quinta-feira, 26 de setembro de 2013

LISTA DOS DOGMAS DE FÉ DA IGREJA CATÓLICA

A) Deus

1. Deus, nosso Criador e nosso Mestre, pode ser conhecido com certeza por meio das coisas criadas, pela luz natural da razão.
2. A existência de Deus não é só objeto de conhecimento da razão natural, mas também objeto de fé sobrenatural.
3. O Ser de Deus é incompreensível para o homem.
4. Os Santos do céu possuem um conhecimento direto e intuitivo de Deus.
5. A visão direta de Deus ultrapassa a potência natural de conhecimento da alma humana, e é portanto sobrenatural.
6. Para ver a Deus de modo realmente direto, a alma precisa da luz da glória. 
7. O Ser divino é incompreensível também para os santos do céu. 
8. Os atributos divinos são realmente idênticos à essência divina e realmente idênticos entre si. 
9. Deus é absolutamente perfeito. 
10. Deus é realmente infinito em cada perfeição. 
11. Deus é absolutamente simples. 
12. Só há um Deus. 
13. O Deus único é verdadeiro Deus no sentido ontológico. 
14. Deus possui uma inteligência infinita. 
15. Deus é absolutamente verídico. 
16. Deus é absolutamente fiel. 
17. Deus é a bondade ontológica absoluta em Si mesmo e relativamente às criaturas. 
18. Deus é a bondade moral ou santidade absoluta. 
19. Deus é a benignidade absoluta. 
20. Deus é absolutamente imutável. 
21. Deus é eterno. 
22. Deus é imenso. 
23. Deus está presente em toda parte no espaço criado. 
24. A ciência divina é infinita. 
25. Deus conhece toda realidade finita no passado, no presente e no futuro (scientia visionis). 
26. Em sua scientia visionis, Deus prevê também com certeza infalível as ações livres futuras das criaturas razoáveis. 
27. A vontade de Deus é infinita. 
28. Deus se ama a si mesmo necessariamente e as coisas exteriores livremente. 
29. Deus é o Soberano Senhor do céu e da terra. 
30. Deus é infinitamente justo. 
31. Deus é infinitamente misericordioso. 
32. Em Deus há três pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Cada uma das três pessoas possui numericamente a mesma essência divina. 
33. Há em Deus duas processões imanentes. 
34. O sujeito das processões divinas (nos sentidos ativo e passivo) são as pessoas divinas, não a natureza divina. 
35. A Segunda Pessoa divina procede da primeira por geração e tem, por conseguinte, com ela as relações de um filho com seu pai. 
36. O Espírito Santo procede do pai e do Filho como de um princípio único, por uma única expiração. 
37. O Espírito Santo não procede por geração. 
38. As relações em Deus são realmente idênticas com a essência divina. 
39. Em Deus tudo é uno, se não houver uma oposição de relação. 
40. As três pessoas divinas estão uma na outra. 
41. Todas as atividades de Deus no exterior são comuns às três pessoas. 

B) Deus Criador

1. Tudo o que existe, fora de Deus, foi tirado do nada por Deus.
2. Deus foi levado por Sua bondade a criar livremente o mundo.
3. O mundo foi criado para a glória de Deus. 
4. As três pessoas divinas são o princípio único e comum da criação. 
5. Deus criou livremente o mundo, sem constrangimento exterior e sem obrigação interna. 
6. Deus criou o mundo bom. 
7. O mundo tem um começo no tempo. 
8. Deus criou sozinho o mundo. 
9. Deus conserva na existência todas as coisas criadas. 
10. Deus dirige e protege com a Sua providência tudo o que criou. 
11. O primeiro homem foi criado por Deus. 
12. O homem é composto de dois elementos essenciais, um corpo material e uma alma imortal. 
13. A alma razoável é diretamente a forma essencial do corpo. 
14. Cada homem possui uma alma individual imortal. 
15. Deus deu ao homem um fim sobrenatural. 
16. Nossos primeiros pais, antes do pecado original, estavam ornados com a graça santificante. 
17. Os primeiros pais estavam dotados do dom de imortalidade, ou seja, da isenção da morte corporal. 
18. Nossos primeiros pais, no paraíso terrestre, pecaram gravemente ao transgredirem um mandamento divino. 
19. Nossos primeiros pais perderem por seu pecado a graça santificante e atraíram para si a cólera e o descontentamento de Deus. 
20. Nossos primeiros pais caíram sob o castigo da morte e a dominação do demônio. 
21. O pecado de Adão passou a todos os seus descendentes, em virtude de sua origem, e não como mau exemplo. 
22. O pecado original é transmitido pela geração natural. 
23. No estado de pecado original, o homem é privado da graça santificante, bem como dos dons preternaturais de integridade. 
24. As almas que saem desta vida com o pecado original estão excluídas da visão beatífica de Deus. 
25. Deus criou do nada, no começo dos tempos, seres espirituais (os anjos). 
26. A natureza dos anjos é espiritual. 
27.Os maus anjos (demônios) foram criados bons por Deus; tornaram-se maus por sua própria culpa. 
28. A tarefa secundária dos bons anjos é a proteção dos homens e o cuidado da salvação deles. 
29. O diabo possui, em razão do pecado de Adão, certo domínio dobre os homens.

C) O Redentor

1. Jesus Cristo é Deus verdadeiro e Filho de Deus por essência.
2. Cristo tomou um corpo verdadeiro e não um corpo aparente.
3. Cristo não tomou simplesmente um corpo, mas também uma alma razoável.
4. Cristo foi verdadeiramente concebido e nasceu de uma filha de Adão, a Virgem Maria.
5. A natureza divina e a natureza humana estão unidas entre si hipostaticamente em Cristo, ou seja, na unidade da pessoa.
6. As duas naturezas de Cristo subsistem depois de sua união, sem transformação nem mescla, integralmente em sua particularidade.
7. Em Cristo, cada uma das duas naturezas possui uma vontade física própria e um modo de operação próprio.
8. A união hipostática da natureza humana de Cristo com o Lógos divino ocorreu no momento da concepção.
9. A união hipostática não cessará jamais.
10. O ato da união hipostática foi realizado em comum pelas três pessoas divinas.
11. Só a segunda pessoa divina se tornou homem.
12. Jesus Cristo é, também como homem, Filho natural de Deus.
13. O Homem-Deus, Cristo Jesus, deve ser honrado com um só culto, o culto absoluto de latria que pertence só a Deus.
14. Os predicados divinos e humanos de Cristo devem ser atribuídos só ao Lógos encarnado.
15. Cristo estava isento de todo pecado, tanto do pecado original quanto do pecado pessoal.
16. A natureza humana de Cristo estava sujeita aos sofrimentos corporais.
17. O Filho de Deus se encarnou para salvar os homens.
18. O homem caído não pode salvar-se a si mesmo.
19. Cristo é para os homens Legislador e Juiz.
20. O Homem-Deus Jesus Cristo é Grão-Sacerdote.
21. Cristo se ofereceu a Deus na cruz em verdadeiro sacrifício.
22. Pela morte na cruz, Cristo nos resgatou e reconciliou com Deus.
23. Cristo, por sua paixão e morte, mereceu de Deus uma recompensa.
24. Depois da morte, Cristo desceu aos limbos com sua alma separada do corpo.
25. No terceiro dia após sua morte, Cristo ressuscitou glorioso dentre os mortos.
26. Cristo subiu ao céu, de corpo e alma, e está sentado à direita do Pai.

D) Nossa Senhora

1. Maria é verdadeiramente Mãe de Deus.
2. Maria foi concebida sem a mácula do pecado original.
3. Maria concebeu do Espírito Santo, sem intervenção de um homem.
4. Maria pariu sem dano para a sua integridade virginal.
5. Maria permaneceu virgem também depois do nascimento de Jesus.
6. Maria foi elevada em corpo e alma ao céu.

E) A Graça

1. Existe uma ação sobrenatural de Deus sobre as forças da alma que precede a decisão livre da vontade.
2. Existe uma ação divina sobrenatural sobre as forças da alma que coincide temporalmente com a ação da vontade livre do homem.
3. Para todo ato salutar, a graça interior sobrenatural divina (gratia elevans) é absolutamente necessária.
4. O homem justificado não pode, sem ajuda particular de Deus, perseverar até o fim na justiça recebida.
5. O homem justificado não pode, sem privilégio especial da graça divina, evitar durante a vida todos os pecados, mesmo os veniais.
6. O homem pode, mesmo no estado de natureza decaída, conhecer verdades religiosas e morais com sua faculdade natural de conhecimento.
7. Para efetuar uma ação moralmente boa, a graça santificante não é indispensável.
8. No estado de natureza decaída, é moralmente impossível ao homem conhecer, sem revelação sobrenatural, todas as verdades naturais religiosas e morais, facilmente, com certeza e sem mescla de erro.
9. A graça não pode ser merecida por obras naturais nem de condigno nem de congruo.
10. Deus dá a todos os justos uma graça suficiente (gratia proxime vel remote sufficiens) para observar os mandamentos divinos.
11. Deus, por decisão eterna da sua vontade, predestinou certos homens à bem-aventurança eterna.
12. Deus predestinou, por decisão eterna de sua vontade, certos homens à danação eterna.
13. A vontade humana permanece livre sob a influência da graça eficaz.
14. Existe uma graça realmente suficiente que permanece, porém, ineficaz (gratia vere et mere sufficiens).
15. O pecador pode e deve, com ajuda da graça atual, preparar-se para receber a graça da justificação.
16. Sem a fé, a justificação do adulto não é possível.
17. À fé devem somar-se ainda outros atos de virtude.
18. A graça santificante santifica a alma.
19. A graça santificante transforma o justo em amigo de Deus.
20. A graça santificante transforma o justo em filho de Deus e lhe confere o direito à herança do céu.
21. Com a graça santificante são infusas as três virtudes teologais da fé, da esperança e da caridade.
22. Sem revelação divina particular, ninguém pode saber com certeza de fé se se acha em estado de graça.
23. A medida da graça de justificação recebida não é igual em todos os justos.
24. A graça recebida pode ser aumentada com as boas obras.
25. A graça de justificação pode ser perdida e é perdida por todo pecado grave.
26. O justo adquire realmente pelas boas obras direito a uma recompensa sobrenatural da parte de Deus.
27. O homem justificado merece por suas boas obras o aumento da graça santificante, a vida eterna e o aumento da glória celeste.

F) Igreja

1. A Igreja foi fundada pelo Homem-Deus Jesus Cristo.
2. Cristo fundou a Igreja para dar prosseguimento à sua obra redentora em todos os tempos.
3. Cristo deu à sua Igreja uma constituição hierárquica.
4. Os poderes hierárquicos conferidos aos apóstolos passaram aos bispos.
5. Cristo instituiu São Pedro príncipe de todos os apóstolos e chefe visível de toda a Igreja, conferindo-lhe direta e pessoalmente o primado de jurisdição.
6. De acordo com a ordem de Cristo, São Pedro deve ter perpetuamente sucessores no primado sobre toda a Igreja.
7. Os sucessores de São Pedro no primado são os bispos de Roma.
8. O Papa tem o poder total e supremo sobre toda a Igreja, não só nas coisas de fé e de moral, mas também na disciplina e no governo da Igreja.
9. O Papa, quando fala ex cathedra, é infalível.
10.Os bispos possuem de direito divino um poder ordinário de governo sobre as suas dioceses.
11. Cristo fundou a Igreja.
12. Cristo é a Cabeça da Igreja.
13. A Igreja é infalível em suas decisões definitivas sobre a fé e os costumes.
14. O objeto primário da infalibilidade são as verdades formalmente reveladas da doutrina cristã sobre a fé e os costumes.
15. O conjunto dos bispos é infalível, quando, reunidos em concílio geral ou dispersos por toda a terra, apresentam um ensinamento sobre a fé ou os costumes como uma verdade que deve ser admitida por todos os fiéis.
16. A Igreja fundada por Cristo é una e única.
17. A Igreja fundada por Cristo é santa.
18. À Igreja pertencem não só membros santos, mas também pecadores.
19. A Igreja fundada por Cristo é católica.
20. A Igreja fundada por Cristo é apostólica.
21. A pertença à Igreja é para todos os homens necessária para a salvação.
22. É permitido e útil honrar os santos do céu e pedir sua intercessão.
23. É permitido honrar as relíquias dos santos.
24. É permitido e útil venerar as imagens dos santos.
25. Os fiéis vivos podem socorrer as almas do purgatório com seus sufrágios.

G) Os Sacramentos em geral

1. Os sacramentos da Nova Aliança contêm a graça que significam e a conferem aos que a tal não se opõem.
2. Os sacramentos agem ex opere operato.
3. Todos os sacramentos da Nova Aliança conferem a graça santificante a quem os recebe.
4. Três sacramentos, o batismo, a confirmação e a ordem imprimem na alma um caráter, ou seja, uma marca espiritual indelével e, por esta razão, não podem ser reiterados.
5. O caráter sacramental é uma marca espiritual impressa na alma.
6. O caráter sacramental subsiste pelo menos até a morte de seu possuidor.
7. Todos os sacramentos da Nova Aliança foram instituídos por Jesus Cristo.
8. Há sete sacramentos da Lei Nova.
9. Os sacramentos da Lei nova são necessários aos homens para a salvação.
10. Para uma administração válida dos sacramentos, é necessário que o ministro execute exatamente o sinal sacramental.
11. O ministro deve além disso ter a intenção de fazer o que faz a Igreja.
12. Para uma recepção digna ou frutuosa dos sacramentos é necessária uma disposição moral no sujeito adulto.

H) Batismo

1. O batismo é um verdadeiro sacramento instituído por Jesus Cristo.
2. A matéria distante do sacramento do batismo é a água natural comum.
3. O batismo confere a graça e a justificação.
4. O batismo opera a remissão de todas as penas, eternas e temporais, devidas ao pecado.
5. O batismo recebido válida, embora indignamente imprime na alma do batizado uma marca espiritual indelével, o caráter batismal, e não pode, portanto, ser reiterado.
6. O batismo de água (baptismus fluminis) é necessário à salvação para todos os homens sem exceção, desde a promulgação do Evangelho.
7. O batismo pode ser dado validamente por qualquer pessoa.
8. O batismo pode ser recebido validamente por qualquer pessoa ainda não batizada, em estado de via.
9. O batismo das crianças que não têm o uso da razão é válido e permitido.

I) Confirmação (Crisma)

1. A confirmação é um sacramento verdadeiro e propriamente dito.
2. A confirmação imprime na alma uma marca espiritual indelével, o caráter, e não pode, por isso, ser reiterada.
3. Só o bispo é ministro ordinário da confirmação.

J) Eucaristia

1. Na Eucaristia o corpo e o sangue de Cristo estão verdadeira, real e substancialmente presentes.
2. Cristo está presente no sacramento do altar pela conversão de toda a substância do pão em seu corpo e de toda a substância do vinho em seu sangue.
3. As espécies do pão e do vinho persistem após a transubstanciação.
4. Na Eucaristia o corpo e o sangue de Cristo com sua alma e sua divindade, portanto Cristo inteiro, estão verdadeiramente presentes.
5. Em cada uma das duas espécies está presente Cristo inteiro.
6. Sob cada parte de cada espécie, depois da divisão, Cristo está presente por inteiro.
7. Depois da consagração, o corpo e o sangue de Cristo estão presentes de maneira permanente na Eucaristia.
8. Devemos prestar a Cristo presente na Eucaristia o culto de adoração.
9. A Eucaristia é um verdadeiro sacramento instituído por Jesus Cristo.
10. A matéria da Eucaristia é o pão e o vinho.
11. Para as crianças, a recepção da Eucaristia não é necessária para a salvação.
12.A comunhão sob as duas espécies não é necessária, nem em razão do mandamento divino, nem como meio de salvação.
13. Só o sacerdote validamente ordenado possui o poder de consagrar.
14. O sacramento da Eucaristia pode ser recebido validamente por todo batizado em estado de via, mesmo pelas crianças não dotadas de razão.
15. Para receber dignamente a Eucaristia, o estado de graça e a intenção reta são necessários. (De fide no que diz respeito ao estado de graça.)
16. A santa missa é um sacrifício verdadeiro e propriamente dito.
17. O sacrifício da missa representa e recorda o sacrifício da cruz, cuja virtude salvífica ele aplica.
18. No sacrifício da missa e no sacrifício da cruz, a vítima e o sacrificador primário são idênticos; só difere o modo do sacrifício.
19. O sacrifício da missa não é só um sacrifício de louvor e de ação de graças, mas também um sacrifício propiciatório e impetratório.

K) A Penitência

1. A Igreja recebeu de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos depois do batismo.
2. Pela absolvição da Igreja, os pecados são verdadeira e diretamente perdoados.
3. O poder que tem a Igreja de perdoar os pecados estende-se a todos os pecados, sem exceção.
4. O exercício do poder de perdoar os pecados é um ato judiciário.
5. O perdão dos pecados que ocorre no tribunal da penitência é um sacramento verdadeiro e propriamente dito, distinto do batismo.
6. A justificação extrassacramental só é produzida pela contrição perfeita se esta estiver unida ao desejo do sacramento.
7. A contrição produzida por motivo de medo é ato moralmente bom e sobrenatural.
8. A confissão sacramental dos pecados é prescrita de direito divino e necessária à salvação.
9. Em virtude de uma ordem divina, estão sujeitos à obrigação da confissão todos os pecados graves, com sua natureza, seu número e as circunstâncias que mudam sua espécie.
10. A confissão dos pecados veniais não é necessária, mas permitida e útil.
11. Deus nem sempre perdoa, ao mesmo tempo que o pecado e a pena eterna, todas as penas temporais devidas ao pecado.
12. O sacerdote tem o direito e o dever de impor obras de satisfação salutares e apropriadas, segundo a natureza dos pecados e a capacidade do penitente.
13. As obras de penitência extrassacramentais, como a prática de exercícios voluntários de penitência e a aceitação paciente das provações enviadas por deus também têm valor satisfatório.
14. A forma do sacramento de penitência consiste nas palavras da absolvição.
15. A absolvição produz, em união com os atos do penitente, a remissão dos pecados.
16. O efeito principal do sacramento de penitência é a reconciliação do pecador com Deus.
17. O sacramento de penitência é necessário à salvação para os que, depois do batismo, cometeram pecado grave.
18. Só os bispos e os padres têm o poder de absolvição.
19. A absolvição dada por diáconos, clérigos inferiores e leigos não pode ser considerada absolvição sacramental.
20. O sacramento da penitência pode ser recebido por todo batizado que, depois do batismo, tiver cometido pecado grave ou venial.

Apêndice: as Indulgências

1. A Igreja tem o poder de conceder indulgências.
2. O uso das indulgências é útil e salutar para os fiéis.

L) A Extrema Unção

1. A extrema-unção é um sacramento verdadeiro e propriamente dito, instituído por Cristo.
2. A matéria distante da extrema-unção é o óleo.
3. A forma consiste na oração do sacerdote pelo doente, que acompanha a unção.
4. A extrema-unção dá ao enfermo a graça santificante para aliviá-lo e confortá-lo.
5. A extrema-unção produz às vezes, se for útil à salvação da alma, o restabelecimento da saúde corporal.
6. A extrema-unção não pode ser administrada validamente senão pelos bispos e sacerdotes.
7. A extrema-unção só pode ser recebida validamente pelos fiéis gravemente doentes.

M) A Ordem

1. A ordem é um sacramento verdadeiro e propriamente dito, instituído por Cristo.
2. O presbiterato é um sacramento.
3. Os bispos são superiores aos sacerdotes.
4. O sacramento da ordem confere ao que o recebe a graça santificante.
5. O sacramento da ordem imprime em quem o recebe um caráter.
6. O sacramento da ordem confere ao sujeito um poder espiritual permanente.
7. O ministro ordinário de todos os graus da ordem, tanto sacramentais como não sacramentais, é unicamente o bispo validamente consagrado.

N) O Matrimônio

1. O matrimônio é um sacramento verdadeiro e propriamente dito, instituído por Cristo.
2. Do contrato de matrimônio sacramental nasce o vínculo matrimonial que une os dois esposos para toda a vida numa comunidade de existência inseparável.
3. O sacramento de matrimônio confere aos esposos a graça santificante.

O) A escatologia do homem individual

a) Morte

1. A morte é, na ordem atual da salvação, uma consequência do pecado.
2. Todos os homens, tendo sido atingidos pelo pecado original, estão sujeitos à lei da morte.

b) O Céu

1. As almas dos justos que, no momento da morte, estiverem isentas de todo pecado e de toda pena devida ao pecado, entram no céu.
2. A bem-aventurança do céu durará eternamente.
3. O grau de bem-aventurança celeste varia nos diferentes santos conforme o mérito.

c) O Inferno

1. As almas dos que morrem em estado de pecado pessoal grave vão para o inferno.
2. As penas do inferno duram por toda a eternidade.

d) O Purgatório

1. As almas dos justos que, no momento da morte, ainda estão carregadas de pecados veniais ou de penas temporais devidas ao pecado vão para o purgatório.

P) A escatologia da humanidade como um todo

1. No fim do mundo, Cristo retornará, na glória, para o juízo.
2. Todos os mortos ressuscitarão no último dia com os corpos.
3. Os mortos ressuscitarão com (numericamente) o mesmo corpo que terão tido na terra.
4. Cristo, depois de seu retorno, julgará todos os homens.

(Lista de concepções dogmáticas de fé da Igreja Católica, retiradas da obra 'Manual e Teologia Dogmática' do Pe. Ludwig Ott (1906-1985), Editorial Herder, 1966, tradução do original alemão 'Grundriss der Katolischen Dogmatik', apresentada no site Christe eleison)