1. A contrição perfeita é aquela que tem por motivo o amor de Deus, pois reconcilia o pecador com Deus, ainda antes da recepção do sacramento da penitência; porém, deve sempre encerrar o desejo e a vontade de recebê-la (Concílio de Trento).
2. A contrição cura a alma, ilumina o espírito e apaga os pecados (Santo Efrém).
3. Quando ouvirdes falar das lágrimas da contrição, não vos figureis que sejam a imagem da dor e dos sofrimentos; são mais doces que todas as delícias que se podem gozar neste mundo (São João Crisóstomo).
4. Semelhante à cera que contém o mel, a compunção contém um manancial inesgotável de doçuras espirituais; Deus visita e consola, de um modo invisível, porém inefável, os corações despedaçados por uma santa dor (São João Clímaco).
5. Correi, pois, lágrimas de compunção; correi como uma torrente, ondas bem-aventuradas; limpai essa consciência manchada, lavai esse coração profanado, e devolvei-me aquela alegria divina que é fruto da justiça e da inocência (Bossuet).
6. A compunção do coração e as lágrimas sinceras são um verdadeiro batismo (São Bernardo).
7. Uma ferida profunda e muito perigosa requer um poderoso remédio: o pecado é uma grande ofensa, que impõe como necessária uma grande satisfação (Santo Ambrósio).
8. Há muitos homens que confessam com frequência que são pecadores e, contudo, deleitam-se ainda no pecar. Sua palavra é um reconhecimento e não uma mudança; declaram as chagas de sua alma e não as curam; confessam a ofensa e não a apagam. Somente o ódio ao pecado e o amor a Deus constituem uma verdadeira contrição (Santo Agostinho).
9. Está convertido e seguro do perdão somente aquele que chora o seu pecado e não descuida nada para não voltar a recair nele (São Gregório).
10. Aqueles que semeiam lágrimas, ceifarão plenos de júbilo. Quando espalhavam as suas sementes, iam chorando; mas, quando retornarem, voltarão com grande regozijo, trazendo os grandes feixes de suas colheitas (Sl 125, 5-6).