quarta-feira, 29 de agosto de 2012

28 DE AGOSTO: SANTO AGOSTINHO DE HIPONA


"...Inquieto está o nosso coração enquanto não repousar em Ti."

Dia 28 de agosto é a festa de um dos grandes santos da Igreja, um dos fundadores da chamada Patrística (a fase inicial da formação da Teologia Cristã e seus dogmas). Santo Agostinho nasceu a 13 de novembro de 354, na pequena cidade de Tagaste, perto de Hipona, na Numídia (atual Argélia), filho de Patrício e Mônica (santa da Igreja Católica, cuja festa é celebrada em 27 de agosto). Da vida promíscua ao desvario da sua inclusão em seitas maniqueístas, Santo Agostinho experimentou desde a indiferença até a descrença completa nas coisas de Deus. A resposta da sua mãe, profundamente dolorosa diante a perspectiva da perda eterna da alma do filho amado, foi sempre a mesma: oração, oração, oração! E a conversão de Agostinho foi lenta e profunda: no ano de 382, em Milão, então com 32 anos de idade, o santo foi finalmente batizado, junto com um amigo e o seu filho Adeodato (que morreria pouco tempo depois) por Santo Ambrósio. E que conversão! Sobre o tapete dos pecados passados, da vida desregrada da juventude (que descreveria com imenso desgosto em sua obra máxima ‘Confissões’), nasceria um santo dedicado por inteiro à glória de Deus, pregando como sacerdote e, mais tarde, como bispo de Hipona, que a verdadeira fonte da santidade nasce, renasce e se fortalece na humildade. Combateu com tal veemência as diversas frentes de heresias do seu tempo, incluindo o arianismo e o maniqueísmo, que foi alcunhado de Escudo da Fé e Martelo dos Hereges. Santo Agostinho, Doutor da Igreja e Defensor da Graça, morreu em 28 de agosto de 430, aos 76 anos de idade.

Excertos da Obra: 'Confissões', de Santo Agostinho:

“Amo-te, Senhor, com uma consciência não vacilante, mas firme. Feriste o meu coração com a tua palavra, e eu amei-te. Mas eis que o céu, e a terra, e todas as coisas que neles existem me dizem a mim, por toda a parte, que te ame, e não cessam de o dizer a todos os homens, de tal modo que eles não têm desculpa. Tu, porém, compadecer-te-ás mais profundamente de quem te compadeceres,e concederás a tua misericórdia àquele para quem fores misericordioso: de outra forma, é para surdos que o céu e a terra entoam os teus louvores. Mas que amo eu, quando te amo? Não a beleza do corpo, nem a glória do tempo, nem esta claridade da luz, tão amável a meus olhos, não as doces melodias de todo o gênero de canções, não a fragrância das flores, e dos perfumes, e dos aromas, não o maná e o mel, não os membros agradáveis aos abraços da carne. Não é isto o que eu amo, quando amo o meu Deus, E, no entanto, amo uma certa luz, e uma certa voz, e um certo perfume, e um certo alimento, e um certo abraço, quando amo o meu Deus, luz, voz, perfume, alimento, abraço do homem interior que há em mim, onde brilha para a minha alma o que não ocupa lugar, e onde ressoa o que o tempo não rouba, e onde exala perfume o que o vento não dissipa, e onde dá sabor o que a sofreguidão não diminui, e onde se une o que o que a saciedade não separa. Isto é o que eu amo, quando amo o meu Deus.”

“Aterrorizado com os meus pecados e com o peso da minha miséria, tinha considerado e meditado no meu coração fugir para a solidão, mas tu proibiste-me e encorajaste-me, dizendo: Cristo morreu por todos, a fim de que os que vivem já não vivam para si, mas para aquele que morreu por eles. Eis, Senhor, que eu lanço em ti a minha inquietação, a fim de que viva, e considerarei as maravilhas da tua Lei. Tu conheces a minha incapacidade e a minha fragilidade: ensina-me e cura-me. O teu Unigênito, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência, redimiu-me com o seu sangue. Não me caluniem os soberbos, porque penso no preço da minha redenção, e como, e bebo, e distribuo, e, pobre, desejo saciar-me dele entre aqueles que dele se alimentam e saciam: e louvam o Senhor aqueles que o procuram”. 

QUANDO O INFERNO É AQUI...

Nestes tempos de tão grande apostasia, em que a Santa Igreja e o Catolicismo são tão vilipendiados, uma insensatez sem limites mina por completo a fé de uma grande porção dos católicos, tornando-os fantoches de crenças vulgares e heréticas. Generaliza-se a loucura de que a salvação eterna é algo quase que automático, que o inferno e o demônio são coisas de pura ficção científica. Em alguns casos, porém, Deus permite que o inferno seja aqui, e que o demônio seja exposto, ainda que infinitamente mitigado, para que tantos insensatos se dêem conta do quanto estão enganados.

Exorcismo de uma menina italiana (vídeo em italiano com tradução em inglês): o sacerdote mostra as medidas adotadas previamente para prender a menina numa cadeira durante a sessão do exorcismo e depois explica que é o demônio que receia, reage e grita ante a ação do exorcista;  no final, explica ainda que o exorcismo é um embate entre o sacerdote e o demônio, em que, contra a tática do demônio de 'parar a luta' para tomar fôlego e ganhar forças, a ação do sacerdote deve ser sempre a do pugilista que nunca pára de golpear até conseguir a vitória final. As cenas fortes do vídeo, entretanto, são as do próprio exorcismo, mostradas entre as diferentes falas do sacerdote.

(vídeo com cenas reais de exorcismo) 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

ORAÇÃO: SANTO ROSÁRIO



MISTÉRIOS GOZOSOS
(segundas e sábados)


1.º Mistério
A Anunciação do Anjo a Nossa Senhora. (Lc 1, 26-38)
2º Mistério
A Visitação de Nossa Senhora a Santa Isabel. (Lc 1, 39-56)
3º Mistério
O Nascimento de Jesus no presépio de Belém. (Lc 2, 1-20)
4º Mistério
A Apresentação do Menino Jesus no Templo. (Lc 2, 22-38)
5º Mistério
O Encontro do Menino Jesus no Templo entre os Doutores. (Lc 2, 41-50)

MISTÉRIOS DOLOROSOS
   (terças e sextas)


1.º Mistério
Oração e Agonia de Jesus no Jardim das Oliveiras. (Mt 26, 36-46)
2º Mistério
A Flagelação de Nosso Senhor Jesus Cristo. (Mt 27, 24-26)
3º Mistério
O Coroação de espinhos. (Mt 27, 27-31)
4º Mistério
Jesus a caminho do Cálvário e o encontro com Sua Mãe. (Lc 23, 26-32)
5º Mistério
A Cruxificação e Morte de Jesus. (Jo 19, 17-30)

MISTÉRIOS GLORIOSOS
   (quartas e domingos)

1.º Mistério
A Ressurreição de Jesus Cristo. (Mt 28, 1-10)
2º Mistério
A Ascensão de Jesus ao Céu. (Act 1, 6-11)
3º Mistério
A descida do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos reunidos no Cenáculo. (Act 1, 12-14 e 2, 1-4)
4º Mistério
A Assunção de Nossa Senhora ao Céu em corpo e alma. (1Cor 15, 12-23)
5º Mistério
A Coroação de Nossa Senhora como Rainha do Céu e da Terra. (Ap 12, 1-17)

MISTÉRIOS LUMINOSOS
(quinta-feira)
  

1.º Mistério
O Baptismo de Jesus no Rio Jordão. (Mt 3, 13-17)
2º Mistério
A Revelação de Jesus nas Bodas de Caná. (Jo 2, 1-11)
3º Mistério
O Anúncio do Reino de Deus. Um convite à conversão (Mt 4, 12-17-23)
4º Mistério
A Transfiguração de Jesus no Monte Tabor. (Lc 9, 28-36)
5º Mistério
A Última Ceia de Jesus com os Apóstolos e a Instituição da Eucaristia. (Lc 22, 14-20)

domingo, 26 de agosto de 2012

'ORAÇÃO DO PROTESTANTE'

O protestante não acredita em nada que não seja a Bíblia. O ateu não acredita em nada que não seja ciência. Ambos são protestantes, porque não suportam a Santa Igreja de Cristo. Ambos são ateus porque não acreditam na Verdade. O primeiro acredita no Jesus Cristo moldado pelo pastor da esquina, o segundo molda Jesus Cristo como peça de ficção científica. Ambos têm em comum a negação explícita ao Catolicismo. Neste contexto, além da falsidade dos atos, a cegueira diabólica faz um protestante rezar assim, sem perceber a enorme incoerência de suas crenças:

"Eu creio, Senhor, no Jesus Cristo presente na Bíblia e eu não acredito em nada que esteja fora da Bíblia. Porque o que está fora da Bíblia é coisa humana, coisa dos católicos...

Eu Vos agradeço os dons do Espírito Santo e, por mais ignorante que eu possa ser, são eles que me iluminam para entender e para interpretar corretamente a Bíblia. Menos os católicos, é claro, estes nem sendo teólogos ou doutores...

Eu rezo diretamente a Vós, sem intercessão de ninguém mais. Quem precisa de santos e santas? Só estes católicos presunçosos e arrogantes para acharem que Deus iria precisar de mediadores entre Ele e os homens...

Eu creio, com toda a minha fé autêntica, que Maria não é nossa mãe. Jesus Cristo é o Senhor, e só Ele nos basta. Os católicos vivem dizendo que adoram só a Deus, mas a gente sabe que eles adoram a Maria também... E eles, Jesus, ainda são capazes de adorar Maria mais do que a Vós em tudo que é missa e celebração...

Ousam chamar Vossa Mãe de Intercessora, Medianeira, Concebida sem Pecado, Sempre Virgem Maria e outros títulos dessa ordem; como estes tolos terão coragem de prestar contas ao Pai Vos ofendendo assim por meio da Vossa mãe?

Obrigado, Senhor, por ter-me ensinado que basta a fé em Vós para alcançar a minha salvação, sem precisar de santos, papas, imagens, ladainhas ou missas católicas.  Essa gente acredita que uma igreja lá de Roma vai levá-los para o Céu...

Obrigado, Jesus, porque não precisamos de milagres, corpos incorruptos, imagens que choram e outras invenções católicas para termos fé. Estes tolos são facilmente enganados pelas ciladas do demônio...

Obrigado, Senhor que, pela luz de Espírito Santo, me permite viver na única igreja verdadeira e fiel ao Evangelho e não nessa igreja católica inventada por um imperador romano uns 300 anos depois da morte de Jesus...

Obrigado, Jesus, porque nós, Vossos verdadeiros filhos, estamos nos multiplicando agora no mundo (daqui há pouco, basta o Senhor esperar um pouco, seremos maiores que os católicos no Brasil, que estão minguando), prontos para a Vossa Segunda Vinda iminente; tudo conforme está escrito na Bíblia que, nestes tempos finais, seríamos a imensa maioria de milhões de milhões..."

Que estes nossos pobres irmãos, tão desamparados da verdadeira fé, deem-se conta das graves e severas palavras da Bíblia, que tanto anseiam ler sob as trevas do orgulho humano:

Jesus: "Ai de vós… hipócritas, porque percorreis mar e terra para fazer um prosélito, e depois de o ter ganho, o fazeis filho do inferno, duas vezes mais do que vós" (Mt 23,15).

S. Paulo aos Romanos: "Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus… antes se desvaneceram. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos" (1 Rm 21-22)

EUCARISTIA - IV


4. PRÁTICAS EXTERNAS DA SANTA COMUNHÃO

Outros aspectos essenciais, ligados à exterioridade do banquete eucarístico, devem ser igualmente considerados, de forma a se ponderar a efetividade da graça santificante e de todas as demais graças advindas de uma santa comunhão. Com efeito, nunca é demais lembrar que, na eucaristia, nós vivemos uma experiência ímpar, pela doação do próprio Senhor Jesus Cristo, que está por inteiro, real e verdadeiramente presente no sacramento. Assim, ainda que devidamente preparados “por dentro”, o desconhecimento desta verdade pode obscurecer o propósito e as graças da eucaristia, mediante a introdução de certas práticas e hábitos externos que são lesivos e ofensivos a esta interação mística e espiritual em grau máximo do católico comum com o seu Deus.

Em função da magnitude e da abrangência destas práticas “de fora”, em vez de um aumento da graça santificante, o penitente pode estar sendo réu de juízo e condenação. Na eucaristia, na presença viva de Jesus, não podemos ser mais ou menos tolerantes, mais ou menos relaxados, mais ou menos católicos.

A primeira prática externa da santa comunhão refere-se ao aspecto em si e à modéstia no vestir dos participantes da procissão eucarística. O aspecto externo deve estar, assim, diretamente associado às adequadas disposições interiores; não se trata de estarmos solenemente vestidos, com luxo ou com roupas de marca; as roupas podem ser simples ou não, mas asseio e limpeza são pressupostos ao alcance de todos.

Quanto ao trajar, modéstia, respeito e profunda reverência: na eucaristia, estamos diante e com Jesus! Não estamos diante de uma autoridade qualquer, estamos diante do nosso próprio Deus. Jesus quer de nós manifestações claras, internas e externas, de humildade, respeito e recolhimento interior. A modéstia nos impele a  evitar abusos e profanações. Neste aspecto, cuidados especiais devem ter as mulheres, de forma a eliminar o uso, por exemplo, de roupas justas ou decotadas na procissão eucarística; tais imprudências podem ser motivo de grave pecado para si e para outros.  

Outra característica essencial da procissão eucarística é o de um profundo silêncio. Estamos concentrados e preparados para uma união mística extraordinária com Jesus e nenhum respeito humano deve prevalecer neste momento. Como ter uma disposição interior completamente dedicada a Deus se exteriormente estamos condicionados pelos belos cânticos da comunhão ou na distração de observar o comportamento ou as vestimentas de outras pessoas?  Cantar é uma bela forma de oração; o silêncio eucarístico é a manjedoura de nosso encontro místico com Cristo.

Não podemos, nem o sacerdote nem os fiéis, transformar a santa comunhão num ato mecânico e repetitivo a cada hóstia dada; cada comunhão tem um caráter especialíssimo e singular. O momento não é para distrações, divagações ou preocupações mundanas, mas de profunda concentração,  respeito e recolhimento interior. Quantas destas distrações não resultaram em hóstias no chão! Uma comunhão bem feita é um tesouro de graças inimagináveis para o penitente, para o sacerdote, para toda a Santa Igreja.
Eucaristia I: Primeira Parte (Primeiro Domingo de Agosto)
Eucaristia II: Segunda Parte (Segundo Domingo de Agosto)
Eucaristia III: Terceira Parte (Terceiro Domingo de Agosto)
Eucaristia IV: Quarta Parte (Quarto Domingo de Agosto)

sábado, 25 de agosto de 2012

DA VIDA ESPIRITUAL (23)



Quem me dera pudesse compreender, com a mais pura razão, o valor do meu amor humano... Seria o possível diante da completa inutilidade da minha humana imaginação buscar, no fundo da minha alma, um mísero resquício do que poderia ser o amor de Deus por mim...

ORAÇÃO: 'CONFITEOR'


CONFITEOR ('Confesso') é uma oração penitencial em que nós, reconhecidos dos nossos pecados, buscamos a misericórdia e o perdão de Deus. É uma oração que tem origem nos primórdios do Cristianismo. O texto abaixo é a forma completa da oração, introduzida no rito da Missa no Século XI. Na missa atual, é rezada uma versão abreviada, mantendo-se o costume tradicional de se bater no peito ao se recitar 'minha culpa, minha tão grande culpa' (na versão abreviada) em sinal de humildade.

CONFITEOR Deo omnipotenti, beatae Mariae semper Virgini, beato Michaeli Archangelo, beato Ioanni Baptistae, sanctis Apostolis Petro et Paulo, et omnibus Sanctis, quia peccavi nimis cogitatione, verbo et opere: mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa. Ideo precor beatam Mariam semper Virginem, beatum Michaelem Archangelum, beatum Ioannem Baptistam, sanctos Apostolos Petrum et Paulum, et omnes Sanctos, orare pro me ad Dominum Deum nostrum. Amen.

                                                                                         (áudio)

Confesso a Deus Todo-poderoso, à bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao bem-aventurado Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado João Batista, aos santos Apóstolos Pedro e Paulo, e a todos os santos, que pequei muitas vezes por pensamentos, palavras e ações, por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa. Por isso, peço à bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao bem-aventurado Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado João Batista, aos santos Apóstolos Pedro e Paulo, e a todos os santos, que oreis por mim a Deus, Nosso Senhor. Amém.

Versão Abreviada (Missal de Paulo VI):

Confesso a Deus Todo-poderoso e a vós, irmãos, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos, e a vós, irmãos, que rogueis por mim a Deus, Nosso Senhor.