segunda-feira, 18 de março de 2013

ORAÇÕES A SÃO JOSÉ


I - ORAÇÃO A SÃO JOSÉ (SÃO PIO X)

Glorioso São José, modelo de todos os que se dedicam ao trabalho, obtende-me a graça de trabalhar com espírito de penitência para expiação de meus numerosos pecados;
De trabalhar com consciência, pondo o culto do dever acima de minhas inclinações;
De trabalhar com recolhimento e alegria, olhando como uma honra empregar e desenvolver pelo trabalho os dons recebidos de Deus;
De trabalhar com ordem, paz, moderação e paciência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades;
De trabalhar, sobretudo com pureza de intenção e com desapego de mim mesmo, tendo sempre diante dos olhos a morte e a conta que deverei dar do tempo perdido, dos talentos inutilizados, do bem omitido e da vã complacência nos sucessos, tão funesta à obra de Deus!
Tudo por Jesus, tudo por Maria, tudo à vossa imitação, ó Patriarca São José!
Tal será a minha divisa na vida e na morte. Amém.

II - ORAÇÃO A SÃO JOSÉ

Ó glorioso São José, a quem foi dado o poder de tomar possíveis as coisas humanamente impossíveis, vinde em nosso auxílio nas dificuldades em que nos achamos. Tomai sob a vossa proteção a causa que vos confiamos, para que tenha uma solução favorável.
Ó Pai muito amado, em vós depositamos toda nossa confiança. Que ninguém possa jamais dizer que vos invocamos em vão. Já que tudo podeis junto a Jesus e Maria, mostrai-nos que vossa bondade é igual ao vosso poder.
São José, a quem Deus confiou o cuidado da mais santa família que jamais houve, sede o pai e protetor da nossa e impetrai-nos a graça de vivermos e morrermos no amor de Jesus e Maria.
São José do Perpétuo Socorro, rogai por nós que recorremos a vós.

III - ORAÇÃO A SÃO JOSÉ

A vós São José, recorremos na nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio da vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança, solicitamos o vosso patrocínio. Por esse laço sagrado de caridade que vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes para com o Menino Jesus, ardentemente vos suplicamos que lanceis um olhar benigno à herança que Jesus Cristo conquistou com o seu Sangue, e nos assistais, nas nossas necessidades, com o vosso auxílio e poder.
Protegei, ó guarda providente da Divina Família, a raça escolhida de Jesus Cristo;
Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício; assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; e, assim, como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas dos seus inimigos e contra toda a adversidade.
Amparai a cada um de nós, com vosso constante patrocínio, a fim de que a vosso exemplo e sustentados com o vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, piedosamente morrer e obter no Céu a eterna bem-aventurança. Amém.

IV - LADAINHA A SÃO JOSÉ 

São José, pai virginal de Jesus, rogai por nós.
São José esposo virginal de Maria, rogai por nós.
São José, homem justo segundo o coração de Deus, rogai por nós.
São José, custódio fiel da Mãe e do filho de Deus, rogai por nós.
São José, confidente íntimo dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, rogai por nós.
São José, fiel imitador das virtudes destes Sagrados Corações, rogai por nós.
São José, modelo de vida oculta e de íntima união com os Sagrados Corações de Jesus e de Maria, rogai por nós.
São José, modelo de generosidade para com os Sagrados Corações de Jesus e de Maria, rogai por nós.
São José, consolado em vossas provas por estes Sagrados Corações, rogai por nós.
São José, que vivestes em Nazaré na paz dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, rogai por nós.
São José, revestido de autoridade paternal sobre o Sagrado Coração de Jesus Cristo, rogai por nós.
São José, ardente em amor pelos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, rogai por nós.
São José que aprendestes a doçura, a humildade e a misericórdia na escola destes Sagrados Corações, rogai por nós.
São José, instruído na vida interior na escola destes Sagrados Corações, rogai por nós.
São José, que participais no céu das delícias destes Sagrados Corações, rogai por nós.
São José, que ocupais no céu um lugar perto de Jesus e de Maria, rogai por nós.
São José, poderoso protetor da Igreja, rogai por nós.
São José, compassivo advogado da Igreja, rogai por nós.
Adiantai com vossas súplicas o triunfo da Igreja, ó São José, poderoso com o Coração de Jesus!
Consolai e protegei a nosso Soberano Pontífice, ó São José, poderoso com o Coração de Jesus!
Cuidai e defendei a nossa amada pátria, ó São José, poderoso com o Coração de Jesus!
Pedi para nós o amor dos Sagrados Corações, ó São José, poderoso com o Coração de Jesus!
Rogai por todas as Famílias, ó São José, poderoso com o Coração de Jesus!
Rogai por todas a Congregações Religiosas, ó São José, poderoso com o Coração de Jesus!
Rogai pelos Sacerdotes e os Missionários, ó São José, poderoso com o Coração de Jesus!
Rogai por todos os Apóstolos dos Dois Corações, ó São José, poderoso com o Coração de Jesus!
Rogai por todos os pecadores e os que estão no erro, ó São José, poderoso com o Coração de Jesus!

Oração


Ó Deus, que ofereceis a São José como modelo da verdadeira devoção aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, e a ele nos dais como patrono em meio das provas que afligem ao mundo e a Igreja! Concedei-nos por sua intercessão a graça de chegar a sermos verdadeiros filhos destes Sagrados Corações. Vós o pedimos pelo mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.

O CORDÃO DE SÃO JOSÉ


O Cordão de São José teve origem na Bélgica, na cidade de Anvers, onde se localizava o convento das Agostinianas. Conta-se que Sóror Isabel Sillevorts foi, em determinada ocasião, atacada do 'mal de pedra', sem que todos os recursos da medicina, empregados para curá-la, surtissem qualquer efeito. Devota de São José, Sóror Isabel, animada da mais firme confiança no patrocínio deste Glorioso Santo, conseguiu que um Sacerdote lhe benzesse um cordão, cingindo-o à cintura, em homenagem ao grande Patriarca, abandonando, dessa forma, os recursos da terapêutica e iniciando, com todo o fervor, uma Novena de Súplica ao Esposo puríssimo da Virgem Maria, Mãe de Deus. 

Alguns dias depois, mais precisamente em 10 de junho de 1649, quando, entre fortes dores, fazia ao Santo as mais ardentes súplicas, Sóror Isabel se vê livre de um cálculo de dimensões muito grandes, ficando, assim, completamente curada. A repercussão do milagre foi muito grande e rápida, fazendo com que aumentasse, nos habitantes de Anvers, a devoção a São José, que já não era pequena. Em 1842, na Igreja de São Nicolau, em Verona, por ocasião dos piedosos exercícios do mês de São Paulo, foi esse fato publicado, causando grande repercussão e muitas pessoas enfermas cingiram-se com o cordão bento e experimentaram o valioso auxílio do Glorioso Patriarca, o Santíssimo José.

O uso do Cordão de São José foi crescendo cada vez mais e, hoje, ele não é só procurado para alívio das enfermidades corporais, mas, também, e com igual sucesso, para os perigos da alma. Devemos, também, salientar que, o Cordão de São José é utilizado como uma arma poderosa, contra o demônio da impureza. Devido à sua comprovada eficácia contra os males corporais, espirituais e morais, a Santa Sé autorizou a Devoção do Cordão de São José, permitindo até que fosse usado pública e solenemente. 

Permitiu, também, a Santa Sé a fundação da Confraria e Arquiconfraria do Cordão de São José, elevando uma delas à categoria de primária. Em setembro de 1859, dando provimento a uma petição do Bispo de Verona, a Sagrada Congregação dos Ritos aprovou a fórmula da Bênção do Cordão de São José. O Cordão de São José deve ser confeccionado com linho ou algodão bem alvejado. A pureza e a alvura desses materiais nos hão de indicar a candura e a virginal pureza de São José, castíssimo esposo da Virgem Maria, Mãe de Deus.

Numa das extremidades, o Cordão tem Sete nós que representam as sete tristezas e as sete alegrias do Glorioso São José. Por fim, deve o Cordão de São José ser bento com bênção própria, por sacerdotes outorgados para tais fins. O Cordão de São José, desde que esteja bento, pode ser usado das seguintes formas: cingido à cintura sob a roupa (o cordão maior), no pulso (o cordão menor) ou tê-lo bem guardado para ser usado por ocasião de dores e sofrimentos físicos, aplicando-o com fé na parte enferma do corpo, como costumamos fazer com medalhas do Senhor Jesus e de Nossa Senhora, rezando, então, a São José, sete vezes o Glória ao Pai. 

Pode também ser usado no carro, nos livros escolares, na carteira de documentos, na carteira de motorista, no travesseiro etc. Pode, também, ser colocado na cabeceira do doente e no pulso. As pessoas que usarem, habitualmente, o Cordão de São José terão a graça da boa morte. Aqueles que o trouxerem, constantemente, consigo, terão proteção, especialmente, na guarda e na defesa da sublime virtude da castidade, em qualquer de seus três graus e categorias. O Cordão de São José pode e deve ser usado pelas gestantes que o levarão cingido à cintura, protegendo-as do perigo de aborto, nos partos difíceis, etc, como comprovam centenas de fatos. Deve-se rezar, diariamente, Sete Glórias ao Pai em honra das sete dores e das sete alegrias de São José, ou qualquer outra oração a São José. 

O Papa Pio IX enriqueceu esta fácil e benéfica devoção, com várias indulgências plenárias e parciais, mediante o uso do cordão nos seguintes dias:

Indulgências Plenárias: no dia do recebimento do Cordão; no dia de Natal (25/12); na festa de Nossa Senhora Mãe de Deus (01/01); na festa de Reis (06/01); na festa da Páscoa, na festa da Ascensão, na festa de Pentecostes e na festa de Corpus Christi; na Festa do Sagrado Coração de Jesus; na festa do Imaculado Coração de Maria (22/08); na Festa da Assunção de Nossa Senhora (15/08); na Festa dos Esponsais de São José (23/01); na Festa de São José (19/03); na festa de São José Operário (01/05) e em perigo de morte.

Condições para ganhar as indulgências plenárias: i) Confissão; ii) Comunhão; iii) Rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Glória ao Pai, nas intenções do Santo Padre o Papa. 

Deve-se rezar diariamente sete Glórias ao Pai ou a oração própria em honra das sete dores e das sete alegrias de São José (ou ainda qualquer outra oração devota a São José).

(do blog Missa Tridentina em Portugal)


PAIS E DOUTORES DA IGREJA CATÓLICA

PAIS DA IGREJA - GREGOS OU ORIENTAIS

São Anastásio Sinaita (falecido em 700)
São André de Creta (falecido em 740)
Aphraates (falecido no século IV)
São Arquelau (falecido em 282)
São Atanásio (falecido em 373)
Atenágoras (falecido no século II)
São Basílio, o grande (falecido em 379)
São Cesário de Nazianzeno (falecido em 369)
São Clemente da Alexandria (falecido em 215)
São Clemente de Roma (falecido em 97)
São Cirilo da Alexandria (falecido em 444)
São Cirilo de Jerusalem (falecido em 386)
Dídimo, o Cego (falecido em 398)
Diodoro de Társus (falecido em 392)
São Dionísio, o grande (falecido em 264)
São Epifânio (falecido em 403)
Eusébio da Cesareia (falecido em 340)
São Eustáquio da Antioquia (falecido no século IV)
São Firmiliano (falecido em 268)
Genádio de Constantinopla (falecido no século V)
São Germano (falecido em 732)
São Gregório de Nazianzeno (falecido em 390)
São Gregório de Nissa (falecido em 395)
São Gregório Thaumaturgo (falecido em 268)
Hermas (falecido no segundo século)
São Hipólito (falecido em 236)
Santo Inácio da  Antioquia (falecido em 107)
São Isidoro de Pelusium (falecido em 450)
São João Crisóstomo (falecido em 407)
São João Clímaco (falecido em 649)
São João Damasceno (falecido em 749)
São Júlio I (falecido em 352)
São Justino, Mártir (falecido em 165)
São Leôncio de Bizâncio (falecido no sexto século)
São Macarius (falecido em 390)
São Máximus, o confessor (falecido em 662)
São Melito (falecido em 180)
São Methódio de Olympus (falecido em 311)
São Nilo, o Velho (falecido em 430)
Origens (falecido em 254)
São Policarpo (falecido em 155)
São Proclus (falecido em 446)
Pseudo-Dionísio, o Areopagita (falecido no século VI)
São Serapião (falecido em 370)
São Sofrônio (falecido em 638)
Tatiano (falecido no século II)
Theodoro de Mopsuestia (falecido em 428)
Theodoro de Cirrus (falecido em 458)
São Theófilo da Antioquia (falecido no século II)


 PAIS DA IGREJA - LATINOS OU OCIDENTAIS

Santo Ambrósio de Milan (falecido em 397)
Arnóbius (falecido em 330)
Santo Agostinho de Hippo (falecido em 430)
São Benedito de  Núrsia - São Bento (falecido em 550)
São Cesário de Arles (falecido em 542)
São João Cassiano (falecido em 435)
São Celestino I (falecido em 432)
São Cornélio (falecido em 253)
São Cipriano de Cartago (falecido em 258)
São Dâmaso I (falecido em 384)
São Dionísio (falecido em 268)
Santo Enódio (falecido em 521)
São Euchérius de Lyon (falecido em 450)
São Fulgêncio (falecido em 533).
São Gregório de Elvira (falecido em 392)
São Gregório, o magno (falecido em 604)
Santo Hilário de Poitiers (falecido em 367)
São Inocêncio I (falecido em 417)
São Irineu de  Lyon (falecido em 202)
São Isidoro de Sevilha (falecido em 636)
São Jerônimo (falecido em 420)
Lactantius (falecido em 323)
São Leo, o grande (falecido em 461)
Marius Mercator (falecido em 451)
Marius Victorinus (falecido no século IV)
Minucius Felix (falecido no século II)
Novatiano (falecido em 257)
São Optatus (fale
cido no século IV)
São Paciano (fale
cido em 390)
São Pamphilus (fale
cido em 309)
São Paulino de Nola (fale
cido em 431)
São Pedro Crisólogo (falecido em 450)
São Phoebadius de Agen (falecido no Século IV)
Rufino de Aquiléia (falecido em 410)
Salviano (falecido no século V)
São Siricius (falecido em 399)
Tertuliano (falecido em 222)

São Vincente de Lérins (falecido em 450)

 DOUTORES DA IGREJA

01. S. Atanásio – (295 -373), bispo, Alexandria
02. S. Efrém – (306 – 373), diácono, Síria
03. S. Hilário de Poitiers – (310 – 367) – bispo, França
04. S. Cirilo de Jerusalém – (315 – 386) – bispo
05. S. Basílio Magno (330 – 369) – bispo, Itália
06. S. Gregório Nazianzeno – (330 – 379), bispo, Turquia
07. S. Ambrósio – (340 – 397), bispo, Itália
08. S. Jerônimo ( 348 – 420), presbítero, Itália
09. S. João Crisóstomo – (349 – 407), bispo, Constantinopla
10. S. Agostinho – (354 – 430), bispo - África
11. S. Cirilo de Alexandria – (370 – 442), bispo
12. S. Pedro Crisólogo – (380 – 451), bispo, Itália
13. S. Leão Magno – (400 – 461), papa, Toscana, Itália
14. S. Gregório Magno – (540 – 604), papa, Itália
15. S. Isidoro – (560 – 636), bispo, Sevilha, Espanha
16. S. João Damasceno – (650 – 749), sacerdote, Constantinopla
17. S. Beda Venerável – (672 – 735), Newcastle, Inglaterra
18. S. Pedro Damião – ( 1007 – 1072), bispo, Itália
19. S. Anselmo – (1033 – 1109), bispo, Inglaterra
20. S. Bernardo (1090 – 1153), abade – Dijon, França
21. S. Antonio de Pádua – (1195 – 1231), sacerdote, Portugal
22. S. Alberto Magno – ( 1206 – 1280), bispo, Alemanha
23. S. Boaventura – ( 1218 – 1274 ), bispo, Itália
24. S. Tomás de Aquino – (1225 – 1274), sacerdote, Itália
25. S. Catarina de Sena – (1347 – 1380), virgem, Sena , Itália
26. S. Teresa de Ávila – (1515 – 1582) , virgem, Espanha
27. S. Pedro Canísio – (1521 – 1597), presbítero, Itália
28. S. João da Cruz – (1542 – 1591), presbítero, Espanha
29. S. Roberto Belarmino – (1542 – 1621), Itália
30. S. Lourenço de Brindes – (1559 – 1619), Itália
31. S. Francisco de Sales – (1567 – 1655), bispo, França
32. S. Afonso de Ligório – (1696 – 1787), bispo, Itália
33. S. Teresa de Lisieux – (1873 – 1897) , virgem, França
34. S. João D'Ávila (1499 - 1569), sacerdote, Espanha
35. S. Hildegarda de Bingen (1098 - 1179), monja beneditina, Alemanha.


Hoje é dia de São Cirilo de Jerusalém, proclamado doutor da Igreja Católica pelo Papa Leão XIII em 1882.


São Cirilo de Jerusalém, rogai por nós!

domingo, 17 de março de 2013

JESUS E A MULHER ADÚLTERA


Neste Quinto Domingo da Quaresma, o Evangelho ratifica, mais uma vez, o testamento da misericórdia infinita de Deus. Deus, sendo Amor e Misericórdia infinitos, quer a salvação do homem e espera, com imensos tesouros da graça e paciência, a volta do filho pródigo ou a conversão da mulher adúltera, a floração da figueira ainda estéril, o encontro da dracma perdida ou o reencontro com a ovelha desgarrada.

Jesus está no templo, depois de uma noite de orações no Monte das Oliveiras, pregando sabedoria e misericórdia ao povo reunido à sua volta. E eis que, de repente, é interrompido pela entrada súbita de um bando de fariseus que trazem consigo uma mulher apanhada em adultério. Os fariseus interrogam Jesus, então, com malícia diabólica: 'Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Moisés, na Lei, mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?' (Jo 8, 4-5). O dilema impetrado pela iniquidade era sórdido:  Jesus, condenando a pecadora à morte, violaria a lei romana ou salvando-lhe a vida, desconsideraria a Lei de Moisés. Qualquer que fosse a sua decisão, manifestada publicamente no Templo, Jesus estaria exposto às violações e sanções das leis romanas ou às do Sinédrio.

Diante da investida maliciosa 'Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão' (Jo 8, 6).  Trata-se da única referência a Jesus escrevendo nas Escrituras. O que teria Jesus escrito no chão? Palavras ou uma frase inteira? Os nomes ou a relação dos pecados dos homens à sua volta? Com o dedo no chão...seria o piso de uma das áreas internas do Templo de terra solta ou areia? Num piso de pedra, como entender a escrita do dedo de Jesus? Perguntas sem respostas ecoando pelos tempos.

Mas, certamente, foi algo que lhes dissipou o frêmito. Por que diante ainda de questionamentos de outros e ante a resposta contundente de Jesus: 'Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra' (Jo 8, 7), começaram a sair em silêncio, um a um, a começar dos mais velhos. Não ficou nenhum dos acusadores e a mulher adúltera se viu, então, sozinha diante de Jesus. E Jesus manifesta à mulher pecadora a imensa misericórdia de Deus e a graça do perdão: 'Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais' (Jo 8, 11).

Naquele dia, no templo, os fariseus transtornados de orgulho tornaram-se réus de sua própria malícia e suspeição; a mulher, exposta à execração pública pelo pecado cometido, obteve a graça do perdão. Naquele dia, no templo, não sabemos exatamente o que Jesus escreveu no chão, mas foi algo que marcou indelevelmente o tesouro das graças divinas, numa mensagem gravada a ferro e a fogo no coração humano: 'Quero a misericórdia e não o sacrifício...' (Mt 12, 7).

sábado, 16 de março de 2013

PALAVRAS DE SALVAÇÃO



Palavras de São Felipe Neri, a cada manhã, ao se levantar, depositando toda a sua confiança nas mãos de Deus:


'Senhor, mantende hoje as mãos sobre Filipe, pois caso contrário Filipe atraiçoar-vos-á'

O CASAMENTO DE JOSÉ


 Afresco pintado entre 1302 e 1306 por Giotto di Bondone (1267–1337), Capela degli Scrovegni, Pádua (Itália)


Deus preparou, nos mistérios insondáveis da graça, um homem predestinado a ser o pai adotivo de Deus e esposo da rainha dos anjos e dos homens: São José. Tal como Maria, José era da tribo de Judá e descendente de Davi. 

A cerimônia de casamento era realizada previamente com o noivo colocando um anel no dedo de sua prometida, segundo os ritos de Moisés e em presença de um sacerdote, evento retratado no afresco acima em que, de acordo com a tradição, São José é representado como um homem idoso e bem mais velho que Nossa Senhora. A coabitação e as bodas propriamente ditas eram, entretanto, adiadas por um tempo de um ano ou mais, prazo para a esposa preparar o enxoval e o marido preparar a casa. Entre os esponsais e as bodas, a Anunciação seria, então, o prenúncio da Primeira Vinda de Deus à humanidade.

sexta-feira, 15 de março de 2013

SANTA CONFISSÃO - OS SETE SALMOS PENITENCIAIS

Salmo VI

Senhor, em vossa cólera não me repreendais, em vosso furor não me castigueis.
Tende piedade de mim, Senhor, porque desfaleço; sarai-me, pois sinto abalados os meus ossos.
Minha alma está muito perturbada; vós, porém, Senhor, até quando?...
Voltai, Senhor, livrai minha alma; salvai-me, pela vossa bondade.
Porque no seio da morte não há quem de vós se lembre; quem vos glorificará na habitação dos mortos?
Eu me esgoto gemendo; todas as noites banho de pranto minha cama, com lágrimas inundo o meu leito.
De amargura meus olhos se turvam, esmorecem por causa dos que me oprimem.
Apartai-vos de mim, vós todos que praticais o mal, porque o Senhor atendeu às minhas lágrimas.
O Senhor escutou a minha oração, o Senhor acolheu a minha súplica.
Que todos os meus inimigos sejam envergonhados e aterrados; recuem imediatamente, cobertos de confusão!
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém. 

Salmo XXXI

Feliz aquele cuja iniqüidade foi perdoada, cujo pecado foi absolvido.
Feliz o homem a quem o Senhor não argúi de falta, e em cujo coração não há dolo.
Enquanto me conservei calado, mirraram-se-me os ossos, entre contínuos gemidos.
Pois, dia e noite, vossa mão pesava sobre mim; esgotavam-se-me as forças como nos ardores do verão.
Então eu vos confessei o meu pecado, e não mais dissimulei a minha culpa. Disse: Sim, vou confessar ao Senhor a minha iniqüidade. E vós perdoastes a pena do meu pecado.
Assim também todo fiel recorrerá a vós, no momento da necessidade. Quando transbordarem muitas águas, elas não chegarão até ele.
Vós sois meu asilo, das angústias me preservareis e me envolvereis na alegria de minha salvação.
Vou te ensinar, dizeis, vou te mostrar o caminho que deves seguir; vou te instruir, fitando em ti os meus olhos:
não queiras ser sem inteligência como o cavalo, como o muar, que só ao freio e à rédea submetem seus ímpetos; de outro modo não se chegam a ti.
São muitos os sofrimentos do ímpio. Mas quem espera no Senhor, sua misericórdia o envolve.
Ó justos, alegrai-vos e regozijai-vos no Senhor. Exultai todos vós, retos de coração.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Salmo XXXVII

Senhor, em vossa cólera não me repreendais, em vosso furor não me castigueis,
porque as vossas flechas me atingiram, e desceu sobre mim a vossa mão.
Vossa cólera nada poupou em minha carne, por causa de meu pecado nada há de intacto nos meus ossos.
Porque minhas culpas se elevaram acima de minha cabeça, como pesado fardo me oprimem em demasia.
São fétidas e purulentas as chagas que a minha loucura me causou.
Estou abatido, extremamente recurvado, todo o dia ando cheio de tristeza.
Inteiramente inflamados os meus rins; não há parte sã em minha carne.
Ao extremo enfraquecido e alquebrado, agitado o coração, lanço gritos lancinantes.
Senhor, diante de vós estão todos os meus desejos, e meu gemido não vos é oculto.
Palpita-me o coração, abandonam-me as forças, e me falta a própria luz dos olhos.
Amigos e companheiros fogem de minha chaga, e meus parentes permanecem longe.
Os que odeiam a minha vida, armam-me ciladas; os que me procuram perder, ameaçam-me de morte; não cessam de planejar traições.
Eu, porém, sou como um surdo: não ouço; sou como um mudo que não abre os lábios.
Fiz-me como um homem que não ouve, e que não tem na boca réplicas a dar.
Porque é em vós, Senhor, que eu espero; vós me atendereis, Senhor, ó meu Deus.
Eis meu desejo: Não se alegrem com minha perda; não se ensoberbeçam contra mim, quando meu pé resvala;
pois estou prestes a cair, e minha dor é permanente.
Sim, minha culpa eu a confesso, meu pecado me atormenta.
Entretanto, são vigorosos e fortes os meus inimigos, e muitos os que me odeiam sem razão.
Retribuem-me o mal pelo bem, hostilizam-me porque quero fazer o bem.
Não me abandoneis, Senhor. Ó meu Deus, não fiqueis longe de mim.
Depressa, vinde em meu auxílio, Senhor, minha salvação!
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém. 

Salmo L

Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa bondade. E conforme a imensidade de vossa misericórdia, apagai a minha iniqüidade.
Lavai-me totalmente de minha falta, e purificai-me de meu pecado.
Eu reconheço a minha iniqüidade, diante de mim está sempre o meu pecado.
Só contra vós pequei, o que é mau fiz diante de vós. Vossa sentença assim se manifesta justa, e reto o vosso julgamento.
Eis que nasci na culpa, minha mãe concebeu-me no pecado.
Não obstante, amais a sinceridade de coração. Infundi-me, pois, a sabedoria no mais íntimo de mim.
Aspergi-me com um ramo de hissope e ficarei puro. Lavai-me e me tornarei mais branco do que a neve.
Fazei-me ouvir uma palavra de gozo e de alegria, para que exultem os ossos que triturastes.
Dos meus pecados desviai os olhos, e minhas culpas todas apagai.
Ó meu Deus, criai em mim um coração puro, e renovai-me o espírito de firmeza.
De vossa face não me rejeiteis, e nem me priveis de vosso santo Espírito.
Restituí-me a alegria da salvação, e sustentai-me com uma vontade generosa.
Então aos maus ensinarei vossos caminhos, e voltarão a vós os pecadores.
Deus, ó Deus, meu salvador, livrai-me da pena desse sangue derramado, e a vossa misericórdia a minha língua exaltará.
Senhor, abri meus lábios, a fim de que minha boca anuncie vossos louvores.
Vós não vos aplacais com sacrifícios rituais; e se eu vos ofertasse um sacrifício, não o aceitaríeis.
Meu sacrifício, ó Senhor, é um espírito contrito, um coração arrependido e humilhado, ó Deus, que não haveis de desprezar.
Senhor, pela vossa bondade, tratai Sião com benevolência, reconstruí os muros de Jerusalém.
Então aceitareis os sacrifícios prescritos, as oferendas e os holocaustos; e sobre vosso altar vítimas vos serão oferecidas.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém. 

Salmo CI

Prece de um aflito que desabafa sua angústia diante do Senhor.
Senhor, ouvi a minha oração, e chegue até vós o meu clamor.
Não oculteis de mim a vossa face no dia de minha angústia. Inclinai para mim o vosso ouvido. Quando vos invocar, acudi-me prontamente,
porque meus dias se dissipam como a fumaça, e como um tição consomem-se os meus ossos.
Queimando como erva, meu coração murcha, até me esqueço de comer meu pão.
A violência de meus gemidos faz com que se me peguem à pele os ossos.
Assemelho-me ao pelicano do deserto, sou como a coruja nas ruínas.
Perdi o sono e gemo, como pássaro solitário no telhado.
Insultam-me continuamente os inimigos, em seu furor me atiram imprecações.
Como cinza do mesmo modo que pão, lágrimas se misturam à minha bebida,
devido à vossa cólera indignada, pois me tomastes para me lançar ao longe.
Os meus dias se esvaecem como a sombra da noite e me vou murchando como a relva.
Vós, porém, Senhor, sois eterno, e vosso nome subsiste em todas as gerações.
Levantai-vos, pois, e sede propício a Sião; é tempo de compadecer-vos dela, chegou a hora...
porque vossos servos têm amor aos seus escombros e se condoem de suas ruínas.
E as nações pagãs reverenciarão o vosso nome, Senhor, e os reis da terra prestarão homenagens à vossa glória.
Quando o Senhor tiver reconstruído Sião, e aparecido em sua glória,
quando ele aceitar a oração dos desvalidos e não mais rejeitar as suas súplicas,
escrevam-se estes fatos para a geração futura, e louve o Senhor o povo que há de vir,
porque o Senhor olhou do alto de seu santuário, do céu ele contemplou a terra;
para escutar os gemidos dos cativos, para livrar da morte os condenados;
para que seja aclamado em Sião o nome do Senhor, e em Jerusalém o seu louvor,
no dia em que se hão de reunir os povos, e os reinos para servir o Senhor.
Deus esgotou-me as forças no meio do caminho, abreviou-me os dias.
Meu Deus, peço, não me leveis no meio da minha vida, vós cujos anos são eternos.
No começo criastes a terra, e o céu é obra de vossas mãos.
Um e outro passarão, enquanto vós ficareis. Tudo se acaba pelo uso como um traje. Como uma veste, vós os substituís e eles hão de sumir.
Mas vós permaneceis o mesmo e vossos anos não têm fim.
Os filhos de vossos servos habitarão seguros, e sua posteridade se perpetuará diante de vós.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém. 

Salmo CXXIX

Do fundo do abismo, clamo a vós, Senhor;
Senhor, ouvi minha oração. Que vossos ouvidos estejam atentos à voz de minha súplica.
Se tiverdes em conta nossos pecados, Senhor, Senhor, quem poderá subsistir diante de vós?
Mas em vós se encontra o perdão dos pecados, para que, reverentes, vos sirvamos.
Ponho a minha esperança no Senhor. Minha alma tem confiança em sua palavra.
Minha alma espera pelo Senhor, mais ansiosa do que os vigias pela manhã.
Mais do que os vigias que aguardam a manhã, espere Israel pelo Senhor, porque junto ao Senhor se acha a misericórdia; encontra-se nele copiosa redenção.
E ele mesmo há de remir Israel de todas as suas iniqüidades.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Salmo CXLII

Senhor, ouvi a minha oração; pela vossa fidelidade, escutai a minha súplica, atendei-me em nome de vossa justiça.
Não entreis em juízo com o vosso servo, porque ninguém que viva é justo diante de vós.
O inimigo trama contra a minha vida, ele me prostrou por terra; relegou-me para as trevas com os mortos.
Desfalece-me o espírito dentro de mim, gela-me no peito o coração.
Lembro-me dos dias de outrora, penso em tudo aquilo que fizestes, reflito nas obras de vossas mãos.
Estendo para vós os braços; minha alma, como terra árida, tem sede de vós.
Apressai-vos em me atender, Senhor, pois estou a ponto de desfalecer. Não me oculteis a vossa face, para que não me torne como os que descem à sepultura.
Fazei-me sentir, logo, vossa bondade, porque ponho em vós a minha confiança. Mostrai-me o caminho que devo seguir, porque é para vós que se eleva a minha alma.
Livrai-me, Senhor, de meus inimigos, porque é em vós que ponho a minha esperança.
Ensinai-me a fazer vossa vontade, pois sois o meu Deus. Que vosso Espírito de bondade me conduza pelo caminho reto.
Por amor de vosso nome, Senhor, conservai-me a vida; em nome de vossa clemência, livrai minha alma de suas angústias.
Pela vossa bondade, destruí meus inimigos e exterminai todos os que me oprimem, pois sou vosso servo.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.