sábado, 20 de novembro de 2021

SOBRE O DISCERNIMENTO E AS BOAS OBRAS

O que desejo do homem, como frutos da ação, é que prove suas virtudes na hora oportuna. Talvez ainda te recordes! Quando, há muito tempo, desejavas fazer grandes penitências por minha causa e perguntavas: 'Que mortificações eu poderia fazer por ti?', eu te respondi no pensamento: 'Sou aquele que gosta de poucas palavras e de muitas ações'.

Então era minha intenção mostrar-te que não me comprazo no homem que apenas me chama por palavras: 'Senhor, Senhor, gostaria de fazer algo por ti', ou naquele que pretende mortificar o corpo com muitas macerações, mas sem destruir a vontade própria. Queria dizer-te que desejo ações varonis e pacientes, bem como as virtudes internas, de que falei acima, as quais são todas elas operativas e produtoras de bons frutos na graça. 

Ações baseadas em outros princípios constituem para mim meras palavras, realizações passageiras. Eu, qual ser infinito, quero ações infinitas, amor infinito. Desejo que as mortificações e demais exercícios corporais sejam considerados como meios, não como fins. Se neles repousar o inteiro afeto da pessoa, ser-me-ia dado algo de finito, à semelhança de uma palavra que, ao sair da boca, já não existe, quando é pronunciada sem amor. Só o amor produz e revela a virtude!

Quando uma ação, que chamei com o nome de 'palavra', está embebida de caridade, então me agrada; já não se apresenta sozinha, mas acompanhada de discernimento verdadeiro, isto é, como ato que é meio para se atingir um objetivo superior. Não é exato olhar a penitência ou qualquer ato externo como base e finalidade principal; são obras limitadas, seja porque praticadas durante esta vida passageira, seja porque um dia a pessoa terá que deixá-las por resolução pessoal ou por ordem alheia. Umas vezes a abandonará o homem coagido pela impossibilidade de continuar o que começou, e isto acontece em situações diversas; outras vezes por obediência à ordem do superior. Aliás, neste caso, se as continuar, não terá merecimento algum e cometerá até uma falta.

Como percebes, as mortificações são coisas finitas e como tais hão de ser praticadas. São meios, não finalidade. Quem as assume como finalidade, sentir-se-á vazio quando tiver de abandoná-las. Foi quanto ensinou o glorioso apóstolo Paulo ao vos convidar em sua carta (Cl 3,5) a mortificar o corpo e a destruir a vontade própria, ou seja, a refrear o corpo mortificando a carne, quando ela se opõe ao espírito.

A vontade própria deve ser destruída e submetida à minha. Tal coisa é feita pela virtude do discernimento, como expliquei antes, com o desprezo do pecado e da sensualidade, por efeito do autoconhecimento. Eis a espada que mata e corta todo egoísmo; eis os servidores que não me apresentam somente 'palavras', mas ações. Eles formam o meu prazer. É em tal sentido que afirmava eu que desejo poucas palavras e muitas ações!

Ao dizer muitas, não me refiro à quantidade. É o desejo da alma, alicerçado no amor que vivifica as virtudes, que há de atingir o infinito. Também não quis manifestar desprezo pela palavra! Apenas afirmei que desejava 'poucas palavras', a indicar que todas as ações externas são finitas. Indiquei-as com o termo poucas, mas elas bem que me agradam quando são feitas como meios para adquirir a virtude, sem a conotação de objetivo principal.

Não se deve considerar como mais perfeito o grande penitente que aflige o seu corpo, ao fazer a comparação com alguém que se mortifica menos. Como já disse, seu merecimento não está nisso. Se assim fosse, mal estaria quem por razões legítimas não pode fazer atos de penitência externa e vive unicamente na prática do amor, sob a luz do discernimento, sem poder agir diversamente. O discernimento leva o homem a amar-me sem limites, sem restrições, já que sou a Verdade suma e eterna. É relativamente ao amor ao próximo que o discernimento impõe limites e formas de amar.

Ao brotar da caridade, o discernimento faz amar o próximo ordenadamente. Pela caridade exercida com retidão, ninguém pode pecar, prejudicando-se sob pretexto de ser útil aos outros. Não seria caridade com discernimento se alguém cometesse um só pecado para salvar o mundo inteiro do inferno ou para adquirir um grande ato de virtude. Seria falta de discernimento, pois é ilícito fazer uma grande ação virtuosa ou beneficente através de um ato pecaminoso.

O verdadeiro discernimento ordena-se da seguinte forma: faz o homem orientar todas as suas faculdades a me servirem com virilidade e solicitude; amar o próximo realmente, mesmo sacrificando mil vezes a vida corporal, se fosse possível, para a salvação alheia; suportar dificuldades e aflições para que o outro possua a vida da graça; colocar os seus bens materiais a serviço do outro. Eis quanto realiza o discernimento na medida em que procede do amor.

Compreendes, assim, que o homem que deseja ter a graça, com discernimento tributar-me-á amor infinito, sem restrições; quanto ao próximo, ter-lhe-á juntamente com esse amor infinito uma caridade ordenada, não se prejudicando com pecados sob pretexto de ajudá-lo. A esse respeito vos advertiu São Paulo (1Cor 13,1ss), que a caridade deve começar por si mesmo, pois de outra forma não seria de perfeita utilidade para os demais.

No caso de imperfeição interior, imperfeitas serão as obras feitas para si e para o próximo. Não é certo que alguém para salvar pessoas finitas e criadas por mim, viesse a ofender-me enquanto Bem infinito. Seria mais grave e de maiores proporções a culpa que o efeito decorrente. Por motivo algum, portanto, deves cometer o pecado. Sabe disto a caridade verdadeira, a qual possui a iluminação do discernimento santo.

O discernimento é uma luz que dissolve a escuridão, afasta a ignorância e alimenta as virtudes, bem como as ações externas que conduzem à virtude. Ele constitui uma atitude prudente que não padece enganos, uma atitude perseverante que não pode ser vencida. O discernimento estende-se do céu à terra, isto é, do conhecimento do meu ser até o conhecimento do próprio ser, do meu amor ao amor pelo próximo. E sempre com humildade. Prudentemente ele evita e sai ileso de todos os laços do demônio e dos homens. Sem outras armas além da paciência, ele superou o demônio. Mediante essa doce e gloriosa iluminação, a carne reconheceu a própria fraqueza; desprezou-se; venceu o mundo; submeteu-o a um amor maior; envileceu-o; como senhor, dele fez caçoada!

Devido ao discernimento, os seguidores do mundo são incapazes de destruir as virtudes internas; ao contrário, suas perseguições até as fazem aumentar, servindo-lhes de prova. Como indiquei, as virtudes são concebidas interiormente no amor e depois se revelam, exteriorizam-se através do próximo. Assim, se as virtudes não se mostrarem, agindo exteriormente no tempo da perseguição, é sinal de que não se tratava de verdadeira virtude interna.

Já disse e expliquei que uma virtude não será perfeita, nem frutificará, senão em benefício dos homens. Acontece como para a mulher que concebeu um filho; enquanto não der à luz a criança, de modo que a veja a sociedade, seu marido não dirá que tem um filho. Sucede o mesmo comigo, esposo da alma; até que a pessoa não exteriorize sua virtude no amor do homem, revelando-a de acordo com as urgências em geral ou em particular, afirmo que na realidade não é interiormente virtuosa. O mesmo afirmo quanto aos vícios, pois todos eles são cometidos contra os homens.

(Excertos da obra 'O Diálogo', de Santa Catarina de Sena)

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

O SANTO ROSÁRIO EM LATIM


🙏 Orationes ab Inítio Rosarii Dicendæ (Orações para Iniciar o Rosário)

Per signum Sanctæ Crucis ✠ de inímicis nostris ✠ líbera nos, Deus noster ✠. 
In nómine Patris, et † Fílii, et Spíritus Sancti. Amen.

Confíteor (Confissão)

Confíteor Deo omnipoténti, beátæ Maríæ semper Vírgini, beáto Michaéli Archángelo, beáto Joánni Baptístæ, sanctis Apóstolis Petro et Paulo, ómnibus Sanctis, et tibi, pater: quia peccávi nimis cogitatióne, verbo et opere: mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa. Ideo precor beátam Maríam semper Vírginem, beátum Michaélem Archángelum, beátum Joánnem Baptístam, sanctos Apóstolos Petrum et Paulum, omnes Sanctos, et te, pater, orare pro me ad Dóminum, Deum nostrum. Amen.

Sýmbolum Apostolórum (Credo dos Apóstolos)

Credo in Deum, Patrem omnipoténtem, Creatórem cœli et terræ. Et in Jesum Christum, Fílium ejus únicum, Dóminum nostrum: qui concéptus est de Spíritu Sancto, natus ex María Vírgine, passus sub Póntio Piláto, crucifíxus, mórtuus, et sepúltus: descéndit ad ínferos; tértia die resurréxit a mórtuis; ascéndit ad cœlos; sedet ad déxteram Dei Patris omnipoténtis: inde ventúrus est judicáre vivos et mórtuos. Credo in Spíritum Sanctum, sanctam Ecclésiam cathólicam, Sanctórum communiónem, remissiónem peccatórum, carnis resurrectiónem, vitam ætérnam. Amen.

1 Pater Noster

Pater noster, qui es in cœlis, sanctificétur nomen tuum: advéniat regnum tuum: fiat volúntas tua, sicut in cœlo et in terra. Panem nostrum quotidiánum da nobis hódie: et dimítte nobis débita nostra, sicut et nos dimíttimus debitóribus nostris: et ne nos indúcas in tentatiónem: sed líbera nos a malo. Amen.

3 Ave María

Ave María, grátia plena; Dóminus tecum: benedícta tu in muliéribus, et benedíctus fructus ventris tui Jesus. Sancta María, Mater Dei, ora pro nobis peccatóribus, nunc et in hora mortis nostræ. Amen.

Gloria

Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in princípio, et nunc, et semper, et in sǽcula sæculórum. Amen.

Orátio Fátima

O mi Jesu, dimítte nobis, líbera nos ab ígne inférni, allévá ánimas Purgatórii, præsértim illas quæ máxime relíctæ sunt.

🙏 Meditationes Rosarii (Meditações do Rosário)

I. Mystéria Gaudiósa (Mistérios Gozosos- segundas e quintas)

Primo, Beátæ Maríæ Vírginis anuntiatiónem contemplámur, et humílitas pétitur (Pater Noster, 10 Ave María, Gloria et Oratio Fatima).
Secúndo, Beátæ Maríæ Vírginis visitatiónem contemplámur, et cháritas ad fratres pétitur (Pater Noster, 10 Ave María, Gloria et Oratio Fatima).
Tértio, Dómini Nostri Jesu Christi nativitátem contemplámur, et paupertátis spíritus pétitur (Pater Noster, 10 Ave María, Gloria et Oratio Fatima).
Quárto, Dómini Nostri Jesu Christi presentatiónem in templo contemplámur, et obediéntia pétitur (Pater Noster, 10 Ave María, Gloria et Oratio Fatima).
Quínto, Dómini Nostri Jesu Christi inventiónem in templo contemplámur, et Deum inquæréndi volúntas pétitur. (Pater Noster, 10 Ave María, Gloria et Oratio Fatima).

II. Mystéria Dolorósa (Mistérios Dolorosos - terças e sextas)

Primo, Dómini Nostri Jesu Christi oratiónem in horto contemplámur, et dolor pro peccátis nostris pétitur (Pater Noster, 10 Ave María, Gloria et Oratio Fatima).
Secúndo, Dómini Nostri Jesu Christi flagellatiónem contemplámur, et córporum nostrórum mortificátio pétitur (Pater Noster, 10 Ave María, Gloria et Oratio Fatima).
Tértio, Dómini Nostri Jesu Christi spinis coronatiónem contemplámur, et supérbiæ mortificátio pétitur (Pater Noster, 10 Ave María, Gloria et Oratio Fatima).
Quárto, Dómini Nostri Jesu Christi crucis bajulatiónem contemplámur, et patiéntia in tribulatiónibus pétitur (Pater Noster, 10 Ave María, Gloria et Oratio Fatima).
Quínto, Dómini Nostri Jesu Christi crucifixiónem et mortem contemplámur, et sui ipsíus donum ad animárum redemptiónem pétitur (Pater Noster, 10 Ave María, Gloria et Oratio Fatima).

III. Mystéria gloriósa (Mistérios Gloriosos- quatas, sábados e domingos)

Primo, Dómini Nostri Jesu Christi resurrectiónem contemplámur, et fides pétitur (Pater Noster, 10 Ave María, Gloria et Oratio Fatima).
Secúndo, Dómini Nostri Jesu Christi in cœlum ascensiónem contemplámur, et spes pétitur (Pater Noster, 10 Ave María, Gloria et Oratio Fatima).
Tértio, Spíritus Sancti descensiónem contemplámur, et cháritas ad Deum pétitur (Pater Noster, 10 Ave María, Gloria et Oratio Fatima).
Quárto, Beátæ Maríæ Vírginis in cœlum assumptiónem contemplámur, et bene moriéndi grátia pétitur (Pater Noster, 10 Ave María, Gloria et Oratio Fatima).
Quínto, Beátæ Maríæ Vírginis coronatiónem contemplámur, et fidúcia in María Regína Nostra pétitur (Pater Noster, 10 Ave María, Gloria et Oratio Fatima).


🙏 Orationes ad Finem Rosarii Dicendæ (Orações para Terminar o Rosário)

Memoráre (Lembrai-Vos)

Memoráre, O piíssima Virgo María, non esse auditum a sǽculo, quémquam ad tua curréntem præsídia, tua implorántem auxília, tua peténtem suffrágia, esse derelíctum. Ego tali animátus confidéntia, ad te, Virgo Vírginum, Mater, curro, ad te vénio, coram te gemens peccátor assísto. Noli, Mater Verbi, verba mea despícere; sed áudi propítia et exáudi. Amen.

Sub tuum præsídium (Sob Vosso Amparo)

Sub tuum præsídium confúgimus, sancta Dei Génetrix; nostras deprecatiónes ne despícias in necessitátibus; sed a perículis cunctis líbera nos semper, Virgo gloriósa et benedícta. Amen.

Magníficat

Magníficat †ánima mea Dóminum. Et exsultávit spíritus meus: in Deo, salutári meo. Quia respéxit humilitátem ancíllæ suæ: ecce enim ex hoc beátam me dicent omnes generatiónes. Quia fecit mihi magna, qui potens est: et sanctum nomen ejus. Et misericórdia ejus, a progénie in progénies: timéntibus eum. Fecit poténtiam in bráchio suo: dispérsit supérbos mente cordis sui. Depósuit poténtes de sede: et exaltávit húmiles. Esuriéntes implévit bonis: et dívites dimísit inánes. Suscépit Ísraël púerum suum: recordátus misericórdiæ suæ. Sicut locútus est ad patres nostros: Ábraham, et sémini ejus in sǽcula.

Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in princípio, et nunc, et semper, et in sǽcula sæculórum. Amen.

Salve Regina (Salve Rainha)

Salve Regína, Mater misericórdiæ, vita, dulcédo, et spes nostra, salve. Ad te clamámus éxsules fílii Evæ. Ad te suspirámus, geméntes et fléntes in hac lacrimárum valle. Eja, ergo, Advocáta nostra, illos tuos misericórdes óculos ad nos convérte. Et Jesum, benedíctum fructum ventris tui, nobis post hoc exílium osténde. O clemens, O pia, O dulcis Virgo María. Amen.

℣. Ora pro nobis, Sancta Dei Génetrix.
℞. Ut digni efficiámur promissiónibus Christi.

Orémus

Deus, cujus Unigénitus per vitam, mortem et resurrectiónem suam nobis salútis ætérnæ prǽmia comparávit: concéde, quǽsumus; ut, hæc mystéria sacratíssimo beátæ Maríæ Vírginis Rosário recoléntes, et imitémur, quod cóntinent, et quod promíttunt, assequámur. Per eundem Christum Dóminum nostrum. Amen.

Litaníæ Lauretanæ 


℣. Kýrie, eléison.
℞. Kýrie, eléison.
℣. Christe, eléison.
℞. Christe, eléison.
℣. Kýrie, eléison.
℞. Kýrie, eléison.

℣. Christe, audi nos.
℞. Christe, audi nos.
℣. Christe, exáudi nos.
℞. Christe, exáudi nos.

℣. Pater de cœlis Deus,
℞. Miserére nobis.
℣. Fílii Redemptor mundi Deus,
℞. Miserére nobis.
℣. Spíritus Sancte Deus,
℞. Miserére nobis.
℣. Sancta Trinitas, unus Deus,
℞. Miserére nobis.

℣. Sancta María,
℞. Ora pro nobis.
℣. Sancta Dei Genétrix,
℞. Ora pro nobis.
℣. Sancta Virgo vírginum,
℞. Ora pro nobis.
℣. Mater Christi,
℞. Ora pro nobis.
℣. Mater Ecclésiæ,
℞. Ora pro nobis.
℣. Mater Divínæ grátiæ,
℞. Ora pro nobis.
℣. Mater puríssima,
℞. Ora pro nobis.
℣. Mater castíssima,
℞. Ora pro nobis.
℣. Mater invioláta,
℞. Ora pro nobis.
℣. Mater intemeráta,
℞. Ora pro nobis.
℣. Mater amábilis,
℞. Ora pro nobis.
℣. Mater admirábilis,
℞. Ora pro nobis.
℣. Mater boni Consílii,
℞. Ora pro nobis.
℣. Mater Creatóris,
℞. Ora pro nobis.
℣. Mater Salvatóris,
℞. Ora pro nobis.
℣. Mater Eucharistíæ,
℞. Ora pro nobis.
℣. Virgo prudentíssima,
℞. Ora pro nobis.
℣. Virgo veneránda,
℞. Ora pro nobis.
℣. Virgo prædicánda,
℞. Ora pro nobis.
℣. Virgo humílima.
℞. Ora pro nobis.
℣. Virgo potens,
℞. Ora pro nobis.
℣. Virgo clemens,
℞. Ora pro nobis.
℣. Virgo fidélis,
℞. Ora pro nobis.
℣. Spéculum justítiæ,
℞. Ora pro nobis.
℣. Sedes sapiéntiæ,
℞. Ora pro nobis.
℣. Causa nostræ lætítiæ
℞. Ora pro nobis.
℣. Vas spirituále,
℞. Ora pro nobis.
℣. Vas honorábile,
℞. Ora pro nobis.
℣. Vas insígne devotiónis,
℞. Ora pro nobis.
℣. Rosa mýstica,
℞. Ora pro nobis.
℣. Turris Davídica,
℞. Ora pro nobis.
℣. Turris ebúrnea,
℞. Ora pro nobis.
℣. Domus áurea,
℞. Ora pro nobis.
℣. Fœ́deris arca,
℞. Ora pro nobis.
℣. Jánua cœli,
℞. Ora pro nobis.
℣. Stella matutína,
℞. Ora pro nobis.
℣. Salvatiónis arca,
℞. Ora pro nobis.
℣. Mýstica cívitas Dei,
℞. Ora pro nobis.
℣. Adorátrix perpétuam Jesus Eucharistíæ.
℞. Ora pro nobis.
℣. Salus infirmórum,
℞. Ora pro nobis.
℣. Refúgium peccatórum,
℞. Ora pro nobis.
℣. Consolátrix afflictórum,
℞. Ora pro nobis.
℣. Auxílium Christianórum,
℞. Ora pro nobis.
℣. Corredemptóra humáni géneris.
℞. Ora pro nobis.
℣. Mediátrix ómnia gratiárum.
℞. Ora pro nobis.
℣. Terror dæmónium,
℞. Ora pro nobis.
℣. Exterminátrix ómnia heresíæ.
℞. Ora pro nobis.
℣. Regína Immaculáta,
℞. Ora pro nobis.
℣. Regína Angelórum,
℞. Ora pro nobis.
℣. Regína Patriarchárum,
℞. Ora pro nobis.
℣. Regína Prophetárum,
℞. Ora pro nobis.
℣. Regína Apostolórum,
℞. Ora pro nobis.
℣. Regína Mártyrum,
℞. Ora pro nobis.
℣. Regína Confessórum,
℞. Ora pro nobis.
℣. Regína Vírginum,
℞. Ora pro nobis.
℣. Regína Sanctórum ómnium,
℞. Ora pro nobis.
℣. Regína sine labe origináli concépta,
℞. Ora pro nobis.
℣. Regína in cœlum assúmpta,
℞. Ora pro nobis.
℣. Regína Sanctíssimi Rosárii,
℞. Ora pro nobis.
℣. Regína clérici,
℞. Ora pro nobis.
℣. Regína Ecclésiæ,
℞. Ora pro nobis.
℣. Regína famíliæ,
℞. Ora pro nobis.
℣. Regína pacis,
℞. Ora pro nobis.

℣. Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi.
℞. Párce nobis, Dómine.
℣. Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi.
℞. Exáudi nos, Dómine.
℣. Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi.
℞. Miserére nobis.

℣. Ora pro nobis, Sancta Dei Génetrix,
℞. Ut digni efficiámur promissiónibus Christi.

Orémus:
Concéde nos fámulos tuos, quǽsumus, Dómine Deus, perpétua mentis et córporis sanitáte gaudére: et, gloriósa beátæ Maríæ semper Vírginis intercessióne, a præsénti liberári tristítia, et ætérna pérfrui lætítia. Per Christum Dóminum nostrum. Amen.

In nómine Patris, † et Fílii, et Spíritus Sancti. Amen.

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

A VIDA OCULTA EM DEUS: REALIDADE DA POSSE DE DEUS


O que temos que repetir muitas vezes, embora seja surpreendente e, à primeira vista, até mesmo intrigante, é que essa posse de Deus pela alma é a coisa mais real que existe no mundo. Existem algumas almas que podem dizer verdadeiramente: 'Deus está em mim'. E não há nenhum exagero ou ilusão nisso. Essa fala é a expressão fiel da realidade. É verdade que essa posse de Deus tem graus muito diferentes. Mas há um pano de fundo comum a todos eles, bem traduzido pelo Cântico dos Cânticos: 'Meu bem amado é meu'. Antes, a alma interior desejava a Deus. Procurava, escutava, vislumbrava a sua presença e tinha até a percepção de estar muito perto dEle  e Ele muito perto dela, no mais íntimo de si mesma. Mas entre buscar a Deus e depois encontrá-lo e, acima de tudo, possuí-lo, existe um abismo. São coisas muito diferentes, e essa diferença que existe entre estas coisas é tudo.

Se Deus está na alma, a alma também está em Deus. A alma se entrega, Deus a aceita, toma posse dela e a alma interior tem a percepção dessa realidade. A alma não perde nem a sua natureza e nem a sua personalidade. Entretanto, não mais se pertence. Ela cedeu de bom grado os seus direitos de propriedade, e outro a exerce em seu lugar. E esse outro é o próprio Deus e essa doação, longe de empobrecê-la, enriquece ainda mais a alma, que passa a produzir frutos de que não julgava ser capaz. Ela os saboreia então à vontade e experimenta neles um sabor de eternidade. Mas, acima de tudo, experimenta uma sensação de libertação total, de verdadeira liberdade, que a consome em êxtases de alegria. Esta é a liberdade dos filhos de Deus. Sofremos tanto porque queremos pertencer sempre a nós mesmos! Somos verdadeiramente felizes quando somos inteiramente de Deus: Eu vivo pelo meu Bem Amado, e o meu Bem Amado é meu.

Quanto mais Deus me possui, mais tenho Deus em mim. Todas as suas riquezas me pertencem. Eu compartilho de sua ciência, de sua sabedoria, do seu poder, de sua bondade. Ninguém pode entender essa misteriosa comunidade de posses. É uma espécie de igualdade ou, melhor ainda, de unidade e a alma percebe muito claramente a sua inserção divina. Está imersa em Deus, é Deus no sentido do que isso seria possível para uma pobre criatura humana. E não contente em fazê-la comungar assim da sua natureza e da sua vida íntima, Deus a faz participar em certos momentos do governo do mundo. O conselho que reúne a Divina Trindade celebra-se também nela e a alma dele compartilha enlevada de muda admiração.

(Excertos da obra 'A Vida Oculta em Deus', de Robert de Langeac; Parte III - A União com Deus; tradução do autor do blog)

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

O QUE PODE SER MAIS ODIOSO QUE O RESPEITO HUMANO?

Não há nada, meus irmãos, de mais glorioso e de mais honrável para um cristão do que carregar o nome sublime de filho de Deus, de irmão de Jesus Cristo. Da mesma forma, não há nada de mais infame do que ter vergonha de manifestar isso todas as vezes que surge a ocasião. Não, meus irmãos, não nos admiremos ao ver os hipócritas demonstrarem o quanto podem um exterior de piedade para atrair sobre si a estima e os louvores do homem, enquanto que seus pobres corações são devorados pelo pecado mais infame.

Estes cegos gostariam de gozar das honras que estão inseparáveis da virtude, sem ter o trabalho de praticá-las. Além do mais, não nos admiremos ainda menos ao ver bons cristãos esconder o tanto quanto podem suas boas obras aos olhos do mundo, temendo que a glória inútil se insinue em seu coração e que os vãos aplausos dos homens lhes façam perder o mérito e a recompensa delas.

Entretanto, meus irmãos, onde encontraremos uma covardia mais criminosa e uma abominação mais detestável que, professando crer em Jesus Cristo, na primeira ocasião violamos as promessas que lhe fizemos sobre as fontes sagradas do batismo? Ah! infelizmente, o que nos tornamos? Quem é Aquele que renegamos? Aí de mim! Abandonamos nosso Deus, nosso Salvador, para nos dispor entre os escravos do demônio, que nos engana e que busca apenas nossa perda e nossa infelicidade eterna. Ó! maldito respeito humano! Como tu arrastas almas para o inferno!

Com efeito, em que acabou toda a fúria dos perseguidores da Igreja, dos Neros, dos Maximianos, dos Dioclecianos, e de tantos outros que acreditaram que, pela força de suas armas, eles conseguiriam fazê-la desaparecer da terra? Ocorreu totalmente o contrário, o sangue de tantos mártires serviu, como diz Tertuliano, apenas para fazer florescer a religião mais do que nunca, e seu sangue parecia uma semente que produzia o cêntuplo.

Infelizmente! Que lhes fizestes esta bela e santa religião para eles a perseguirem tanto, visto que somente ela pode tornar o homem feliz sobre a terra? Infeliz deles! Quantas lágrimas e quantos gritos eles lançam agora nos infernos, aonde eles reconheceram tão claramente que esta religião, contra a qual eles se lançaram, tê-los-ia conduzido ao céu. Entretanto, lamentos inúteis e supérfluos!

Vejam ainda estes outros ímpios que fizeram tudo o que podiam para destruir nossa santa religião por seus escritos, tais como Voltaire, Jean-Jacques Rousseau, Diderot, d’Alembert, Volney e tantos outros, que passaram suas vidas apenas a vomitar por seus escritos tudo o que o demônio podia lhes inspirar. Ai deles! Eles fizeram muito mal, é verdade; eles perderam almas, arrastaram muitas delas com eles para os infernos; mas eles não puderam destruir a religião como eles acreditavam; eles se chocaram contra esta pedra sobre a qual Jesus Cristo edificou sua Igreja e que deverá durar até o fim do mundo.

Onde estão agora estes pobres ímpios? Infelizmente, no inferno, aonde eles choram sua desgraça e a de todos aqueles que eles arrastaram com eles. Não falemos nada ainda, meus irmãos, destes últimos ímpios, que, sem se mostrar abertamente como inimigos da religião, visto que eles praticam ainda alguns pontos exteriores dela, mas que, apesar disso, vocês ouvem de tempos em tempos fazerem pequenas chacotas sobre a virtude ou a piedade daqueles que eles não têm a coragem de imitar.

Digam-me, meu amigo, que lhe fez esta religião que você recebeu de seus ancestrais, que a praticaram tão fielmente diante de seus olhos, que lhe disseram tantas vezes que somente ela poderia gerar a felicidade do homem sobre a terra, e que, a abandonando, poderíamos ser somente como desgraçados? E onde você pensa, meu amigo, que sua pequena impiedade o conduzirá? Infelizmente, meu amigo, para o inferno, para fazer você chorar tua cegueira.

Não falemos nada ainda destes cristãos que são cristãos apenas de nome, que cumprem seu dever de cristãos de um modo tão miserável que eles lhes fariam morrer de compaixão. Vejamos um deles, durante sua oração feita com aborrecimento, dissipação, desrespeito. Vejamo-los na igreja, sem devoção; o ofício começa sempre mais cedo, e acaba sempre tarde demais; o padre ainda não desceu do altar, e eles já estão do lado de fora.

Quanto à frequência aos sacramentos, não temos que falar sobre isso: se eles se aproximam deles por vezes, é com certa indiferença que anuncia que eles não conhecem de forma alguma o que eles estão fazendo. Tudo o que tem relação com o serviço de Deus é feito com um desgosto assustador. Meu Deus! Quantas almas perdidas para sempre! Ó meu Deus! Como o número daqueles que entrarão no reino dos céus é pequeno, visto que há tão poucos que fazem o que devem para merecê-lo.

Entretanto, vocês me dirão agora: Quem são, portanto, aqueles que se tornam culpáveis de respeito humano? Meus irmãos, escutem-me um instante, e ireis saber. Inicialmente, dir-lhes-ei com São Bernardo, que de qualquer lado que consideramos o respeito humano, que é a vergonha de cumprir seus deveres de religião por causa do mundo, todos nos mostram o desprezo e a cegueira.

Digo, meus irmãos, que a vergonha de fazer o bem, o medo de ser desprezado ou de ser repreendido por alguns ímpios infelizes, ou alguns ignorantes, é um desprezo terrível que fazemos da presença do bom Deus, diante do qual estamos e que poderia no mesmo instante nos lançar no inferno. Por que é, meus irmãos, que estes maus cristãos ficam bravos com vocês e fazem de vossa devoção algo ridículo? Infelizmente, meus irmãos, eis a verdadeira razão: é porque não tendo a força de fazer o que vocês fazem, vocês incitam o remorso de suas consciências; entretanto, estejam certos de que no coração, eles não vos desprezam, ao contrário, eles vos estimam muito.

Quando eles precisam de um bom conselho ou de pedir uma graça junto do bom Deus, não é àqueles que agem como eles que eles irão recorrer, mas àqueles que eles repreenderam, ao menos em palavras. Você tem vergonha, meu amigo, de servir ao bom Deus temendo ser desprezado? Contudo, meu amigo, olhe então Aquele que morreu sobre esta cruz, pergunte-lhe então se Ele teve vergonha de ser desprezado, e de morrer do modo mais vergonhoso sobre esta cruz infame.

Ah! Como somos ingratos com Deus. Ó, meu Deus! Como o homem é cego e desprezível ao temer um miserável, o que dirão disso, e não temer ofender um Deus tão bom. Em segundo lugar: digo que o respeito humano nos faz desprezar todas as graças que o bom Deus nos mereceu por sua morte e sua paixão. Sim, meus irmãos, pelo respeito humano, aniquilamos todas as graças que o bom Deus nos tinha destinado para nos salvar. Ó maldito respeito humano, como arrastas almas para o inferno! Em terceiro lugar: digo que o respeito humano contém a cegueira mais desprezível. Infelizmente, não prestamos atenção ao que perdemos.

Ah! meus irmãos, que infelicidade para nós; nós perdemos nosso Deus, que ninguém nunca poderá substituir. Nós perdemos o céu com todos os seus bens e seus prazeres! Mas há outra desgraça: é que tomamos o demônio como nosso pai, e o inferno com todos os seus tormentos como nossa herança e nossa recompensa. Trocamos nossas doçuras e nossas alegrias eternas por sofrimentos e lágrimas. Meu Deus, ainda podemos continuar a pensar e viver como escravos do mundo?

(Dos Sermões de São João Maria Vianney, o Cura D'Ars)

terça-feira, 16 de novembro de 2021

ORAÇÃO: QUEM TERRA, PONTUS, AETHERA

Este hino devocional a Nossa Senhora é atribuído a Venantius Fortunatus (530-609), bispo de Poitiers, sendo comumente utilizado nas leituras da Liturgia das Horas e na prática diária no Pequeno Ofício da Bem Aventurada Virgem Maria, em geral sem a terceira estrofe. A sequência final do hino original - conhecida como O Gloriosa Domina - é comumente considerada atualmente como um hino adicional.

Quem terra, pontus, aethera¹
colunt, adorant, praedicant,
trinam regentem machinam
claustrum Mariae baiulat.

O Deus a quem terra, céu e mar
adoram, louvam e glorificam,
como regente dessa tripla trama,
vem habitar o ventre de Maria.

Cui Luna, Sol, et omnia
deserviunt per tempora,
perfusa caeli gratia,
gestant Puellae viscera.

Aquele a quem a lua, o sol, e todas as coisas
foram feitas pelos tempos,
incensado em divinas graças, 
semeia o ventre da Virgem.

[Mirantur ergo saecula,
quod angelus fert semina,
quod aure virgo concipit
et corde credens parturit].

[E os séculos se prostram extasiados
diante um anjo a portar sementes
e que uma virgem possa conceber 
e dar a luz por crer de todo o coração].

 Beata Mater, munere,
cuius supernus Artifex,
mundum pugillo continens,
ventris sub arca clausus est.

Ó bendita Mãe que se doa
ao supremo Artífice Divino,
que do poder sobre todo o universo,
digna-se repousar nesta Arca Santa.

Beata caeli nuntio,
fecunda Sancto Spiritu,
desideratus Gentibus,
cuius per alvum fusus est.

Ó bendita a quem o Céu anunciou
e o Espírito Santo fecundou,
ansiada por todas as nações,
pelo fruto do seu ventre.

Iesu, Tibi sit gloria,
qui natus es de Virgine,
cum Patre, et almo Spiritu,
in sempiterna saecula. Amen.

A Jesus, seja dada toda a glória,
Aquele que nasceu da Virgem Maria,
com o Pai e o Santo Espírito,
pelos séculos dos séculos. Amém.

¹ sidera (alteração feita pelo Papa Urbano VIII em 1632 para o Breviário Romano)

(tradução do autor do blog)

domingo, 14 de novembro de 2021

EVANGELHO DO DOMINGO

 

'Guardai-me, ó Deus, porque em Vós me refugio!' (Sl 15)

 14/11/2021 - Trigésimo Terceiro Domingo do Tempo Comum

51. 'AS MINHAS PALAVRAS NÃO PASSARÃO'


Neste 33º Domingo do Tempo Comum, período final do Ano Litúrgico de 2021, os Evangelhos enfatizam de forma especial os últimos acontecimentos que consolidam a obra redentora de Cristo - os novíssimos dos homens, morte, juízo particular e juízo universal: 'Lembra-te dos teus Novíssimos, e jamais pecarás' (Ecl 7, 40). Na obra salvífica de Cristo, ornada pelos mistérios insondáveis de tantas graças e misericórdias, imprime-se também o selo da justiça divina.

Em continuação às profecias da derrocada completa do Templo de Jerusalém tão próxima, Jesus vai associar profecias muitíssimo mais terríveis relativas à consumação dos séculos, em tempos bem mais remotos: 'Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas' (Mc 13, 24 - 25). A glória dos eleitos e a condenação dos ímpios será precedida por eventos espantosos, capazes de alterar o próprio equilíbrio da terra e que também antecedem a segunda vinda do Senhor: 'Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória' (Mc 13, 26).

Em meio às convulsões da terra em fúria, todos os poderes da natureza serão abalados, inclusive a atmosfera e o céu material: 'O céu e a terra passarão' (Mc 13, 31). Este dia terrível que 'será um tempo de angústia, como nunca houve até então, desde que começaram a existir nações' (Dn 12,1) somente é conhecido pelo Pai: 'nem o Filho' não significa que, sendo Deus, este dia é desconhecido por Jesus, mas que, na condição humana, Jesus não poderia revelar esta verdade aos homens. Entretanto, todos os homens precavidos e vigilantes poderão compreender os seus sinais iminentes, tal como a floração da figueira indica a proximidade do verão.

Quando da sua vinda gloriosa, Jesus julgará todas as nações, povos e homens, de acordo com as suas santas prescrições: 'as minhas palavras não passarão' (Mc 13, 31). E, então, nestes tempos tremendos do fim, os anjos reunirão os eleitos dos 'quatro cantos da terra' e eles, alvejados pela graça e pela fé, renascerão triunfantes para todo o sempre como filhos de Deus Altíssimo porque 'os que tiverem ensinado a muitos homens os caminhos da virtude brilharão como as estrelas, por toda a eternidade' (Dn 12, 3).