sábado, 9 de agosto de 2025

BREVIÁRIO DIGITAL - ICONOLOGIA CRISTÃ (VIII)


Stella Maris (A Estrela do Mar) é o mais antigo dos títulos de Nossa Senhora. Em língua aramaica da época, a expressão equivalente a Nossa Senhora seria algo como guia ou farol - e, assim, Nossa Senhora foi, portanto, desde os primórdios da Igreja,  identificada como a luz que guia todos os povos da terra aos seu filho, Nosso Senhor Jesus Cristo. Para os peregrinos no deserto ou os navegantes em mar aberto, Nossa Senhora seria a estrela que guiava todos à segurança e ao porto seguro do coração do seu Filho.

O ícone tradicional da Estrela do Mar evoca a noite escura e as ondas tempestuosas do mar aberto, símbolo das dificuldades e tribulações desta vida. No centro do ícone, Nossa Senhora é a fonte de luz que ilumina as trevas de nossas almas e nos apresenta Jesus como caminho e destino de nossas vidas. O triângulo de luz dispersa a escuridão do mundo e vai até às estrelas do céu (representada pela estrela Sirius, a maior e mais brilhante do céu).

O barco representa a Igreja de Cristo, navegando em meio às mazelas e nas águas tempestuosas do mundo, levando a mensagem dos Evangelhos (representados pelos quatro grandes peixes) a todos os povos da terra, até o final dos tempos, centrada nos ensinamentos do Salvador. Nossa Senhora tem os pés assentes sobre a Lua, numa evocação direta ao texto do Apocalipse: 'E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do Sol, com a Lua debaixo dos seus pés e, sobre a sua cabeça, uma coroa de doze estrelas' (Ap 12, 1).

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

NAS LONGAS HORAS DA NOITE ESCURA...

Quando nos tivermos mantido firmes durante as longas horas da noite escura que reina nos momentos de provação, quando tivermos dado o nosso melhor, ... estejamos certos de que, quando a noite for adiantada e o dia estiver próximo (Rm 13, 12), o Filho de Deus virá até junto de nós, caminhando sobre as ondas. Quando o virmos aparecer assim, sentiremos receio até o momento em que compreendermos claramente que é o Salvador que veio para o meio de nós. Julgando ainda ver um fantasma, gritaremos assustados, mas Ele dir-nos-á imediatamente: 'Tranquilizai-vos! Sou Eu! Não temais!'

Pode ser que estas palavras façam surgir em nós um Pedro em caminho para a perfeição, que descerá do barco, certo de ter escapado à prova que os agitava. Inicialmente, o seu desejo de ir para o pé de Jesus fá-lo caminhar sobre as águas. Mas sendo a sua fé ainda pouco segura e estando ele próprio com dúvidas, notará 'a violência do vento', sentirá medo e começará a ir ao fundo. Contudo, escapará a este mal porque lançará a Jesus este grito: 'Salva-me, Senhor!' E mal este outro Pedro acabe de dizer 'Salva-me, Senhor!', o Verbo estenderá a mão para o socorrer, e segurá-lo-á no momento em que ele começava a afogar-se, repreendendo-o pela sua pouca fé e pelas suas dúvidas. 

Note-se contudo que Ele não disse: 'incrédulo', mas 'homem de pouca fé' e que está escrito: 'por que duvidaste?', quer dizer: 'tu tinhas um pouco de fé, mas deixaste-te levar em sentido contrário'. E Jesus e Pedro subirão para o barco, o vento acalmará e os ocupantes, compreendendo a que perigos tinham escapado, adorarão Jesus dizendo: 'Tu és, realmente, o Filho de Deus!', palavras que apenas os discípulos que estão próximo de Jesus no barco podem dizer.

(Comentários de Orígenes, sobre o Evangelho de São Mateus [Mt 14,25-33])

OS PAPAS DA IGREJA (XXVII)

  



Outro exemplo da fragilidade humana na história do papado: Gregório X assumiu após três anos de vacância devido às graves crises políticas da época. Por outro lado, Adriano V foi um papa cujo pontificado durou apenas um mês e meio.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

TESOURO DE EXEMPLOS II (27/30)

 

27. VINDE E VEDE

Este fato passou-se em Milão, na Itália. Alguns estudantes riam-se de um de seus colegas que acabara de comungar na igreja de Santo Ambrósio. Diziam que aquilo nao passava de uma superstição, de um costume tolo de velhas e camponeses ignorantes.

O moço católico, sem se zangar, convidou os colegas a comparecerem no domingo seguinte na igreja de Santo Ambrósio, pois poderiam assistir a um fato muito raro, isto é, à comunhão de dois famosíssimos ignorantes. 

Chegados à igreja, o moço católico apontou para os bancos da frente e disse: 
➖ Estão vendo lá ajoelhados aqueles dois velhinhos?
➖ Sim; quem são? - perguntaram os outros. 
Aproximai-vos deles para reconheçê-los e perguntai-lhes se a missa vai começar logo. 

Os estudantes aproximaram-se dos dois velhos, que rezavam devotamente, e fizeram-lhes a pergunta. Ficaram, porém, mudos e estupefatos. Aqueles dois velhos, que acabavam de comungar, eram Alexandre Manzoni e César Cantu, dois grandes sábios.

28. DUAS PEQUENAS HEROÍNAS

Este fato é contado por um missionário que estava visitando as numerosas ilhas da sua missão na Oceania. Visitada e evangelizada uma ilha, tinha de partir para outra. A despedida era sempre dolorosa porque sabia que, por muito tempo, não poderia voltar e nem rever os seus caros filhos. 

Numa dessas excursões, deu a primeira Comunhão a duas meninas, que se tinham preparado com grande fervor e que a custo se separariam do bom missionário. O que mais as afligia era o pensamento de que, por muito tempo, não poderiam mais comungar. nem ouvir a palavra do missionário. Uma tarde, desejosas de receber em seus coraçõezinhos o Hóspede Divino, conceberam um projeto perigosíssimo e logo o puseram em prática. Entraram em sua barquinha de pesca e, encomendando-se à boa Mãe de Jesus, começaram a remar com força, esperando chegar de manhã, para a missa, até a ilha em que se encontrava o missionário. 

Aquela noite foi de vento impetuoso, as ondas estavam furiosas e a distância até a ilha era de quinze milhas! Quando arribaram à suspirada ilha, estavam ofegantes, assustadas e num estado que causava dó. Correram à igrejinha improvisada, onde o missionário celebrava o Santo Sacrifício e tomaram parte no banquete dos anjos. Com lágrimas nos olhos, o sacerdote deu a hóstia divina àquelas duas heroínas, bendizendo a Deus por lhe ter reservado tamanha consolação. No dia seguinte, viajando em sua barquinha toda enfeitada de folhagens e flores, as duas meninas chegaram à sua ilhazinha natal, acompanhada de muitas outras embarcações.

29. MUITO BEM, CARO PRÍNCIPE!

Certo dia, estavam à mesa de Frederico, o Grande, numerosos convidados. A conversa versava sobre Jesus Cristo. O rei, cada vez que pronunciava esse nome, acrescentava uma blasfêmia. 

O príncipe Carlos de Hesse, neto de Jorge II da Inglaterra, que estava presente, baixou os olhos e permaneceu silencioso. Quando o rei percebeu isso, interpelou-o com vivacidade: 
➖ Diga-me, meu caro príncipe, você acredita nessas coisas?
➖ Majestade - replicou o príncipe - estou certo de que Jesus Cristo morreu na cruz como meu Salvador, como estou certo de falar neste momento com Vossa Majestade. 

O rei ficou algum tempo absorto em seus pensamentos e depois, abraçando a Carlos, lhe disse:
➖ Muito bem, caro príncipe, você é o primeiro homem inteligente que encontrei nessa ilusão.
➖ Majestade - respondeu o príncipe - mesmo que seja eu o último, morrerei feliz nesta minha crença inabalável!

O resto da refeição decorreu em silêncio. À noite, quando Carlos de Hesse passava por um corredor do castelo, o general Tanenzien, o homem mais corpulento e musculoso do seu tempo, pôs as mãos sobre os seus ombros e, cobrindo-se de lágrimas, exclamou:
➖Bendito seja Deus que me deu vida bastante para ver um homem de coração confessar o Cristo perante o rei. 

Carlos de Hesse, que narrou essa passagem, acrescentou: as lágrimas e as felicitações daquele nobre ancião recordam-me um dos mais belos instantes de minha vida. Ó se todos tivessem a fé e a intrepidez desse principe! 

30. A CAÇA DO PARAÍSO

O eremita Santo Macedônio foi um dia surpreendido, na sua solidão, por um príncipe que, com um séquito numeroso, andava caçando na floresta vizinha.
➖ Que fazeis aqui nesta solidão, neste deserto? - perguntou o príncipe ao eremita.
➖ Permiti-me - replicou o eremita - que vos pergunte primeiro: que fazeis vós aqui?
➖ Como vedes, eu vim à caça.
➖ E eu também - disse o eremita - eu também vim à caça. O que eu procuro, porém, é um bem eterno: ando à caça do Paraíso. 

O príncipe despediu-se e partiu, meditando seriamente naquelas estranhas palavras do santo eremita: 'ando à caça do Paraíso!'

(Excertos da obra 'Tesouro de Exemplos' - Volume II, do Pe. Francisco Alves, 1960; com adaptações)

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quarta-feira, 6 de agosto de 2025

JESUS É A PONTE PARA O CÉU

Por não estar em mim, o pecado não merece amor. Quem o faz, ofende toda criação e me odeia. O homem tem obrigações de me querer bem. Sou imensamente bom, dei-lhe o ser, numa chama de caridade. Todavia, os maus fogem de mim. Mas, por justiça ou misericórdia, ninguém escapa das minhas mãos.

Eis o meu plano: criar o homem à minha imagem e semelhança para que alcançasse a vida eterna, participasse do meu Ser, experimentasse a minha suma, eterna e doce bondade. O pecado veio impedir-lhe de atingir essa meta. O homem deixava de realizar o meu plano, pois a culpa lhe fechara o Céu e a porta da minha misericórdia. O pecado fez germinar na humanidade espinhos e sofrimentos, tribulações numerosas, rebelião interna.

Ao revoltar-se contra mim, o homem criou a rebelião dentro de si. Em conseqüência da perda do estado de inocência, a carne se revoltou contra o espírito. Imediatamente brotou um rio tempestuoso, cujas ondas continuam a açoitar a humanidade. São as misérias e males provenientes do próprio homem, do demônio e do mundo. Nele todos se afogavam; ninguém mais, graças a virtudes pessoais, atingia a vida eterna. Para remediar tantos males, construí a ponte no Meu Filho, que permitiria a travessia do rio sem perigo de afogar-se. O rio é o tempestuoso mar desta tenebrosa vida.

Quero que contemples a ponte que é o meu Filho, que vejas sua grandiosidade. Ela se estende do céu à terra, pois nela a terra da vossa natureza humana está unida à divindade sublime, graças à encarnação que realizei no homem. Todos vós deveis passar por esta ponte, louvando-me através do trabalho pela salvação dos homens e tolerando muitas dificuldades, a exemplo do meu doce e amoroso Verbo Encarnado. Não há outro modo de chegar até mim.

Dizia o Meu Filho: 'Eu sou a videira verdadeira e vós os ramos; Meu Pai é o agricultor' (Jo 15,5). Sim, Eu sou o agricultor, de mim se originam todos os seres. Tenho um poder incalculável, pelo qual governo o universo; nada me escapa. Fui eu o agricultor que plantou a verdadeira vinha, Cristo, no chão da humanidade, para que vós, unidos a Ele, possais frutificar. Quem não produzir ações santas e boas, será cortado da videira; e secará. Separado, perderá a vida da graça e irá para o fogo eterno.

Sabes que os mandamentos da Lei se reduzem a dois sem eles, nenhum outro é observado. São eles: amar-me sobre todas as coisas e amar o próximo como a ti mesmo. Eis o começo, o meio e o fim dos mandamentos da lei.  Todavia esses dois não se reúnem em mim sem os três, ou seja, sem a unificação das três faculdades da alma:  memória, inteligência e vontade. A memória há de recordar-se dos meus beneficios e da minha bondade; a inteligência pensará no amor inefável revelado em Cristo, pois Ele se oferece como objeto de reflexão, para manifestar a chama do meu amor; a vontade, unindo-se às faculdades anteriores, me amará e desejará como seu fim.

O coração humano, ao ser atraído pelo amor, leva consigo todas as faculdades da alma: Quando são harmonizadas e reunidas tais faculdades, todas as ações humanas - corporais ou espirituais - ficam-me agradáveis, pois unem-se a mim na caridade. Foi exatamente para isso que meu Filho se elevou na cruz, trilhando o caminho do amor cruciante. Ao dizer, 'Quando Eu for elevado, atrairei a mim todas as coisas', ele queria significar: quando o coração humano e as faculdades forem atraídas, todas as demais faculdades e suas ações também o serão.

Ninguém pode vir a mim, senão por meio de Cristo. Esta a razão pela qual fiz d'Ele uma ponte de três degraus. Esses três degraus representam os três estados espirituais do homem. O pavimento desta ponte é feito de pedras, a fim de que a chuva (da justiça divina) não retenha o caminhante. As pedras são as virtudes verdadeiras e reais. Antes da Paixão do meu Filho, elas ainda não tinham sido assentadas, motivo pelo qual os antigos não atingiam o céu, mesmo que vivessem piedosamente. O Paraíso ainda não fora aberto com a chave do Sangue e a chuva da justiça divina impedia a caminhada.

Quando aquelas pedras foram assentadas no Corpo do Meu Filho - por mim comparado a uma ponte - foram embebidas, amalgamadas e assentadas com sangue. Em outras palavras: o sangue (humano) foi misturado com a cal da divindade e fortemente queimado no calor da caridade. Tais pedras foram postas em Cristo por mim, mas é n'Ele que toda virtude é comprovada e vivificada. Fora de Jesus ninguém possui a vida da graça. Ocorre estar n'Ele, trilhar suas estradas, viver a sua mensagem. Somente Ele faz crescer as virtudes, somente Ele as constrói como pedras vivas, cimentando-as com o próprio Sangue. Nele, todos os fiéis caminham na liberdade, sem o medo da justiça divina, pois vão cobertos pela misericórdia, descida do céu no dia da encarnação. 

Foi a chave do Sangue de Cristo que abriu o céu. Portanto, esta ponte é ladrilhada; e seu telhado é a misericórdia. Possui também uma despensa, constituída pela hierarquia da Santa Igreja, que conserva e distribui o Pão da Vida e o Sangue. Assim, as minhas criaturas, viandantes e peregrinas, não fraquejam de cansaço na viagem. Para isto ordenei que vos fosse dado o Corpo e o Sangue do Meu Filho, Homem Deus.

Disse Jesus: 'Eu sou o caminho, a verdade, e a vida; quem vai por mim não caminha nas trevas, mas na luz' (Jo, 8,12). Quem vai por tal caminho é filho da verdade, atravessa a ponte e chega até mim, verdade eterna, oceano de paz. Quem não trilha esse caminho, vai pela estrada inferior, no rio do pecado. É uma estrada sem pedras, feita somente de água, inconsistente; por sobre ela ninguém vai sem afundar. É o caminho dos prazeres e das altas posições, daqueles cujo amor não repousa em mim e nas virtudes, mas no apego desordenado ao que é humano e passageiro. Tais pessoas são como a água sempre a escorrer. À semelhança daquelas realidades, vão passando.

Com o retorno de Meu Filho ao céu, enviei o Mestre, o Espírito Santo. Ele veio no meu poder, na sabedoria do Filho, e na própria clemência. É uma só coisa comigo e o Filho. Por sua vinda, fortaleceu o caminho - mensagem deixado no mundo por Jesus. O Espírito Santo é qual mãe a nutrir no Divino Amor. Ele liberta o homem, torna-o dono de si, isento da escravidão e do egoísmo. A chama da minha caridade (o Espírito Santo) não sobrevive junto ao egoísmo. Assim, todos os homens, recebem luzes para conhecer a verdade. Basta que cada um o queira, que não destrua a luz da razão, pelo egoísmo desordenado.

A mensagem de Jesus é verdadeira e ficou no mundo qual pequena barca para retirar os pecadores do rio do pecado e conduzi-os ao porto da salvação. Primeiro, coloquei o meu Filho como ponte - pessoa, a conviver com os homens; após a sua morte, ficou a ponte - mensagem, possuindoo meu poder, a sabedoria do Filho e o amor do Espírito. O poder fortifica os caminhantes, a sabedoria ilumina e ajuda a reconhecer a Verdade, o Espírito Santo infunde o amor que aperfeiçoa, que destrói o egoísmo e conserva no homem o apego ao bem.

O Verbo encarnado, meu Filho único e ponte de glória, deu aos homens vida e grandeza. Eram escravos do demônio e Ele os libertou. Para que cumprisse tal missão, tornei-o servo; para cobrir a desobediência de Adão exigi que obedecesse; para confundir o orgulho, humilhou-se até a morte na cruz. Por sua morte, destruiu o pecado. No intuito de livrar a humanidade da morte eterna, fez do seu Corpo uma bigorna. No entanto os pecadores desprezam p seu Sangue, pisoteiam-no com um amor desordenado. Esta é a injustiça, este o julgamento falso a respeito do qual o mundo é e será repreendido até o dia do juízo final. Tal repreensão começou quando enviei o Espírito Santo sobre os apóstolos. São três estas repreensões: a voz da Igreja, o Juízo Particular e o Juízo Final.

(Excertos do Livro 'Revelações de Santa Catarina de Sena')

terça-feira, 5 de agosto de 2025

PALAVRAS ETERNAS (XXIII)

  

'Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, não entrareis no reino dos céus'

(Mt 18,3)

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

04 DE AGOSTO - SÃO JOÃO MARIA VIANNEY (CURA D'ARS)

   

A mais difícil, extraordinária e espantosa obra 
feita pelo Cura d’Ars foi a sua própria vida

Existem vidas extraordinárias entre os santos da Igreja. Mas poucas delas foram tão cingidas pela pequenez, pela humildade e pelo aniquilamento interior como a do pobre cura de Ars, São João Batista Maria Vianney (nascido em 08 de maio de 1786, em Dardilly, na França). Ordenado sacerdote em 1815, aquele que teria o dom extraordinário de ler consciências foi proibido inicialmente de atender confissões, 'porque não teria capacidade para guiar consciências'. Três anos depois, aceitou ser o vigário do minúsculo povoado de Ars, situado ao norte de Lyon, na época com pouco mais de 200 habitantes e nenhuma prática religiosa. Ali chegou em fevereiro de 1818, ali construiu uma santidade ímpar entre os padres da Igreja, ali se tornou um santuário de peregrinação de toda a Europa. Ali viveu incansavelmente a fadiga das confissões intermináveis (geralmente 17 horas diárias), da oração constante, da devoção incondicional à pequenez e à pobreza, até a sua morte, em 04 de agosto de 1859, aos 73 anos de idade. 

São João Batista Vianney foi canonizado em 1925 pelo Papa Pio XI e seu corpo incorrupto encontra-se depositado na igreja da paróquia de Ars. Foi proclamado Padroeiro dos Sacerdotes e no dia de sua morte, 4 de agosto, celebra-se o Dia do Padre

'Nós devemos nutrir um grande amor por todos os homens, pelos bons e pelos maus. Quem tem o amor não pode querer que alguém faça o mal, 
porque o amor perdoa tudo'

Corpo Incorrupto do Santo em Ars

Conta-se que, indo em direção a ArsSão João Batista Vianney perguntou a um menino a direção a seguir para se chegar ao povoado. Diante da orientação recebida, o santo respondeu a ele: 'já que você me ensinou o caminho para Ars, eu lhe ensinarei o caminho para o céu'. Que, no dia de hoje, os sacerdotes de Cristo reflitam sobre esta mensagem do Cura D'Ars e assumam incondicionalmente esse caminho de vida religiosa para a salvação de muitos homens.