sábado, 1 de junho de 2019

PRIMEIRO SÁBADO DE JUNHO


Mensagem de Nossa Senhora à Irmã Lúcia, vidente de Fátima: 
                                                                                                                           (Pontevedra / Espanha)

‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem*, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’
* Com base em aparições posteriores, esclareceu-se que a confissão poderia não se realizar no sábado propriamente dito, mas antes, desde que feita com a intenção explícita (interiormente) de se fazê-la para fins de reparação às blasfêmias cometidas contra o Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado seguinte.

sexta-feira, 31 de maio de 2019

SOBRE A MANSIDÃO E A SIMPLICIDADE DA ALMA

Antes do sol, sai a luz da manhã e à humildade precede a mansidão, como nos declarou a mesma luz, que é o Senhor, quando disse: 'Aprendei de mim que sou manso e humildade de coração'. Justo é, pois, e conforme a ordem natural, gozar da luz antes do sol, pois a este ninguém pode ver se primeiro não vê esta luz;

Mansidão é conservar a alma em um mesmo estado sem perturbação alguma, quer nas honras, quer nos desgostos. Mansidão é, nas perturbações e aflições do próximo, fazer oração por ele com suma compaixão. Mansidão é firmeza da paciência, porta da caridade, ministra do perdão, confiança na oração, argumento de discrição. Porque o Senhor, como diz o profeta, ensinará aos mansos seus caminhos.

Mansidão é aposento do Espírito Santo, segundo aquilo que está escrito: 'Sobre quem repousará meu espírito senão sobre o humilde e manso e que trema de minhas palavras?' Mansidão é ajudadora da obediência, guia dos irmãos, freio dos furiosos, vínculo dos irados, ministra de gozo, imitação de Jesus Cristo, condição de anjos, prisão de demônios e escudo contra as amarguras do coração.

O Senhor repousa nos corações dos mansos, mas a alma do furioso é aposento do inimigo. Os mansos herdarão a terra ou, para melhor dizer, serão senhores dela. Mas os homens loucos e furiosos serão destruídos e desprezados dela. A alma mansa é filha da simplicidade, mas a alma irada é casa e aposento de malícias. A alma do manso receberá as palavras da sabedoria, porque o Senhor guiará no juízo os mansos ou, para melhor dizer, na virtude da discrição. A causa disto é que a alma quieta e tranquila está muito disposta e aparelhada para ser dirigida e iluminada pelo Espírito Santo. A alma reta é familiar, companheira e esposa da humildade.

Mas a má é filha moça e louca da soberba. As almas dos mansos serão cheias de sabedoria mas, nas almas dos irados, moram as trevas e a ignorância. O irado e o dissimulado se encontram e não se acha palavra reta entre eles. Se abrires o coração do primeiro, acharás loucura. Se abrires o do segundo, acharás maldade.

A simplicidade é um hábito e disposição da alma, que carece de variedade e não sabe que coisa é perversa intenção, nem é movido com algum mau pensamento. Malícia é astúcia ou, para melhor dizer, maldade e mentira de demônios, porque pecar por malícia é pecar não por fraqueza ou ignorância, mas por eleição e vontade deliberada, como pecam os demônios, que toda a sua astúcia empregam em buscar como fazer maior mal.

Hipocrisia é estado contrário à disposição do corpo e da alma, cheio de suspeitas e más intenções, porque o hipócrita em tudo se contrafaz, querendo parecer outro, suspeitando que os outros sejam como ele. Inocência é disposição e estado da alma, alegre e seguro e livre de toda a suspeita e astúcia porque o verdadeiro inocente, assim como não faz mal a ninguém, assim também não suspeita mal de ninguém.

Fujamos, pois, do despenhadeiro do fingimento e do lago da malícia e astúcia, ouvindo a sentença daquele que disse: 'os que maliciosamente vivem serão destruídos'. Estes, como a verdura das ervas, desfalecerão logo, e serão pasto dos demônios. Assim como Deus é caridade, assim é retidão e igualdade. E por isso, disse o sábio, nos Cânticos, falando com ele: 'os retos são os que te amam'. E o pai deste mesmo sábio disse em um salmo: 'Bom e reto é o Senhor'. E assim diz que salva aos retos de coração. E em outro lugar: 'justo é o Senhor e amante da justiça, e os seus olhos tem postos na retidão e igualdade'.

(Excertos da obra 'A Escada do Céu', por São João Clímaco)

PALAVRAS DE SALVAÇÃO





'Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica. Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos' 

(São Paciano de Barcelona, ano 375)

quinta-feira, 30 de maio de 2019

30 DE MAIO - SANTA JOANA D'ARC


Jeanne D'Arc nasceu em 6 de janeiro de 1412, na aldeia de Domrémy-la-Pucelle (na região da Lorena francesa). Descendente de camponeses analfabetos, apresentou-se, ainda adolescente e em trajes masculinos diante do rei da França Carlos VII, como a enviada por Deus para comandar as tropas francesas para a libertação da cidade de Orleans, então dominada pelos ingleses (os monarcas ingleses dominavam desde o século XI vários territórios franceses e a chamada Guerra dos Cem Anos, que durou na verdade 116 anos (1337 - 1453), foi o conflito sangrento travado entre os dois países, movidos pelo desejo francês de recuperar os territórios perdidos para a Inglaterra). Em face de vários eventos sobrenaturais, tal missão foi concedida e Orleans foi libertada em 9 de maio de 1429. Esta vitória recendeu a esperança das tropas francesas que conseguiram, em seguida, a retomada de vários outros territórios e que culminou com a coroação do rei francês em Reims, em 17 de julho de 1429. 

(coroação do rei Carlos VII e Joana D'Arc à frente das tropas francesas)

No dia 23 de maio de 1430, em Compiègne, Joana D' Arc foi aprisionada e vendida aos ingleses, a preço de ouro. Presa em Rouen, foi julgada numa farsa de processo e condenada à morte na fogueira por heresia. Foi queimada viva em 30 de maio de 1431, com apenas 19 anos de idade, após ter recebido os sacramentos da confissão e da comunhão. Suas cinzas (além do coração que, ao contrário do resto do corpo, permaneceu intacto e cheio de sangue) foram lançadas no Rio Sena, por ordem dos ingleses, para evitar quaisquer cultos futuros de suas relíquias. A revisão da condenação e a invalidação do processo que a julgou ocorreram já na época do Papa Calisto III (1455-1458), mas somente quase quinhentos anos depois, em 1920, é que Joana d'Arc foi canonizada pelo Papa Bento XV e hoje é venerada como a santa padroeira da França.

OREMUS! (150)

A sequência completa destes pensamentos e reflexões é publicada diariamente na Página OREMUS na Biblioteca Digital deste blog.


30 DE MAIO

Non turbetur cor vestrum [Não se perturbe o vosso coração (Jo 14,1)]

'Uma terceira qualidade quereríamos no apóstolo que atende à santificação das almas. Há na Igreja um sopro do Espírito Santo, que convoca ao heroísmo, à dedicação completa. No meio dos espinhos de um mundo novamente pagão, brotam, sempre mais numerosas, flores imaculadas, que recreiam com sua frescura, e encantam com seu perfume: espíritos eleitos, de todas as idades e condições.

Quiséramos que, com uma santa coragem, os sacerdotes soubessem propor os alvos de uma santidade mais elevada. Porque tantas almas caem nas redes do mundo? Por acreditarem achar nele aquilo que faz o objeto de seus anseios; infelizmente tarde demais, percebem elas que os frutos dessa convivência são a inquietação, a dúvida, a tristeza, a desconfiança, o ódio. Sede corajosos!

Sabei tomar pela mão as almas e impeli-las, doce mas firmemente, para Jesus, para a amizade com Ele, para a transformação nEle. Fazei-lhes compreender que, só assim, elas acharão a paz, a fé, a alegria, a esperança, o amor; só assim elas acharão a vida. Sede discretos em começar, constantes em continuar, corajosos em levar a termo' (Pio XII).

(Oremus — Pensamentos para a Meditação de Todos os Dias, do Pe. Isac Lorena, 1963, com complementos de trechos traduzidos do latim pelo autor do blog)

quarta-feira, 29 de maio de 2019

VERSUS: PRIMADOS DA FÉ CATÓLICA X HERESIAS

PRIMADOS DA FÉ CATÓLICA



De tudo o que temos dito, parece evidente que o verdadeiro e autêntico católico é o que ama a verdade de Deus e a Igreja, Corpo de Cristo; aquele que não antepõe nada à religião divina e à fé católica: nem a autoridade de um homem, nem o amor, nem o gênio, nem a eloquência, nem a filosofia; mas que depreciando todas estas coisas e permanecendo solidamente firme na fé, está disposto a admitir e a crer somente aquilo que a Igreja sempre e universalmente tem crido.



HERESIAS

Sabe-se que toda doutrina nova e nunca antes ouvida, insinuada por uma só pessoa, fora ou contra a doutrina comum dos fiéis, não tem nada a ver com a religião, mas que melhor constitui uma tentação, doutrinado nisto especialmente pelas palavras do Apóstolo Paulo: 'É necessário que entre vós haja partidos para que possam manifestar-se os que são realmente virtuosos' (1Cor 11,19). Como se dissesse: Deus não elimina imediatamente os autores de heresias para que se manifestem os que são de uma virtude provada, ou seja, para que apareça em que medida cada um é tenaz, fiel, constante e nele mora a fé católica.



E, verdadeiramente, apenas um vento de novidades começa a soprar, imediatamente se vê como os grãos coalhados de trigo se separam e se distinguem da casca sem peso e, sem grande esforço, é arrancado fora de lá o que não é sustentado por peso algum. Alguns voltam imediatamente; outros, no entanto, transtornados e desalentados, temem perecer, mas se envergonham de regressar, espancados como estão e mais mortos que vivos; parece exatamente como tivessem bebido uma dose de veneno que já não podem eliminar e que, ainda que não lhes mate logo, não lhes permite seguir realmente vivendo.

Situação desgraçada! Quantas violentas aflições, quantas perturbações lhes assaltam! Já se deixam levar pelo erro como um vento impetuoso; já se recolhem em si mesmos como ondas na tempestade e são lançados na praia; outras vezes, com audácia temerária, dão sua conformidade ao que é errado; em outros momentos, sob o impulso de um medo irracional, se espantam até do que é verdade. Não sabem mais onde ir, onde voltar, não sabem o que querem, não sabem do que devem fugir, não sabem o que deve ser mantido e o que, ao contrário, deve ser rechaçado. E se ao menos soubessem que estas dúvidas e esta angústia de um coração vacilante são o remédio que a misericórdia divina lhes preparou!

Por isto precisamente, afastados do porto seguro da fé católica, são sacudidos, golpeados, como imersos na tempestade, para que, recolhidas e amainadas as velas da mente, que estavam estendidas ao largo e desdobradas aos ventos infiéis das novidades, voltem a buscar morada no refúgio confiado de sua mãe boa e tranquila e, uma vez rechaçadas as ondas amargas e alvoroçadas do erro, possam alcançar a fonte de águas vivas e saltitantes e beber dela.

Que 'desaprendam' bem o que não fizeram bem em aprender e que compreendam, de todos os dogmas da Igreja, o que a inteligência pode compreender e o que não pode compreender, que creiam.

(Excertos da obra 'Comonitório - Regras para conhecer a fé verdadeira', de São Vicente de Lerins)

terça-feira, 28 de maio de 2019

VERDADES QUE O CRISTÃO DEVE RECORDAR A CADA DIA

Lembra-te, ó cristão:

o que deves fazer ou o que te pode acontecer no dia de hoje:

 glorificar a Deus
 imitar Jesus Cristo,
invocar a Santíssima Virgem 
honrar o seu Anjo da Guarda
 imitar os Santos
 mortificar o seu corpo
praticar as virtudes
subjugar as paixões
expiar os seus pecados
buscar salvar a sua alma

aproveitar o tempo
edificar o próximo
 desprezar as coisas do mundo
 combater os demônios
fugir do inferno
desejar o Paraíso

padecer  as dores da vida
aceitar o sofrimento como graça
sofrer talvez a morte
enfrentar quem sabe o Juízo Final
viver, enfim, o tempo da eternidade.

(texto original reescrito e readaptado pelo autor do blog)