segunda-feira, 5 de maio de 2014

ORAÇÕES DE MAIO: POR INTERCESSÃO DE MARIA (I)


Ó minha Soberana Rainha e Digna Mãe de Meu Deus, Maria Santíssima: ao me ver como eu sou, tão desprezível e sobrecarregado com tantos pecados, não ousaria chamar-te de Mãe e nem mesmo me aproximar de ti; mas eu não vou permitir que as minhas misérias me privem da consolação e confiança que sinto em chamar-te de Mãe. Sei bem que mereço ser rejeitado por ti; mas peço-te considerar tudo o que o teu Filho Jesus sofreu por mim e, então, após isso, rejeita-me se puderes.

Eu sou um mísero pecador que, mais do que todos os outros, tem desprezado a majestade infinita de Deus; mas o mal está feito. A ti venho recorrer; tu podes me ajudar; ó minha Mãe, me ajude! Não digas que não podes fazê-lo; pois eu sei o quanto és poderosa e que tu obténs tudo o que pedes junto a Deus; e, se acaso disseres que não me podes ajudar, diga-me, pelo menos, a quem eu possa interceder por este tão grande infortúnio. 'Tem piedade de mim', direi com o devoto Santo Anselmo: 'Ó meu Jesus, perdoai-me e tem piedade de mim, minha Mãe Maria, intercede por mim, ou pelo menos me instrua a quem recorrer, que possa ser mais compassivo ou em quem eu possa ter maior confiança do que em ti': Aut miseremini miseri, tu parcendo, tu interveniendo; aut ostendite, ad Quos tutius fugiam misericordiores; et monstrate, em quibus certius confidam potentiores' (Orat. 50). Amém.

(Excertos da obra 'Glórias de Maria', de Santo Afonso Maria de Ligório)

domingo, 4 de maio de 2014

NO CAMINHO PARA EMAÚS

Páginas do Evangelho - Terceiro Domingo da Páscoa


No caminho para Emaús, cidadezinha distante pouco mais de 10km de Jerusalém, Jesus vai manifestar, mais uma vez, a glória da Ressurreição aos seus discípulos. Como que por acaso, Jesus os toma para Si na longa caminhada, numa contemplação aparente de um mero convívio humano, nascido das circunstâncias de três peregrinos na mesma direção: 'quando eles iam conversando e discorrendo entre si, aproximou-Se deles o próprio Jesus e caminhou com eles' (Lc 24, 15). Não há nada de circunstancial ou de mera rotina neste encontro sobrenatural: tal grande manifestação da graça de Deus faz dele um evento singular e extraordinário.

E, de algum modo absolutamente sobrenatural, os discípulos não reconhecem Jesus, a exemplo daqueles que O encontraram às margens do mar de Tiberíades e também não O reconheceram a princípio (Jo 21,4). Movidos pelas emoções humanas, retratam a Paixão e Morte do Senhor àquele 'único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias' (Lc 24, 18). Eles se referiram ao Senhor como um profeta poderoso, muito provavelmente ciente dos riscos de serem denunciados e presos por proclamarem a um desconhecido a condição de serem discípulos dAquele que deveria libertar Israel, de acordo com as suas próprias motivações e perspectivas.

No caminho para Emaús, os dois discípulos expressam, num turbilhão de emoções, os sentimentos de angústia, tristeza, decepção, perturbação e esperança. E é esta esperança que vai torná-los testemunhas do amor. Jesus os repreende pela perturbação que se levanta como o pó da estrada; Jesus os orienta, por meio dos textos bíblicos, no caminho da santificação plena e no entendimento de toda Verdade de Deus. Jesus ilumina para sempre os seus corações, na tarde ensolarada que declina.

E, ficando com eles, o Senhor se vai, manifestando, mais uma vez, o mistério concreto da Santa Eucaristia como a permanência de Deus Vivo entre os homens: 'Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles' (Lc 24, 30 - 31). Como os dois discípulos de Emaús, na Santa Eucaristia, nós reconhecemos e, mais do que reconhecer, nós ficamos com Jesus, na poeira das estradas do mundo, na certeza da caminhada rumo à eternidade com Deus. 

sábado, 3 de maio de 2014

VERSUS: SOBRE A COVARDIA

'Recordo-me de um sonho que tive nessa idade (uns quatro anos aproximadamente) e que me ficou gravado na memória: Andava eu a passear sozinha no jardim, quando de repente divisei perto do caramanchão dois horrendos diabinhos a dançar em cima de uma barrica de cal com vertiginosa agilidade, não obstante os pesados grilhões que tinham nos pés. Deitaram-me primeiro uns olhos que faiscavam lume; depois, como que tomados de espanto, vi-os precipitarem-se rapidamente no fundo da barrica, saírem logo não sei por que abertura, correrem e esconderem-se finalmente na rouparia contígua ao jardim e ao mesmo nível deles. Vendo-os tão covardes, quis saber o que iam fazer naquele esconderijo, e, sobrepondo-me ao susto, abeirei-me da janela... Os pobres demônios andavam a correr e a saltar por cima das mesas, sem atinarem como haviam de fugir às minhas vistas. De vez em quando, assomavam-se à janela, a espreitar pelos vidros, com olhar inquieto; mas vendo que eu não despejava dali, recomeçavam a sua carreira numa fúria desesperada.

Evidentemente neste sonho não há nada de extraordinário; julgo que se quis Deus servir-se deles para me mostrar que uma alma em estado de graça nada tem a temer dos demônios, que afinal [os demônios] são uns covardes, que se envergonham de fugir diante de uma criança'.

(Recordação de um sonho da infância de Santa Teresa do Menino Jesus, descrito na sua obra 'História de uma Alma'. Livraria Apostolado da Imprensa, 1952. p. 17).


'Os covardes não entrarão no reino dos Céus. O reino dos Céus admite violência; só os violentos o arrebatam ... Oh! quão violento é esse combate: e é preciso sempre recomeçar. A vitória da véspera não garante a do dia seguinte. Hoje, vencedor, amanhã, vencido. Basta qualquer descanso para preparar a derrota: só saem vitoriosos dessa guerra aqueles que jamais cessam de lutar. É preciso escalar o Céu, tomá-lo de assalto …O fundo de nossa natureza é a covardia; todos os vícios nada mais são que covardia

(Excertos da obra 'La Divine Eucharistie' de São Pedro Julião Eymard, Paris, 1926, 16ª ed., p. 293 e 295).

PRIMEIRO SÁBADO DE MAIO


Mensagem de Nossa Senhora à Irmã Lúcia, vidente de Fátima: 
                                                                                                                           (Pontevedra / Espanha)

‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem*, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’
* Com base em aparições posteriores, esclareceu-se que a confissão poderia não se realizar no sábado propriamente dito, mas antes, desde que feita com a intenção explícita (interiormente) de se fazê-la para fins de reparação às blasfêmias cometidas contra o Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado seguinte.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

O DRAMA DO FIM DOS TEMPOS (X)

DOS ESCRITOS PROFÉTICOS DO Pe. R. P. EMMANUEL 

DÉCIMO ARTIGO: A VINDA DO SOBERANO JUIZ (janeiro de 1886*)

I

É supérfluo procurar precisar a hora em que terá lugar a segunda vinda de Nosso Senhor. É um impenetrável segredo para todas as criaturas. 'Quanto àquele dia e àquela hora', nos diz Jesus Cristo, 'ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas só o Pai' (Mt 24, 36). No entanto, esse momento supremo, que porá fim a este mundo de pecado, será precedido de sinais estrondosos que fixarão a atenção não somente dos crentes mas também dos ímpios.

Primeiramente, como mostramos, haverá a perseguição do Anticristo, a aparição de Henoc e de Elias. Quando São Paulo nos diz que Jesus Cristo matará o ímpio com o sopro de sua boca, e o destruirá com o brilho de sua vinda, parece que o castigo do Anticristo coincidirá com a vinda do soberano juiz. No entanto, não é esse o sentimento geral dos intérpretes. Pode-se explicar São Paulo dizendo que a destruição do ímpio só será consumada no dia do julgamento geral, se bem que sua morte tenha tido lugar tempos antes. De outro lado, os Evangelhos insinuam bem claramente que haverá um certo lapso de tempo, se bem que relativamente curto, entre a punição do monstro e a consumação de todas as coisas.

O que diz com efeito Nosso Senhor? Ele começa por pintar uma tal tribulação como nunca houve desde o começo do mundo: é a perseguição do Anticristo. Depois acrescenta: 'Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecer-se-á o sol, a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu e as potestades do céu serão abaladas. E então aparecerá o sinal do Filho do homem no céu; e todas as tribos da terra chorarão e verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu com grande poder e majestade' (Mt 24, 29-30).

Estes sãos os sinais que precederão imediatamente a vinda de Jesus Cristo como Juiz. Mas como conciliar todos esses terríveis prelúdios com essa surpresa e imprevisão que, segundo outros textos do Evangelho, caracterizam esse acontecimento? Um pouco mais adiante, com efeito, Nosso Senhor nos apresenta os homens dos últimos dias do mundo semelhantes aos contemporâneos de Noé, que o Dilúvio surpreende, comendo e bebendo, casando-se e dando as filhas em casamento (Id., ibid., 36-40). Santo Tomás responde a essa objeção dizendo que todos os abalos precursores do fim do mundo podem ser considerados como fazendo corpo com o próprio julgamento, parecendo esses estalos sinistros que não se distinguem do desmoronamento que os segue. Antes de todos esses terríveis presságios, os homens poderão zombar das advertências da Igreja. Mas ouvindo o estalar da máquina do mundo, empalidecerão; e como diz São Lucas, secarão de medo, à espera do que sobrevirá ao universo (Lc 21, 26).

Santo Tomás difunde uma luz viva sobre os tempos que passarão entre a morte do Anticristo e a vinda de Jesus Cristo, quando diz: 'Antes que comecem a aparecer os sinais do julgamento, os ímpios crerão estar em paz e segurança, a saber, depois da morte do Anticristo, porque não verão o mundo acabar, como antes estimavam. (Suppl. Q. LXXI, art. I, ad. 1). Com a ajuda desta palavra podemos formar conjecturas mais plausíveis sobre os últimos tempos do mundo; e nossos leitores não deixarão de se interessar recebendo essas conjecturas a título de simples probabilidade.

II

Dissemos e mantemos como incontestável que a morte do Anticristo será seguida de um triunfo sem igual da Santa Igreja de Jesus Cristo. As alegrias proféticas de Tobias, recuperando a vista ao mesmo tempo que reencontra o filho, a embriagadora alegria dos judeus com a queda de Aman e de seus satélites, os transportes dos habitantes de Betúlia, libertados por Judith do círculo de ferro que os apertava; a purificação do templo pelos Macabeus vencedores do ímpio Antíoco; enfim e sobretudo o calmo e pacífico triunfo de Jó, restabelecido por Deus em todos os seus bens, vendo acorrer a seus pés amigos e parentes arrependidos e reunindo todos em um banquete religioso: todas essas imagens exprimem insuficientemente o estado da Santa Igreja, abrindo seu coração e seus braços a seus inimigos como a seus filhos, aos judeus convertidos como aos heréticos reconciliados, aos descendentes de Caim, como aos filhos de Sem e de Jafé, em uma palavra, realizando a unidade comprada pelo preço do sangue de um Deus, um só rebanho e um só pastor!

Certamente, e mesmo neste período de triunfo, haverá ainda maus e ímpios; mas é-nos permitido pensar que eles se esconderão e que desaparecerão na intensidade da alegria pública. Infelizmente esses belos dias não durarão mais do que o tempo de poder esquecer os solenes acontecimentos que os fizeram nascer. Pouco a pouco a tibieza sucederá ao fervor; e essa passagem insensível se fará tão mais depressa quanto menos inimigos a Igreja tiver então para combater.

O estimado autor, Padre Armijon, pinta assim o estado no qual o mundo então cairá: 'A queda do mundo', diz ele, 'terá lugar instantaneamente e de improviso: veniet dies Domini sicut fur (2 Ped 3, 10). — Acontecerá em uma época em que o gênero humano, mergulhado no mais profundo desleixo, estará a mil léguas de sonhar com o castigo e com a justiça. A misericórdia divina terá esgotado todos os meios de ação. O Anticristo terá aparecido. Os homens, espalhados em todos os espaços, terão sido chamados ao conhecimento da verdade. A Igreja Católica, por uma última vez, terá desabrochado na plenitude da sua vida e da sua fecundidade. Mas todos esses favores, assinalados e superabundantes, todos esses prodígios serão novamente apagados do coração e da memória dos homens. A humanidade, por um abuso criminoso das graças, voltará a seu vômito. Voltando todas as suas aspirações para a terra, dará as costas a Deus, a ponto de não ver mais o céu nem se lembrar de seus justos julgamentos (Dn 13, 9). Toda fé estará extinta nos corações. Toda carne terá corrompido seu caminho. A Divina Providência julgará que já não há mais remédio'.

'Será', diz Jesus Cristo, como no tempo de Noé. Os homens viviam despreocupados, plantavam, construíam casas suntuosas, escarneciam prazerosamente do simplório Noé que se dedicava à profissão de carpinteiro, trabalhando dia e noite para construir sua barca. Diziam: que louco, que visionário! Isto durou até o dia em que veio o dilúvio e submergiu toda a terra: venit diluvium et perdidit omnes' (Lc 17, 27).

'Assim a catástrofe final se produzirá quando o mundo estiver mais em segurança; a civilização estará em seu apogeu, o dinheiro abundará nos mercados e nunca os fundos públicos estarão tão altos. Haverá festas nacionais, grandes exposições; a humanidade regurgitando de uma prosperidade material nunca vista, dirá como o avarento do Evangelho: 'Minha alma, tu tens bens por longos anos, beba, coma, divirta-se...' Mas, de repente, no meio da noite, in media nocte, pois haverá trevas, e nessa hora fatídica da meia-noite, quando o Salvador apareceu pela primeira vez em sua baixeza, é que ele reaparecerá em sua glória; — os homens, acordados em sobressalto, ouvirão um grande estrondo e um grande clamor, e uma voz se fará ouvir: 'Deus está aqui, saí a seu encontro, exite obviam ei' (Mt 25, 6).

E o autor acrescenta que os homens não terão tempo para se arrependerem. Aqui nos separamos dele. A grande catástrofe será precedida de sinais apavorantes, cujo conjunto formará um supremo apelo da misericórdia divina; bem cego e bem endurecido será quem resistir a tudo isso!

O sol se obscurecerá como que esgotado por um desperdício de luz. A lua não receberá mais nem um raio suficiente para brilhar. O céu se fechará como um livro invadido por uma obscuridade espessa. As potências do céu serão abaladas; pois as leis dos movimentos dos corpos celestes parecerão suspensas. Haverá uma profunda comoção no mar, um grande estrondo de ondas elevadas, a terra sacudida por movimentos insólitos; e os homens não saberão onde se lançarem para fugir dos elementos desencadeados. Enfim, a terra se abrirá e lançará globos de chamas que provocarão um abrasamento geral enquanto que aparecerá nos ares uma cruz faiscante anunciando a vinda do soberano Juiz.

Quanto tempo durarão esses sinais? Ninguém sabe. O que a Escritura nos diz é que os homens secarão de pavor. E acontecerá com eles o que aconteceu aos contemporâneos de Noé. Enquanto ele continuava a arca, escarneciam dele; mas quando o Dilúvio começou a invadir tudo, todos tremeram, e muitos, segundo o testemunho de São Pedro, se converteram. É-nos permitido esperar que também, à aproximação do julgamento, uma parte dos homens, vendo o céu se velar e sentindo a terra faltar sob os pés, façam um ato de contrição suprema e voltem ao estado de graça com Deus.

(Excertos da obra 'O Drama do Fim dos Tempos, do Pe. R.P. Emmanuel, prior do Mosteiro de Mesnil-Saint-Loup, Ed. Permanência, 2004)

Foi pouco antes (1884) que o Papa Leão XIII escreveu sua famosa oração de exorcismo pela intercessão de São Miguel Arcanjo, em face de sua profética visão sobre a ação futura do inferno sobre a Santa Igreja)

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS


A Grande Revelação do Sagrado Coração de Jesus foi feita a Santa Margarida Maria Alacoque  durante a oitava da festa de Corpus Christi  de 1675...

         “Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para  honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares ... Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra”.


... e as doze Promessas:
  1. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  2. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
  3. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
  4. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
  5. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente na hora da morte.
  6. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
  7. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
  8. As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
  9. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
  10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
  12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

    ATO DE DESAGRAVO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 
    (rezai-o sempre, particularmente nas primeiras sextas-feiras de cada mês)

Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados, diante do vosso altar, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o vosso dulcíssimo Coração.

Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as nossas próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conspurcando as promessas do batismo, renegam o jugo suave da vossa santa Lei.

De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas particularmente das licenças dos costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo o vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino Amor, e enfim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.

Oh, se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre os nossos altares.

Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nossos próximos, impedir, por todos os meios, novas injúrias à vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior número possível de almas.

Recebei, ó Jesus de Infinito Amor, pelas mãos de Maria Santíssima Reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes até a morte no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à Pátria bem-aventurada, onde vós, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.