sexta-feira, 4 de agosto de 2017

04 DE AGOSTO - SÃO JOÃO MARIA VIANNEY (CURA D'ARS)

São João Batista Maria Vianney (Cura D' Ars)

A mais difícil, extraordinária e espantosa obra feita pelo Cura d’Ars foi a sua própria vida

Existem vidas extraordinárias entre os santos da Igreja. Mas poucas delas foram tão cingidas pela pequenez, pela humildade e pelo aniquilamento interior como a do pobre cura de Ars, São João Batista Maria Vianney (nascido em 08 de maio de 1786, em Dardilly, na França). Ordenado sacerdote em 1815, aquele que teria o dom extraordinário de ler consciências foi proibido inicialmente de atender confissões, 'porque não teria capacidade para guiar consciências'. Três anos depois, aceitou ser o vigário do minúsculo povoado de Ars, situado ao norte de Lyon, na época com pouco mais de 200 habitantes e nenhuma prática religiosa. Ali chegou em fevereiro de 1818, ali construiu uma santidade ímpar entre os padres da Igreja, ali se tornou um santuário de peregrinação de toda a Europa. Ali viveu incansavelmente a fadiga das confissões intermináveis (geralmente 17 horas diárias), da oração constante, da devoção incondicional à pequenez e à pobreza, até a sua morte, em 04 de agosto de 1859, aos 73 anos de idade. 

São João Batista Vianney foi canonizado em 1925 pelo Papa Pio XI e seu corpo incorrupto encontra-se depositado na igreja da paróquia de Ars. Foi proclamado Padroeiro dos Sacerdotes e no dia de sua morte, 4 de agosto, celebra-se o Dia do Padre

'Nós devemos nutrir um grande amor por todos os homens, pelos bons e pelos maus. Quem tem o amor não pode querer que alguém faça o mal, porque o amor perdoa tudo'


Corpo Incorrupto do Santo em Ars

Conta-se que, indo em direção a ArsSão João Batista Vianney perguntou a um menino a direção a seguir para se chegar ao povoado. Diante da orientação recebida, o santo respondeu a ele: "já que você me ensinou o caminho para Ars, eu lhe ensinarei o caminho para o céu". Que, no dia de hoje, os sacerdotes de Cristo reflitam sobre esta mensagem do Cura D'Ars e assumam incondicionalmente esse caminho de vida religiosa para a salvação de muitos homens.

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS


A Grande Revelação do Sagrado Coração de Jesus foi feita a Santa Margarida Maria Alacoque durante a oitava da festa de Corpus Christi de 1675...

         'Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para  honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares ... Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra'.


... e as doze Promessas:
  1. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  2. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
  3. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
  4. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
  5. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente na hora da morte.
  6. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
  7. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
  8. As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
  9. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
  10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
  12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

    ATO DE DESAGRAVO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 
    (rezai-o sempre, particularmente nas primeiras sextas-feiras de cada mês)

Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados, diante do vosso altar, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o vosso dulcíssimo Coração.

Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as nossas próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conspurcando as promessas do batismo, renegam o jugo suave da vossa santa Lei.

De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas particularmente das licenças dos costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo o vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino Amor, e enfim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.

Oh, se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre os nossos altares.

Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nossos próximos, impedir, por todos os meios, novas injúrias à vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior número possível de almas.

Recebei, ó Jesus de Infinito Amor, pelas mãos de Maria Santíssima Reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes até a morte no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à Pátria bem-aventurada, onde vós, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

AS SETE COLUNAS DA IGREJA DOMÉSTICA (VIII / Final)

'A Sabedoria edificou sua casa, talhou sete colunas' (Pv 9, 1)

A CÚPULA DOURADA

O que se arqueia sobre todas as colunas, que as une todas umas às outras, é a caridade, é o amor. Que significam as colunas sem a abóbada? Seriam apenas um torso. Assim seria a família sem o amor mútuo. Sem ela o matrimônio e a casa seriam facilmente um inferno na terra. Daí a exortação do Apóstolo: 'Maridos, amai vossas mulheres como Cristo amou sua Igreja e se entregou por ela'. Que poderia fora disso conservá-los unidos: a paixão e a embriaguez dos sentidos? Como a teia de aranha em meio da tempestade, se despedaça esse laço, quando vem a enfermidade ou uma dura provação.

O verdadeiro amar baseia-se na estima mútua. É o primeiro requisito do amor! A palavrinha 'eu' escreve-se pequenina; a palavrinha 'Tu', ao contrário, escreve-se grande e de preferência tão bela como as letras iniciais douradas e adornadas dos antigos livros conventuais. Tal amor duradouro e sólido só é possível quando não se prende a exterioridades apenas, mas penetra até a alma e, lá nas profundezas ocultas, contempla a imagem da eterna beleza de Deus. Tal beleza não diminui, antes pode e deve com a idade aumentar e só é verdadeiro o amor quando cada um quer consegui-la para o outro. Então é verdadeiro e santo e digno de um sacramento especial. Então fulgura em breve a cúpula de ouro do edifício do templo da família, sob os raios da luz solar.

O verdadeiro amor sabe respeitar-se a si mesmo. Jamais, para agradar aos outros, sacrifica princípios sagrados ou consente na violação de santos deveres. Pois acima de tudo no mundo está para ele a vontade de Deus: 'Deveis obedecer mais a Deus do que aos homens' é o cuidado de sua própria e única alma. Assim a soube avaliar o Papa Bento XII. Quando o Rei Felipe de França formulou em Avignon uma injusta pretensão, respondeu-lhe o Sumo Pontífice com as belas palavras: 'Se eu tivesse duas almas, de bom grado sacrificaria uma para consentir no que Vossa Majestade deseja. Como, porém, só tenho uma e quero salvá-la, queira Vossa Majestade restringir suas súplicas, de modo a que nada apresentem que possa ofender a Deus e prejudicar minha alma'. 

Era o respeito de si mesmo. A falta de respeito de si mesmo revela alguém tolerar pretensões indignas ou tornar-se infiel a sua fé católica, aos seus mandamentos, por amor de outrem. Será realmente tão rara acaso essa falta de respeito de si mesmo? Prouvesse a Deus! Então não haverá tantas queixas, especialmente em casamentos mistos, de apostasia e educação acatólica dos filhos! Então viveriam mais santamente muitos casais e seriam — mais felizes!

O verdadeiro amor vive do sacrifício. Como da cálida corrente do golfo, dele emana sempre de novo ardor, força e alimento. O espírito de sacrifício é a forja em que o amor se fortalece, a chama na qual se torna firme e duradouro. Quem não tem coragem e força para um sacrifício, devia desistir da fundação de uma família, pois, continuará sempre a ser um egoísta, um inútil, um solitário.

O verdadeiro amor sabe o que deve aos outros, sobretudo às crianças. É inesgotável como o mar, mais jamais cego e fraco. Os filhos são de Deus — para Deus! A Ele pertencem as suas almas. Por isso Ele exige disciplina e estrita obediência. Estas são a base e o fundamento de toda a ciência da educação. Num tempo em que a autoridade para tantos nada mais vale, em que se considera a desobediência como grandeza e virtude e se faz passar a teimosia e obstinação por fortaleza de caráter, é duplamente necessária uma demonstração a respeito; pois sem respeito à autoridade todo o edifício do templo da felicidade da família rui estrondosamente.

O amor não se amua e não se carrega de voluntária nudez, mas é sempre afável e bondoso. Como brilham os olhos do marido quando à tarde volta do penoso trabalho e vê a mesa elegantemente posta, o aposento a brilhar de limpeza e arranjo e, sobretudo, o que lhe é mais caro, o olhar jubiloso da esposa, que lhe diz: 'Agora deixa lá fora todas as preocupações, entra e alegra-te, pois estás em casa'. Mas também como se lhe oprime o coração semelhante ao nevoeiro, que dias a fio abafa toda alegria e jovialidade, quando o aguarda um silêncio amuado. Então, como dizem os maometanos, a mulher se torna o desespero do justo.

Annette von Droste conta de uma mulher da Westphalia que, durante 20 anos, conservou-se em silêncio, não somente para com o marido, como para com todos, de modo que estavam convencidos que ficara muda, até que, após a morte do marido, começou de novo a falar, com grande admiração geral. Havia, porém, uma razão especial, ela era extremamente colérica e o marido ainda mais. Assim não se podiam falar sem que se zangassem e brigarem. Como todos os bons propósitos de conter-se de nada valessem, recorrera a esse recurso extremo, mas sem rancor. Fazia um semblante satisfeito e conseguia assim conservar uma paz perfeita. Foi neste caso uma virtude heroica. Em outros casos seria a morte do amor e o túmulo das alegrias conjugais.

Com toda a boa vontade poderiam hoje ou amanhã sobrevir perturbações e provações para o amor. Onde haveria também um sol eternamente risonho, um céu sem nuvens; um mar que o vento e as ondas jamais encrespassem? São Paulo, o grande Apóstolo das nações, que conhecia sua gente, indicou para estes casos aos cônjuges um bom remédio caseiro. Deviam usá-lo sempre, logo que os ânimos esquentassem e a mostarda lhes subisse ao nariz. O remédio é o seguinte: 'Não deixeis o sol baixar sobre a vossa desavença!'

É uma palavra de ouro e uma bebida mágica do matrimônio. Em cada família que se fundasse, deviam os jovens cônjuges prometer-se mutuamente fazê-lo e reservar um prêmio, no mais belo cofre, para quem primeiro pudesse dizer: 'Meu marido, minha mulher, façamos as pazes'. Este teria merecido o prêmio, ainda que não fosse senão um justo e verdadeiro ósculo de paz. Com isto se alegrariam os Anjos no céu e em breve também na mais mísera choupana de novo brilharia mais claro e mais ardente o sol da felicidade doméstica, exatamente como lá fora, após um tempestade, o verdadeiro sol fulgura mais belo é mais dourado.

Mulheres que, além da habilidade nos arranjos caseiros, procuram alimentar ainda um terno sentimento, que querem ser realmente a luz do sol de seu lar, sabem facilmente achar caminho para o coração do esposo. Para elas, mesmo os acontecimentos de cada dia e as pequenas coisas, como a arte culinária, tornam-se meios hábeis e industriosas finezas para granjear o amor do marido, se acaso faltar. Mas mesmo a melhor e mais radiosa mulher terá de desistir, se o marido não lhe pagar, com a mesma moeda.

Se nenhum olhar afável, nenhuma palavra de reconhecimento recompensar o sacrifício da mãe de família, de onde lhe virá a alegria, que faz do lar um remanso feliz? Quanto coração amante de mulher resfria diante da falta de amabilidade do marido! Quanto homem só no túmulo da esposa fiel sente o bem que Deus lhe doou, dando-lhe a companheira que agora repousa na terra fria! 'Leve cada um a carga do outro!' A recompensa deste sacrifício é a conservação do amor e a felicidade da vida doméstica.

(Excertos da obra 'As colunas de tua Casa - um Plano para a Felicidade da Família', do Vigário José Sommer, 1938, com revisão do texto pelo autor do blog)

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

LUZ NAS TREVAS DA HERESIA PROTESTANTE (XVII)

A 15ª objeção já foi respondida anteriormente; tratemos aqui a 16ª objeção*, pedindo um texto que prove que devemos jejuar nas sextas-feiras. É uma objeção ridícula, pois é sabido por todos que o preceito do jejum nas sextas-feiras não existe senão no tempo da quaresma. O que existe geralmente, pela lei da Igreja, é a abstinência de carne nas sextas-feiras.

I. A razão de ser

A Igreja, ciosa de seguir em tudo as prescrições e os conselhos do divino Mestre, prescreveu o jejum e a abstinência, como penitência, em certos dias do ano. O jejum consiste em privar-se de uma parte dos alimentos habitualmente usados, e refere-se à quantidade do mesmo alimento. A abstinência consiste em privar-se de carne em certos dias, por espírito de penitência, e refere-se, pois, à qualidade do alimento.

Jesus Cristo prescreve o jejum sem indicar o dia deste jejum; aconselha esta prática como meio de alcançar o perdão das faltas, de expiá-las e de domar as paixões da carne. Tudo isto está claramente indicado na Bíblia. Não tendo Jesus indicado o tempo, nem o dia destas penitências, cabe à Igreja determiná-los, para que os preceitos e os conselhos do Salvador não fiquem esquecidos. Percorramos, meu caro crente, os exemplos, os conselhos e preceitos do jejum, indicando bem os passos, para que o amigo os possa verificar em sua bíblia.

II. Preceito do jejum

Digo logo, para espantar o meu amigo crente, que o jejum constitui não simplesmente um conselho ou uma lei eclesiástica, mas sim uma lei divina, como a oração e a esmola. A prova é simples: o que Jesus Cristo une num mesmo preceito, deve possuir a força deste preceito. Ora, lemos em São Mateus que o Salvador fez três preceitos para cumprir a lei e as profecias: esmolas, oração e jejum.

O capítulo VI de São Mateus é a majestosa exposição desta verdade. Jesus Cristo diz ao terminar: 'quando jejuardes, não vos mostreis tristes... Ungi a vossa cabeça e lavai o vosso rosto... Para não parecer aos homens que jejuais, mas a vosso Pai, que vos recompensará' (Mt 6, 17-18). Em outro lugar o Salvador ensina que há tentações que só se combatem à força de oração e do jejum (Mt 17, 20). Ora, todos nós somos tentados. Todo homem é tentado pela sua própria concupiscência, diz São Tiago (Tg 1, 14). Para resistir a estas tentações precisamos, pois, recorrer à oração e ao jejum. Eis já o quanto é claro e irrefutável. Examinemos agora se o tal preceito foi praticado pelo próprio Salvador.

III. Exemplo de Jesus Cristo

O grande modelo a imitar é Jesus Cristo. Ele é o caminho: Ego sum via, veritas et via (Jo 14, 6) e, seguindo o seu exemplo, não podemos nos enganar. Ora, lemos em São Mateus, que antes de iniciar a sua grande obra – a fundação da Igreja – o Salvador foi conduzido ao deserto, onde jejuou durante quarenta dias e quarenta noites (Mt 4, 12). Como é que os amigos protestantes, que pretendem seguir a Bíblia à risca, não imitam a Jesus Cristo jejuando, em vez de atacarem o jejum praticado pelos católicos, em imitação do seu divino modelo? 

Que contradição! A Bíblia está repleta de exemplos de jejum. Em toda parte, em todas as necessidades encontramos a oração e o jejum, como duas práticas inseparáveis, para aplacar a Deus e obter os seus benefícios. O jejum é como o sustento da oração. É boa a oração acompanhada de jejum, diz Tobias (Tb 12, 8). 'Voltei meu rosto para o Senhor, meu Deus, para o rogar, o conjurar em jejuns', diz Daniel (Dn 9, 3-4). O ímpio Acab, provocando a justiça de Deus, por causa da vinha de Nabot, jejuou coberto de um cilício e alcançou certa indulgência. Os ninivitas, urgidos que fizessem penitência, observavam o jejum, para alcançarem a clemência de Deus, etc.

IV. A origem da quaresma

A quaresma, ou os quarenta dias de jejum, praticados na Igreja Católica, foi instituída pelos apóstolos, em lembrança ao jejum de Jesus Cristo. A prova desta asserção encontra-se na regra traçada por Santo Agostinho: 'Toda prática', diz ele, 'recebida por toda a Igreja e cuja origem não pode ser atribuída, nem a um bispo, nem a um papa, nem a um concílio, deve ser considerada como uma instituição apostólica'.

Ora, a quaresma foi sempre observada por todas as nações cristãs e não se pode remontar a sua origem a uma instituição humana, posterior aos tempos dos apóstolos; logo foi instituída por eles. Os amigos protestantes dizem que tal prática foi instituída pelo Concílio de Niceia. É falso, pois o Concílio de Niceia realizou-se em 325, e encontramos, já nos escritos de Tertuliano e de Orígenes, no ano 200, a menção positiva da quaresma.

São Jerônimo, no ano 400, escreveu: 'segundo a instituição apostólica, observamos um jejum de 40 dias' (Ep. ad Marcel.). São Leão é mais positivo ainda: 'foram os apóstolos' – diz ele – 'que, por inspiração do Espírito Santo, estabeleceram a quaresma'. 'Jejuamos em qualquer outro tempo' – diz também Santo Agostinho – 'se quisermos, mas, durante a quaresma, pecamos, se não jejuamos'. Eis, pois, bem demonstrado que a quaresma é uma instituição dos apóstolos, instituída por eles, talvez por ordem ou conselho de Jesus Cristo, para imitar e lembrar o jejum de 40 dias do próprio Salvador.

V. O jejum na antiga e nova lei

O jejum da sexta-feira, como já disse, não existe senão na cabeça do protestante à cata de objeções; mas se existisse, teria ainda sua razão de ser, o seu fundamento. Este fundamento seria a lei da Igreja.
A Sagrada Escritura prova a necessidade do jejum, sem determinar os dias deste jejum. Os apóstolos instituíram a quaresma. A Igreja de Jesus Cristo possui uma autoridade divina, igual à autoridade dos apóstolos, pois o papa é o legítimo sucessor dos apóstolos. É, pois, inegável que o papa possa prescrever jejuns ou suprimi-los, em certos dias, para um fim útil ou conveniente. 

O jejum, como mortificação do corpo, é um preceito divino; o modo prático de exercê-lo deve ser regulamentado pela Igreja, por lei eclesiástica, que obriga a consciência. A Igreja recebeu de seu divino fundador o poder de legislar, ou formar leis: tal poder pertence necessariamente à autoridade de governar que São Pedro recebeu do Salvador: Dixis ei (Pedro): Pasce oves meas (Jo 21, 17). Não se pode negar este poder à autoridade eclesiástica, tanto mais que a lei antiga dava este poder a seus chefes, como lemos na Bíblia. 

Josafá fez publicar um jejum em toda a Judeia (II Cr 20, 3), o que foi aprovado pelo Senhor, que lhe concedeu o favor implorado. Esdras publicou também um jejum pela feliz jornada dos judeus que voltaram do cativeiro da Babilônia: 'publiquei um jejum ... por isso jejuamos e invocamos nosso deus, e Ele nos ouviu' (I Esd 8, 21 e 23). Jeremias publicou igualmente um jejum em Jerusalém, para toda a multidão vinda de Judá, a fim de aplacar as vinganças do Senhor (Jer 36, 9). O profeta Zacarias faz menção de quatro jejuns, ordenados por Deus (Zc 3, 19). Eis como a Igreja do antigo testamento preceituava o jejum e determinava o tempo e o modo de praticá-lo, por ordem divina. É, pois, lógico que a Igreja do novo Testamento goze do mesmo poder de que gozava a Igreja antiga, que era apenas o esboço, o símbolo e a imagem da Igreja de Cristo.

VI. A abstinência da carne

Devemos, pois, concluir que a Igreja tem o direito de impor, em certos dias determinados, o dever de jejuar e de abster-se de certos alimentos por lei positiva do direito eclesiástico. Se tem o poder de prescrever o jejum, deve ter também o poder de prescrever a abstinência de certos alimentos. Tal abstinência não é novidade; existiu na lei antiga, como existe hoje na Igreja Católica.

Os próprios apóstolos prescreviam tal abstinência. 'Abster-vos-ei de das carnes sacrificadas aos ídolos, do sangue e dos animais sufocados', dizem os Atos (At 15, 29). Se os apóstolos prescrevem de abster-se de certas carnes, podem naturalmente prescrever tal abstinência em tempos e dias marcados, como faz a Igreja, prescrevendo em certos países a abstinência de carne, nas sextas-feiras, em lembrança da morte do divino Salvador. É claro, é simples e incontestável.

VII. Conclusão

A conclusão é irrefutável. A Igreja Católica, fiel aos ensinamentos da Bíblia, apoia-se em todas as suas doutrinas sobre o texto sagrado, e faz dele o pedestal divino dos dogmas, da moral e até das cerimônias de culto. O protestantismo, pelo contrário, limita-se a exaltar a Bíblia, e na prática afasta-se completamente dos ensinos da mesma Bíblia.

Jejuar e abster-se de certos alimentos é uma prática que vem do começo da humanidade; pouco importa que o protestante proteste, porque a sua lei e a base do seu credo é protestar contra a verdade católica. Se a Igreja proibisse o jejum e a abstinência, os amigos protestantes citariam centenas de textos para provar que o jejum e a abstinência são preceitos divinos. E estes textos poderiam ser encontrados, de fato. A Igreja, firme na resolução divina, sustenta a verdade; e o protestante, embora não encontre nenhum texto, absolutamente nenhum, contra o jejum e a abstinência, protesta e quer textos que provem que se deve jejuar nas sextas-feiras. 

É ridículo! É como se pedissem textos que provem que a gente deve deitar-se e dormir de noite. O sono da noite é lógico: é o descanso das fadigas do dia; e tal como sono não precisa de textos para ser desejado e efetuado pelos protestantes como pelos católicos. Eis os textos, caro crente. Queira lê-los, meditá-los e compreendê-los, e, em vez de protestar, faça também seu pequeno jejum nas sextas-feiras, com uma abstinência de carne para honrar a morte do Salvador e alcançar o perdão da sua incorrigível mania de protestar contra a lei divina!

* Estas 'objeções' foram propostas por 'um crente' como um desafio público ao Pe. Júlio Maria e que foi tornado público durante as festas marianas de 1928 em Manhumirim, o que levou às refutações imediatas do sacerdote, e mais tarde, mediante a inclusão de respostas mais abrangentes e detalhadas, na publicação da obra 'Luz nas Trevas - Respostas Irrefutáveis às Objeções Protestantes', ora republicada em partes neste blog.

(Excertos da obra 'Luz nas Trevas - Respostas Irrefutáveis às Objeções Protestantes', do Pe. Júlio Maria de Lombaerde)

terça-feira, 1 de agosto de 2017

01 DE AGOSTO - SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO


'Quem reza se salva, quem não reza se condena!'

Hoje é o dia da celebração da festa de Santo Afonso Maria de Ligório, fundador da Congregação do Santíssimo Redentor e autor de 'Glórias de Maria', obra prima de devoção mariana. Nasceu em Marianella, pequena comunidade próxima a Nápoles, em 27 de setembro de 1696, de família nobre e, aos 16 anos, já era doutor em direito civil e canônico. Abandonando uma promissora carreira de advogado, consagrou-se a Nossa Senhora e ordenou-se sacerdote em 1726. Em 09 de novembro de 1732, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor. Em 1762, foi nomeado Bispo de Santa Ágata dos Godos, cidade perto de Nápoles, retornando à devoção exclusiva à sua ordem somente em 1775. Faleceu no dia 1º de agosto de 1787, aos 91 anos, sendo canonizado pelo Papa Gregório XVI em 1839; Pio IX o declarou Doutor da Igreja em 1871 .

A santificação não é um processo único e específico, mas todos os santos têm em comum um extraordinário senso de auto-sacrifício e uma devoção ardente à Vontade Divina. Santo Afonso correspondeu à graça vencendo dolorosas doenças, perseguições e tentações.  A pior de todas as suas doenças foi um ataque terrível de febre reumática durante o seu episcopado, que durou de maio de 1768 a junho de 1769, que o deixou paralisado até o fim de seus dias. Por esta razão, a sua imagem é comumente retratada com seu queixo avançando proeminente em direção ao peito, reflexo da violenta curvatura que dobrou sua coluna vertebral para a frente e que limitava enormemente seus movimentos. As perseguições vieram principalmente do seu zelo fervoroso no combate às heresias do jansenismo e as tentações surgiram principalmente no final de sua vida quando, ao longo de três anos, passou por terríveis provações e diabólicas tentações contra todas as suas virtudes.

Tão notável quanto a intensidade com que Santo Afonso trabalhou é a enorme quantidade de trabalhos que produziu, sendo que esta prodigiosa coleção de obras teve início quando o santo já contava com cerca de 50 anos de idade. O primeiro esboço de sua obra 'Teologia Moral', por exemplo, só apareceu por volta de 1748. Entre o grande número de suas obras dogmáticas e ascéticas, 'Glórias de Maria', 'A Selva' e 'Meditações para Todos os Dias e Festas do Ano' são as mais conhecidas. Foi também poeta, músico e até pintor (o crucifixo abaixo foi pintado pelo santo). Amparava-se no princípio de não ser admissível perder um único momento do seu tempo em render graças a Deus, como ilustrado exemplarmente neste seu sermão sobre o valor do tempo.

VALOR DO TEMPO

Fili, conserva tempus et devita a malo: 'Filho, guarda o tempo e evita o mal' (Ecl. 4, 23)

Sumário. Um só momento de tempo vale tanto como Deus, porque o homem pode a cada instante, por um ato de contrição ou de amor, adquirir a graça de Deus e aumentar a glória eterna. E tu, meu irmão, em que empregas o tempo tão precioso? Porque adias sempre para amanhã o que podes fazer hoje?... Reflete que o tempo passado já não te pertence; que o futuro não está em tua mão. Só tens o tempo presente para fazeres o bem, e este é brevíssimo! Mister é, pois, que o aproveites depressa, se não o quiseres chorar depois como perdido irremediavelmente.

I. Meu filho, diz o Espírito Santo, sê cuidadoso em conservar o tempo, porque é a coisa mais preciosa e o maior dom que Deus pode dar ao homem na terra. Até os próprios pagãos sabiam o que vale o tempo. Dizia Sêneca que não há valor igual ao do tempo: Nullum temporis pretium. Os Santos, porém, avaliaram muito melhor ainda o valor do tempo. Diz São Bernardino de Sena que um só momento vale tanto como Deus; porque o homem pode a cada instante, por um ato de contrição ou de amor, adquirir a graça de Deus e aumentar a glória eterna: Tempus tantum valet, quantum Deus.

O tempo é um tesouro que só se acha nesta vida; não se encontra na outra, nem no inferno, nem no céu. No inferno o grito contínuo dos réprobos é este: Oh, si daretur hora! 'Oxalá se nos desse uma hora!' Comprariam por todo o preço uma hora de tempo, que lhes bastaria para reparar a sua ruína; mas essa hora não a terão mais. No céu não há tristeza; mas se os bem-aventurados pudessem estar tristes, a sua única tristeza seria de terem perdido tempo nesta vida, tempo em que podiam adquirir maior glória e que não existe mais para eles.

Uma religiosa beneditina apareceu, depois da morte, com a auréola da glória, a uma pessoa e disse-lhe que estava plenamente contente; mas, se pudesse desejar alguma coisa, seria voltar à terra e sofrer para merecer mais glória. Acrescentou que de boa mente consentiria em sofrer até o dia do juízo a doença dolorosa que tinha sofrido antes de morrer, para adquirir a glória que corresponde ao merecimento de uma só Ave-Maria. - 'E tu, meu irmão, em que empregas o tempo? Porque adias sempre para amanhã o que podes fazer hoje?'

II. Reflete que já não te pertence o tempo passado; que o futuro não está em teu poder: só tens o tempo presente para praticares o bem. Pelo que te avisa São Bernardo: 'Desgraçado! como ousas contar com o futuro, como se Deus tivesse posto o tempo à tua disposição?' E Santo Agostinho acrescenta: 'Diem tenes, qui horam non tenes?' ('Como te podes prometer o dia de amanhã, se nem sequer sabes se te é dada mais uma hora de vida?') Em suma, conclui Santa Teresa: 'Se não estás pronto hoje para a morte, teme morrer mal'.

Ó meu Deus, agradeço-Vos o tempo que me dais para reparar as desordens da minha vida passada. Se chegasse a morte neste momento, uma das minhas maiores penas seria pensar no tempo que perdi. Ah! meu Senhor, destes-me o tempo para Vos amar, e empreguei-o em Vos ofender! Merecia ser enviado ao inferno desde o instante em que Vos voltei as costas; Vós, porém, me chamastes à penitência e me perdoastes. Prometi nunca mais ofender-Vos, mas quantas vezes tornei a injuriar-Vos, e Vós ainda me perdoastes! Bendita seja para sempre a vossa misericórdia! Se não fosse infinita, como poderíeis suportar-me tanto tempo? Quem poderia ter para comigo a paciência que Vós tivestes? Quanto sinto ter ofendido um Deus tão bom!

Meu amado Salvador, a vossa paciência para comigo deveria ser suficiente para me inflamar de amor para convosco. Por quem sois, não permitais que viva por mais tempo ingrato ao amor que me haveis dedicado. Desligai-me de tudo, e atraí-me todo ao vosso amor. Não, meu Deus, não quero perder outra vez o tempo que me dais para reparar o mal que fiz; quero empregá-lo todo em vosso serviço e em vosso amor. Fortalecei-me, dai-me a santa perseverança. Amo-Vos, ó bondade infinita, e espero amar-Vos sempre. Graças vos dou, ó Maria! Tendes sido a minha advogada para impetrar-me o tempo que estou gozando. Assisti-me agora, e fazei que o empregue sem reserva a amar o vosso divino Filho, meu Redentor, e a vós, minha Rainha e minha Mãe (II 50).

Santo Afonso Maria de Ligório: 'Valor do tempo' em Meditações para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II. Herder & Cia, 1921, p. 252-254, disponível em www.obrascatolicas.com

Santo Afonso de Ligório, rogai por nós!

segunda-feira, 31 de julho de 2017

31 DE JULHO - SANTO INÁCIO DE LOYOLA


Ad Maiorem Dei Gloriam 

Para a Maior Glória de Deus

O fundador da Companhia de Jesus e autor dos 'Exercícios Espirituais' buscou a via da santidade pelo completo despojamento de si, pelo abandono completo de sua vontade aos desígnios da Divina Providência, abstraindo-se de todo comodismo humano na sua caminhada espiritual para Deus. Eis aí a santidade das atitudes extremas, das decisões moldadas por uma fé intrépida, pela ação de um 'sim' sem rodeios ou incertezas. Uma vida de conversão e de entrega generosa a Deus, testemunho eloquente da fé cristã coerente e tenaz, levada às últimas consequências. 

Inácio Lopez nasceu na localidade de Loyola, atual município de Azpeitia, no País Basco/Espanha, em 31 de maio de 1491. De família rica, levou vida mundana até ser ferido gravemente numa perna na batalha de Pamplona. Na longa convalescença e pela leitura da vida de grandes santos, decidiu abandonar os bens terrenos e viver para a glória de Deus, quando tinha então 26 anos. Entre 1522 a 1523, escreveu os chamados 'Exercícios Espirituais', uma síntese de sua própria conversão e método de evangelização para uma vida espiritual em plenitude. Em 1528, ingressou na Universidade de Paris e a 15 de agosto de 1534, com mais seis companheiros, entre eles São Francisco Xavier, fundou a Companhia de Jesus, tornando-se sacerdote e assumindo o cargo de superior-geral da ordem jesuítica em 1540, com a aprovação do Papa Paulo III. Santo Inácio morreu em Roma, em 31 de julho de 1556, aos 65 anos de idade. Foi canonizado em 12 de março de 1622 pelo Papa Gregório XV. Em 1922, o Papa Pio XI declarou Santo Inácio padroeiro dos Retiros Espirituais.

ORAÇÃO DE SANTO INÁCIO DE LOYOLA

Tomai Senhor, e recebei
Toda minha liberdade,
A minha memória também.
O meu entendimento
E toda minha vontade.
Tudo que tenho e possuo,
Vós me destes com amor.
Todos os dons que me destes,
Com gratidão vos devolvo:
Disponde deles, Senhor,
Segundo vossa vontade.
Dai-me somente 
O vosso amor, vossa graça.
Isto me basta,
Nada mais quero pedir.

ASSIM É A PALAVRA DE DEUS...

A Palavra de Deus é:

INFALÍVEL

'Está próxima a ruína de Nínive, porque a palavra de Deus não falha; os nossos irmãos, que foram dispersos para longe da pátria de Israel, voltarão para ela' (Tb 14, 6).

DOCE

'experimentaram a doçura da palavra de Deus e as maravilhas do mundo vindouro e, apesar disso, caíram na apostasia' (Hb 6, 5) 

DEMOLIDORA

'A palavra de Deus faz calar o vento; só com o seu pensar apazigua o abismo, no meio do qual o Senhor plantou as ilhas' (Eclo 43, 25).

VERDADEIRA

'Toda a palavra de Deus é provadaé um escudo para quem se fia nele' (Pv 30, 5).

FIEL

'porque a palavra do Senhor é reta, em todas as suas obras resplandece a fidelidade' (Sl 32,4)

VIVIFICANTE

'Jesus respondeu: Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra de Deus' (Lc 4, 4). 

LIBERTADORA

'pelo qual estou sofrendo até as cadeias como um malfeitor. Mas a palavra de Deus, esta não se deixa acorrentar' (II Tm 2, 9).

CURATIVA

'Não foi uma erva nem algum unguento que os curou, mas a vossa palavra que cura todas as coisas, Senhor' (Sb 16, 12).

PURA

'Os caminhos de Deus são perfeitos; a palavra do Senhor é pura. Ele é o escudo de todos os que nele se refugiam' (II Sm 22, 31). 

EFICAZ 

'Por isso é que também nós não cessamos de dar graças a Deus, porque recebestes a palavra de Deus, que de nós ouvistes, e a acolhestes, não como palavra de homens, mas como aquilo que realmente é, como palavra de Deus, que age eficazmente em vós, os fieis' (I Ts 2, 13). 

VIVA E PENETRANTE

'Porque a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração' (Hb 4, 12). 

SALVADORA

'Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus' (Ef 6, 17).

VIVA E ETERNA

'Pois fostes regenerados não duma semente corruptível, mas pela palavra de Deus, semente incorruptível, viva e eterna' (I Pd 1, 23).