São os livros que constituem a Sagrada Escritura ou a Bíblia. Uns eram chamados Protocanônicos, sobre a autenticidade dos quais nunca houve dúvidas; outros Deuterocanônicos, porque havia dúvidas sobre a sua autenticidade. O Concílio de Trento pôs termo a essa distinção, definindo quais os livros autênticos, isto é, quais os livros que deviam ser considerados como divinamente inspirados, tanto do Antigo como do Novo Testamento. Os livros canônicos do Antigo Testamento são de quatro classes. Da primeira classe são os livros legais ou da Lei: o Gênesis, o Êxodo, o Levítico, Números, Deuteronômio. Da segunda classe são os livros históricos: Josué, Juízes, Rute, quatro dos Reis, dois dos Paralipômenos, dois de Esdras, de Tobias, de Judite, de Ester, de Jó, e dois dos Macabeus. Da terceira classe são os livros morais ou de Moral: 150 Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico. Da quarta classe são os livros proféticos, que compreendem os quatro Profetas Maiores: Isaías, Jeremias (mais Baruc), Ezequiel, Daniel; e os 12 Profetas Menores: Oseias, Joel, Amós, Abdias, Jonas Miqueias, Naum, Abacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Os livros canônicos do Novo Testamento são: o Santo Evangelho escrito pelos quatro Evangelistas: São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João. Os Atos dos Apóstolos, escritos por São Lucas, 14 Epístolas de São Paulo, l de São Tiago, 2 de São Pedro, 3 de São João, 1 de São Judas e o Apocalipse de São João, que é o último Livro da Sagrada Escritura ou da Bíblia.
CANONIZAÇÃO DOS SANTOS
É a declaração solene, feita pela Igreja de que tal fiel que entrou na eternidade, é Santo. A Igreja é infalível quando faz essa declaração. No princípio da Igreja, consistia a Canonização em pôr o nome do fiel defunto no Catálogo dos Santos ou em levantar uma igreja ou oratório com altar para nele se dizer Missa sob a sua invocação. As solenidades da Canonização tais como hoje se praticam foram instituídas pouco a pouco. Hoje, para que um Servo de Deus seja canonizado, é necessário que depois de beatificado e de receber culto público, se mostre que, por sua intercessão, foram feitos dois ou três milagres.
CÂNTICO DOS CÂNTICOS
É um dos livros da Sagrada Escritura. É um cântico sublime, um diálogo entre o esposo e a esposa, que são representados, umas vezes como um rei e uma rainha, outras como um pastor e uma pastora, e outras como um hortelão e uma hortelã. Este Livro em todas as suas partes é misterioso e representa, segundo a interpretação dos Santos Padres, o amor incompreensível de Jesus Cristo para com a sua Igreja e o amor recíproco da Igreja para com Jesus Cristo.
CAPELÃO
É o sacerdote que tem o encargo de celebrar missa em determinada
igreja e a determinada hora.
Os sacerdotes não devem aceitar capelanias sem acordo com o bispo, ou seja, em capelas domésticas ou em capelas públicas, semi-públicas ou em igrejas. A não ser que haja privilégio Apostólico, a nomeação de capelão nas
Associações Pias e nas Associações Religiosas eretas fora das igrejas próprias,
pertence ao bispo. Nas Associações isentas de religiosos em igrejas
próprias, se o capelão pertence ao clero secular, requere-se apenas o
consentimento do bispo.
Os capelães militares estão sujeitos a ordenações especiais, prescritas pela Santa
Sé.
CARDEAL
É o sacerdote livremente eleito pelo Romano Pontífice para fazer parte
do seu Senado, e lhe assistir como principal conselheiro e auxiliar no governo da
Igreja. Os Cardeais formam o Sacro Colégio com três Ordens: Episcopal, que
tem seis Cardeais, Presbiteral, que tem cinquenta Cardeais e Diaconal com
catorze Cardeais.
O Senado do Romano Pontífice ou Sacro Colégio consta, pois, de setenta
Cardeais, os quais têm também o direito de eleger o Sumo Pontífice e gozam
dos privilégios estabelecidos no Código de Direito Canônico [O Colégio Cardinalício é atualmente formado por 224 cardeais, dos quais 122 seriam hoje eleitores na ocorrência de um novo conclave (cardeais com menos de 80 anos de idade)].
CASTIÇAIS
São utensílios com orifício na parte superior, onde se seguram as velas
de iluminação. Deve haver seis castiçais no altar-mor e seis no altar do
Santíssimo e devem estar aos lados da cruz. Sobre a banqueta não podem
estar na mesma linha castiçais com velas acesas em número superior ao indicado
nas rubricas. Não devem exceder em altura o pé da cruz que lhes fica ao centro.
(Verbetes da obra 'Dicionário da Doutrina Católica', do Pe. José Lourenço, 1945)