, de amor sem medidas, que causou a perda de tantos filhos pródigos. Eles sofrem, eles padecem longe do vosso Altar, a única fonte de felicidade. Levai-os para junto de Vós. Que eles possam reconhecer, Jesus, que Vós, e somente Vós, sois a paz e o amor! Concedei este milagre de piedade por amor à vossa Mãe Imaculada e para a glória de vosso Sagrado Coração!

Tu és tão amoroso, Jesus Eucarístico! Suavizai as lágrimas de desespero derramadas por aqueles que, sofrendo as dolorosas decepções desta vida, sem o auxílio da vossa graça, envenenaram toda a sua existência. Longe das alegrias do gozo terrestre, mais longe ainda do paraíso eterno, estes infelizes estão mergulhados em um abismo de sofrimento sem fim. Acercai-vos destes infelizes, ó Jesus - Hóstia! Procurai-os, ide ao encontro deles, falai para eles aquelas palavras que estremecem a terra e fazem brotar torrentes e oceanos infinitos de júbilo inefável nos domínios eternos. Concedei esse milagre de amor por vossa Mãe Imaculada e para a glória de vosso Sagrado Coração!

Que tenho eu, Senhor Jesus, que Vós não me tenhais dado?
O que sei, que vós não me tenhais ensinado?
O que posso fazer, se vós não me possais ajudar?
E o que eu seria, se não fosse unido a Vós?
Perdoa... perdoa os meus erros cometidos contra Vós!
Vós me criastes sem que eu o merecesse,
e me redimistes sem que eu vos pedisse;
muito insististes em criar-me,
e muito mais em me redimir;
Seríeis menos poderoso
ou menos generoso em perdoar-me?
Pois todo o vosso Sangue derramado
e a acerba morte que padeceste;
não foi em favor dos anjos que Vos adoram, 
mas por mim e pelos pecadores que Vos imploram... 
Se eu vos tenho negado, deixai que eu vos louve,
Se eu vos tenho injuriado, deixai que eu vos ame,
se eu vos tenho ofendido, deixai que eu vos sirva,
pois, para viver sem vos amar,
e amar sem sofrer por vós,
Ó Jesus, o que seria a morte sem Vós?


(pausa)

(fazer menção aqui daqueles em cuja conversão se está particularmente interessado)

E agora, Senhor, levai-nos até as profundezas do Vosso Sagrado Coração, lá onde guardais o tesouro de lágrimas da vossa Mãe; não permitais que outras criaturas nos roubem daí, Jesus, forçando-nos a abandonar este éden conquistado. Chamai-nos para Vós, Jesus manso e humilde, em nossas horas de hesitação perigosa entre o mundo e a vossa Lei; mandai-nos ir até Vós e que, por meio da vossa misericórdia inefável, possamos receber a graça de conhecer mais intimamente os doces encantos deste Coração de Jesus, nosso irmão, nosso amigo, nosso Salvador e rei de Amor; de vos conhecer, Deus da caridade e habitar no vosso Coração para todo o sempre. Portanto, Adorável Mestre, escrevei sem demora, neste exato momento em que vos adoramos diante deste amado Sacrário, escrevei nossos nomes no tempo e na eternidade do vosso Sagrado Coração! 


Senhor, com dulcíssima rigidez, mantende os vossos filhos, vossos amigos mais íntimos,  retidos na celeste prisão de Vosso Sagrado Lado; daí vos pedimos viver em adoração e amor; daí nós queremos viver e morrer cantando eternamente a glória e a inefável misericórdia do vosso benigno Coração! Venha a nós o vosso Reino!

Pai Nosso e Ave Maria pelas intenções particulares dos presentes. 
Pai Nosso e Ave Maria pelos agonizantes e pecadores. 
Pai Nosso e Ave Maria pedindo o reinado do Sagrado Coração mediante a Comunhão frequente e diária, a Hora Santa e a Cruzada da Entronização do Rei Divino em lares, sociedades e nações.
Pai Nosso e Ave Maria pelo nosso país.

Senhor Jesus, nós fomos capazes de velar uma hora convosco no Getsêmani e felizes permaneceríamos preso neste Sacrário se vosso amor nos consentisse! Nós nos retiramos, levando a paz, muita paz, consolações divinas e uma vida nova. Ah, e acima de tudo, nos despedimos com a imensa alegria de ter dado a Vós, nosso amado Mestre, provas de fé, de desagravo e de amor como vós pedistes, entre lágrimas, à vossa confidente, Margarida Maria. Acolhei, pois, manso e humilde Jesus, a nossa última oração:

Triunfai, Coração Agonizante de Jesus... e sede a perseverança da fé e da inocência das crianças que Vos recebem na Sagrada Comunhão; sede para ela um Amigo!
Triunfai, Coração Agonizante de Jesus... e sede o consolo dos chefes dos lares cristãos; sede para eles a própria Vida!
Triunfai, Coração Agonizante de Jesus... e sede o amor para tantos que sofrem e para os pobres que labutam com dificuldades; sede para eles um Rei!
Triunfai, Coração Agonizante de Jesus... e sede o alívio e a doçura aos aflitos e àquelas almas mergulhadas na desolação; sede para eles um Irmão!
Triunfai, Coração Agonizante de Jesus... e sede a fortaleza para as almas em tentação e para as almas fragilizadas; sede para eles a Vitória!
Triunfai, Coração Agonizante de Jesus... e sede o consolo e a perseverança das almas tíbias; sede para eles o Amor!
Triunfai, Coração Agonizante de Jesus... e sede o centro da vida da Igreja Militante; sede para ela o Lábaro triunfante!
Triunfai, Coração Agonizante de Jesus... e sede o anelo ardente e vitorioso dos vossos apóstolos; sede para eles o Mestre!
Triunfai, Coração Agonizante de Jesus... e sede a santidade e um céu antecipado para as almas na Sagrada Eucaristia, um paraíso de amor; sede para elas Tudo!

E, enquanto não chega o dia eterno e venturoso de cantar as vossas glórias, deixai-nos, ó doce Jesus, sofrer, amar e morrer sobre a chaga aberta do vosso Lado, murmurando junto à ferida do vosso Coração de Amor, as palavras do vosso triunfo: 'Vinde a nós o vosso Reino!'

(cinco vezes, em honra às cinco chagas de Jesus)

Divino Coração de Jesus!

(todos)

Vinde a nós o vosso Reino!

Ato de Consagração ao Sagrado Coração de Jesus e ao Puríssimo Coração de Maria

Eu vos dou e vos consagro, Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo, meu corpo, minha alma, minha vida, minhas ações, aflições e sofrimentos, de forma que tudo em mim se faça para a maior honra, amor e glória ao vosso Sagrado Coração. Assumo a firme proposição de me entregar a Vós sem reservas e tudo fazer por vosso amor, renunciando a todas as coisas que vos possa ofender ou desagradar. Tomo-vos, pois, como única fonte do meu amor, como proteção à minha vida, como esperança da minha salvação eterna, como remédio para a minha fragilidade e inconstância, como expiação para todos os meus pecados e como refúgio seguro na hora da minha morte.  

Sede, ó Coração de Amor, a minha justificação junto a Deus Pai, apartando de mim os dardos de sua ira santa. Em vós ponho a minha esperança, temeroso da minha malícia e fraqueza, mas confiante na vossa suma bondade. Fazei desaparecer em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor seja impresso tão profundamente no meu coração que eu nunca mais possa ser capaz de me apartar ou de esquecer de Vós. Dignai-vos gravar o meu nome no vosso Sagrado Coração, para que toda a minha felicidade e glória possam consistir em viver e morrer como vosso servo e apóstolo!

E a vós, Coração de Maria, unido tão íntima e indissoluvelmente ao Coração de Jesus, desejo que, depois do vosso Filho, possais ocupar o primeiro lugar no meu coração que, de ora em diante, consagro também a vós. Vós sereis sempre a fonte de minha veneração, do meu amor e da minha confiança. Prometo buscar, com todas as minhas forças, conformar os meus sentimentos e anelos aos vossos e seguir fielmente, por toda a minha vida, as vossas virtudes. Mãe Santíssima, dignai-vos abrir o vosso Coração para mim e aí me receber junto aos vossos filhos verdadeiros e fieis. Alcançai-me a graça que me é necessária para fazer do meu coração a imitação do vosso, como ele próprio foi a imitação do Coração de Jesus. Livrai-me dos perigos, consolai-me em minhas tristezas, ensinai-me a obter o bom proveito de todos os bens e de todos os males desta vida; protegei-me em todos os momentos e, especialmente, na hora da minha morte.

Sagrados Corações de Jesus e Maria, eu me consagro inteiramente ao Vosso serviço! Fazei com que eu possa viver, agora e sempre, como vosso servo fiel e vosso verdadeiro filho! Amém.

(cinco vezes, em honra às cinco chagas de Nosso Salvador)

Sagrado Coração de Jesus! Vinde a nós o vosso Reino!

(três vezes)

Imaculado Coração de Maria, rogai por nós!

(uma vez)

São José, rogai por nós!
Santa Margarida Maria, rogai por nós!

Pai Nosso, Ave Maria e Glória pelas intenções do Santo Padre e da Santa Igreja, para se ganhar as indulgências dessa santa devoção.

(Hora Santa de Janeiro, pelo Pe. Mateo Crawley - Boevey, tradução integral pelo autor do blog)