sexta-feira, 23 de maio de 2014

OS MAIS BELOS LIVROS CATÓLICOS DE TODOS OS TEMPOS (2)

3. SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO  AS GLÓRIAS DE MARIA

Um livro clássico das obras de espiritualidade mariana, escrito por Santo Afonso Maria de Ligório, fundador da Congregação do Santíssimo Redentor (Missionários Redentoristas). A obra foi publicada em Nápoles em 1750, quando o santo tinha, então, 54 anos de idade. Neste verdadeiro tratado de amor e devoção à Mãe de Deus, que inclui várias orações e uma profusão de frases e reflexões de santos e doutores da Igreja sobre Nossa Senhora, Santo Afonso revela e louva as singulares e extraordinárias graças que Deus cumulou Maria como modelo perfeito de vida cristã e medianeira no plano divino da salvação.

Tomado de particular devoção pela Virgem desde a infância, Santo Afonso exalta as glórias de Maria por ela ter sido tão amada por Deus e por ter correspondido este amor em plenitude, e nos conclama a amá-la com especial devoção, para que possamos ser merecedores de partilhar e compartilhar, com ela e por meio dela, graças tão extremadas, como sustento, auxílio, fortaleza e perseverança diante das incertezas e obstáculos da nossa vida.

A obra original era dividida em duas partes, publicadas em tomos distintos: no primeiro, o autor, consciente da aversão que a oração Salve Rainha produzia sobre os hereges da época, explica detalhadamente o texto desta antífona litúrgica ao longo de dez capítulos, ilustrados com diferentes exemplos e orações próprias à Mãe de Deus. O segundo volume comportava o restante do texto: nove discursos sobre as principais festas de Nossa Senhora, sete reflexões sobre as Dores de Maria, dez tópicos contemplando as Virtudes de Maria e dez outros dedicados à Prática de devoções em honra a Nossa Senhora. Nas publicações seguintes, adotou-se o princípio geral de se dividir o texto da obra em suas cinco partes distintas.

Excertos da obra 'Glórias de Maria' têm sido publicados neste blog nos tópicos 'Orações de Maio: por Intercessão de Maria', com traduções do autor. 

4. SANTA TERESA DE LISIEUX  HISTÓRIA DE UMA ALMA

A 'HISTÓRIA DE UMA ALMA' constitui o registro integrado dos manuscritos autobiográficos de Santa Teresa de Lisieux, mundialmente conhecida como ‘Santa Teresinha do Menino Jesus’, freira carmelita que viveu no mais absoluto ostracismo e morreu com apenas 24 anos de idade em 1897. Em três cadernos, escritos no período de 1895 a 1897, a santa registrou a sua busca particular por um caminho de santificação pessoal que ela mesma chamou de 'pequena via", a via de confiança absoluta à vontade de Deus.

Na plena aceitação dos desígnios divinos sobre as almas de cada um de nós, no abandono de nossas vidas nos braços de Jesus Cristo, na entrega total de nossas ações e pensamentos à proteção da Santíssima Virgem: eis aí a pequena via, o caminho da infância espiritual, a gloriosa trilha de santificação para os homens comuns, o espantoso atalho ao Céu, proposto e vivido intensamente pela santa carmelita. Eis a sua pequena via maravilhosa de santificação: basta aceitar a nossa própria pequenez, a imensa fragilidade humana que nos domina, as enormes limitações de viver em plenitude os desígnios de Deus sobre as nossas almas; fazer de tantas imperfeições e fragilidades, não meros obstáculos, mas as próprias pedras do caminho, rejuntadas e consolidadas firmemente num imenso amor e numa confiança sem limites na bondade e misericórdia de Deus. 

A obra original, publicada em 1898, consistia de três partes distintas: Manuscrito A, redigido por Teresa entre janeiro de 1895 e janeiro de 1896, a pedido de sua irmã Paulina, então priora do Carmelo de Lisieux. Trata-se de reminiscências de infância, com o título: História Primaveril de uma Florinha Branca, escrita por ela mesma, e dedicada à Reverenda Madre Inês de Jesus; Manuscrito B, composto por uma carta de 'elevação' da alma a Jesus, escrita a 08 de setembro de 1896 e uma carta escrita à Irmã Maria do Sagrado Coração (sua irmã Maria), redigida entre 13 e 16 de setembro de 1896 e Manuscrito C, caderno dedicado à Madre Maria de Gonzaga, tornada nova priora em 1896, e que foi redigido em junho de 1897, contendo a síntese dos ensinamentos de Teresa, as premissas e os fundamentos do seu caminho da infância espiritual.