domingo, 22 de novembro de 2015

JESUS CRISTO - REI DO UNIVERSO

Páginas do Evangelho - Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo


Jesus Cristo é o Rei do Universo. Como Filho Unigênito de Deus, Ele é o herdeiro universal de toda a criação, senhor supremo e absoluto de toda criatura e de toda a existência de qualquer criatura, no céu, na terra e abaixo da terra. A realeza de Cristo abrange, portanto, a totalidade do gênero humano, como expresso nas palavras do Papa Leão XIII: 'Seu império não abrange tão só as nações católicas ou os cristãos batizados, que juridicamente pertencem à Igreja, ainda quando dela separados por opiniões errôneas ou pelo cisma: estende-se igualmente e sem exceções aos homens todos, mesmo alheios à fé cristã, de modo que o império de Cristo Jesus abarca, em todo rigor da verdade, o gênero humano inteiro' (Encíclica Annum Sacrum, 1899).

E, neste sentido, o domínio do seu reinado é universal e sua autoridade é suprema e absoluta. Cristo é, pois, a fonte única de salvação tanto para as nações como para todos os indivíduos. 'Não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do Céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual nós devamos ser salvos' (At 4, 12). O livre-arbítrio permite ao ser humano optar pela rebeldia e soberba de elevar a criatura sobre o Criador, mas os frutos de tal loucura é a condenação eterna.

Diante a interrogação de Pilatos: 'Tu és o rei dos judeus?' (Jo 18, 33), Jesus manifesta sem rodeios a sua realeza eterna: 'Eu sou rei' (Jo 18, 37) e 'o meu reino não é deste mundo' (Jo 18, 36). A realeza de Cristo é, portanto, de natureza espiritual. Provam-no com toda evidência as palavras da Escritura acima referidas, e, em muitas circunstâncias, o proceder do próprio Salvador. Quando os judeus, e até os Apóstolos, erradamente imaginavam que o Messias libertaria seu povo para restaurar o reino de Israel, Jesus desfez o erro e dissipou a ilusória esperança. Quando, tomada de entusiasmo, a turba, que O cerca O quer proclamar rei, com a fuga furta-se o Senhor a estas honras temerárias e se oculta em oração junto do Pai. Diante de Pilatos, vai declarar plenamente a sua verdadeira majestade, soberano senhor de um reino que 'não é deste mundo'.

Este reino é destinado aos que se abrem à Verdade, pois 'todo aquele que é da verdade escuta a minha voz' (Jo 18, 37). Ninguém pode ser nele admitido sem a fé e o batismo. Este reino opõe-se ao reino de Satanás e ao poder das trevas e, de seus adeptos, exige o desprendimento não só das riquezas e dos bens terrestres, como também a prática cotidiana da mansidão, da fome e sede da justiça, da aceitação plena das dores e sofrimentos desta vida. Foi para adquirir a Igreja que Cristo, enquanto 'Redentor', verteu o seu sangue; para isto é, que, enquanto 'Sacerdote', se ofereceu e de contínuo se oferece como vítima. Pois foi por sua paixão, morte e ressurreição, que Cristo, rei do Universo, atraiu para si a humanidade inteira, libertada do pecado e da morte, que será o último adversário a ser vencido.