4. PRÁTICAS EXTERNAS DA SANTA COMUNHÃO
Outros aspectos essenciais, ligados à exterioridade do banquete eucarístico, devem ser igualmente considerados, de forma a
se ponderar a efetividade da graça santificante e de todas as demais graças
advindas de uma santa comunhão. Com efeito, nunca é demais lembrar que, na
eucaristia, nós vivemos uma experiência ímpar, pela doação do próprio Senhor
Jesus Cristo, que está por inteiro, real e verdadeiramente presente no
sacramento. Assim, ainda que devidamente preparados “por dentro”, o
desconhecimento desta verdade pode obscurecer o propósito e as graças da
eucaristia, mediante a introdução de certas práticas e hábitos externos que são
lesivos e ofensivos a esta interação mística e espiritual em grau máximo do
católico comum com o seu Deus.
Em função da magnitude e da abrangência destas práticas “de fora”, em
vez de um aumento da graça santificante, o penitente pode estar sendo réu de
juízo e condenação. Na eucaristia, na
presença viva de Jesus, não podemos ser mais ou menos tolerantes, mais ou menos
relaxados, mais ou menos católicos.
A primeira prática externa da santa comunhão refere-se ao aspecto em si
e à modéstia no vestir dos participantes da procissão eucarística. O aspecto
externo deve estar, assim, diretamente associado às adequadas disposições
interiores; não se trata de estarmos solenemente vestidos, com luxo ou com
roupas de marca; as roupas podem ser simples ou não, mas asseio e limpeza são
pressupostos ao alcance de todos.
Quanto ao trajar, modéstia, respeito e profunda reverência: na
eucaristia, estamos diante e com Jesus! Não estamos diante de uma autoridade
qualquer, estamos diante do nosso próprio Deus. Jesus quer de nós manifestações
claras, internas e externas, de humildade, respeito e recolhimento interior. A
modéstia nos impele a evitar abusos e profanações. Neste
aspecto, cuidados especiais devem ter as mulheres, de forma a eliminar o uso,
por exemplo, de roupas justas ou decotadas na procissão eucarística; tais
imprudências podem ser motivo de grave pecado para si e para
outros.
Outra característica essencial da procissão eucarística é o de um
profundo silêncio. Estamos concentrados e preparados para uma união mística
extraordinária com Jesus e nenhum respeito humano deve prevalecer neste
momento. Como ter uma disposição interior completamente dedicada a Deus se
exteriormente estamos condicionados pelos belos cânticos da comunhão ou na
distração de observar o comportamento ou as vestimentas de outras
pessoas? Cantar é uma bela forma de oração; o
silêncio eucarístico é a manjedoura de nosso encontro místico com Cristo.
Não podemos, nem o
sacerdote nem os fiéis, transformar a santa comunhão num ato mecânico e
repetitivo a cada hóstia dada; cada comunhão tem um caráter especialíssimo e
singular. O momento não é para distrações, divagações ou preocupações mundanas,
mas de profunda concentração, respeito e
recolhimento interior. Quantas destas distrações não resultaram em hóstias no
chão! Uma comunhão bem feita é um tesouro de graças inimagináveis para o
penitente, para o sacerdote, para toda a Santa Igreja.
Eucaristia I: Primeira Parte (Primeiro Domingo de Agosto)
Eucaristia II: Segunda Parte (Segundo Domingo de Agosto)
Eucaristia III: Terceira Parte (Terceiro Domingo de Agosto)
Eucaristia IV: Quarta Parte (Quarto Domingo de Agosto)
Eucaristia II: Segunda Parte (Segundo Domingo de Agosto)
Eucaristia III: Terceira Parte (Terceiro Domingo de Agosto)
Eucaristia IV: Quarta Parte (Quarto Domingo de Agosto)