terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

VERSUS: QUANDO ATÉ OS DEMÔNIOS LOUVAM MARIA


'Ser vosso devoto, ó Virgem Santíssima, é uma arma de salvação que Deus dá, àqueles que quer salvar. Eu poderia repetir aqui várias histórias que provam o que afirmo. Entre outras, primeiro aquela que vem narrada nas crônicas de São Francisco, em que se conta que o santo viu, em êxtase, uma escada enorme, em cujo topo, apoiado no céu, avultava a Santíssima Virgem. E o santo compreendeu que aquela escada ele devia subir para chegar ao céu; segundo a outra, narrada nas crônicas de São Domingos: Quando o santo pregava o rosário nas proximidades de Carcassona, quinze mil demônios, que possuíam a alma de um infeliz herege, foram obrigados, por ordem da Santíssima Virgem, a confessar muitas verdades grandes e consoladoras, referentes à devoção a Maria. E eles, para própria confusão, o fizeram com tanto ardor e clareza que não se pode ler essa autêntica narração e o panegírico, que o demônio, embora a contragosto, fez da devoção mariana, sem derramar lágrimas de alegria, ainda que pouco devoto se seja da Santíssima Virgem'.

(Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria, de São Luís Grignion de Montfort, n.41- 42)


Consta que, em 1823, os padres dominicanos Gassiti e Pignataro encontravam-se em missão paroquial na cidade de Avellino (Itália), quando se depararam com um caso de possessão demoníaca em um menino de apenas 12 anos e analfabeto. Durante o exorcismo ordenaram, em nome de Deus, que o demônio incorporado provasse teologicamente, por meio de um soneto, a Imaculada Conceição da Virgem Maria, questão que, então, agitava todo o ambiente da Igreja. O soneto abaixo, transcrito do original italiano, teria sido a prova concreta de que o demônio, quando instado a agir sob a ordem da graça, é capaz de dizer grandes verdades (mais tarde, em 1854, o dogma da Imaculada Conceição de Maria foi solenemente proclamado pelo papa Pio IX):

Sou verdadeira mãe de um Deus que é filho,
E sou sua filha, ainda ao ser mãe;
Ele de eterno existe e é meu filho,
E eu nasci no tempo e sou sua mãe.

Ele é meu Criador e é meu filho,
E eu sou sua criatura e sua mãe;
Foi divinal prodígio ser meu filho
Um Deus eterno e ter a mim por mãe.

O ser da mãe é quase o ser do filho,
Visto que o filho deu o ser à mãe 
E foi a Mãe que deu o ser ao filho;

Se, pois, do filho teve o ser a mãe,
Ou há de se dizer manchado o filho,
Ou se dirá Imaculada a mãe.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO

Páginas do Evangelho - Quinto Domingo do Tempo Comum


Na missão de testemunhar com nossas vidas o Evangelho de Cristo, somos instados a deixar nos caminhos do mundo a marca característica da fé e dos valores cristãos. Os passos de um cristão marcham para o triunfo da Igreja; os caminhos são forjados pelo amor à Verdade; como peregrinos da eternidade, somos mensageiros e arautos da Boa Nova anunciada por Jesus. Somos cristãos espalhados no mundo mas, desde agora, herdeiros da Pátria Celeste.

Este propósito nos foi delegado por Jesus, no evangelho deste Quinto Domingo Comum: 'Vós sois o sal da terra' (Mt 5, 13). Sal capaz de dar sabor e sentido à vida de todos, em meio às labutas e sofrimentos humanos; sal capaz de conservar os valores e a integridade da Palavra de Deus no mundo afeito às glórias mais passageiras; sal capaz de condimentar o desvario, a vertigem e o entorpecimento de uma humanidade que insiste em se deleitar com a sedução do pecado.

Este legado nos foi outorgado por Jesus uma vez mais: 'Vós sois a luz do mundo' (Mt 5, 14). Luz para refletir no próximo a graça do Espírito Santo distribuída a todos; luz para fazer brilhar a verdade no meio de um mundo dominado pela mentira e pela manipulação dos costumes; luz para dar foco aos que vivem à deriva e acostumados às comodidades dos erros; luz para aniquilar a cegueira e a loucura que ensoberbecem os que tateiam nas trevas do pecado. 

Ai do cristão que, amesquinhado e omisso pelos valores do mundo, não for o sal que salga ou a luz que não ilumina! Como testemunhas do Senhor, mais que vocação, nossa missão no mundo é praticar o bem em todas as nossas ações, dando sabor e sentido à nossa vida e à vida de nossos irmãos, como reflexos diretos da Luz de Cristo, para honra e glória de Deus: 'Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus' (Mt 5, 16).

sábado, 4 de fevereiro de 2017

PRIMEIRO SÁBADO DE FEVEREIRO


Mensagem de Nossa Senhora à Irmã Lúcia, vidente de Fátima: 
                                                                                                                           (Pontevedra / Espanha)

‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’

DEVOÇÃO PARA O SEGUNDO SÁBADO


ATO DE DESAGRAVO
AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

em reparação contra as blasfêmias cometidas contra a virgindade perpétua de Nossa Senhora

Ó Coração Doloroso e Imaculado de Maria, transpassado de dor pelas injúrias com que os pecadores ultrajam vosso santo nome e vossas excelsas prerrogativas; eis prostrado aos vossos pés vosso indigno filho, que, oprimido pelo peso das próprias culpas, vem arrependido vos oferecer este ato de reparação contra as injúrias, blasfêmias, indiferenças e injustiças cometidas contra vós pela impiedade dos homens que não vos conhecem. 

Neste Segundo Sábado, ó Coração Doloroso e Imaculado de Maria, desejo reparar particularmente as blasfêmias contra a vossa Virgindade Perpétua. Virgem Imaculada, por singular privilégio de Deus, vossa pureza original foi preservada antes do parto, durante o parto e depois do parto. Esta pureza sem mancha fez do vosso Coração o santuário do Espírito Santo. E contra este tesouro de graças, homens ímpios ousam vos blasfemar... Feliz, porém, aquele que Vos ama, ó Maria, Mãe castíssima, e possa proclamar as bem-aventuranças do vosso Santo Nome nos confins de toda a terra. Que este meu pequeno ato de puro amor e devoção seja depositado no repositório de graças da Santa Igreja em desagravo e reparação às blasfêmias e ofensas cometidas contra a vossa Virgindade Perpétua. 

E que meu ato de amor seja também um ato de esperança e de súplica à vossa misericordiosa mediação:
 concedei-me, ó Imaculado e Doloroso Coração de Maria, o firme propósito de vos ser fiel todos os dias de minha vida, de defender a vossa honra de todos os ultrajes, de propagar com entusiasmo vosso culto e vossas glórias a todos os homens, de amar Vosso Filho de todo o meu coração  e a graça suprema de estar convosco e com Jesus no Céu por toda a eternidade. Amém. 

(rezar 3 Ave Marias em desagravo ao Imaculado Coração de Maria pelas blasfêmias cometidas contra a virgindade perpétua de Nossa Senhora)

Orações e Práticas da Devoção neste Segundo Primeiro Sábado de 2017:

Confissão*
Sagrada Comunhão
Rezar o Terço
Meditação dos Mistérios do Rosário (15 minutos)

* A confissão pode não ser realizada neste sábado propriamente dito, mas antes, desde que feita com a intenção explícita (interiormente) de se fazê-la para fins de reparação às blasfêmias cometidas contra o Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado seguinte. Caso não tenha sido realizada, fazê-la com esta intenção explícita numa próxima confissão.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

03 DE FEVEREIRO - SÃO BRÁS


São Brás, o santo protetor da garganta e dos animais selvagens era brás de brasa, chama, fogo que ardia pelo seu testemunho constante e perseverante na fé e no amor a Deus, mesmo diante das maiores provações. Como médico de formação, São Brás curava os males do corpo. Como santo, tornou-se também médico das almas. O zelo apostólico e a plenitude da sua fé o fizeram bispo de Tagaste, região da Armênia onde nasceu, na segunda metade do século II da nossa era. Médico e bispo, salvou muitas vidas e muito mais almas, tornando-se um dos santos mais venerados da Igreja do Oriente e do Ocidente.

Os milagres que realizava eram quase corriqueiros. Um particularmente espantoso era o seu livre domínio sobre os animais selvagens, mesmo em se tratando das feras mais violentas, que se comportavam como cordeiros em sua presença. Em certa ocasião, uma mulher o procurou desesperada, trazendo nos braços o filho que se sufocava, estrangulado por uma espinha de peixe que lhe atravessava a garganta. São Brás passou a mão sobre a cabeça da criança e, erguendo os olhos, rezou por um instante fazendo o sinal da cruz sobre a garganta do menino. Neste instante, a espinha foi liberada e removida da garganta da criança. 

Com base na recordação deste episódio, é comumente celebrada, no dia de hoje, a bênção da garganta de São Brás. O sacerdote faz o sinal da cruz sobre a pessoa, envolvendo o seu pescoço por duas velas, simbolismo que retrata o relato da tradição de que esta mãe teria levado velas para o santo, quando este estava na prisão. Neste ato, o sacerdote recita, então, as seguintes palavras: 'Por intercessão de São Brás, bispo e mártir, livre-te Deus do mal da garganta e de qualquer outra doença. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. São Brás, rogai por nós. Amém'.

A perseguição aos cristãos no Oriente continuou mesmo após a ascensão do imperador Constantino e o final da era dos mártires no Ocidente. Na região da Capadócia, a perseguição era inclemente sob a autoridade de Agricola, amigo do imperador do oriente Licinius Lacinianus (308 - 324). Depois de várias ameaças, torturas e prisões por determinação de Agricola, São Brás foi martirizado no ano 316 após um suplício brutal, que culminou na sua decapitação depois de uma longa tortura com ferros em brasa.

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS


A Grande Revelação do Sagrado Coração de Jesus foi feita a Santa Margarida Maria Alacoque durante a oitava da festa de Corpus Christi de 1675...

         'Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para  honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares ... Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra'.


... e as doze Promessas:
  1. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  2. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
  3. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
  4. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
  5. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente na hora da morte.
  6. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
  7. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
  8. As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
  9. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
  10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
  12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

    ATO DE DESAGRAVO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 
    (rezai-o sempre, particularmente nas primeiras sextas-feiras de cada mês)

Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados, diante do vosso altar, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o vosso dulcíssimo Coração.

Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as nossas próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conspurcando as promessas do batismo, renegam o jugo suave da vossa santa Lei.

De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas particularmente das licenças dos costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo o vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino Amor, e enfim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.

Oh, se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre os nossos altares.

Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nossos próximos, impedir, por todos os meios, novas injúrias à vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior número possível de almas.

Recebei, ó Jesus de Infinito Amor, pelas mãos de Maria Santíssima Reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes até a morte no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à Pátria bem-aventurada, onde vós, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

02 DE FEVEREIRO - APRESENTAÇÃO DE JESUS NO TEMPLO

Ao tomar a criança nos seus velhos e cansados braços, Simeão é a Igreja que acolhe Jesus. Ao ser recebido nos braços do velho sacerdote, Jesus acolhe para si o resgate e a redenção da humanidade pecadora. Neste encontro no Templo, é forjada a missão da Igreja: permanecer, ainda que envelhecida e cansada, nos braços de Cristo, até o último dia da humanidade.


Salve, ó Virgem, Mãe de Deus, cheia de graça,
pois de ti nasceu o sol de justiça, o Cristo, nosso Deus, 
iluminando os que estão nas trevas.


Alegra-te, ó justo ancião, 
ao receber em teus braços o libertador das nossas almas, 
que nos dá a ressurreição.


Simeão abençoando a Virgem Maria, Mãe de Deus,
viu profeticamente nela os sinais da paixão.


O coro celeste dos Anjos, inclinado para a terra,
vê o primogênito de toda a criação, como pequeno menino,
ser levado ao Templo pela Virgem Mãe.


Cristo Deus, que santificaste um seio virginal
e abençoaste, como convinha, as mãos de Simeão,
vieste e nos salvaste.


Nas guerras, concede a paz ao teu povo
e fortalece os governantes que tu amas,
ó único Amigo dos homens.


Abre-se hoje a porta do céu!


O Verbo eterno do Pai, de fato,
tendo iniciado a sua existência temporal,
sem separar-se da sua divindade,
conforme a lei, 
deixa-se levar ao templo por sua Mãe,
como menino de quarenta dias.


O velho Simeão recebe-o em seus braços dizendo:
'Deixa ir-me em paz - exclama o servo ao Senhor -,
pois meus olhos viram tua salvação'.


Ó tu que vieste ao mundo para salvar o gênero humano:
Glória a ti, Senhor!


Ó Sião, acolhe Maria, a porta do céu:
ela é semelhante ao trono dos Querubins
e sustenta o Rei da glória.


A Virgem é uma nuvem de luz que traz o Filho feito carne,
nascido antes da estrela da manhã.