Jesus, no Horto das Oliveiras, sentiu-se triste até a morte, ao perscrutar a alma humana até o fim dos tempos, com suas loucuras e pecados sem fim. Neste Brasil de tempos tão difíceis, a alma cristã também está triste até a morte pela decisão - loucura - do STF de legalizar a prática do aborto de fetos anencéfalos, quando a mãe assim o optar.
No cipoal de argumentos espúrios, dominados na retórica racionalista dos fariseus de toga, o anencéfalo é um amontoado disforme de células que não se coaduna com o conceito de vida humana proposto e imposto por estes senhores feudais. Na opinião da ampla maioria dos juízes do arbítrio, o anencéfalo não tem nenhum direito à vida, pois 'anencefalia e vida são termos antitéticos'. E essa premissa é forjada nos porões do sincretismo jurídico, que ordena que tal questão não deve ser tratada sob a luz da dignidade humana dos valores espirituais e religiosos, sendo esta uma competência exclusiva do poder estatal.
Na barganha ferina e vergonhosa aos interesses de movimentos abortistas e da 'liberdade da consciência feminina', os reféns de toga condenaram inocentes a serem réus de morte. E, assim, cérebros privilegiados deliberaram formalmente que cérebros atrofiados (porque o tronco cerebral ainda está presente), mesmo controlando respirações e batimentos cardíacos, são miasmas orgânicos sem função e sem o tônus vital. E, portanto, são descartáveis como seres humanos. Num mundo cada vez menos cristão, vidas são cada vez mais ceifadas no útero e almas cada vez mais paridas para a morte eterna.
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