segunda-feira, 20 de julho de 2015

FOTO DA SEMANA

DOS GRAUS DE EXCELÊNCIA DA ORAÇÃO

1. A Oração Dominical, entre todas, é a oração por excelência, pois possui as cinco qualidades requeridas para qualquer oração. A oração deve ser: confiante, reta, ordenada, devota e humilde.

2. A oração deve ser confiante, como São Paulo escreve aos Hebreus (4, 16): 'Aproximemo-nos com confiança do trono da graça, a fim de alcançar a misericórdia e achar a graça para sermos socorridos no tempo oportuno'. A oração deve ser feita com fé e sem hesitação, segundo São Tiago (1,6): 'Se algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus... Mas peça-a com fé e sem hesitação'.

Por diversas razões, o Pai Nosso é a mais segura e confiante das orações. A Oração Dominical é obra de nosso advogado, do mais sábio dos pedintes, do possuidor de todos os tesouros de sabedoria (Cl 2, 3), daquele de quem diz São João (I: 2,1): 'Temos um advogado junto ao pai: Jesus Cristo, o Justo'. São Cipriano escreveu em seu Tratado da oração dominical: 'Já que temos o Cristo como advogado junto ao Pai, por nossos pecados, em nossos pedidos de perdão, por nossas faltas, apresentemos em nosso favor, as palavras de nosso advogado'.

A Oração Dominical parece-nos também que deve ser a mais ouvida porque aquele que, com o Pai, a escuta é o mesmo que no-la ensinou; como afirma o Salmo 90 (15): 'Ele clamará por mim e eu o escutarei. 'É rezar uma prece amiga, familiar e piedosa ao se dirigir ao Senhor com suas próprias palavras' diz São Cipriano. Nunca se deixa de tirar algum fruto desta oração que, segundo santo Agostinho, apaga os pecados veniais.

3. Nossa oração deve, em segundo lugar, ser reta, quer dizer, devemos pedir a Deus os bens que nos sejam convenientes.: 'A oração', diz São João Damasceno, 'é o pedido a Deus dos dons que convém pedir'. Muitas vezes, a oração não é ouvida por termos implorado bens que verdadeiramente não nos convêm. 'Pediste e não recebeste, porque pediste mal', diz São Tiago (Tg 4,3).

É tão difícil saber com certeza o que devemos pedir, como saber o que devemos desejar... O Apóstolo reconhece, quando escreve aos Romanos (8, 26): 'Não sabemos pedir como convém, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis'. Mas não é o Cristo que é nosso doutor? Não foi ele que nos ensinou o que devemos pedir, quando seus discípulos disseram: 'Senhor, ensinai-nos a rezar?' (Lc 11, 1). Os bens que ele nos ensina a pedir, na oração, são os mais convenientes. 'Se rezamos de maneira conveniente e justa', diz Santo Agostinho, 'quaisquer que sejam os termos que empregamos, não diremos nada mais do que o que está contido na Oração Dominical'.

4. — Em terceiro lugar, a oração deve ser ordenada, como o próprio desejo que a prece interpreta. A ordem conveniente consiste em preferirmos, em nossos desejos e preces, os bens espirituais aos bens materiais, as realidades celestes às realidades terrenas, de acordo com a recomendação do Senhor (Mt 6,33): 'Procurai primeiro o reino de Deus e sua justiça e o resto — o comer, o beber e o vestir — ser-vos-á dado por acréscimo'. Na Oração Dominical, o Senhor nos ensina a observar esta ordem: primeiro pedimos as realidades celestes e, em seguida, os bens terrestres.

5. Em quarto lugar, a oração deve ser devota. A excelência da devoção torna o sacrifício da oração agradável a Deus. 'Em vosso nome, Senhor, elevarei minhas mãos', diz o Salmista, 'e minha alma é saciada como de fino manjar'. A prolixidade da oração, no mais das vezes, enfraquece a devoção; também o Senhor nos ensina a evitar essa prolixidade supérflua: 'Em vossas orações não multipliqueis as palavras; como fazem os pagãos' (Mt 6,7). Santo Agostinho recomenda, escrevendo a Proba: 'Tirai da oração a abundância de palavras; no entanto não deixeis de suplicar, se vossa atenção continua fervorosa'. Esta é a razão pela qual o Senhor instituiu a breve oração do Pai Nosso.

6. A devoção provém da caridade, que é o amor de Deus e do próximo. O Pai Nosso é uma manifestação destes dois amores. Para mostrar nosso amor a Deus, o chamamos 'Pai' e para mostrar nosso amor ao próximo, pedimos por todos os homens justos, dizendo: 'Pai nosso', e empurrados pelo mesmo amor, acrescentamos: 'perdoai as nossas dívidas'.

7. Em quinto lugar, nossa oração deve ser humilde, segundo o que diz o Salmista (Sl 101, 18): 'Deus olhou para a prece dos humildes'. Uma oração humilde é uma oração que certamente será ouvida, como nos mostra o Senhor, no evangelho do Fariseu e do Publicano (Lc 18, 9-15) e Judite, rogando ao Senhor, dizia: 'Vós sempre tivestes por agradável a súplica dos humildes e dos mansos'. Esta humildade está presente na Oração Dominical, pois a verdadeira humildade está naquele que não confia em suas próprias forças, mas tudo espera do poder divino.

(Dos Sermões de São Tomás de Aquino)

sexta-feira, 17 de julho de 2015

DAS GRAÇAS EXCELSAS DE MARIA (III)

O SORRISO DE MARIA

Esta lembrança de Maria não pode deixar de nos cativar os corações e elevá-los ao céu. Mas, para tornar ainda mais doce e atraente esta lembrança, imaginemos a Virgem a esboçar este suave sorriso, que afasta toda timidez e nos dá a impressão de estarmos tratando com uma mãe, com a mais amorosa das mães. A este respeito, recordamos aqui um episódio das aparições de Lourdes. Trata-se do sr. Conde de Bruissard, convertido pelo sorriso da Virgem. Deixemo-lo narrar o fato (A grinalda de Maria):

'Estava eu em Cauterets, conta-nos ele, no momento em que se falava tanto das aparições. Não acreditava mais nestas aparições do que na existência de Deus. Era um libertino e, mais do que isto, era um ateu. Tendo lido em um dos nossos jornais que Bernadete tivera uma aparição, no dia 16 de julho, e que a Virgem lhe sorria, resolvi ir a Lourdes, por curiosidade, e tomar a menina em uma flagrante mentira.

Dirigi-me à casa dos Soubirous, e lá encontrei Bernadete no limiar da habitação, consertando um par de meias pretas. A mim Bernadete pareceu bastante vulgar. Entretanto, o seu aspecto sofredor tinha uma certa doçura. A meu pedido ela me contou as suas aparições com uma simplicidade e segurança que me impressionaram. Enfim, disse-lhe eu, como é que esta bela senhora sorria?

A jovem pastora olhou-me com certo espanto e, após um momento de silêncio, assim falou: 'Ó senhor, para reproduzir esse sorriso, seria preciso ir até ao Céu' - 'E não poderíeis vós reproduzi-lo para mim? Sou um incrédulo, e não creio em vossas aparições'. O semblante da jovem anuviou-se, e tomou uma expressão severa: 'Então, o sr. julga-me uma mentirosa?' Senti-me desarmado. Não, Bernadete não era mentirosa, e quase que me pus de joelhos a perdir-lhe perdão. 'Já que sois um pecador', respondeu ela, 'eis qual foi o sorriso da Virgem'.

Lentamente, a jovem elevou-se, juntou as mãos e esboçou um sorriso celestial que jamais eu vi em lábios mortais. Sua fisionomia iluminara-se de um reflexo perturbador. Ela ainda sorria, com os olhos elevados ao céu, e eu estava de joelhos aos seus pés, certo de ter admirado no semblante da vidente o sorriso da Santíssima Virgem. Desde então conservo comigo, no íntimo da alma, esta lembrança divina que me enxugou muitas lágrimas. Perdi minha mulher e minhas duas filhas, e me parece não estar só no mundo: Vivo com o sorriso da Virgem'.

'Viver com o sorriso da Virgem!' Talvez nunca tenhas pensado nesta prática, piedoso filho de nossa Mãe! E, entretanto, que fonte de pensamentos sublimes e luminosos! Muitas vezes, sentimo-nos inclinados à tristeza; nossos ombros curvam-se quase sempre ao peso do acabrunhamento ou do desgosto. Contemplai então o sorriso da Virgem!

Este sorriso é a confiança, é o abandono, é o amor, irradiando sobre a nossa alma e envolvendo-a como que em uma atmosfera de paz e de tranquilidade. Ó terna Mãe, doravante o vosso sorriso ilumine a minha vida e presida as minhas alegrias como as minhas lágrimas, santificando as primeiras e enxugando as segundas. Possa ele, ainda, preservar-me do mal, excitar-me à virtude, guiar-me durante a vida e tranquilizar-me na hora da morte, pois é, sob este sorriso suave, que eu quero viver e morrer.

(Excertos da obra 'Por que amo Maria', pelo Pe. Júlio Maria)

quinta-feira, 16 de julho de 2015

GLÓRIAS DE MARIA: MÃE E FORMOSURA DO CARMELO


No dia 16 de julho de 1251, São Simão Stock suplicava a intercessão de Nossa Senhora  para resolver problemas da Ordem Carmelita quando teve uma visão da Virgem que, trazendo o Escapulário nas mãos, lhe disse as seguintes palavras:

"Filho diletíssimo, recebe o Escapulário da tua Ordem, sinal especial de minha amizade fraterna, privilégio para ti e todos os carmelitas. Aqueles que morrerem com este Escapulário não padecerão o fogo do Inferno. É sinal de salvação, amparo e proteção nos perigos, e aliança de paz para sempre". 



Imposição e Uso do Escapulário

- Qualquer padre pode fazer a bênção e imposição do Escapulário à pessoa.

2 - A bênção e a imposição valem para toda a vida e, portanto, basta receber o Escapulário uma única vez.

- Quando o Escapulário se desgastar, basta substituí-lo por um novo.

- Mesmo quando alguém tiver a infelicidade de deixar de usá-lo durante algum tempo, pode simplesmente retomar o seu uso, não sendo necessária outra bênção.

5 - Uma vez recebido, o Escapulário deve ser usado em todas as ocasiões (inclusive ao dormir), preferencialmente no pescoço.

6 - Em casos de necessidade de retirada do Escapulário, como no caso de doenças e/ou internações em hospitais, a promessa de Nossa Senhora se mantém, como se a pessoa o estivesse usando.

7 - Mesmo um leigo pode fazer a imposição do Escapulário a uma pessoa em risco de morte, bastando recitar uma oração a Nossa Senhora e colocar na pessoa um escapulário já bento por algum sacerdote.

8 - O Escapulário pode ser substituído por uma medalha que tenha, de um lado, o Sagrado Coração de Jesus e, do outro, uma imagem de Nossa Senhora (por autorização do Papa São Pio X).
Oração a Nossa Senhora do Carmo
     Ó Virgem do Carmo e mãe amorosa de todos os fiéis, mas especialmente dos que vestem vosso sagrado Escapulário, em cujo número tenho a dita de ser incluído, intercedei por mim ante o trono do Altíssimo. 

          Obtende-me que, depois de uma vida verdadeiramente cristã, expire revestido deste santo hábito e, livrando-me do fogo do inferno, conforme prometestes, mereça sair quanto antes, por vossa intercessão poderosa, das chamas do Purgatório.

        Ó Virgem dulcíssima, dissestes que o Escapulário é a defesa nos perigos, sinal do vosso entranhado amor e laço de aliança sempiterna entre Vós e os vossos filhos. Fazei, pois, Mãe amorosíssima, que ele me una perpetuamente a Vós e livre para sempre minha alma do pecado. 

       Em prova do meu reconhecimento e fidelidade, ofereço-me todo a Vós, consagrando-Vos neste dia os meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração e todo o meu ser. E porque Vos pertenço inteiramente, guardai-me e defendei-me como filho e servidor vosso. Amém.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

QUEM AMA A JESUS CRISTO...


1. Quem ama a Jesus Cristo de verdade, ama o sofrimento, porque descobre nele a sua dimensão salvífica e purificadora.

2. Quem ama a Jesus Cristo não tem inveja dos grandes e poderosos do mundo, mas inveja tão somente dos que O amam ardentemente.

3. Quem ama a Jesus Cristo é manso, porque procura retratar em sua vida aquilo que luziu na pessoa de Jesus Cristo, a mansidão: 'Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração'.

4. Quem ama a Jesus Cristo foge da tibieza e da mediocridade, porque estas coisas empestam e apagam o amor.

5. Quem ama a Jesus Cristo ama aquilo que ele muito amou: a humildade; amar é ser humilde.

6. Na vida de quem ama a Jesus Cristo, não existe ambição desmedida pelas coisas materiais; a sua ambição é o próprio Jesus Cristo.

7. O desprendimento e o desapego das coisas desse mundo é a força daquele que ama realmente a Jesus Cristo.

8. Quem ama a Jesus Cristo não conhece o egoísmo, mas é totalmente desprendido de si mesmo.

9. A irritação e a ira não cabem no coração de quem ama a Jesus Cristo.

10. Fazer única e exclusivamente o que Jesus quer que seja feito é a marca daquele que O ama de verdade.

11. Quem ama de fato a Jesus Cristo é capaz de suportar todo e qualquer sofrimento por amor a Ele.

12. Crer no que diz a pessoa amada é crer na própria pessoa e só quem ama, crê; assim, crer em tudo o que Jesus falou, é amá-lO.

(Santo Afonso Maria de Ligório)

VIDEOS CATÓLICOS

Mensagem da Virgem Maria em Akita (1973)

'Eu preveni a vinda de calamidades e ofereci ao Pai, junto com todas as almas dos mártires que O consolam, os sofrimentos suportados pelo meu Filho na Cruz, pelo seu sangue e pela sua Amorosa Alma. Oração, penitência, e sacrifícios corajosos podem diminuir a ira e a tristeza do Pai'


(Relato da Irmã Agnes Sasagawa)