quinta-feira, 12 de setembro de 2024

AS 15 PERFEIÇÕES DA VIDA ESPIRITUAL

Primeira: a clara e perfeita manifestação dos seus defeitos e fraquezas.

Segunda: uma ira grande e ardente contra as más inclinações e contra os desejos e paixões que repugnam à razão.

Terceira: A terceira, um grande temor pelas ofensas feitas até agora contra Deus, porque não está seguro se há feito bastante satisfação, nem de haver feito as pazes com Deus.

Quarta: um grande temor e tremor de que, por sua fragilidade, podes cair de novo em semelhantes ou maiores pecados.

Quinta: uma rigorosa disciplina e áspera correção para o governo de seus sentidos corporais e para submeter todo seu corpo ao serviço de Jesus Cristo.

Sexta: fortaleza e uma grande paciência nas tentações e adversidades

Sétima: uma confrontação imediata, como a demônio infernal, a toda pessoa ou qualquer criatura que lhe leve, ou que lhe ofereça ocasião, não só para o pecado, senão para qualquer imperfeição da vida espiritual.

Oitava: levar sempre consigo a cruz de Cristo, que tem quatro braços: primeiro, a mortificação dos vícios; segundo, a renúncia aos bens temporais; terceiro, a renúncia aos afetos carnais dos parentes; quarto, o desprezo de si mesmo, a abominação e aniquilamento de si mesmo.

Nona: a doce e contínua recordação dos benefícios divinos que até agora recebeste de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Décima: permanecer dia e noite em oração.

Décima Primeira: deleitar-se e experimentar continuamente as doçuras divinas (Sl 33,9).

Décima Segunda: manifestar um grande e fervoroso desejo de exaltar a nossa fé, para que Jesus Cristo seja temido, amado e conhecido por todos.

Décima Terceira: ter misericórdia e piedade para com o seu próximo em todas as suas necessidades.

Décima Quarta: dar graças continuamente a Deus de todo o coração, e glorificar e louvar em tudo a Jesus Cristo.

Décima Quinta: depois de possuir todas estas perfeições, rezar assim: 'Senhor, Deus meu, Jesus Cristo, nada sou, nada posso, nada valho e sirvo-te muito mal, e em tudo sou um servo inútil' (Lc 17,10).

(São Vicente Ferrer)