quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

05 DE FEVEREIRO - SANTA ÁGUEDA


Santa Águeda (ou Ágata), uma das mais conhecidas mártires dos primeiros séculos do Cristianismo, nasceu durante a primeira parte do século terceiro (provavelmente entre os anos 230 e 235) de uma família rica e nobre de Catânia, então uma das cidades mais prósperas da Sicília. Dotada de beleza singular, já aos 15 anos, expressou seu desejo de tornar-se uma virgem consagrada a Deus. Durante as perseguições cristãs sob o imperador Decio Trajanus (250 - 253), o prefeito romano de Catânia, um homem chamado Quintianus, foi tomado de uma obsessão diabólica de possui-la. Rejeitado em todas as suas empreitadas, o desejo transformou-se em ódio demente, o que o levou a cometer todo tipo de insanidades contra a jovem, submetendo-a a torturas inimagináveis.


Fiel à sua consagração a Cristo, a jovem resistiu a todos os tormentos, induzindo, cada vez mais, a fúria obsessiva do prefeito romano. Assim, foi induzida à prostituição sagrada como sacerdotisa, pressões psicológicas, interrogatórios exaustivos, torturas variadas, até a mutilação de um dos seus seios. Este grave ferimento teria sido milagrosamente curado por São Pedro. Ao ser indagada sobre a espantosa cura, respondeu que tinha sido curada por Jesus. Transtornado de ódio, o seu carrasco a condenou à morte deitada sobre um braseiro, depois de fazê-la passar sobre cacos de vidro. Neste momento, um grande terremoto abalou a cidade e a população associou o fato às torturas impostas à jovem que foi, então, gravemente queimada, retirada das brasas e lançada na prisão, onde morreu, poucas horas depois, em 5 de fevereiro do ano de 251. 

As suas relíquias são mantidas em uma urna na Catedral de Catânia, como também em igrejas de Palermo. É venerada como santa protetora contra doenças dos seios e contra catástrofes (uma erupção do vulcão Etna, cerca de um ano após a sua morte, foi interrompida pouco antes de atingir a cidade de Catânia, devido à intercessão do povo em favor da jovem mártir). Na iconografia cristã, é representada pela palma (símbolo do martírio), por um gesto de rejeição contra a violação de sua pureza (ou segurando a cruz) ou por  referência a um dos inúmeros martírios que sofreu.