terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

TESOURO DE EXEMPLOS (131/133)


131. O CONSOLO DE LÚCIFER

Um dia, voltando da terra, chegou um demônio ao inferno. Estava triste e abatido. Dirigindo-se a Lúcifer, o rei das trevas, disse:
➖ Chefe, falhou completamente o meu esforço. Mostrei ao Filho do Homem todas as riquezas e grandezas do universo e prometi-lhe dar-lhe tudo aquilo com a única condição de que me adorasse. E eis que Ele me repeliu com desprezo.
➖ Consola-te, meu filho - respondeu Lúcifer - mesmo que esse esteja perdido, todos os outros nos pertencem.

Depois de algum tempo regressa o demônio de sua nova excursão pela terra e diz:
➖ Chefe, está tudo perdido. O Filho do Homem acaba de fazer ao povo, no monte Tabor, um sermão sem igual. Ele afasta a todos das vaidades terrenas e impele-os para o reino de Deus.
➖ Consola-te, meu filho - disse Lúcifer - eles gostam de ouvir palavras novas e belas, mas não as põem em prática. Esquecer-se-ão delas como se esqueceram dos ensinamentos dos profetas.

Faz o demônio outra excursão pela terra. Quando volta ao inferno, chega-se ao poderoso rei Lúcifer e, desanimado, diz:
➖ Meu chefe, o nosso poder está liquidado para sempre. O Filho do Homem selou sua doutrina com a própria vida, provando assim que é realmente o Filho de Deus.
➖ Não te aflijas demais, meu filho - replicou Lúcifer - eles serão nossos apesar de tudo. O Filho do homem provou, é verdade, por sua morte na Cruz, que é o Filho de Deus, mas consola-te, meu fiel emissário, os homens não crerão nele.

Meu irmão, tira deste imaginário diálogo uma preciosa lição para tua alma, isto é, que não deves viver, como pagãos e libertinos, sem fé, sem religião e sem Deus.

132. SEMPRE MAIS

Perguntai a São Paulo o que deveis fazer para vos tornardes semelhantes a Jesus Cristo. São Paulo não vos enganará. Ele é o doutor que mais admiravelmente expôs as leis divinas de nossa perfeição na vida espiritual.
➖ Santo Apóstolo, temos a fé de Pedro, o discípulo escolhido por Jesus Cristo para seu vigário na terra. Isso nos basta?
➖ Não basta.
➖ Temos a caridade para com Deus e o amor para com o próximo, que aprendemos do discípulo predileto de Jesus. Isso nos basta?
➖ Não.
➖ Temos a fortaleza heroica demonstrada pelo Batista diante os inimigos. Isso nos basta?
➖ Não.
➖ Temos a confiança em Deus que distinguiu o patriarca São José, o qual mereceu ser tido por pai de Jesus. Isso nos basta?
➖ Não basta, não.

Escutai o que vos digo: Jesus Cristo é o modelo que deveis ter sempre diante dos olhos; é o retrato que haveis de reproduzir em vosso corpo e em vossa alma. E quem era Jesus Cristo? Era a caridade, era a justiça, a mansidão, a prudência e a paciência... Era a beleza de Deus manifestando-se aos olhos humanos, para que nele nos transformemos. Tendes, pois, de trabalhar, trabalhar muito, até que sejais retratos perfeitos desse divino Modelo.

➖ Mas, santo Apóstolo, nossa carne é fraca, nosso coração é louco, nossa concupiscência é animal, nossas inclinações são perversas, as tentações são muitas, os demônios rodeiam-nos dia e noite, o mundo nos fascina...
➖ Trabalhai! É preciso imitar a Jesus Cristo. Essa é a única segura garantia de nossa eterna salvação. Se temos a sua graça, temos tudo.
➖ Mas isso será trabalho de muitos anos.
➖ Tendes razão; é trabalho de toda a vida. Mas para isso é que Deus nos pôs no mundo, para isso é a vida. Se não a entendeis assim, estais tristemente equivocados.

Trabalhai! Tendes diante de vós uma eternidade para descansar e gozar pelas nossas virtudes.
 
CASTO... SEM RELIGIÃO?!

Estava aquele médico na flor da idade. Era uma cabeça leviana e andava cheio de orgulho por sua ciência vã. Além disso, relegara a fé a um canto de sua inteligência e, segundo havia aprendido de seus mestres sem religião, afirmava que para viver bem e ser feliz bastava a luz da razão.

Por aqueles dias um famoso pregador, um homem de eloquência singular, alvoroçara toda a cidade. O vaidoso doutor afirmava à boca-cheia, no círculo de suas amizades, que iria entrevistar o famoso orador e que o havia de encurralar com a força de sua discussão. E lá se foi, com efeito, seguido de alguns amigos zombeteiros e curiosos. Achando-se frente à frente com o missionário, o doutor disse entre outras coisas:
➖ Padre, eu não pratico a religião; sou, porém, homem honrado e posso garantir-lhe que sou casto. Sorriu com desconfiança o ilustre pregador e observou:
➖ Casto?... Casto sem religião?!
➖ Sim , casto - insistia o doutor.
➖ E vai a toda espécie de cinema?
➖ Naturalmente.
➖ E lê toda espécie de livros?
➖ Tudo o que cai sob os meus olhos.
➖ Desvia o olhar quando se encontra com alguma beleza provocadora?
➖ Ó, pelo contrário.
➖ E diz que não reza?
➖ Nada.
➖ E diz que é casto?
➖ Digo.

➖ Pois bem - replicou aquele homem apostólico, aquele profundo conhecedor do coração humano - acredito que o senhor seja casto, mas casto como os cachorros. E nada mais disse. E havia dito tudo. O doutor mordeu a língua; os amigos sorriam maliciosamente e o missionário interrompeu bruscamente o diálogo. Todos estavam de acordo: sem a prática da oração não podiam ser castos. E constitui refinada loucura afirmar o contrário.

(Excertos da obra 'Tesouro de Exemplos', do Pe. Francisco Alves, 1958; com adaptações)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

VERSUS: SEREI O VOSSO DEUS OU O VOSSO FLAGELO

'Se seguirdes minhas leis e guardardes os meus preceitos e os praticardes, eu vos darei a chuva nos seus tempos. 

A terra dará o seu produto e as árvores da terra se carregarão de frutos. 

A debulha do trigo se estenderá até a colheita da uva, e a colheita da uva até a sementei­ra; comereis o vosso pão à saciedade, e ha­bitareis em segurança na vossa terra. 

Darei paz à vossa terra e vosso sono não será perturbado. Afastarei da terra os ani­mais nocivos, e a espada não passará pela vossa terra. 

Quando perseguirdes os vossos inimigos, cairão sob vossa espada. 

Cinco dentre vós perseguirão um cento, e cem dos vossos perseguirão dez mil, e os vossos inimigos cairão sob vossa espada. 

Eu me voltarei para vós, e vos farei crescer; eu vos multiplicarei e ratificarei a minha aliança convosco. 

Comereis as colheitas antigas, bem conservadas, e lançareis fora as velhas, para dar lugar às novas. 

Porei o meu taber­ná­culo no meio de vós, e a minha alma não vos rejeita­rá.

Andarei entre vós: serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo'. 

(Lv 26, 3-12)


'Mas se não me escutardes e não guardardes os meus mandamentos, 

se desprezardes os meus preceitos e vossa alma aborrecer as minhas leis, de sorte que não pratiqueis todos os meus mandamentos e violeis minha aliança, eis como vos hei de tratar: 

enviarei terríveis flagelos sobre vós: a tísica e a febre que enfraquecerão vossa vista e vos farão desfalecer. Debalde semeareis a vossa semente, porque vossos inimigos a comerão. 

Voltarei minha face contra vós e sereis vencidos pelos vossos inimigos: eles vos dominarão, e fugireis sem que ninguém vos persiga. 

Se nem ainda assim me ouvirdes, castigarei sete vezes mais pelos vossos pecados. 

Quebrarei o orgulho de vosso poder, tornarei o vosso céu como ferro e a vossa terra como bronze. 

Inutilmente se gastará a vossa força, pois vossa terra não dará os seus produtos, e as árvores da terra não produzirão os seus frutos. 

Se me puserdes obstáculos e não quiserdes ouvir-me, vos ferirei sete vezes mais, conforme os vossos pecados. 

Mandarei contra vós as feras do campo, que devorarão vossos filhos, matarão vossos animais e vos reduzirão a um pequeno número, de modo que os vossos caminhos se tornarão desertos. 

Se apesar desses castigos não vos quiserdes corrigir, e vos obstinardes em resistir-me, eu vos resistirei por minha vez e vos ferirei sete vezes mais, por causa dos vossos pecados. 

Farei cair sobre vós a espada para vingar a minha aliança. Se vos ajuntardes em vossas cidades, lançarei a peste no meio de vós e sereis entregues nas mãos de vossos inimigos'. 

(Lv 26, 14 - 25)

domingo, 20 de fevereiro de 2022

EVANGELHO DO DOMINGO

 

'O Senhor é bondoso e compassivo' (Sl 102)

 20/02/2022 - Sétimo Domingo do Tempo Comum

13. 'AMAI OS VOSSOS INIMIGOS'

Nas santas palavras do Evangelho deste domingo, Jesus enuncia aos homens daquele tempo as máximas da caridade divina, não uma, mas duas vezes: 'amai os vossos inimigos' (Lc 6,27 e Lc 6,35). Sim, amai os vossos inimigos uma primeira vez: desejando-lhes todo bem; e amai os vossos inimigos uma segunda vez: fazendo todo bem a eles. Eis a chave de ouro para aqueles que se pretendem 'filhos do Altíssimo' (Lc 6, 35).

Para cumprir estes mandamentos da caridade, Jesus nos apresenta imediatamente três opções concretas: 'fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam e rezai por aqueles que vos caluniam' (Lc 6, 27-28). Se Deus não nos pede o impossível, também não nos pede o que é fácil: amar nossos inimigos implica um dom extremado da graça e, para alcançá-lo, Jesus nos propõe violentarmos a tibieza da alma e apagar o fogo do egoísmo e do orgulho incandescentes com as águas abundantes da mansidão e da misericórdia: 'Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso' (Lc 6, 36).

No Coração de Deus impera o amor por todos os homens. Pelos justos e pelos injustos, pelos bons e também pelos ingratos e maus. A caridade nasce do amor sem medidas e se detém diante da medida imposta: 'com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos' (Lc 6,38). Ao impor tais limites ao nosso amor humano, amando apenas aqueles que nos amam ou fazendo o bem somente àqueles que nos interessam, nos tornamos reféns de igual julgamento e abortamos as graças da prática de uma verdadeira caridade cristã. Deus não nos impõe regras impossíveis ou obstáculos intransponíveis para alcançarmos as eternas recompensas, mas os frutos da graça não se encontram nas Vinhas do Senhor simplesmente espalhados pelo chão.

Mas como amar aqueles que nos desejam o mal? Como entregar a túnica ao que nos arranca o manto? Como oferecer a outra face à bofetada indigna? Amparados pelas reservas humanas, nada disso seria pertinente ou verossímil e, quase sempre, seria a intempestiva resposta dos instintos. Para torná-las possíveis e, sábias mais que possíveis, o instinto deve ser submerso pelo perdão: 'perdoai e sereis perdoados' (Lc 6, 37). Pelo perdão que Jesus extrapola aos limites mais insondáveis da misericórdia infinita de Deus; com o perdão verdadeiro, nascido e pautado como reflexo da misericórdia que não impõe contenção de medidas e marco limite algum.

sábado, 19 de fevereiro de 2022

CARTAS A MEU PAI (X)

Pai:

Eis-me de volta aqui, depois de tanto tempo. Fiz das minhas andanças memórias de apostolado e, se tardei nessa parada amena, não foi por falta dos muitos passos encaminhados. Tenho ido a tantos lugares, tenho visto tantas coisas... Meu coração experimenta, no caos e reverberação do mundo, a Vossa santa presença em tantas coisas e pessoas! Almas que lhe são muito queridas e que produzem frutos cem por um. F. certamente é uma delas, e como me deleito em acompanhar a caminhada dela até os patamares maiores da graça! Vou recordar-Vos um fato singular dela que acabei de escrever em detalhes no Livro da Vida. 

Semana passada, o pobre homem estava deitado no chão, junto ao ponto de parada do ônibus do seu trajeto diário. Bêbado, quase inconsciente, balbuciando palavras sem sentido... A carteira jogada do lado do corpo, a camisa semi-aberta, os pés calçados apenas por meias... não é que lhe tinham roubado os tênis, presente recente de uma de suas filhas mais velhas? Ele havia gostado daqueles tênis confortáveis, nunca tivera nada igual para colocar nos pés. E agora, andava noite e dia calçado com eles e, quase sempre, orgulhoso de ter algo que pudesse ser realmente e incomensuravelmente seu. 

F. tivera um dia difícil para entregar todas as suas encomendas. Faltavam ainda umas três entregas para fazer e a tarde avançava rapidamente, como se o tempo tivesse mais asas do que deveria ter. Mas ao ver o homem estendido no chão sem sapatos, os cabelos brancos em desalinho e sob o olhar indiferente da meia dúzia de pessoas que estavam na parada e viviam no mundo apenas para esperar o próximo ônibus, parou o mundo porque precisava descer. 

Como a samaritana dos dias atuais, fez o homem assentar encostado à mureta de concreto do ponto de ônibus, numa posição razoavelmente cômoda. Recolheu a carteira - com um único documento de identificação e nenhum dinheiro. Certamente quem lhe roubou os tênis havia surrupiado também o dinheiro da carteira. F. invocou o anjo da guarda, interpelou os presentes, chamou um vizinho e tanto fez que conseguiu o telefone da filha mais velha do senhor caído na rua. E ligou para ela e descreveu a situação e identificou o local e ficou à espera.

E dois ônibus passaram e pessoas foram embora vivendo de ônibus que passam de meia em meia hora. A filha mais velha chegou num carro de um conhecido, lamentou a situação do pai e os tênis roubados e a história acaba aqui, com um final que se pode dizer feliz para alguns. F. arrumou então as suas coisas, que viraram entregas para amanhã. Um dia ela saberá quantas graças e bênçãos Vossas Mãos Divinas derramaram sobre ela naquele dia... e talvez entenda como o tempo dos homens e mulheres deste mundo que têm os olhos voltados para o Céu não se medem em horas.

Feliz é o homem que tem o Senhor como única esperança! Com a vossa bênção, R.

('Cartas a Meu Pai' são textos de minha autoria e pretendem ser uma coletânea de crônicas que retratam a realidade cotidiana da vida humana entranhada com valores espirituais que, desapercebidos pelas pessoas comuns, são de inteira percepção pelo personagem R. As pessoas e os lugares, livremente designados apenas pelas suas iniciais, são absolutamente fictícios).

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

A VIDA OCULTA EM DEUS: O SONO DA ALMA EM DEUS


A vida de intimidade entre Deus e a alma tem então início. Estão sempre juntos, nunca se distanciam. Quem vê um, vê o outro. Diríamos que são apenas um mesmo, ainda que sejam completamente distintos. Há momentos em que essa intimidade torna-se ainda maior. São as horas em que a atividade exterior cessa, e a alma interior se recolhe a sós com Deus, e descansa serenamente ao seu lado. Segue-se um grande silêncio, de um recolhimento profundo, do diálogo em voz baixa, interrompido por longas pausas, em que se ouve apenas o bater do coração. Momentos de quietude, de verdadeiro e tranquilo descanso da vontade em Deus.

Quando a alma interior está unida a Deus, na parte mais íntima de si mesma, ela adormece completamente. Seu grau de união é a medida de um sono misterioso. Cria-se um grande vazio interior, seguido por uma grande serenidade e, por fim, um silêncio completo. A alma dorme profundamente: não ouve mais nada, não vê nada, não pensa em nada concretamente. No entanto, está viva e ama! Diríamos que ele direcionou todas as forças às suas faculdades. Faz tudo descansar para assim, melhor amar.

Concentra todas as suas forças em seu coração. Amar, apenas amar, e amar cada vez mais é o seu único anelo e sua única ocupação. Aparentemente está morta, mas vive mais intensamente do que nunca... Do habitual costume de viver mais ou menos distraída de Deus por causa das coisas., agora se impõe distraída em Deus. Deus a ocupa inteiramente. Ele tomou posse inteiramente da sua alma e, às vezes, também no  corpo. Assim, a alma pode dizer - e também aqueles que percebem o seu estado - que a alma não está mais ali'. O que é realmente verdade, pois 'a alma vive mais onde ama do que no corpo que a anima'. Agora ama. Agora ama a Deus por inteiro. Agora está Nele inteiramente.

Em suma, a alma assim adormecida é verdadeiramente feliz. Participa da mesma bem-aventurança de Deus. Essa felicidade a envolve completamente e toma posse dela sem ela se dar conta como. Nenhum esforço é exigido da alma; ela não tem mais anelo de nada e lhe basta deleitar-se nessa paz. E é exatamente isso que faz. Nada pode dar expressar esse sentimento que é essencialmente divino. Não se assemelha a nenhum dos prazeres deste mundo, pois é de ordem muito diferente. Possui uma essência diferente, provém de outra fonte. Não se tem nenhum termo de comparação.

Ao se falar sobre isso, é tudo muito obscuro, porque as palavras da linguagem humana não sabem como traduzir o que se passa. O que se pode dizer realmente é que isso está acima de todos os bens e encontra-se a uma distância imensurável de todos eles. A alma que se deleita da intimidade com Deus desfruta de uma paz tão verdadeira que tem o direito de ficar adormecida para o mundo pelo tempo que quiser.

(Excertos da obra 'A Vida Oculta em Deus', de Robert de Langeac; Parte III - A União com Deus; tradução do autor do blog)

Que dia triste, meu Deus, que dia triste! Minha mãe nos deixou... que tristeza chorar a morte de quem se ama tanto! Que alegria saber que a misericórdia divina é o nosso porto final. Que Deus a tenha, minha querida mãe, que Deus a tenha como obra acabada do divino amor por toda a eternidade...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

CINCO PASSOS PARA UMA CONFISSÃO PERFEITA


Exame de Consciência: piedade, piedade, piedade

✔ quando foi a minha última confissão?
✔ quais são os meus pecados, cometidos por palavras, ações, pensamentos, livre imaginação?
✔ quais são os meus pecados especialmente mais graves?
✔ quais são os meus pecados veniais, que se repetem mesmo após as minhas confissões?
✔ quais são os meus pecados contra a minha família?
✔ quais são os meus pecados contra a caridade?
✔ quais são os meus pecados por omissão?

👉Utilizar listagens conhecidas e detalhadas de exames de consciência específicos e buscar enquadrar as faltas cometidas no escopo dos Dez Mandamentos da Lei de Deus.

Dor Espiritual: pesar, pesar, pesar

✔ pesar pelas faltas cometidas
✔ pesar por ofender a Deus
✔ pesar por ofender o sacrifício da redenção de Cristo
✔ pesar por abusar das graças recebidas
✔ pesar pelo afastamento da Sagrada Eucaristia
✔ temor de Deus
✔ temor do inferno

👉 Rezar o Ato de Contrição e manifestar, com a dor espiritual, um ato de contrição perfeita.

Confissão Sincera: humilhação, humilhação, humilhação

✔ confessar todos os pecados cometidos 
✔ confessar as circunstâncias e agravantes dos pecados cometidos 
✔ confessar o inteiro domínio dos pecados cometidos
✔ não minimizar a dimensão dos pecados cometidos
✔ não atenuar as circunstâncias e condicionantes dos pecados cometidos
✔ não esconder por pudor ou vergonha os pecados cometidos
✔ não 'esquecer' pecados que não estão esquecidos

👉 A confissão é um ato de humilhação da criatura suplicando o perdão e a infinita misericórdia do Pai e essa só se manifesta em plenitude diante da verdade e do coração aberto da alma sob contrição perfeita. 

Propósito de Emenda: perseverança, perseverança, perseverança 

✔ firme resolução de não tornar a pecar (particularmente pecados mortais) 
✔ firme resolução de arrependimento sincero ao pecar novamente 
✔ firme resolução de santificação pessoal
✔ firme resolução de ser um católico melhor a cada dia
✔ firme resolução de ser homem de oração
✔ firme resolução de ser exemplo 
✔ firme resolução de praticar, cada vez mais, a caridade.

👉 Tome o firme propósito de dizer NÃO a tudo que nos afasta de Deus e da caridade para com o próximo.

Penitência Final: reparação, reparação, reparação

✔ reparar as ofensas cometidas contra Deus
✔ satisfazer a culpa dos pecados cometidos
✔ satisfazer a culpa de dano dos pecados cometidos
✔ cumprir integralmente a penitência manifestada pelo confessor  
✔ cumprir a penitência no menor prazo possível 
✔ cumprir a penitência com contrição e sincero arrependimento 
✔ cumprir a restituição devida quando for o caso

👉 Fazer, durante a penitência final, o firme propósito de melhorar como criatura de Deus, como católico, empenhado cada vez mais no projeto de sua santificação pessoal.